Webstories quartas de final

Foi dramático, mas o Anápolis garantiu a classificação à semifinal do Campeonato Goiano num dos jogos mais polêmicos e imprevisíveis da competição. A vaga só foi confirmada na disputa de pênaltis, em que o Galo da Comarca venceu a Abecat Ouvidorense por 5 a 4 no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis, na noite desta quarta-feira (5).

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No tempo regulamentar, houve empate (2 a 2) após o tricolor desperdiçar dois pênaltis nos pés de João Celeri, no primeiro tempo. Depois, ficou atrás no placar ao sofrer dois gols. Mas o time da casa chegou à igualdade após os 40 minutos do segundo tempo.

Na decisão nos pênaltis, os dois times desperdiçaram duas cobranças, cada um, na primeira série. Até que, na sequência de pênaltis alternados, o atacante Michel teve o gol anulado, por bater com dois toques (bitoque). O Galo confirmou a vitória e a vaga - 5 a 4 - na última cobrança de Lucão.

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Anápolis e Abecat fizeram uma partida cheia de ingredientes diferentes. O primeiro foi marcado por lances polêmicos, confusão dois dos times no intervalo na entrada para os vestiários, dois pênaltis desperdiçados pelo atacante João Celeri e o gol de Rafinha nos acréscimos da etapa inicial, suficiente para silenciar a torcida do Galo da Comarca. O favoritismo do tricolor foi minado, aos poucos, pela equipe de Ouvidor.

O jogo decisivo começou a ficar dramático aos 36 minutos. Victor Oliveira foi segurado na área. O VAR foi acionado e o árbitro Caio Max confirmou o pênalti. João Celeri assumiu a cobrança, deslocou o goleiro, mas o VAR apontou dois toques de Celeri, semelhante ao lance em que o Goiás perdeu o jogo e o título para o Atlético-GO, em 2023, na cobrança de Hugo. Isso aos 38 minutos.

Refeito da primeira decepção, o Anápolis teve outra penalidade que gerou muitas reclamações da Abecat. Novamente João Celeri assumiu a responsabilidade na bola parada, mas carimbou a trave. A bola voltou para Celeri fazer o gol aos 45 minutos. Como a bola não tocou em ninguém, o lance foi anulado - dois toques novamente. Isso foi suficiente para fazer de João Celeri o vilão do Galo.

A Abecat, na primeira descida ao ataque, abriu o placar. Rafinha, que havia cometido a primeira penalidade, cabeceou e fez 1 a 0, aos 53 minutos. Na entrada para os vestiários, houve estranhamento entre os dois times. Princípio de confusão e previsão de jogo &nbsp;quente no segundo tempo.

O Anápolis continuou no ataque, mas desorganizado. Entre tentativas de pressionar o adversário, simular outro pênalti e criar a chance de empatar, o Galo da Comarca foi atingido em cheio pela Onça Pintada. No contra-ataque, Michel ajeitou a bola e chutou rasteiro - Abecat 2 a 0, aos 30 minutos.

Parecia tudo perdido para o tricolor. Sem articulação e tática, restou pressionar. O Galo da Comarca descontou aos 40 minutos, no gol contra de Lucas Straub - 2 a 1, aos 40 minutos.

A torcida incentivou e o Anápolis empatou em outro pênalti marcado com o auxílio do VAR. Bola no braço de Lucas Mingotti. Pênalti, desta vez convertido por Rafael Mineiro - 2 a 2, aos 45 minutos. &nbsp;A vaga foi decidida nos pênaltis.

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FICHA TÉCNICA

Anápolis 2 (5) x (4) 2 Abecat

Volta das quartas de final da Copa do Brasil

Local: Estádio Jonas Duarte (Anápolis-GO)

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira

Assistentes: Tiego dos Santos e Ricardo Prado

VAR: Jefferson Ferreira

Anápolis:&nbsp;Paulo Henrique; Fábio, Lucão, Victor Oliveira, Caxambu; João Afonso, Samuel Michells, Ariel; Kadu, Matheus Lagoa, Igor Cássio, João Celeri (Marcão). Técnico: Ângelo Luiz

Abecat:&nbsp;Breno Boeno; Lucas MIngoti, Thiago Sales, Lucas Straub; Lázaro, Lucas Silva, Marinho, Rafinha e Marcílio; Cleyton (Miguel) e Roniel (Michel). Técnico: Gabardo Júnior

Gols: Rafinha (53'/1ºT), Michel (30'/2ºT), Lucas Straub, contra (40'/2ºT) e Rafael Mineiro, dse pênalti (44'/2ºT)

Em jogo maluco, Anápolis elimina Abecat nos pênaltis e garante 3ª vaga na semifinal

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Matéria - Esporte

Goianão

O goleiro Tadeu, grande herói da classificação esmeraldina à semifinal do Campeonato Goiano, valorizou a vaga conquistada na noite desta quarta-feira (5), contra o Crac, na Serrinha, e afirmou que o nível da competição melhorou por causa do desempenho dos clubes do interior.

