Com um alto aproveitamento dentro de casa e uma produtividade abaixo da média fora de casa, o Vila Nova vem sendo um time de contrastes na Série B de 2024. Como mandante, o Tigre ostenta um desempenho digno de G4. Como visitante, a equipe colorada possui números de Z4.

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Atuando no OBA, o Vila Nova tem o 4º melhor rendimento da Série B. Em cinco jogos, o Tigre conquistou 13 de 15 pontos possíveis - quatro vitórias (contra Guarani, Operário-PR, Novorizontino e Ceará) e um empate (contra o Brusque). Em casa, o time goiano marcou dez gols e sofreu cinco.

Jogando como visitante, o Vila Nova possui o 4º pior desempenho da Série B. Em cinco jogos, somou apenas um de 15 pontos possíveis - quatro derrotas (contra Sport, América-MG, CRB e Botafogo-SP) e um empate (contra a Chapecoense). Fora de casa, a equipe colorada marcou dois gols e sofreu oito.

Em casa, o aproveitamento do Vila Nova só é pior do que os de Goiás, Mirassol e América-MG - desses três, somente o Mirassol não figura no G4. Fora de casa, o aproveitamento do Tigre só é melhor do que os números de Brusque, Ituano e Guarani, sendo que todos esses três clubes estão atualmente no Z4.

A diferença em números

Em algumas estatísticas, a postura do Vila Nova é semelhante quando joga dentro e fora de casa. Na questão de posse de bola, por exemplo, o Tigre costuma ter uma porcentagem maior quando joga como mandante, algo natural no futebol, pois as equipes anfitriãs normalmente tomam mais atitude nessas condições.

De acordo com o SofaScore, somente nos confrontos contra Guarani e Operário-PR, pelas 1ª e 3ª rodadas da Série B, o Vila Nova teve uma posse de bola menor. Em ambas, o Tigre venceu por 2 a 0 e 1 a 0, respectivamente. Fora de casa, o Vila teve maior posse de bola nas derrotas contra Sport e Botafogo-SP, pela 2ª e 10ª rodadas, por 2 a 0 e 1 a 0, nesta ordem.

Posse de bola não é um fator determinante na diferença de desempenho do Vila Nova como mandante e visitante. O mesmo vale para a quantidade de passes: contra Sport (fora), Novorizontino (casa), Brusque (casa), Ceará (casa) e Botafogo-SP (fora), o Tigre trocou mais passes do que o adversário. Contra Guarani (casa), Operário-PR (casa), América-MG (fora), CRB (fora) e Chapecoense (fora), foi o contrário.

Dentro desses números, há um fator que chama a atenção: o Vila Nova costuma ter mais precisão nos passes quando joga fora de casa, em comparação aos jogos dentro de casa.

Em quase todos os jogos como mandante, com uma exceção, o Vila Nova teve um índice de precisão de passes igual ou inferior a 80% - contra Guarani (75,5%), Operário-PR (80%), Novorizontino (73,7%), Brusque (84,2%) e Ceará (66,9%). Na única dessas partidas em que o Tigre acertou mais passes, não conseguiu vencer, no empate em 2 a 2 com o Brusque.

Fora de casa, o Vila Nova quase sempre tem um índice mais elevado de precisão nos passes, mas segue sem conseguir vencer como visitante na Série B - contra Sport (84,6%), América-MG (82,6%), CRB (78,6%), Chapecoense (73,8%) e Botafogo-SP (82,3%).

Essas estatísticas servem para mostrar que, quando joga dentro de casa, o Vila Nova troca menos passes, erra mais, só que é mais objetivo e costuma vencer os jogos que disputa. Fora de casa, o Tigre é mais preciso nos passes e tende a envolver o adversário, mas não consegue traduzir isso em bola na rede.

Em casa, Vila Nova possui desempenho de G4; fora, equipe tem números de Z4

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Série B

O árbitro Flávio Rodrigues de Souza/SP (FIFA) relatou na súmula da partida entre Atlético-GO e Goiás que apresentou o cartão amarelo para o goleiro Tadeu após perceber um “gesto provocativo” do defensor. O jogador esmeraldino marcou o gol da virada no estádio Antônio Accioly e beijou o escudo da equipe olhando para a torcida do Dragão.

Na súmula, Flávio Rodrigues de Souza justificou que apresentou o cartão amarelo por Tadeu “realizar um gesto provocativo em frente a torcida adversária na comemoração de um gol”. O goleiro foi punido aos 52 minutos do 1º tempo, após o fim da confusão entre jogadores das duas equipes durante a celebração do gol da vitória do Goiás no Accioly.

