Em mais um confronto direto na reta final da Série B, o Goiás recebe o Athletico-PR na tarde deste sábado (1º), a partir das 16 horas, na Serrinha, pela 35ª rodada da competição. Após o tropeço na última vez em que jogou em casa, o esmeraldino precisa voltar a ganhar diante de sua torcida para seguir vivo na luta intensa pelo acesso à elite do Campeonato Brasileiro.

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(Confira, no fim do texto, onde assistir, horário e escalações prováveis)

Com 55 pontos conquistados até o momento, o Goiás vem de uma inédita vitória fora de casa sobre o Criciúma por 2 a 1, resultado que colocou o time de volta no G4 ao fim da 34ª rodada. O triunfo deu confiança para o esmeraldino, que anteriormente tinha perdido por 3 a 1 para a atual vice-líder Chapecoense, em plena Serrinha, na estreia do técnico Fábio Carille.

Apesar do Goiás ter figurado novamente entre os quatro primeiros, não há mais espaço para erros. Em caso de tropeço, outros concorrentes diretos estão a poucos pontos de distância. O Novorizontino, por exemplo, iniciou a rodada em 5º lugar e tem os mesmos 55 pontos do alviverde, mas uma vitória a menos.

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Com 53 pontos conquistados, o Athletico-PR também vem de uma vitória, ao derrotar o Amazonas em casa por 2 a 0 depois de quatro jogos seguidos sem vencer (duas derrotas e dois empates). O Furacão, que segue como o melhor time do 2º turno da Série B com desempenho de oito vitórias, quatro empates e três derrotas, também não pode mais errar se quiser subir.

Uma derrota em Goiânia pode praticamente acabar com as chances de acesso da equipe paranaense. Isso porque o Goiás abriria uma vantagem de cinco pontos a três rodadas do fim. Além disso, dois dos outros times que estão no G4, Chapecoense e Remo, que têm 57 pontos cada, se enfrentam neste final de semana e pelo menos um deles inevitavelmente vai pontuar. Em caso de empate, os dois aumentariam a vantagem sobre o Furacão em um ponto.

No lado esmeraldino, Fábio Carille não tem desfalques por suspensão, mas não contará com o volante Marcão. O lateral direito Diego Caito e o atacante Esli Garcia também não devem ser relacionados, assim como o lateral direito Fábio, que sequer estreou. No treino da última quinta-feira (30), o volante Gonzalo Freitas não participou da atividade com os companheiros, mas voltou a figurar em campo na sexta (31). Se quiser, portanto, o treinador teria a oportunidade de repetir a mesma escalação do duelo contra o Criciúma.

No entanto, deve haver mudanças nos 11 iniciais. O lateral direito Willean Lepo está recuperado de lesão e retoma o posto de titular. O meia Brayann, que atuou improvisado na lateral direita contra o Criciúma, briga por posição com Rafael Gava na intermediária. Se Gonzalo Freitas voltar a apresentar problemas físicos, a formação pode ter tanto Brayann quanto Rafael Gava no meio-campo; ainda, no setor ofensivo, Pedrinho e Wellington Rato correm por fora.

No lado paranaense, o técnico Odair Hellmann também não tem suspensos, mas vai preservar o meia Dudu por causa de desgaste muscular. O lateral esquerdo Esquivel se recuperou de lesão muscular, mas começará a partida no banco. Já o meia Zapelli, um dos destaques da equipe na temporada, e o atacante Viveros, artilheiro do Furacão na Série B com oito gols, retornam de suspensão e serão titulares.

Neste ano, o Goiás levou a melhor no confronto contra o Athletico-PR pelo 1º turno da Segundona. No mês de julho, na Arena da Baixada, Anselmo Ramon fez o gol da vitória alviverde por 1 a 0. Naquela época, o esmeraldino era o vice-líder do campeonato e o Furacão vivia fase inconstante.

Agora, na Serrinha, o Athletico-PR tenta surpreender e fazer os donos da casa tropeçarem mais uma vez dentro de seus próprios domínios. No 2º turno, o Goiás tem rendimento de três vitórias, um empate e três derrotas na Serrinha (47,61% de aproveitamento).

