O esquema deflagrado na Operação Penalidade Máxima visava gerar lucro de cerca de R$ 2 milhões ao apostador, de acordo com as informações preliminares das investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás.No esquema investigado após denúncia feita em novembro de 2022, pelo Vila Nova, foram descobertas promessas de R$ 150 mil para jogadores de três clubes envolvidos em três jogos da última rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Veja lista de investigados publicada pelo POPULAR.O apostador que organizou o esquema fraudulento teria retorno financeiro de mais de R$ 2 milhões caso a aposta tivesse sido vencedora. Para que a tentativa tivesse êxito, eram necessários pênaltis marcados no 1º tempo de três partidas.Conforme publicou O POPULAR em primeira mão, as partidas são: Vila Nova 0 x 0 Sport, Criciúma 2 x 0 Tombense e Sampaio Correia 2 x 1 Londrina."Estima-se que o prejuízo decorrente do não êxito da aposta seja na casa de R$ 2 milhões. O ganho dos atletas envolvidos seria de R$ 150 mil para cada. Seriam pagos R$ 10 mil a título de adiantamento e e R$ 140 mil após o êxito. Como no caso do Vila Nova não houve o pênalti, mas houve o pagamento do sinal para o atleta envolvido, o apostador passou a cobrar o prejuízo causado", explicou o promotor de Justiça Fernando Cesconetto, responsável pela coordenação da operação.Leia também:+ Ex-Vila Nova é alvo de operação que investiga manipulação de resultados na Série B+ Operação do MP-GO mira grupo suspeito de manipular resultados na Série B do Brasileiro+ Vila Nova foi quem denunciou o esquema ao MP-GOA investigação apurou grupo criminoso atua cooptando atletas para manipular resultados nas partidas por meio de ações como, por exemplo, cometer pênalti no primeiro tempo dos jogos, entre outras iniciativas.O objetivo do esquema é viabilizar o êxito em apostas esportivas de elevados valores. Em contrapartida, os atletas recebem parte dos ganhos, em caso de êxito. Estima-se que cada suspeito tenha recebido aproximadamente R$ 150 mil por aposta.Os investigadores afirmam que o grupo atuou em, no mínimo, três jogos da Série B no fim de 2022, com estimativa de valores envolvidos de mais de R$ 600 mil.De acordo com o MP-GO, os apostadores fizeram apostas casadas de pênaltis em três partidas. Os jogos são (todos pela última rodada da Série B do ano passado):Vila Nova 0 x 0 SportCriciúma 2 x 0 TombenseSampaio Correia 2 x 1 LondrinaO mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Goiânia, São João del-Rei (MG), Cuiabá (MT), São Paulo (SP), São Bernardo do Campo (SP) e Porciúncula (RJ).Em Goiânia, o único mandado cumprido foi de busca e apreensão contra Gabriel Domingos, volante de 22 anos do Vila Nova, que não participou da manipulação, mas emprestou a conta para os pagamentos dos manipuladores.Romário, de 20 anos, é outro jogador alvo de mandado de busca e apreensão, mas em Minas Gerais. Ele era jogador do Vila Nova no ano passado e, pouco depois do jogo do Vila Nova que está sob investigação, teve contrato rescindido pelo clube, que não contou o motivo à época, só disse que foi por "ato de indisciplina grave".Os outros jogadores são os laterais Matheusinho, que está no Cuiabá, mas jogava pelo Sampaio Corrêa em 2022, e Joseph, do Tombense.