Em entrevista após o clássico, o goleiro Tadeu disse que tentou encontrar uma câmera de transmissão para beijar o escudo do Goiás na celebração, mas que não encontrou.

“Eu fui procurar a câmera para beijar o escudo. Todos sabem o quanto amo esse clube. Beijar o escudo do Goiás é demonstração de amor. Não achei a câmera, e é óbvio que iam fazer o que fizeram. Aconteceu a virada e eles iam tumultuar. Antes se eu tivesse provocado. Não fiz, mas se fizesse estaria no meu direito. Quando eles venceram lá (na Serrinha, no Goianão) aconteceu também. Quando acontece do lado oposto sempre dói mais”, justificou, em tom de desabafo, o goleiro esmeraldino.

O atacante Anselmo Ramon, que fez o primeiro gol do Goiás na partida, comemorou seu gol em silêncio. Ele imitou a celebração do atacante Memphis Depay, do Corinthians, e colocou os dedos nos ouvidos de costas para a torcida do Atlético-GO.

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Anselmo Ramon fez a comemoração de Memphis Depay, do Corinthians, após gol marcado contra o Atlético-GO (Rosiron Rodrigues / Goiás)

“Isso está ficando chato sim. Tade não fez nada demais, não provocou a torcida do Atlético-GO, só beijou o escudo do Goiás. É um cara que tem história bonita no clube e tem que ser respeitado”, acrescentou o atacante esmeraldino.

O assunto também repercutiu nas redes sociais. O Goiás fez publicações em tom de ironia: “Tá podendo foto beijando o escudo ou é proibido?”; “Puxando a ficha do senhor Tadeu Antônio Ferreira e apenas um crime localizado: amar demais”; e “Se amar demais é crime. Eu me declaro culpado. Ferreira, Tadeu”.

Árbitro explica que cartão para Tadeu, do Goiás, foi por "realizar gesto provocativo"

Polêmica

A vitória do Goiás, de virada, sobre o Atlético-GO no sábado (31) não só isolou o time esmeraldino na liderança da Série B como encerrou com a incômoda sequência de 11 clássicos sem vitória contra os principais rivais. A equipe alviverde não ganhava um duelo contra Dragão ou Vila Nova desde 9 de abril de 2023.

O triunfo que encerrou o jejum foi conquistado de maneira emocionante. O Atlético-GO jogou melhor durante boa parte do 1º tempo do duelo no estádio Antônio Accioly e abriu o placar com o zagueiro Alix depois de cobrança de escanteio. Ainda na etapa inicial, o atacante Anselmo Ramon empatou e o goleiro Tadeu virou após cobrança de pênalti.

A incômoda sequência do Goiás em clássicos teve seis derrotas e cinco empates. A última vitória contra Atlético-GO ou Vila Nova tinha sido no jogo da volta da final do Campeonato Goiano de 2023, quando o time esmeraldino fez 3 a 1 no Dragão. Foi a decisão estadual que a equipe rubro-negra conquistou o título nos pênaltis.

O Goiás ainda tem um tabu em clássicos para ser quebrado, esse especificamente diante do Vila Nova. A equipe colorada não perde para o rival esmeraldino há nove partidas. É a maior sequência sem triunfo alviverde na história do confronto.

Veja a lista do tabu em clássicos quebrada pelo Goiás: 
21/1/2024 - Goianão: Atlético-GO 0x0 Goiás 
4/2/2024 - Goianão: Goiás 0x0 Vila Nova 
20/3/2024 - Copa Verde: Vila Nova 1x0 Goiás 
24/3/2024 - Copa Verde: Goiás 1x1 Vila Nova 
23/6/2024 - Série B: Vila Nova 1x0 Goiás 
13/10/2024 - Série B: Goiás 0x1 Vila Nova 
2/2/2025 - Goianão: Vila Nova 1x0 Goiás 
9/2/2025 - Goianão: Goiás 1x2 Atlético-GO 
9/3/2025 - Goianão: Goiás 0x1 Vila Nova 
16/3/2025 - Goianão: Vila Nova 0x0 Goiás 
17/4/2025 - Série B: Goiás 2x2 Vila Nova 
31/5/2025 - Série B: Atlético-GO 1x2 Goiás (fim da sequência sem vitória)

Goiás não vencia clássicos contra principais rivais há mais de dois anos

Tabu quebrado

O técnico Vagner Mancini elogiou o goleiro Tadeu e comemorou a vitória, de virada, sobre o Atlético-GO em clássico que ele definiu como duelo de “muita luta e guerra dos dois times”. A equipe esmeraldina contou com atuação de gala do defensor, que marcou o gol do triunfo de 2 a 1 e parou o ataque do Dragão com importantes defesas na etapa final no estádio Antônio Accioly.

