O Campeonato Goiano feminino começa neste final de semana e terá seis times na busca pelo título estadual e a vaga para a Série A3 do Campeonato Brasileiro. A competição na fase de pontos corridos vai ser disputada até o dia 15 de novembro, mas pode ser estendida até o dia 30 de novembro para a realização de dois jogos da decisão.

Aliança, Anapolina, Flugoiânia, Planalto, Trindade e Vila Nova são os times que vão disputar o Goianão neste ano.

Em comparação com a edição de 2024, a competição terá menos clubes. No ano passado, o torneio contou com oito equipes. As ausências neste ano são Atlético-GO, Vasco de Itaberaí, Abadia e Atletas de Jesus.

Planalto e Anapolina são as novidades para a edição deste ano. Ambos clubes vão disputar a competição pela primeira vez.

A fórmula de disputa será como nas últimas edições, a primeira fase vai ser disputada em pontos corridos, com dois turnos, nos quais os times jogarão partidas de ida e volta. O vencedor do primeiro turno enfrentará o vencedor do segundo turno em uma final, de ida e volta. Caso a mesma equipe vença os dois turnos, ela se tornará campeã sem a necessidade de jogos decisivos.

O vencedor do Goianão Feminino 2025, além do título, será o representante do futebol goiano no Campeonato Brasileiro Feminino A3 de 2026. Caso o Vila Nova conquiste o título, o vice-campeão ficará com a vaga, já que o Tigre está garantido no Feminino A2 do ano que vem.

A equipe colorada, inclusive, defende o título goiano. No ano passado, o Vila Nova venceu os dois turnos e garantiu o segundo título da competição - o outro foi em 2021.

O Vila Nova está embalado na temporada, já que conquistou o acesso à Série A2 em junho. A equipe colorada chegou à final da Série A3, mas foi superada pelo Atlético-PI na decisão.

“Chegamos muito motivados. O acesso no Brasileiro A3 fortaleceu ainda mais o grupo e mostrou que estamos no caminho certo. Agora, o Goianão é uma oportunidade para dar sequência ao trabalho. Nosso objetivo é buscar o título, mas entendemos que o Goianão vai além disso. É fundamental para dar rodagem ao elenco, consolidar a identidade de jogo e fortalecer ainda mais. Queremos competir no mais alto nível em busca do tricampeonato” disse o treinador Robson Freitas.

Em relação ao elenco que disputou o Feminino A3, o Vila Nova sofreu algumas baixas. A atacante Vânia, vice-artilheira do Campeonato Brasileiro Feminino A3 com oito gols, deixou o clube rumo ao Itabirito-MG. A centroavante Naytielle, principal goleadora da equipe nos últimos, foi para o Maccabi Tel Aviv, de Israel.

“Mantivemos a espinha dorsal do time, que foi determinante na campanha do acesso. Tivemos algumas saídas que já eram previstas, mas estamos atentos ao mercado. A diretoria e a comissão técnica avaliam nomes que possam agregar, tanto para o Goianão quanto pensando na sequência da temporada, especialmente na Série A2”, acrescentou Robson Freitas.

A equipe colorada conta com a experiência da atacante Samara. A jogadora de 37 anos defende o Vila Nova desde 2022. “Ganhar títulos é sempre importante, e esse ano não será diferente, vamos em busca de mais essa conquista para fechar o ano com chave de ouro”, reforçou Samara.

Maior campeão do Goianão feminino e time mais tradicional da modalidade no Estado, o Aliança também é um dos favoritos ao título. A equipe venceu a competição em 16 ocasiões, a mais recente em 2023, e quer voltar ao topo no futebol goiano para retornar ao cenário nacional, já que não teve calendário neste ano.

O Aliança não possui mais parceria com o Goiás, no aspecto financeiro, mas mantém relação com o clube esmeraldino e utiliza o CT Buriti Sereno para treinos e jogos.

“A nossa preparação é para brigar não só pelo título, mas também por essa vaga na Série A3. Vai ser muito difícil, porque estão surgindo várias equipes novas, muitas com respaldo, patrocínio, parcerias. Enquanto isso, nós seguimos sozinhas, sem patrocinador, sem apoio. A única parceria que temos continua sendo com o Goiás, que nos oferece a estrutura”, desabafou a gestora Patrícia Menezes.

O elenco do Aliança disputou três competições em 2025: o Goiano Sub-20, os Jogos Universitários e, recentemente, a Taça das Favelas. Patrícia Menezes explicou que o foco do clube está nas meninas do sub-20, que formam a base do grupo.

“A base é o sub-20, que funciona como o esqueleto da equipe, com algumas atletas adultas que ajudam a transmitir experiência para as mais jovens. Algumas meninas ainda vão chegar, mas a montagem do elenco foi toda pensada em cima do sub-20. O foco é nessa categoria porque teremos a Copinha. Então, acreditamos muito no potencial delas”, reforçou a gestora.