Para completar, no geral o Furacão é o 4º melhor visitante da Série B, com sete vitórias, três empates e sete derrotas (47,06% de aproveitamento), enquanto o Goiás é apenas o 9º melhor mandante, com nove vitórias, quatro empates e quatro derrotas (60,7% de aproveitamento). A última vitória goiana na Serrinha foi em 20 de setembro: 1 a 0 contra o lanterna Paysandu.

<h2>Retrospecto</h2>

O histórico do confronto entre Goiás e Athletico-PR é bastante equilibrado, mas, jogando como mandante, o esmeraldino ostenta ampla vantagem diante dos adversários deste final de semana. Neste século, por exemplo, o Furacão só venceu o alviverde em três ocasiões fora de casa. Além disso, trata-se de um duelo em que o empate não é tão comum.

No geral, Goiás e Athletico-PR já se enfrentaram 52 vezes até hoje. São 22 vitórias paranaenses, 19 triunfos goianos e 11 empates. A maior parte dessas vitórias do Furacão foi conquistada em solo curitibano, pois dentro de Goiânia o alviverde costuma se sobressair com frequência. Isso ocorreu inclusive na primeira vez em que as equipes mediram forças, pela Série A de 1973, quando o time goiano ganhou por 1 a 0 no Estádio Olímpico.

Em casa, em um total de 27 enfrentamentos, o Goiás soma 16 vitórias contra apenas cinco do Athletico-PR, além de seis empates. No século 21, são 18 partidas no total, com 12 triunfos esmeraldinos, três empates e três derrotas. O último jogo entre eles em Goiânia ficou 1 a 1, na Serrinha, pela Série A de 2023.

Os únicos resultados positivos do Furacão contra o Goiás, como visitante, em toda a história, foram pela Série A de 2020 (1 a 0, na Serrinha), Série A de 2010 (2 a 0, no Serra Dourada), Série A de 2007 (3 a 2, no Serra Dourada), Série A de 1998 (3 a 2, no Serra Dourada) e Série A de 1974 (2 a 1, no Olímpico).

Ainda no retrospecto geral do confronto, as maiores goleadas pertencem ao Athletico-PR e ambas aconteceram na Arena da Baixada: 6 a 0 pela Série A de 2004 e 5 a 0 pela Série A de 2008. A maior goleada do Goiás foi um placar de 4 a 0 na Série A de 2008, no Serra Dourada.

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FICHA TÉCNICA

Campeonato Brasileiro Série B - 35ª rodada

Jogo: Goiás x Athletico-PR 
Data: 01/11/25 (sábado) 
Horário: 16 horas 
Local: Estádio Hailé Pinheiro, em Goiânia (GO) 
Onde assistir: ESPN, Disney+, RedeTV!, SportyNet e Desimpedidos

Árbitro: Rodrigo José Pereira de Lima (PE) 
Assistentes: Francisco Chaves Bezerra Junior (PE) e Tulio de Farias Ribeiro Caldas (PE) 
VAR: Emerson de Almeida Ferreira (MG)

Goiás: Tadeu; Willean Lepo, Lucas Ribeiro, Luiz Felipe e Lucas Lovat; Gonzalo Freitas, Juninho e Rafael Gava (Brayann); Welliton Matheus, Anselmo Ramon e Jajá. Técnico: Fábio Carille.

Athletico-PR: Santos; Benavídez, Terán e Arthur Dias; Mendoza, Felipinho, Patrick, Zapelli e Léo Derik; Julimar e Viveros. Técnico: Odair Hellmann.

Ingressos: 60 reais (cadeiras e visitante), 45 reais (espaço família) e 40 reais (tobogã); meia-entrada para torcedores com a camisa do Goiás

Goiás x Athletico-PR: onde assistir, horário e escalações

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Série B

O Vila Nova teve uma queda de desempenho entre os dois turnos da Série B do Campeonato Brasileiro. No 1º turno, o Tigre esteve na parte de cima da tabela, chegou a assumir a liderança e brigou pelo G4. Já no 2º turno, o rendimento caiu, e o time goiano se distanciou da briga pelo acesso, ficando até mais próximo do Z4.

Essa queda pode ser explicada pelo número de vitórias, que caiu consideravelmente de um turno para o outro. Foram oito no 1º turno e apenas três no segundo, até agora - restam quatro rodadas. Mesmo que vencesse todos os quatro jogos restantes, o Vila Nova não alcançaria o número de vitórias da primeira metade da competição.