“Foi um jogo bem típico de clássico. O Atlético-GO iniciou melhor,fez o gol dele. Até os 25 minutos foram superiores até a gente se equilibrar. Empatamos e viramos ainda no primeiro tempo. O segundo tempo foi de muita luta e guerra dos dois times, levamos a melhor na parte defensiva. O Tadeu fez um grande jogo. Acima de tudo, em um jogo como esse, teríamos sofrimento e foi bem assimilado”, analisou Vagner Mancini.

O treinador comemorou o fim do jejum de mais de dois anos do Goiás sem vitória em clássicos contra Atlético-GO e Vila Nova. Para ele, o triunfo no Accioly reflete o trabalho que tem sido feito no clube esmeraldino.

“Muito importante pela vitória ter sido fora de casa. A gente vencia o Vila (na 3ª rodada) em casa e sofremos o gol no final, o que nos deixou chateados daquela situação. Hoje (sábado, 31) foi uma vitória fora de casa, o que torna ainda mais importante. Somar pontos como visitante em uma série B acirrada, para um time que quer acesso e ser campeão, é o tipo de vitória que assina embaixo tudo que pedimos aos atletas”, comentou o treinador esmeraldino.

Ele disse que foi “muito bom chegar no vestiário” e abraçar cada um dos jogadores do Goiás. “Hoje a gente está construindo uma amizade forte dentro do vestiário e isso é nítido dentro de campo”, elogiou Vagner Mancini sobre o ambiente no Goiás.

Líder da Série B com 23 pontos, o Goiás volta a campo apenas no domingo (8) da próxima semana. O time esmeraldino encara o Volta Redonda, na Serrinha, a partir das 16 horas, pela 11ª rodada da Segundona.

Técnico do Goiás elogia Tadeu e comemora vitória em clássico de "luta e guerra"

Lado esmeraldino

O técnico Fábio Matias disse que a derrota do Atlético-GO para o Goiás “dói demais”, mas afastou clima de tristeza e confia que o Dragão mudará seu momento na Série B. Neste sábado (31), o time esmeraldino ganhou de 2 a 1, de virada, no estádio Antônio Accioly, e o clube rubro-negro pode terminar a 10ª rodada a dois pontos da zona de rebaixamento à Série B.

“Resultado dói demais. Dói para o torcedor, que compareceu, aplaudiu e vibrou o tempo inteiro. Mas faz parte. Estou há dois jogos, dez a 12 dias e talvez tenha sido o maior volume ofensivo (do Atlético-GO) em casa. Justamente contra o líder, clássico contra o Goiás. Nós vamos trabalhar para sair desse momento”, afirmou o treinador que ainda não venceu sob comando do Dragão.

O técnico também comentou a polêmica da partida: o pênalti marcado para o Goiás. No lance, já nos acréscimos do primeiro tempo, Ruan Teixeira e Rafael Gava disputaram a bola dentro da área. O lateral do Atlético-GO caiu após se chocar com o volante do Goiás e tocou na bola com as mãos.

O VAR Thiago Duarte Peixoto orientou a revisão do lance, e Flávio Rodrigues de Souza marcou o pênalti que foi convertido pelo goleiro Tadeu.

“É um lance que tem uma falta embaixo e em cima. O jogador (Ruan)&nbsp; não caiu porque quis na área. O pé do adversário tocou no nosso jogador e ele caiu em cima da bola. A resposta que me deram é que houve contato, mas não foi tão grande. Não sei o que isso significa”, declarou o treinador rubro-negro.

Fábio Matias definiu como brilhante o início do clássico do Atlético-GO, que dominou todas as ações da partida e abriu o placar aos nove minutos.&nbsp;

“Fizemos 25 minutos brilhantes, que a gente fez o gol e criou duas outras chances. Sofremos o gol em uma série de erros nossos, isso não inibiu nosso time. Só tornou o jogo mais equilibrado”, analisou o técnico do Atlético-GO.

Em má fase na Série B, o Atlético-GO, que é o 14º colocado, pode perder duas posições no complemento da 10ª rodada e terminar a jornada a dois pontos da zona de rebaixamento à Série C.

O Atlético-GO volta a campo no domingo (8) da próxima semana. O Dragão encara o Athletico-PR, na Ligga Arena, a partir das 18 horas, pela 11ª rodada da Série B.