Depois de campanha ruim no 1º turno da Série B, o Atlético-GO decidiu apostar no jovem técnico Jair Ventura, de 44 anos. Antes de completar três meses de trabalho no Dragão, o treinador recolocou o clube na disputa pelo acesso à Série A. O time já é 5º colocado e, caso vença a Ponte Preta no domingo (15), entrará no G4. Filho de Jairzinho, tricampeão mundial em 1970, Jair Ventura conta que conseguiu se adaptar fácil ao Atlético-GO e que não gosta de se vangloriar após as vitórias nem de se esconder depois das derrotas. Sereno e discreto nos treinos, revela que gosta de olhar nos olhos e de ser transparente em todas as situações. Como gestor, busca blindar o elenco. O treinador conversou com a reportagem do POPULAR na última quarta-feira (11). Veja os principais trechos.

Você tem a fama de ajustar times fortes na defesa para, depois, serem competitivos. Isso é verdadeiro ou tem um pouco de criação nossa, da imprensa?

Não é criação, não. Porque fiz. É lógico que, quando você nunca fez nenhum trabalho, pode dizer uma coisa, mas chegar na hora e fazer outra. No trabalho que me projetou, em 2016 e, depois, em 2017, no Botafogo, tínhamos uma equipe que era reativa, tinha pouca posse de bola, era muito vertical e objetiva. Com esse modelo, foi a primeira equipe a entrar o returno (Série A 2016) na zona do rebaixamento e terminar no G4 (ficou em 5º). No outro ano (2017), levamos o Botafogo à semifinal da Copa do Brasil e às quartas na Libertadores, perdendo para o Grêmio, campeão naquela edição. Então, foi um trabalho bem realizado. Fui para o Santos, disputei outra Libertadores (2018), passamos em 1º (lugar) na fase de grupos com uma rodada de antecedência, mas saí antes de fazer as oitavas com 78% de posse de bola, na média. Ou seja, um jogo muito mais propositivo porque tinha jogadores com estas características. A maior resposta é agora, no trabalho à frente do Atlético-GO.

No Atlético-GO, você manteve o DNA do clube, de ser ofensivo e fazer muitos gols. Casou com a sua ideia de jogo? 

Com certeza. Mas às vezes, por causa das características dos atletas, você não pode fazer o que gostaria, você tem de explorar. Há treinadores que não abrem mão de uma ideia única (de jogo). Eu, não. Tenho de me adaptar às características dos meus atletas. Tenho jogadores aqui com essa possibilidade (jogar ofensivo) e melhoramos em todas as fases do jogo. Você pega o Atlético-GO antes do início do returno e agora, vê que melhoramos o ataque, temos o artilheiro da competição, somos o time que mais troca passes dentro da área, melhoramos a posse de bola, e só perdemos nisso para o Mirassol, e melhoramos a defesa. Este é o nosso trabalho, potencializar. Quando cheguei aqui, disse que trabalharia todas as fases do jogo com a mesma importância e fico feliz que tenhamos melhorado. O mais importante é que isso tudo (veio) com resultado. Hoje, temos 72,2% de aproveitamento e somos líderes no returno.

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Você não grita nos treinos, não faz cena e parece ser muito tranquilo. Mas como é o Jair Ventura no vestiário? 

Sou extremamente competitivo. Mas costumo dizer que estou hoje contido, porque a minha competitividade é muito grande e, por vezes, passava muito (dos limites) no início. Procuro me conter um pouco mais. Mas sou um cara verdadeiro. Se estiver mentindo, você vai ver na minha cara que estou mentindo, se estiver chateado, você vai ver, se estiver alegre.... Então, sou um cara que transmite isso para os atletas. Por isso, a situação das minhas equipes serem competitivas, também. Era uma situação que tínhamos de melhorar (no Atlético-GO), pois tínhamos números muito baixos de competitividade, de duelos ofensivos, duelos aéreos. Melhoramos. Nossa equipe é mais competitiva. Sou um cara transparente com os meus atletas. Tenho de fazer as cobranças, mas não sou daqueles de expor os meus jogadores, de vir para cá (entrevistas) e transferir responsabilidade. O treinador tem de assumir a responsabilidade. Não vamos mudar a cultura do futebol, de que a derrota é, sim, do treinador. Não vejo isso como problema. Era sabedor disso antes de virar treinador. Quando fiz o meu primeiro curso de treinador, em 2005. Em 2010, faço meu primeiro jogo como treinador interino e fui efetivado só em 2016. Então, percorri bastante tempo para esperar este momento que estou vivendo hoje, de ser treinador e de estar perto de completar 300 jogos. Fico feliz que conseguimos entrar na briga. Antes do returno, estávamos em 11º. Não sabemos o que vai acontecer, mas estamos muito mais próximos do acesso do que já foi.

