Anselmo Ramon chega ao Goiás com expectativa elevada para resolver um problema que o clube tem há pelo menos dois anos: um novo goleador que faça valer a camisa 9 esmeraldina. O jogador de 36 anos aguarda regularização, mas viajou para Curitiba, onde vai encontrar a delegação alviverde, e pode fazer sua estreia neste sábado (12), contra o Operário-PR, em Ponta Grossa (PR).

A carreira do atacante de 36 anos mostra que ele tem credenciais para ser a solução que o Goiás tanto espera desde as saídas de Pedro Raul, no final de 2022, e Nicolas, no começo de 2023. Anselmo Ramon assinou contrato com o time esmeraldino até o fim de 2026 após deixar o CRB, clube que defendeu nos últimos três anos.

Um centroavante nato. Desta maneira é possível resumir a participação de Anselmo Ramon no ataque do CRB nos últimos anos. O jogador, que é destro e tem 1,82 cm, marca gols de diferentes maneiras, sabe aproveitar espaços entre defensores e geralmente faz muitos gols. Neste ano, por exemplo, foram oito gols em 15 partidas, com participação em outros gols em três assistências.

No clube alagoano, equipe em que mais jogou na carreira, ele marcou gols com a perna direita, a perna esquerda, de cabeça, em lances de faltas levantadas, jogadas de escanteios, cobranças de pênaltis, chutes de fora da área, chutes dentro da área e na pequena área.

Normalmente, Anselmo Ramon precisa de poucos toques para marcar. Se a bola chegar no camisa 9 em condições de finalizar, o histórico dele mostra que a chance de gol é alta. Não é um atleta que vai driblar zagueiros ou criar jogadas. Ele é um jogador de presença de área, não é um atleta de velocidade. É um atacante que finaliza de primeira ou domina e chuta.

"Anselmo Ramon é um fazedor de gols nato. Mesmo em momentos de oscilação de rendimento, dificilmente passa muito tempo sem balançar as redes. Jogador de boa técnica, inteligente no posicionamento e leitura da jogada e exímio finalizador", elogiou o jornalista Cabral Neto, do Grupo Globo.

O que pode facilitar a adaptação do próximo camisa 9 do Goiás é conhecer bem o esquema tático (4-3-3) utilizado pelo técnico Vagner Mancini e o próprio treinador. Eles trabalharam juntos entre 2011 e 2012, no Cruzeiro, quando a carreira do centroavante deslanchou.

Outra situação que pode ajudá-lo no Goiás é ter atuado em alguns momentos no CRB sem a presença de um meia de criação para municiá-lo. No clube alagoano, Anselmo Ramon fez muitos gols em lances em que laterais, pontas e volantes o encontraram em condições para finalizar e marcar gols.

No time esmeraldino, essa situação pode se repetir, já que Vitinho é o único meia de ofício no elenco atualmente e é reserva. Régis, que seria outra opção, teve contrato rescindido nesta quinta-feira (10) e deixou o Goiás.

O técnico Vagner Mancini costuma escalar o Goiás com três volantes, pelo menos um deles com mais liberdade para pisar na área e estar envolvido nos lances ofensivos. Nos dois primeiros jogos do treinador em seu retorno ao clube, Rodrigo Andrade e Rafael Gava exerceram essa função.

"Claro que ter um meia criativo, articulador de jogadas melhora muito esse processo de construção, mas vejo no elenco do Goiás boas alternativas de atletas que, com um modelo de jogo bem pensado, podem resolver esse problema. Rodrigo Andrade, Juninho e Rafael Gava são exemplos de volantes que mostraram capacidade para se aproximar da área e fazer essa bola chegar nos atacantes. Além disso, a construção de jogadas não é exclusividade dos meias, os atacantes de lado e até os laterais podem e devem se envolver nessa fase do jogo", acrescentou Cabral Neto.

Anselmo Ramon tem passagens pelas categorias de base de Bahia e Cruzeiro. Rodou por alguns clubes, como Avaí, Cabofriense, Cluj (Romênia) e Kashiwa Reysol (Japão), antes de sua carreira deslanchar com boa passagem por Oeste (10 gols em 17 jogos em 2011) e Cruzeiro, entre 2011 a 2013.

O centroavante defendeu clubes do futebol chinês por quatro temporadas e voltou a se destacar justamente na Série B, principal competição do calendário do Goiás, com boas passagens pelo Vitória (2019), Chapecoense (2020, foi campeão) e CRB (de 2022 a 2024).

A missão de Anselmo Ramon no Goiás é só uma: marcar gols e resolver o problema do ataque, que sofre com a ausência de um goleador desde as saídas de Pedro Raul, no final de 2022, e Nicolas, no início de 2023.

Desde então, jogadores como Breno Herculano, Gabriel Novaes, João Magno, Matheus Babi, Matheus Peixoto, Philippe Costa, Angello Rodríguez, Edu e Thiago Galhardo jogaram como referência no ataque esmeraldino e não deixaram saudades.

Anselmo Ramon deve ser titular absoluto no ataque em breve. Terá a concorrência de Arthur Caíke e Facundo Barceló, que ainda não se encontraram com a camisa esmeraldina e são opções para a função de centroavante.

Desde que voltou a disputar a Série B, em 2021, o Vila Nova nunca havia começado a competição com uma derrota. Neste ano, isso aconteceu. Para compensar esse revés, e com a expectativa de voltar a vencer novamente dentro de casa, o Tigre se prepara para sua estreia como mandante e busca deslanchar rapidamente no torneio.

