Jorginho é o principal desfalque do Atlético-GO na decisão do Goianão 2022, neste sábado (2), diante do Goiás, no Estádio da Serrinha. O Dragão não terá o articulador de jogadas ofensivas e de cadência na equipe. Após encaixar Jorginho no sistema tático do time, o técnico Umberto Louzer precisa definir o substituto do camisa 10 no clássico que vale o título do Estadual e que é tratado como uma das prioridades do clube neste início de ano.O treinador deve optar por um meia com as características semelhantes ao destaque, mas escalar um atacante enfiado ou aberto pelos lados não é algo descartado. Porém, é preciso preencher o espaço de campo antes ocupado por Jorginho e isso será preocupação da comissão técnica. Há opções como Wellington Rato, Shaylon, Rickson e até Marlon Freitas, para a vaga de Jorginho.A formação com três jogadores - Shaylon, Jorginho e Wellington Rato - que sabem valorizar a posse de bola e com poder de ataque e definição, ao mesmo tempo, foi a que mais deu certo no Dragão após início de temporada, marcado por resultados e atuações nem sempre satisfatórios. Umberto Louzer conseguiu reorganizar o time com Jorginho repetindo o que fez nas passagens anteriores pelo clube, centralizado, e não como chegou a atuar no início deste ano, aberto no lado esquerdo.Sem ele, a versatilidade de Wellington Rato, escalado mais recuado, na armação e partindo em direção ao gol é a mais viável na opinião do técnico Gilberto Pereira, que teve duas passagens pelo Dragão e dirigiu o Goiatuba em parte do Estadual 2022.“Não há tempo para mexer no sistema de jogo, fazer mudanças radicais. Eu puxaria o Rato para trás, para atuar mais recuado. Ele fez bem esta função, partindo de trás”, opinou Gilberto Pereira, que considera não ser recomendável, para começar o jogo, adiantar o volante Marlon Freitas para jogar como armador. “É fazer o simples. Não pode inventar muito”, disse o treinador. Deslocado para o meio-campo, na função de Jorginho, Wellington Rato abriria vaga no time para um atacante, na visão de Gilberto Pereira. No caso, o paraguaio Brian Montenegro ficaria mais adiantado e a equipe poderia ganhar em força ofensiva e poder de fogo. O treinador não recomenda escalar de início o meia Rickson, pois recuaria o time, nem o atacante Airton, opção para atuar mais aberto e em velocidade. Segundo ele, com Airton e Léo Pereira, o Dragão teria velocidade, mas faltaria referência na área. Campeão da Série C 2018 e vice do Estadual 2009 pelo Atlético-GO, André Leonel também gosta da ideia de escalar Brian Montenegro no time, para mantê-lo ofensivo. Assim, o ex-jogador do Dragão acredita que se mantém a essência do time e que é preciso “defender atacando”. A presença de Wellington Rato e Shaylon ajudaria na recomposição e armação do time. Shaylon, na opinião de André Leonel, tem de continuar ocupando o lado direito do campo, como fez na fase de crescimento da equipe. Rato faria a função de Jorginho, enquanto Léo Pereira e Brian Montenegro ficariam adiantados.André Leonel entende que Umberto Louzer precisa preparar estratégias para usá-las durante o clássico, mas não será fácil suprir a ausência de Jorginho. “É experiente, tem muito tempo de clube, disputou decisões, foi campeão”, destacou. Desde que voltou ao time, Jorginho atuou 15 vezes e não ficou fora de um jogo sequer desde que Louzer assumiu - em apenas um, não foi titular. Fez um gol sobre o Morrinhos e foi decisivo nos clássicos diante de Vila Nova (1 a 1, com assistência para Wellington Rato empatar) e Goiás (foi tocado por Yan Souto no controverso lance do pênalti convertido por Marlon Freitas).-Imagem (1.2428816)