O técnico Eduardo Baptista, de 50 anos, teve uma estreia mais do que positiva à frente do Atlético-GO. Assumiu um elenco cabisbaixo depois de dois empates na Série A, uma goleada e a desclassificação nas quartas de final da Copa do Brasil, diante do Corinthians, e a derrota no clássico do último sábado (27), para o Goiás.Após vencer o São Paulo por 3 a 1 e abrir vantagem na semifinal da Copa Sul-Americana, o treinador admitiu que não quis inventar nada extraordinário, mas revelou que precisava "criar um fato novo" para levantar a moral dos atletas e trazê-los de volta à condição de equipe competitiva e intensa para buscar a vitória sobre o São Paulo pela Sul-Americana."A equipe foi equilibrada, buscou desde o início o gol. Tivemos pouco tempo de trabalho. Entendia que precisávamos fazer alguma alteração de ordem tática. Apostamos no Marlon (Freitas) pela direita, assim como jogava no Criciúma. Para jogar, criamos algumas situações", resumiu o treinador, ressaltando que tinha interesse em mudar radicalmente o time na estreia dele.Porém, Eduardo Baptista comentou que encontrou o elenco "um pouco machucado" pelos resultados negativos recentes, como as derrotas para o Corinthians (4 a 1) e o Goiás (2 a 1). O elenco parecia não absorver o discurso de Jorginho.Eduardo Baptista não entrou no mérito dessa questão. Para ele, que usou três sessões de treinos, desde a segunda-feira, o importante foi que os jogadores assimilaram rápido não só a mudança tática, mas a necessidade de ter atitude para virar o quadro adverso por causa dos reveses. Ele e a comissão técnica procuraram resgatar alguns atletas, como Shaylon e Léo Pereira, que fizeram os gols que abriram a diferença no placar no segundo tempo.Leia também:+ Atlético-GO ganha do São Paulo e abre vantagem na semi da Sul-Americana+ Léo Pereira comemora mais um gol decisivo pelo Atlético-GO+ Atlético-GO registra maiores público e renda do futebol goiano em 2022O treinador não quer se empolgar com o resultado e a estreia vitoriosa. Para ele, no domingo (4), há outro jogo decisivo na agenda do Dragão - o time recebe o Atlético-MG, no Estádio Antonio Accioly, com obrigação de buscar outro triunfo para melhorar a posição do clube na Série A do Brasileiro. Uma das missões de Eduardo Baptista é trabalhar para evitar, nas 14 rodadas restantes, o rebaixamento à Série A.Sobre as chances de chegar à final da Sul-Americana, o treinador acredita que é possível e que vai trabalhar para isso. "Vamos buscar a classificação", frisou o treinador do Dragão. Ele terá pouco tempo para fazer ajustes até domingo (4), mas conhece o elenco e viu que o efeito da mudança de comando foi rápido e pontual. Eduardo Baptista também ambiciona uma final de torneio como a Sul-Americana, também inédita para a carreira dele como técnico.