Rivalidade 
Vencedores do Goianão feminino nos últimos anos, Aliança e Vila Nova constroem uma rivalidade entre as equipes na modalidade. Nas últimas quatro edições do Campeonato Goiano, as equipes dominaram o cenário, cada uma sendo campeã duas vezes.

As equipes também se enfrentaram na 1ª fase do Campeonato Brasileiro Femino A3 de 2024. Na ocasião, o Vila Nova avançou pelo placar agregado de 10 a 6.

“É uma rivalidade sadia, que faz bem para o futebol feminino em Goiás. Jogos contra o Aliança sempre são duros, equilibrados, e elevam o nível do campeonato. Essa disputa ajuda a dar visibilidade e atrair mais torcedores para a modalidade”, comentou o treinador Robson Freitas, do Vila Nova.

Patrícia, presidente do Aliança, também reforça o discurso que a rivalidade existe e tem clima saudável. “Nós e o Vila Nova temos uma rivalidade de muitos anos. Revezamos entre campeãs e vice-campeãs. Uma hora o Vila está por cima, outra somos nós. Essa rivalidade é saudável e ajuda a construir e abrir caminho para o futebol feminino em Goiás”, opinou.

Estreantes 
Dois clubes vão estrear no Goianão feminino na edição deste ano: o Planalto Esporte Clube, time de Aparecida de Goiânia e a Anapolina, que se tornou SAF no ano passado e criou uma equipe feminina que vai disputar sua primeira competição oficial neste ano.

“A proposta do Planalto com o futebol feminino é de protagonismo, visibilidade e valorização. A gente quer que, assim como acontece na Taça das Favelas, onde masculino e feminino têm a mesma importância, isso se reflita no nosso clube. Tanto que, no primeiro ano de fundação, estruturamos o futebol feminino para disputar o Campeonato Goiano profissional”, falou o fundador e presidente Breno Cardoso, que também preside a&nbsp; Central Única das Favelas em Goiás.

O dirigente explicou que a montagem do elenco foi feita com observação de jogadoras que atuaram na última edição da Taça das Favelas, mas que também buscou atletas para compor o elenco.

“A montagem do elenco precisa equilibrar a valorização de atletas locais com a busca por jogadoras de relevância nacional, garantindo assim uma equipe competitiva. Vamos para a competição com um elenco forte e competitivo”, reforçou.

Os jogos do Planalto, como mandante, serão disputados no estádio Annibal Batista de Toledo, que é a casa da Aparecidense.

A Anapolina, por sua vez, antecipou a formação de uma equipe feminina. O planejamento era montar o time para 2026, mas a direção quer dar experiência para as atletas.

“A Anapolina tem uma estrutura para receber o feminino, mas estamos fazendo algumas adaptações para atender todo o projeto. Vamos apostar em novos talentos. Esperamos ganhar experiência para um projeto que deve ser a longo prazo. Estamos somente no início”, explicou o diretor executivo Nahemias Ramos.

“É um projeto sério e inovador. É tudo muito novo, é um sonho para as meninas de Anápolis, já que, nunca teve algo nem parecido. Temos expectativas de fazer um bom campeonato, nos preparando diariamente em busca do melhor para o clube”, disse a treinadora da Anapolina, Jéssica Braz.

Sobre o elenco, a treinadora disse que trás experiência e juventude juntos. “Fizemos alguns testes e algumas peneiras, tanto em Anápolis quanto em cidades próximas, em busca de conseguirmos formar um elenco. Temos meninas entre 16 e 33 anos, com experiência e juventude caminhando juntas”.

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

Goiano Feminino começa com rivais entre os favoritos, estreantes e busca de projeção

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Estadual

O volante Miticov sofreu uma lesão de grau 1 no ligamento colateral medial do joelho direito e ficará entre quatro e seis semanas fora de combate no Vila Nova. O jogador passará por um tratamento conservador, sem necessidade de cirurgia, mas não será opção no plantel colorado por pelo menos um mês.

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Miticov vinha sendo reserva no Vila Nova. No mais recente duelo diante do Athletic-MG, no OBA, ele entrou no lugar de Nathan Melo na volta do intervalo, mas sequer conseguiu completar a partida. O atleta sentiu dores no joelho e saiu de campo na reta final. Como o Tigre não tinha mais substituições, jogou os minutos finais com um a menos.

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Miticov se junta a Arilson e Ralf, outros volantes machucados no Vila Nova. Neste momento, o técnico Paulo Turra conta com João Vieira, Nathan Melo, Enzo e Igor Henrique para o setor.

Volante sofre lesão e desfalca o Vila Nova por pelo menos um mês

Problema

O técnico Paulo Turra afirmou que o Vila Nova está cada vez mais forte mentalmente e cobrou mais atenção do time para os últimos 13 jogos do time na temporada. Sobre quem será o goleiro titular diante do Remo, Halls ou Kozlinski, o treinador se esquivou e disse que não vai “entregar o ouro”.