Outro fator que contribuiu para a queda foi o aumento no número de empates. Dos 11 empates do Tigre na Série B, apenas três foram no 1º turno e oito no 2º, sendo sete deles quando o time esteve à frente do placar e acabou cedendo o empate.

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<a href="https://opopular.com.br/esporte/vila-nova-n-o-aproveitou-vantagem-no-placar-em-oito-jogos-na-serie-b-1.3329123">+Vila Nova não aproveitou vantagem no placar em oito jogos na Série B&nbsp;</a>

No 1º turno, o Vila Nova terminou em 9º lugar, somando 27 pontos, com 8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas, encerrando a primeira parte do campeonato ainda na briga pelo acesso, somente a 3 pontos da Chapecoense, 4ª colocada.

O time teve um aproveitamento de 47% dos pontos disputados e, mesmo com a maior sequência de derrotas da competição, cinco seguidas, pontuou melhor que no 2º turno por ter empatado menos.

Já o 2º turno mostra que os empates fizeram com que a equipe estagnasse. Faltando quatro rodadas, o Vila Nova tem a 16ª pior campanha do returno, com apenas 3 vitórias, 8 empates e 4 derrotas. Somou apenas 17 pontos, um aproveitamento de 38%, e está a nove pontos do CRB, que tem a 4ª melhor campanha do returno.

Analisando a campanha geral, o Vila Nova está na 12ª colocação com 44 pontos ganhos, 61,3% desses pontos conquistados no 1º turno e apenas 38,7% alcançados no returno até aqui.&nbsp;

Confira os números:

Primeiro turno

-Posição: 9º lugar

-Campanha: 8 vitórias, 3 empates e 8 derrotas

-Pontos: 27

-Distância para o G4: 3 pontos da Chapecoense (4ª colocada)

-Gols marcados: 18

-Gols sofridos: 18

-Aproveitamento: 47%

Mesmo com a maior sequência de derrotas do campeonato (5 seguidas), o Vila somou mais pontos no turno inicial por ter empatado poucas vezes (3).

Segundo turno (faltando 4 rodadas)

-Campanha: 3 vitórias, 8 empates (!!) e 4 derrotas

-Pontos: 17

-Desempenho: 16ª pior campanha do returno

-Distância para o G4 do turno: 9 pontos do CRB (4ª melhor campanha do returno)

-Gols marcados: 16

-Gols sofridos: 18

-Aproveitamento: 38%

Desempenho geral (até aqui)

-Total de pontos: 44 (27 no 1º turno + 17 no 2º)

-Aproveitamento geral: 43%

Comparativo de turnos:

-1º turno: 27 pontos (61,36% dos pontos totais somados pela equipe)

-2º turno: 17 pontos (38,64% dos pontos somados pela equipe)

-Empates: 3 no 1º turno x 8 no 2º turno

-Vitórias: 8 no 1º turno x 3 no 2º turno

-Distância atual para o G4: 11 pontos do Goiás (4º colocado).

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

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Vila Nova tem queda de rendimento no 2º turno da Série B

Segundona

O Atlético-GO já planeja a temporada 2026 enquanto disputa as últimas rodadas da Série B, incluindo a partida desta sexta-feira (31), contra o Paysandu, às 19 horas, no Estádio Antônio Accioly. O Dragão soma 48 pontos, tem chances reduzidíssimas de acesso e não trabalha mais com a perspectiva de estar na Série A. O clube planeja a reformulação do elenco para o ano seguinte, com a Série B novamente pela frente.

(Confira, no fim do texto, onde assistir, escalações prováveis, arbitragem e preço de ingresso)

A partida desta sexta (31) poderá decidir o futuro da equipe paraense. Caso vença ou empate o jogo em casa, o time atleticano manda o Papão (27 pontos) de volta à Série C. O clube goiano garante que trata a partida com profissionalismo e seriedade, pois precisa dar resposta positiva à torcida.

O que movimenta a partida é o futuro do Paysandu e da turma do Z4, cada vez mais ameaçada de rebaixamento. O Papão precisa vencer para sobreviver pelo menos até a rodada seguinte (36ª). Porém, não depende só dele para se manter na Série B.