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Depois de cair na Série B de 2019 e conquistar o título da Série C de 2020, o Vila Nova começou a Série B de 2021 com um empate de 1 a 1 contra o Botafogo, no OBA. Em 2022, iniciou com outro empate de 1 a 1, desta vez contra o Vasco, em São Januário.

Na edição de 2023, o Vila Nova voltou a estrear em casa e venceu o Novorizontino por 2 a 1. Em 2024, novamente no OBA, o time começou a sua trajetória na Série B com um triunfo de 2 a 0 sobre o Guarani.

Com um recorte de duas vitórias e dois empates em estreias desde que retornou à 2ª Divisão nacional, o Vila Nova viu a marca piorar no último final de semana, quando perdeu por 1 a 0 para o Coritiba, no Couto Pereira, em Curitiba. Após esse resultado, o torcedor colorado mais pessimista vai se lembrar do calcanhar de Aquiles da equipe no ano passado.

Na Série B de 2024, o Vila Nova teve desempenho de G4 como mandante: ostentou a 4ª melhor campanha dentro de casa, com 13 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Fora de casa, porém, o time amargou rendimento de Z4: foram 3 vitórias, 3 empates e 13 derrotas, com a 4º pior campanha como visitante.

Se a expectativa era iniciar a edição de 2025 de maneira diferente, o Vila Nova logo teve uma surpresa negativa. No duelo contra o Coritiba, o time goiano não teve nenhuma finalização a gol e foi punido com a derrota nos acréscimos, após toque de mão de Tiago Pagnussat que gerou pênalti, convertido por Josué.

Para se recuperar rapidamente e somar os primeiros pontos na atual Série B, o Vila Nova quer fazer valer o mando de campo. No próximo sábado (12), às 18 horas, o Tigre recebe o Paysandu no Serra Dourada, em partida que marca o retorno do time ao estádio após a conquista do Campeonato Goiano.

Depois disso, o Vila Nova atuará como visitante, mas em um local bem conhecido: a Serrinha. O clássico contra o Goiás manterá o time em Goiânia e a intenção é utilizar esse ponto a favor da equipe para diminuir a pressão nos eventuais confrontos fora da capital.

O empate sem gols do Goiás com o Paysandu aumentou a sequência da equipe goiana sem sofrer gol sob comando do técnico Vagner Mancini. Considerando as temporadas de 2024 e 2025, com o treinador à frente do clube, o time esmeraldino chegou a nove jogos consecutivos sem ser vazado entre partidas da Série B e Copa Verde.

Foram sete jogos em 2024, todos pela Série B, e dois neste ano, um na Segundona e outro na Copa Verde, neste início de passagem no retorno de Vagner Mancini ao Goiás.

Goiás rescinde contrato com o meia Régis

"Com certeza. Tem muito trabalho do (Vagner) Mancini nos jogos sem sofrer gols. Nós temos que valorizar o trabalho dele e de sua equipe, assim como de todos os jogadores", comentou o zagueiro Messias, que voltou a formar dupla de zaga com Lucas Ribeiro.

O 9º jogo seguido do Goiás sem sofrer gol sob comando do técnico Vagner Mancini foi o empate por 0 a 0 com o Paysandu, pelo jogo de ida da final da Copa Verde. A partida decisiva será no dia 23 de abril, no estádio Serra Dourada.

"A gente queria sair com a vitória, mas vamos valorizar o empate e levar a decisão para nossa casa. Pela camisa do Goiás, queríamos a vitória. Lutamos, mas não foi possível", acrescentou Messias, que segue como titular absoluto na zaga esmeraldina.

Antes da decisão da Copa Verde, o Goiás volta a jogar pela Série B. No sábado (12), o time esmeraldino enfrenta o Operário-PR, em Ponta Grossa, a partir das 20 horas, pela 2ª rodada da competição nacional.

Confira sequência de nove jogos do Goiás sem sofrer gol:
2024 - Série B
Chapecoense 0x4 Goiás
Goiás 1x0 Amazonas
Goiás 3x0 Operário-PR
Goiás 1x0 Guarani
CRB 0x1 Goiás
Amazonas 0x4 Goiás
Goiás 1x0 Novorizontino

2025
Série B: Goiás 1x0 Amazonas
Copa Verde: Paysandu 0x0 Goiás

O meia Régis não atuará mais pelo Goiás. O jogador de 32 anos chegou a um acordo com o clube esmeraldino e teve contrato rescindido. O atleta não entra em campo desde o dia 16 de março e se recuperava de uma entorse no tornozelo.

Régis foi contratado em abril do ano passado com contrato até o fim deste ano. Ele disputou 27 jogos pelo Goiás, marcou um gol e distribuiu duas assistências, mas não se firmou.

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A passagem do meia pelo Goiás foi marcada pela falta de sequência em campo, muito por causa de problemas musculares e algumas lesões que o meia precisou tratar durante o período que esteve no clube goiano. A mais recente foi uma entorse no tornozelo, que ele teve durante a semifinal do Goianão, contra o Vila Nova, no dia 16 de março. Foi seu último jogo pelo time alviverde.

O clube goiano tentava liberar Régis desde o fim do ano passado. Entre o final de 2024 e começo de 2025, o meia recebeu propostas para deixar o clube esmeraldino, algumas por empréstimos, mas optou por recusar.

Régis é o quarto jogador que deixa o Goiás desde o início da reformulação de parte do elenco esmeraldino. Os outros foram os atacantes Edson Carioca (emprestado ao Mirassol), Edu (rescindiu e assinou com o Cuiabá) e Breno Herculano (envolvido na contratação de Anselmo Ramon e defenderá o CRB).