Com a permanência do Goiás na Série B, o Goianão de 2026 tem data de início confirmada para 11 de janeiro. O campeonato terá 14 datas, com jogos de ida e volta em todas as fases de mata-mata: quartas de final, semifinal e final.

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Em Conselho Técnico realizado na última terça-feira (18), o formato do Goianão de 2026 foi definido oficialmente. Porém, o dia de início e a quantidade de datas ainda ficaram pendentes por causa da situação do Goiás - se o time subisse para a Série A, o Estadual começaria em 7 de janeiro e teria 12 datas, com quartas e semifinal disputadas em jogo único.

O Goianão 2026 terá 12 clubes divididos em três chaves. Vila Nova, Crac, Inhumas e Goiatuba estão no Grupo A; Anápolis, Jataiense, Aparecidense e Goiás no Grupo B; Atlético-GO, Abecat, Centro Oeste e Anapolina.

Na 1ª fase, os clubes enfrentarão adversários dos grupos em que não estão inseridos. Os oito melhores times na classificação geral avançam para o mata-mata. O lanterna é rebaixado diretamente para a Divisão de Acesso, e o outro rebaixado pode ser definido em duas possibilidades.

Se houver uma diferença de até 6 pontos entre o 10º e o 11º colocados, os dois se enfrentarão em uma espécie de repescagem, que pode ser em até dois jogos - vai depender do resultado do primeiro. Se ao fim da 1ª fase houver uma diferença de mais de 6 pontos entre os dois, o 11º cai direto.

Goiás fica na Série B, e Goianão 2026 será com 14 datas e vai começar em 11 de janeiro

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Definição

O Vila Nova não perdeu a oportunidade de provocar o Goiás depois do rival ser derrotado pelo Remo, por 3 a 1, e ficar sem o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Em postagens nas redes sociais, o time colorado postou frases fazendo alusão ao resultado deste domingo (23), no Estádio Mangueirão.

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Na primeira imagem publicada pelo Vila Nova, o clube inseriu uma foto de um tigre piscando o olho, com a frase “boa semana, nação!”. Na legenda, o time colocou “nova semana iniciando e o nosso conselho é: continue a REMAR!”.

Depois disso, a equipe alvirrubra voltou a provocar o rival com uma nova montagem, de um tigre em um bote, com a seguinte legenda: “o barco afundou, agora sobrou só o Remo!”.

Vila Nova provoca o Goiás após permanência do rival na Série B: "Sobrou só o Remo"

Alfinetou

Sem acesso à Série A, o Goiás garantiu sua vaga na Copa do Brasil de 2026 por causa do aumento no número de vagas que fez parte das mudanças anunciadas pela CBF no calendário do futebol brasileiro. O time esmeraldino, que volta ao torneio após ausência na edição de 2025, conquistou sua vaga por meio da posição final no Campeonato Goiano deste ano.

Com as mudanças anunciadas pela CBF no calendário do futebol brasileiro, a Federação Goiana de Futebol passa a ter quatro vagas na Copa do Brasil - antes eram três. Todas serão preenchidas por meio da classificação final do Campeonato Goiano deste ano.

Vila Nova (campeão), Anápolis (vice-campeão), Atlético-GO (3º colocado) e o Goiás (4º colocado) serão os representantes do futebol goiano na Copa do Brasil no ano que vem.

O não acesso do Goiás impediu que o futebol goiano tivesse uma vaga a mais em 2026. As equipes que vão jogar a Série A entrarão direto na 5ª fase da Copa do Brasil. Se o time goiano tivesse subido à elite, o 5º colocado do Goianão de 2025 (o Crac), ganharia vaga no torneio nacional na próxima temporada.&nbsp;

O Goiás, e demais clubes goianos, agora aguardam a tabela da CBF para saber se vão estrear na 1ª ou 2ª fase da Copa do Brasil. A tendência, neste momento, é que joguem a partir da 2ª fase, mas essa definição ainda será anunciada pela entidade nacional.

Sem acesso, Goiás vai à Copa do Brasil pelo Estadual por causa do aumento no número de vagas

Mudanças

Durante os poucos mais de 90 minutos da última rodada da Série B, antes de ter os planos de subir à elite frustrados com uma derrota de virada para o Remo por 3 a 1, o Goiás permaneceu 54 minutos dentro do G4, com o acesso à Série A nas mãos.

Durante quase todo o 1º tempo, o esmeraldino estava subindo com a vitória parcial sobre o Remo. Com o empate sofrido no fim da etapa inicial, o alviverde deixou o G4, retornou à zona do acesso após o Criciúma levar um gol, mas ficou fora ao levar a virada em Belém.

O Goiás iniciou a 38ª rodada dependendo somente de si para subir. Aos seis minutos do 1º tempo, quando abriu o placar com Willean Lepo, a equipe goiana chegou a assumir a vice-liderança. Caiu duas posições depois de Athletico-PR e Chapecoense também marcarem em seus respectivos jogos, mas se manteve no G4.