Se houve empate ou caso a equipe rubro-negra sair vencedora, rebaixará pela segunda vez o Paysandu à Série C. Isso ocorreu há sete anos, no dia 24 de novembro de 2018, quando o Dragão goleou o time do Norte por 5 a 2, em Belém, na partida disputada no Estádio da Curuzu. Naquela temporada, em que o Dragão chegou a brigar pelo acesso, o adversário teria de ganhar em casa e ainda esperar por tropeços de concorrentes para se manter na Série B.

Por ironia do destino, o Paysandu se tornou um adversário duro para outros clubes goianos – no caso, Goiás e Vila Nova. Nesta década, o Papão conquistou três títulos da Copa Verde em Goiânia: sobre o Vila Nova (em 2021, no Serra Dourada, e 2024, no Estádio Olímpico) e sobre o Goiás (neste ano, nos pênaltis, no Serra Dourada). Agora, seis meses depois, pode cair de divisão no futebol nacional na capital goiana.

A definição de rebaixamento é um dos componentes do jogo. Nele, a diretoria e a comissão técnica atleticanas começam a observar jogadores com contrato no fim – há 22 atletas nesta situação e alguns deles serão observados pelo técnico Rafael Lacerda, também à espera de uma renovação de vínculo para 2026.

Lacerda deve fazer mudanças, usando alguns jogadores que não têm atuado com regularidade, como o meia Danielzinho, ou que não conseguiu se firmar como titular na temporada, como o meia Kauan. Ambos devem entrar nas vagas de Luizão e Robert. O goleiro Paulo Vítor e o lateral esquerdo Guilherme Romão cumpriram suspensão e retornam nos lugares de Vladimir e Heron.

Danielzinho, por exemplo, chegou em julho ao Dragão, emprestado pelo Maringá-PR. Ele não teve espaço no time titular, pois o meio-campo teve, na maioria dos jogos, o trio Luizão, Ronald e Robert.

O Atlético-GO também será cobrado no sentido de dar uma boa resposta depois da atuação criticada em Maceió, onde o Dragão perdeu de virada para o CRB (2 a 1) no último domingo (26).

O Paysandu se perdeu na formação do elenco para a Série B. O Papão foi campeão da Copa Verde, mas perdeu a final do Campeonato Paraense para o Remo. O clube se vê numa das piores temporadas, pois tem grande risco de ser rebaixado e, ao mesmo tempo, pode ver o principal adversário, o Remo, conquistar o acesso à Série A.

FICHA TÉCNICA

Série B do Campeonato Brasileiro

35ª rodada

Local: Estádio Antônio Accioly (Goiânia-GO)

Horário: 19 horas

Onde assistir: Disney+

Atlético-GO: Paulo Vítor; Valdir Júnior, Tito, Adriano Martins e Guilherme Romão; Ronald, Kauan e Danielzinho; Jean Dias, Lelê e Yuri Alves. Técnico: Rafael Lacerda

Paysandu-PA: Matheus Nogueira; Edilson Júnior, Thalisson Gabriel, Thiago Heleno e Reverson; Ronaldo Henrique, André Lima e Denner; Wendell júnior, Garcez e Marlon Douglas.&nbsp; Técnico: Márcio Fernandes

Árbitro: Lucas Canetto Bellote (SP) 
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Raphael de Albuquerque Lima (SP) 
VAR: Michel Patrick Costa Guimarães (MG)

Ingressos: 20 reais. Torcedor com a camisa do Atlético-GO paga meia

Atlético-GO x Paysandu: onde assistir, horário e escalações

O Goiás está em busca do 6º acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Em meio à reta final da Série B, o POPULAR conversou com personagens dos cinco acessos anteriores do clube à elite nacional, e todos eles deram dicas e conselhos para que o objetivo seja assegurado novamente neste ano.

O primeiro acesso do Goiás aconteceu em 1994, quando o time foi vice-campeão da Segundona. Um dos nomes daquela equipe foi o lateral direito Zé Teodoro, que também defendeu clubes como São Paulo e Fluminense ao longo de sua carreira. Para o ex-defensor, hoje aos 61 anos de idade, o esmeraldino precisa ir para cima.

“No momento do nosso acesso em 94, o grupo se comprometeu mais, assumiu, chamou a responsabilidade. No momento decisivo, temos que ser um pouco mais ousados. E a gente cobrava isso, atitude, imposição do grupo, tinha liderança dentro do campo. Tinha a questão do ambiente, da confiança, né. Eu não estou vivendo o Goiás ultimamente, não sei como está o vestiário, o ambiente, mas a contratação desse último treinador (Fábio Carille) é uma tendência de que o Goiás possa arrancar”, opinou.