“Sensação única. Sabemos das dificuldades, é a primeira vez que conseguimos vencer uma disputa de pênaltis aqui (na Serrinha). Sabemos das cobranças, de tudo que tem acontecido, mas trabalhamos para vencer o jogo nos 90, 100 minutos”, disse Tadeu, em entrevista pós-jogo à TV Brasil Central.

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Depois de um empate em 1 a 1 no tempo normal, a vaga precisou ser decidida nos pênaltis - no jogo de ida das quartas, em Catalão, o placar terminou em 0 a 0. Tadeu converteu a primeira cobrança da noite e ainda defendeu os chutes de Pilar, Yan e Potiguar, sendo o principal responsável pela classificação alviverde.

De acordo com o goleiro, a campanha e atuação do Crac apenas valorizam o feito do Goiás, que volta à semifinal após ter caído nas quartas do ano passado, contra o Goiânia.

“Vi algumas pessoas falando que o campeonato está um pouco abaixo no nível técnico, eu discordo. Vou falar por nós, não pelas outras equipes, a gente sabe que está devendo na competição, mas sabemos que a qualidade melhorou muito por causa das equipes do interior”, concluiu.

Herói da classificação, Tadeu valoriza feito do Goiás e enaltece times do interior

Pós-jogo

Depois de passar pelo Crac nas penalidades, após empate no tempo normal, e garantir uma vaga na semifinal do Campeonato Goiano, o técnico esmeraldino Jair Ventura fez questão de elogiar a equipe adversária, rasgou elogios ao goleiro Tadeu e afirmou que o Goiás chega forte para brigar pelo título.Na noite desta quarta-feira (5), o Goiás precisou suar a camisa para avançar à semifinal. Depois de um 1º tempo nulo na Serrinha, o esmeraldino abriu o placar na etapa final, com gol de cabeça de Luiz Felipe. Quando parecia que a vitória viria com tranquilidade, Manaus empatou e levou para os pênaltis.“Temos que começar falando da equipe do Crac, que fez um campeonato muito sólido. Não perdeu para nenhuma equipe da capital, fez um jogo muito difícil contra a gente na 1ª fase e, mais uma vez, deu muita dificuldade, o que valoriza ainda mais a nossa classificação”, disse Jair.Tadeu foi o principal nome da disputa de pênaltis. O arqueiro alviverde abriu a série convertendo a sua cobrança. Rodrigo Andrade errou para o Goiás, mas o goleiro pegou os chutes de Pilar, Yan e Potiguar e foi decisivo ao mandar o time da capital à semifinal do Estadual, após a equipe cair nas quartas da edição do ano passado, contra o Goiânia.“Tivemos que testar um pouco os nossos corações e mostrar que, uma coisa que eu bato desde a minha primeira passagem aqui, o Tadeu com certeza está entre os cinco melhores goleiros do futebol brasileiro”, elogiou Jair Ventura.Pela primeira vez em sete disputas de pênalti na Serrinha, o Goiás conseguiu se classificar nessas condições. “Fico feliz que esse elenco tenha marcado mais uma vez história no clube, espero que agora possa ser um passo importante para o título”, disse o treinador.Próximos passosO Goiás fica no aguardo de qual será o adversário na semifinal do Goianão, que dependerá do resultado de Vila Nova x Jataiense, jogo que está marcado para essa quinta-feira (6), às 19h30, na Serra Dourada, e definirá o último classificado - no jogo de ida, em Jataí, o Tigre venceu por 1 a 0 e tem a vantagem.“Semifinal é semifinal. As partidas são diferentes, (definidas) por detalhes. Agora é trabalhar bem durante a semana. No futebol, sempre falo isso, é continuar fazendo as coisas bem”, apontou o atacante Esli Garcia, autor da assistência para o gol de Luiz Felipe.Apesar de ser o maior campeão da história do Campeonato Goiano, com 28 títulos, o Goiás quer acabar com um jejum incômodo. Desde 2018, o esmeraldino não levanta o caneco da competição; de lá para cá, o clube chegou às finais de 2019, 2022 e 2023, e perdeu todas elas para o rival Atlético-GO.