Aos 48 minutos do 1º tempo, Pedro Rocha empatou o confronto e, naquele momento, o Goiás estava perdendo a vaga no G4 para o Criciúma, que empatava sem gols com o Cuiabá fora de casa, apesar de estar com um jogador a menos - Felipinho foi expulso na etapa inicial.

Aos 11 minutos do 2º tempo, o Cuiabá fez 1 a 0 no Criciúma e o Goiás voltou a entrar no G4. Se segurasse o empate contra o Remo, e o Cuiabá confirmasse a vitória sobre o Criciúma, o acesso viria. No entanto, João Pedro marcou duas vezes, virou para o Remo e decretou a permanência do Goiás na Série B.

Linha do tempo do Goiás na 38ª rodada:

1º TEMPO

0’ - ACESSO: Goiás iniciou a 38ª rodada no G4, em 4º lugar;

6’ - ACESSO: Goiás fez 1 a 0 no Remo e subiu momentaneamente para 2º lugar;

40’ - ACESSO: Athletico-PR fez 1 a 0 no América-MG e empurrou o Goiás para 3º;

45’ - ACESSO: Chapecoense fez 1 a 0 no Atlético-GO e empurrou o Goiás para 4º;

48’ - PERMANÊNCIA: Remo empatou em 1 a 1 e empurrou o Goiás para 5º;

&nbsp;

2º TEMPO

11’ - ACESSO: Cuiabá fez 1 a 0 no Criciúma e o Goiás subiu para 4º;

17’ - PERMANÊNCIA: Remo virou para 2 a 1 e empurrou o Goiás para 6º;

38’ - PERMANÊNCIA: Remo fez 3 a 1 e manteve o Goiás em 6º

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FIM DA RODADA

Linha do tempo da última rodada da Série B: Goiás fica 54 minutos no G4, mas sofre virada e não sobe

Segundona

O técnico Fábio Carille disse após a derrota, de virada, para o Remo e o não acesso à Série A, que o time goiano não fez “por merecer” para voltar à elite nacional. Na análise do treinador, o clube esmeraldino deixou de jogar após abrir o placar com Willean Lepo, logo aos sete minutos, e teve postura apática no restante da partida.

“Aqui temos que ser verdadeiros e sinceros. Nós não fizemos por merecer (o acesso à Série A). Não posso vir aqui e enganar o torcedor e achar desculpas. Não fizemos por merecer. Até fazer o gol, tudo que foi elaborado foi feito, mas deixamos de jogar. Entregamos a bola para o Remo, que começou a circular muito perto da nossa área com faltas, cabeceios, escanteios e finalizações até que sofremos o empate no último lance. Voltamos apáticos (no 2º tempo)”, analisou o técnico do Goiás.

Fábio Carille acredita que o Goiás não esteve na voltagem que a partida exigiu e explicou que o elenco esmeraldino o impede de pressionar os adversários ao ser questionado se o time goiano poderia ter ficado menos tempo no campo de defesa.

“Por característica dos nossos jogadores, não conseguimos ter tanta pressão e jogar com linhas tão altas. O que mais me incomodou na partida foi a apatia. Tiveram dois laterais defensivos do Remo, que nós poderíamos subir a pressão, mas esperamos o Remo levar a bola para perto da nossa área. Foram treinados lances de pressão. Vou analisar ainda, mas senti que o jogo estava em 220v e nós em 110v. Nós poderíamos ter feito melhor”, acrescentou.

O técnico garantiu que pretende cumprir seu contrato com o Goiás. Ele foi contratado a seis jogos do fim da Série B e tem vínculo até o final da próxima temporada.

“Nos bastidores a gente já vem conversando sobre 2026 e esse é um trabalho que tem que ser feito, deixar planejamento de Série A e Série B. O acerto, eu que pedi que fosse (até o fim de 2026). É muito ruim vir para seis jogos, apesar de toda situação. Eu vim acreditando. Chegamos até o último jogo com possibilidade (de subir) e a minha vontade, e da comissão, é participar de todo ano de 2026”, salientou o treinador.

Fábio Carille disse que o acesso é “ruim para todos” no Goiás, desde torcida, comissão técnica, elenco e diretoria. “Mas temos que olhar para frente. Não tem como olhar para trás. É ver o que foi feito de bom. Para chegar numa situação dessa é porque coisas boas foram feitas, mas também as ruins. Que nós e o clube tenhamos um planejamento melhor para 2026”, acrescentou.

O treinador explicou que sua decisão de colocar atletas com passagens pelas categorias de base em quatro das cinco substituições ocorreu por causa dos jogadores à disposição e foram realizadas por questão física. Alan Stence, Danilo, Pedrinho, Jean Carlos e Brayann (a exceção) entraram no 2º tempo.

“A gente tem alguns atletas, por exemplo o Jajá, que não terminou um jogo comigo. O Lepo teve a primeira semana melhor nos treinos, ele ficou fora das anteriores com alguns problemas. As modificações foram por causa da parte física, não tática. É o banco que nós temos, moleques promissores que não posso ter medo de colocar já que eles pedem passagem”, justificou.