Se o primeiro clássico da decisão do Goianão foi marcado pelas polêmicas em relação à atuação da arbitragem, criticada tanto pelo Atlético-GO, que venceu por 1 a 0, quanto pelo Goiás, a semana promete ser de pressão dos dirigentes dos dois clubes em relação a quem apitará a final, no sábado (2), no Estádio da Serrinha.Eduardo Tomaz, integrante do quadros da Federação Goiana de Futebol (FGF), deixou o Estádio Antonio Accioly, no sábado passado (26), criticado pelos dois lados por causa de cartões aplicados - o amarelo que deixa o atleticano Jorginho fora e o vermelho que também tira o esmeraldino Reynaldo César da final - e três lances de pênaltis - sobre Luan (não marcado), Wellington Rato (marcado, mas revisado pelo VAR e anulado) e Jorginho (marcado, que resultou no gol de Marlon Freitas). A tendência é que representantes dos times finalistas peçam arbitragem de outro Estado, apesar de não sugerirem nomes.Após a partida, a reclamação mais ostensiva foi do Goiás. Procurado pelo POPULAR, o clube esmeraldino não se manifestou neste domingo (27) sobre o que exigirá da FGF para a final, a primeira do Goianão que será disputada em casa, na Serrinha. O presidente do clube, Paulo Rogério Pinheiro, criticou duramente a entidade organizadora do torneio e publicou nas redes sociais, sábado (26), que jogará “o troféu no lixo”. O perfil do clube no Twitter teve mensagem publicada referindo-se à FGF como o “esgoto do futebol”.Após a partida, o vice-presidente do Conselho Deliberativo, Edmo Pinheiro, falou que havia sugerido árbitro de fora do Estado para o primeiro jogo e também indicou que houve problema de comunicação entre a central do VAR, no Rio, e o árbitro Eduardo Tomaz.O conselheiro do Goiás chamou a situação de “circo” e garantiu que o clube não aceitará que se repita o que houve no Antonio Accioly. A diretoria esmeraldina deve pressionar no sentido de que a FGF traga um trio de arbitragem de outro Estado. Mesmo vencendo o jogo de ida por 1 a 0, o Dragão não se dá por satisfeito. A punição para Jorginho (cartão amarelo na discussão com o zagueiro Caetano) e o lance sobre Wellington Rato (após dividida com o goleiro Tadeu) foram contestados pelo presidente do Atlético-GO, Adson Batista. Ele sugere “um árbitro de fora”, mas diz também que está aberto ao diálogo com a FGF.“Vamos pedir para a FGF ter coerência. Nos sentimos prejudicados porque o Jorginho não merecia tomar cartão (amarelo). Faltou habilidade ao árbitro (Eduardo Tomaz), muito confuso, muito inseguro, aceitando pressão de jogador. Nós confiamos no André Pitta (presidente da FGF), pois ele não quer o mal para o campeonato. O campeonato foi bom, é importante trazer um árbitro de fora para preservar até os árbitros goianos. Um árbitro de ponta para poder buscar algo bem certo. A arbitragem vai ficando muito pressionada”, argumentou Adson.Para ele, o erro de Eduardo Tomaz não foi apenas no cartão amarelo dado a Jorginho. Faltou marcar pênalti sobre Rato. Além disso, na visão de Adson, o cartão vermelho para Reynaldo César é discutível. “O pênalti no Jorginho foi muito pênalti, acho que foi pênalti no (Wellington) Rato. A expulsão do Goiás (Reynaldo César) talvez eu não expulsaria, e o Jorginho, nosso principal jogador, foi tirado do jogo injustamente”, atestou o dirigente.“Estou aberto a tudo, dentro da honestidade, da transparência. O Atlético-GO quer ganhar merecendo e ontem (sábado, 26) foi prejudicado demais. O Jorginho, nosso principal jogador, foi injustamente aplicado (punido) com o cartão amarelo e houve dois pênaltis claríssimos”, continuou o presidente atleticano.Adson Batista também já tinha protestado contra a penalidade marcada contra o Dragão na semifinal com o Vila Nova (1 a 1). Na jogada, o VAR apontou toque do zagueiro Wanderson no pé do meia Wagner e o árbitro Sávio Pereira Sampaio confirmou o pênalti. Sávio Pereira Sampaio é de outro Estado - do Distrito Federal - e do quadro da Fifa.-Imagem (Image_1.2427362)-Imagem (Image_1.2427361)