Zé Teodoro avaliou que, para subir, o Goiás vai precisar do comprometimento de todos, desde a torcida até a diretoria, passando por comissão técnica e jogadores. Para ele, o time necessitará de coragem, marcar os adversários na linha alta e arriscar mais a fim de conseguir disputar a Série A no ano que vem.

O segundo acesso do Goiás ocorreu em 1999, com o título da Série B. O ex-atacante Dill, que esteve tanto no acesso de 1994 quanto no de 1999 (esses dois primeiros foram antes dos pontos corridos), afirmou que o elenco não pode deixar passar a oportunidade. Segundo ele, a fase ruim no 2º turno custou muito, mas a vitória sobre o Criciúma pode ter sido um bom indicativo para a sequência.

“Não podemos perder a oportunidade novamente, ainda mais em casa agora. Tenho acompanhado, óbvio, são jogos muito difíceis. O Athletico-PR (próximo adversário) vem de uma vitória também, mas a torcida do Goiás tem que se empolgar para poder lotar, como tem feito sempre. Não podemos reclamar do que a torcida tem feito, o apoio que a torcida tem dado. Óbvio que eles cobram, é normal, quando as coisas não estão bem. Mas agora é a hora de todo mundo se unir nesse propósito”, declarou.

Dill, atualmente com 51 anos, acrescentou que o Goiás precisa “atropelar” em casa para não dar margem aos concorrentes diretos e que o time não pode “amolecer” na reta final. A partir daí, o clube tem de começar a pensar alto para não passar por uma situação dessas novamente.

“Acho que temos que ser um pouquinho mais exigentes. Não podemos ficar subindo e caindo toda hora, não é o que o torcedor quer, não é o que ninguém quer. A diretoria também não quer, com certeza, os jogadores. Então, temos que fazer uma equipe já pensando na frente. Caso dê tudo certo, e vai dar, que possamos nos manter na Série A por muito tempo. Esse tem que ser o foco, o intuito”, complementou.

Era dos pontos corridos

O terceiro acesso do Goiás veio em 2012, quando o alviverde faturou o bicampeonato da Série B. O nome mais estrelado daquela campanha foi o de Walter, que segue em atividade e neste momento, aos 36 anos, defende as cores do Aquidauana. O atacante, assim como Dill, ressaltou a importância da torcida.

“Eu queria muito que o jogo fosse no Serra Dourada. Teria mais de 40 mil pessoas, certeza. Mas na Serrinha também vai lotar, vai ter aquela festa. O que eu pediria aos jogadores é muita força de vontade e calma. Não ficar aquela vontade de fazer logo o gol de qualquer jeito”, aconselhou Walter.

Walter, que também teve uma boa passagem pelo Athletico-PR, afirmou que o Furacão tem uma grande equipe e o Goiás precisará ter a cabeça no lugar para superar esse adversário. “Os jogadores precisam ter mais paciência. O torcedor vai apoiar o tempo todo, mas os jogadores não podem cair muito na pressão.”, contou o atacante que marcou 16 gols em 28 jogos na campanha de 2012 (4º na artilharia daquela Série B).

Em 2018, o Goiás terminou em 4º lugar na Segundona e garantiu o quarto acesso de sua história. Hélio dos Anjos treinou o time no início do campeonato, mas foi demitido depois de quatro jogos e Ney Franco deu sequência ao trabalho, cumprindo a missão de subir. O treinador destacou que a Série B não perdoa quem oscila emocionalmente, mas premia quem é constante até o fim.

“A Série B é um campeonato de resistência. Eu costumo dizer que, mais do que um torneio de futebol, ela é uma prova de sobrevivência mental, emocional e coletiva. Em 2018, quando conquistamos o acesso com o Goiás, nós passamos por altos e baixos, fases de oscilação, cobranças externas e momentos de pressão intensa. E foi justamente nesses momentos decisivos, na reta final, que o grupo se definiu”, disse o técnico.

Ney Franco, que treinou por último o ABC e atualmente está sem equipe, salientou que, para subir, não basta jogar bem, é preciso coragem, disciplina tática e mental forte. Além disso, o técnico listou seis pontos essenciais para o Goiás conseguir o acesso.