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“Mentalmente a nossa equipe está cada dia mais forte. Nós temos que acelerar muitos processos, porque esse é o objetivo, para que possamos ser ainda mais fortes. A sequência que nós temos, não adianta nada pensar nela se no próximo jogo não fizermos nosso resultado. Estamos focados diretamente no nosso próximo adversário, que é o Remo”, declarou.

No jogo passado, Kozlinski foi o goleiro titular por causa da suspensão de Halls. Agora, Halls volta a ficar disponível, mas Paulo Turra não confirmou quem iniciará jogando.

“Eu não vou dar o ouro para o bandido. Eu, como treinador, me restrinjo ao meu direito de apresentar o time apenas na hora do jogo”, comentou.

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O Vila Nova vem de um empate amargo diante do Athletic-MG (1 a 1), no OBA, mas Paulo Turra quer utilizar esse tropeço para que a equipe possa melhorar nos últimos jogos da Segundona.

“Nós não contávamos, ninguém contava ( com o empate). Isso também faz parte do jogo, mas não é um motivo para a gente ficar lamentando, bem pelo contrário. O que temos de fazer é trabalhar ainda mais. Tivemos uma semana produtiva e nós temos não que nos reinventar, mas evoluir para que possamos, no mínimo, estar atentos”.

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Série B

Depois de ter o seu contrato rescindido com o Vitória, o meia Jean Mota assinou um novo vínculo com o Vila Nova, desta vez em definitivo. O contrato é válido até o fim da Série B deste ano. Com a regularização no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, ele está liberado para jogar normalmente diante do Remo.

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Jean Mota chegou ao Vila Nova nesta temporada por empréstimo do Vitória até o dia 31 de dezembro de 2025. Na semana passada, o atleta chegou a um acordo com o Leão para a rescisão do contrato e, com isso, o empréstimo ao Tigre também parou de valer. Ele ficou livre no mercado e, na data-limite, a diretoria colorada contratou o atleta em definitivo.

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A janela de transferências do futebol brasileiro fechou no dia 2 de setembro. Porém, para jogadores sem contrato, a CBF permite que sejam registrados na Série B até esta sexta-feira (12), a não ser que já tenham defendido outro time em pelo menos oito partidas na atual edição do campeonato.

O próximo compromisso do Vila Nova está marcado para sábado (13), às 18h30, diante do Remo, no OBA, pela 26ª rodada da Série B.

Vila Nova contrata Jean Mota em definitivo, após rescisão de contrato com o Vitória

Ele fica

O Vila Nova tenta melhorar o aproveitamento como mandante para ganhar força na disputa pelo acesso à Série A. O próximo compromisso do Tigre será diante do Remo, no estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, no próximo sábado (13).

Atualmente, o aproveitamento do Vila Nova é inferior ao das duas últimas temporadas da Série B, com o mesmo número de derrotas da campanha de 2021.

Na atual edição da Série B, o Vila Nova soma 63,8% de aproveitamento dentro de casa, com sete vitórias, dois empates e três derrotas.

O número neste momento é inferior às campanhas de 2024, quando o aproveitamento final foi de 75,4% (13 vitórias, quatro empates e duas derrotas), e em 2023, com aproveitamento de 68,4% (11 vitórias, seis empates e duas derrotas).

Em comparação com os dois primeiros anos desde que voltou para a Série B, após o rebaixamento à Série C, o Vila Nova ainda tem aproveitamento melhor - em 2022, a porcentagem foi de 50,8% (seis&nbsp; vitórias, 11 empates e duas derrotas), e em 2021, de 49,1% (seis vitórias, dez empates e três derrotas).

No entanto, o Tigre já tem a mesma quantidade de derrotas de 2021 e ainda vai jogar sete partidas no&nbsp;OBA. Os últimos sete adversários do Vila Nova como mandante em 2025 serão Remo, Cuiabá, Criciúma, Amazonas, Ferroviária, Avaí e Volta Redonda.

Entre esses, apenas Amazonas, Ferroviária e Volta Redonda brigam na parte de baixo da tabela de classificação. Todos os outros estão na luta pelo acesso à Série A.

Para o Vila Nova conseguir o objetivo de terminar dentro do G4 ao fim do campeonato, precisará voltar a ter o OBA como um dos pontos fortes do time. Se vencer todos os sete jogos restantes em casa, por exemplo, o Tigre chegará aos 56 pontos.

A média histórica das últimas cinco edições indica que 63 pontos é uma pontuação segura para subir, embora isso não seja totalmente garantido. Nessa projeção e nesse cenário, a equipe goiana precisaria somar apenas sete pontos como visitante nos seis jogos restantes fora de casa, contra Athletico-PR, Novorizontino, América-MG, Atlético-GO, Operário-PR e CRB.

O confronto diante do Remo, pela 26ª rodada da Segundona, está marcado para o próximo sábado (13), às 18h30, no OBA.