Após classificação, técnico do Goiás elogia Crac e Tadeu: "Entre os 5 melhores do Brasil"

No encerramento das quartas de final do Goianão, Vila Nova e Jataiense decidem na noite desta quinta-feira (6), às 19h30, no Serra Dourada, o último semifinalista da competição. No jogo de ida, em Jataí, o Tigre triunfou por 1 a 0 e tem a vantagem do empate na volta contra a Raposa.

(Confira, no fim do texto, onde assistir, escalações prováveis e arbitragem)

Dono da melhor defesa do Campeonato Goiano, com apenas cinco gols sofridos em 12 partidas, o Vila Nova só foi vazado em três jogos no Estadual - nas vitórias contra Atlético-GO (3 a 1) e Jataiense (2 a 1), e na derrota para o Goiânia (3 a 1), todas pela 1ª fase do torneio.

Se o Vila Nova repetir o feito nesta quinta-feira (6), ficará com a vaga na semifinal. Caso o duelo contra a Jataiense termine com vitória da equipe do interior por um gol de diferença, a classificação será decidida nos pênaltis.

O Vila Nova tem algumas situações específicas no elenco. O goleiro Kozlinski se recuperou de lombalgia e a tendência é que retorne ao time titular. O lateral direito Elias e o atacante Emerson Urso, além do lateral esquerdo Eric Davis e do zagueiro Marcondes, que sequer estrearam na temporada, estão lesionados.

Já o atacante Júnior Todinho é dúvida, depois de sofrer uma entorse no joelho. Isso abre um leque de possibilidades para o técnico Rafael Lacerda. Se ele preferir continuar no sistema 4-3-3, as opções para o ataque são Vinicius Paiva, Gabriel Silva, Facundo Labandeira, Bruno Mendes e Gabriel Poveda. Desses nomes, apenas Poveda tem vaga garantida.

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Além dessas opções, o treinador colorado pode optar por Dodô ou Diego Torres, meio-campistas de origem, no setor ofensivo, algo que já foi feito nesta temporada em outros jogos do Vila Nova.

Outra possibilidade é entrar com a formação no 4-4-2 e povoar o meio-campo. Ralf, Igor Henrique (recuperado de virose), Arilson, João Vieira, Paulinho, Diego Torres e Dodô estão disponíveis.

O meia Jean Mota, recém-contratado e apresentado oficialmente nesta quarta-feira (5), está regularizado, mas não deve ser relacionado. Isso porque ele aprimora a forma física. Se ele for relacionado, iniciará o jogo no banco de reservas, até porque ainda não entrou em campo nenhuma vez em 2025.

A Jataiense vai precisar superar um algoz se quiser avançar à semifinal do Goianão. Nas duas ocasiões em que enfrentou o Vila Nova neste ano, perdeu. Pela 1ª fase, derrota por 2 a 1. Na ida das quartas, derrota por 1 a 0. Ambas as partidas foram disputadas no Arapucão, e o mando de campo do Tigre no Serra Dourada deve ser um obstáculo a mais.

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FICHA TÉCNICA

Volta das quartas do Goianão

Jogo: Vila Nova x Jataiense 
Data: 06/03/25 
Horário: 19h30 
Local: Estádio Serra Dourada, em Goiânia (GO) 
Onde assistir: TV Brasil Central

Árbitro: Osimar Moreira 
Assistentes: Tiago Gomes e Danilo Bonifácio 
VAR: João Paulo Cunha

Vila Nova: Kozlinski (Halls); Igor Inocêncio, Walisson Maia, Tiago Pagnussat e Willian Formiga; João Vieira, Arilson, Igor Henrique e Diego Torres (Dodô); Vinicius Paiva (Júnior Todinho) e Gabriel Poveda. Técnico: Rafael Lacerda.

Jataiense: Arthur Gazze; Diego Bolt, Arthur Pierino, Weverton e Luis Felipe; Borim, Daniel Costa e Júnior Timbó; Daniel Bahia, Erick Luís e Wender. Técnico: Gian Rodrigues.