A primeira delas é a estabilidade emocional. “A reta final não é momento de inventar. Agora, é reforçar convicções, não mudar o que se acredita a cada resultado. O time precisa jogar com calma e maturidade, principalmente fora de casa. Quem entra ansioso erra passe simples, perde duelo direto e entrega jogo controlado”, descreveu.

A segunda é que o líder precisa aparecer. “A Série B premia um grupo forte, mas, na reta final, a figura do líder é determinante. Esse líder pode ser o treinador, um jogador mais experiente ou até um diretor. O importante é haver uma voz firme, coerente e confiável.”

A terceira tem a ver com ajustes simples e funcionais dentro de campo. “Em 2018, ganhamos pontos decisivos em bola parada bem trabalhada. Na reta final, isso faz diferença de acesso ou não.”

A quarta é resguardar jogadores-chave. “Não é hora de perder uma peça importante por desgaste ou excesso de treino. A reta final pede gestão física. Jogador cansado toma decisão errada.”

A quinta é fechar o vestiário. “Para subir, o grupo precisa estar fechado internamente. Blindar o elenco de redes sociais e notícias, resolver problemas olho no olho, dentro do vestiário, não permitir vaidades, disputas internas ou ruídos externos.”

Já a sexta é entender o momento do torcedor. “O torcedor do Goiás empurra quando acredita. O papel do time é colocar o torcedor no jogo. Quando o Serra Dourada ou a Serrinha entram no jogo, o adversário sente.”

Último acesso

Por fim, o quinto e mais recente acesso do Goiás veio em 2021, com o vice-campeonato da Série B. Naquela edição, o esmeraldino teve três técnicos diferentes. Glauber Ramos foi quem menos comandou a equipe, mas terminou como o responsável por treinar o grupo nas últimas rodadas. Hoje no Crixás, que disputa a 3ª Divisão do Goiano, ele também deu alguns conselhos ao esmeraldino.

“O Goiás tem um treinador experiente, que conquistou o acesso ano passado com o Santos e com certeza já tem uma estratégia traçada. O time tem confrontos diretos e terá que vencer sem dúvidas em casa, buscar uma vitória fora e mais um ponto no outro confronto”, analisou.

Glauber Ramos acredita que, com os ajustes feitos no jogo contra o Criciúma, a equipe ficou mais sólida e confiável defensivamente. Por isso, o time continua vivo na briga pelo acesso. Para coroar, o alviverde necessita de uma concentração maior, pois agora tem que ser erro zero até o desfecho da temporada.

Quem subiu o Goiás dá a receita: ex-técnicos e ex-jogadores dão dicas e conselhos para o acesso

O goleiro Maurício Kozlinski, de 34 anos, deve ser o titular do Vila Nova na vaga de Halls para a partida contra o Operário-PR, fora de casa, no próximo domingo (2). Ele foi titular nas atividades realizadas pelo treinador Umberto Louzer durante a semana e voltará a atuar após nove jogos.

Kozlinski receberá a oportunidade para ser avaliado pela diretoria quanto a uma possível renovação contratual para a próxima temporada. O goleiro tem contrato somente até o fim do ano e sofreu com problemas físicos ao longo da temporada.

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Halls, titular da posição durante quase todo o ano, deve receber propostas no fim do ano e pode ser negociado.

A última partida de Kozlinski pelo Vila Nova foi em 8 de setembro, no empate em 1 a 1 com o Athletic, pela 25ª rodada da Série B. Na ocasião, ele foi o titular devido à suspensão de Halls, que havia recebido o terceiro cartão amarelo contra a Chapecoense.

Contra o time mineiro, Kozlinski voltou a atuar depois de quase sete meses afastado por problemas físicos e opção dos treinadores que comandaram o Tigre.

Contratado pelo Vila Nova nesta temporada, o goleiro estreou no dia 23 de janeiro de 2025, pela 3ª rodada do Goianão. Ele foi titular nas oito partidas seguintes do Vila Nova no Campeonato Estadual.

Depois disso, enfrentou problemas físicos e foi desfalque por uma lombalgia. Em março, passou por cirurgia de retirada de hérnia de disco e foi desfalque por um mês. Neste período, Halls assumiu a titularidade e não saiu mais da equipe.

O Vila Nova visita o Operário-PR neste domingo (2), às 20h30, pela 35ª rodada da Segundona.

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

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