Ingressos: 80 reais (cadeiras) e 50 reais (arquibancada); entrada gratuita para mulheres e meia-entrada para torcedores com a camisa do Vila Nova

Vila Nova x Jataiense: onde assistir, horário e escalações

O pênalti, sinônimo de grande possibilidade de fazer gol, pela distância (11 metros) da meta e pelo fato de o executor ter apenas o goleiro à frente, tem se tornado uma neura no Atlético-GO. Na vitória apertada (2 a 0) sobre o Inhumas, pelas quartas de final do Goianão, novamente um jogador perdeu cobrança - o atacante Marcelinho chutou para fora.

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No Estadual, o Dragão teve sete penalidades a favor, mas o índice de aproveitamento é baixo. Das sete, só duas foram convertidas (28,5%). Também chama a atenção que, na sequência, cinco atletas diferentes fizeram as cobranças: Shaylon, Rhaldney, Caio Dantas, William Pottker e Marcelinho.

Para Rhaldney, o pênalti é uma ciranda. O volante converteu duas vezes (Goiânia e Abecat), mas acertou a trave contra o Crac. Na série decisiva pela Copa do Brasil, diante da ASA-AL, Rhaldney bateu para fora.

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Shaylon parou na defesa do goleiro da ASA-AL e parece abatido, pois desperdiçou pênaltis nas temporadas 2023 e 2024.

O que fazer diante deste drama? Quais segredos envolvem uma penalidade?

"Para mim, no pênalti pesa o momento do jogador. Às vezes, o batedor não está bem e tem de assumir. O time precisa ter pelo menos três cobradores e isso tem de ser definido entre os jogadores e o técnico", explica Lindomar, que foi responsável pelas penalidades em times como o Atlético-GO e o Gama-DF.

Lindomar não tem os números exatos, mas calcula ter batido cerca de 20 pênaltis na carreira e só perdeu uma, quando atuava pelo Gama-DF - o ex-goleiro Wagner, do Botafogo, fez a defesa.

A definição de quem cobra os pênaltis é essencial e dois outros fatores pesam, na visão de Júlio César, outro ex-jogador atleticano. "É preciso treinamento. O treino é o fundamento de qualquer esporte", cita o ex-camisa 10. "Acredito que também pesa a questão psicológica. O jogador precisa ter personalidade. Se errar, não pode se abater. Precisa ter capacidade de reação. Senão, não consegue seguir no jogo". &nbsp;

No levantamento de pênaltis desperdiçados pelo Dragão no Estadual, a coincidência é que os cinco perdidos foram no primeiro tempo - o cobrador e o time sentiram o baque, a equipe caiu de produção e o Atlético-GO sofreu para empatar ou ganhar os jogos.

"O jogador sente a pressão quando erra. Isso é falta de confiança. É preciso conversar internamente, definir a ordem (quem bate). Também muito treinamento. Às vezes, eu treinava umas 15 cobranças", recomenda Lindomar.

Lindomar se lembra da frieza de Evair, "o melhor batedor que vi jogar." Como nem todo jogador nasce com a calma e a técnica do ex-atacante do Palmeiras, a recomendação é a repetição (treino). Júlio César conta que passou a treinar "olhando para o goleiro sem olhar para a bola", à espera de ver a movimentação do goleiro. "Eu treinava a minha mente", conta. Ao treinar a mente, apostava na repetição para converter.

Por isso, treinar com convicção é decisivo. O pênalti final na conquista da Série C do Brasileiro (1990), contra o América-MG, foi batido por Júlio César. Responsabilidade enorme. "Sinceramente, não tremi. Mas sabia que tinha o João Leite (ex-goleiro) do outro lado. Experiente, sabia pegar pênaltis. Bati rasteiro, no canto e com convicção de que ele (João Leite) não conseguiria defender", detalhou Júlio César.

O técnico interino do Atlético-GO, Anderson Gomes, disse que é necessário definir quem bate. "Naquele momento, Marcelinho vinha treinando diariamente. Temos de resolver isso urgente. Temos de tirar o peso. O jogo mexe muito com as emoções", destacou Anderson Gomes.

Na semifinal do Goianão e na Copa do Brasil, o Atlético-GO poderá ter de decidir as vagas nas penalidades. Em anos anteriores, o Dragão decidiu o Goianão de 2023 nos pênaltis (100% de aproveitamento contra Goiás) e eliminou o Olímpia (Paraguai) nas oitavas de final da Sul-Americana de 2022 também com 100% de aproveitamento. A última eliminação nos pênaltis foi para o Volta Redonda-RJ, na 2ª fase da Copa do Brasil de 2023.