Você é elogiado no clube pela facilidade na convivência. Foi fácil entender o Atlético-GO?

Fácil. Fácil, porque o Adson (Batista, presidente) tem uma situação muito parecida com a minha, de ser um cara verdadeiro, de olhar nos olhos e falar a verdade. Prefiro isso do que aquela fofoquinha, vai para cá, telefone sem fio, não sabe como chega. O Adson está na sala dele, acompanha os meus treinos, a minha conduta. Acompanha nas vitórias e nas derrotas. Somos líderes e temos de transmitir confiança para o nosso time. Ao mesmo tempo, não podemos deixar, nos momentos bons, a soberba (tomar conta). Imagina, ganho de 3 a 0 do Juventude e chego aqui, dou um treinamento e (penso) já somos campeões. A mesma coisa vale para quando perdemos para o Botafogo-SP (1 a 0). Não posso achar que a minha equipe é a pior do mundo. O equilíbrio faz parte da nossa vida. Nos momentos bons, você não pode achar que é o melhor. Nos momentos ruins, não pode se esconder debaixo da mesa e achar que está tudo acabado. Retomamos a nossa caminhada após derrota para o Botafogo-SP, já são três vitórias, temos um jogo muito difícil contra a Ponte (Preta). Se vencermos, nós iremos entrar no G4 pela primeira vez no returno.

O Atlético-GO é diferente em quê? 

O Atlético-GO, como clube, tem um estafe fantástico e que me abraçou. Por ter poucas pessoas, todas fazem parte do processo e você não vê ninguém, quando perde ou ganha, achando que só um é o responsável. Na verdade, o Atlético-GO já tem um modelo de trabalho. Então, é mais fácil chegar e se adaptar a este modelo. Há coisas que só tem aqui. É fácil trabalhar porque as coisas funcionam. O Adson (Batista, presidente) foi um atleta, assim como fui. Foi diretor (de futebol) até ser presidente. Passou por todas as etapas, também. É um cara que tem a vivência do vestiário. Tenho me dado muito bem com ele. As pessoas têm perguntado: “você vai trabalhar no Atlético-GO, vai dar problema, você tem a personalidade forte”. Pelo contrário, nos falamos praticamente todos os dias e, sempre que falamos, estamos convergindo muito nas ideias. Lógico, tem os resultados que nos ajudam, pois a vida do treinador é feita de resultados.

Você foi formado num clube (Botafogo) marcado pelas superstições. Você é supersticioso?

Ah, tenho um pouquinho, mas nada absurdo (risos). Algumas coisas. Trabalhei dez anos no Botafogo, mas nada muito grave, não. Algumas coisas, mas nada absurdo.

No domingo (8), houve um episódio envolvendo um treinador (Renan dal Zotto) no vôlei. Mesmo alcançando a meta após uma vitória da seleção brasileira e a vaga para os Jogos Olímpicos, ele anunciou a saída do cargo. O universo do treinador é assim tão difícil?

É. Na verdade, não podemos nos fazer de vítimas. Temos de assumir a responsabilidade. Na verdade, quando ganha, ganha todo mundo. Mas quando perde, é o treinador. Esta é a grande verdade. Somos os grandes vilões nas derrotas. Então, é difícil. Você dá o melhor, cria a melhor estratégia, pensa nas melhores substituições. Quando dá certo, beleza. Quando perde, você é burro, errou, não era aquilo ou tinha alguma coisa diferente que deveria ser feita. Mas gosto de assumir responsabilidade, eu gosto de blindar os meus jogadores. Não gosto de transferir responsabilidades, mas faço cobranças. Do jeito que faço, são internas. Inclusive, nesta sala (de imprensa) onde conversamos e passo vídeos. Estamos sempre em busca da excelência. É assim que trabalho. Respeito quem trabalha de maneira diferente, mas é assim que trabalho. Fico feliz porque tenho oito clubes (na carreira). Se você der um Google, não terá um problema de gestão (de Jair Ventura). Pelo contrário. No Goiás, ano passado, conseguimos a classificação para a Sul-Americana e, no final do ano, fizeram uma homenagem para nós. É isso que queremos, ajudar os clubes a conquistarem os objetivos, seja um título, uma permanência, um acesso como neste ano.

Você trabalhou no Botafogo e foi campeão da Série B de 2015 como assistente. Como você vê a atual Série B?

Há muito tempo, não a disputava. Participei da montagem (elenco do Botafogo) de 2015, junto com o Antonio Lopes e o René Simões. Depois, o René Simões acabou saindo após uma eliminação na Copa do Brasil. Fiz três jogos como interino na Série B e me sinto campeão, por ter feito parte deste processo e de maneira invicta, pelos três jogos. Em 2023, volto a disputar mais uma Série B. Por não estar (no time do Atlético-GO) desde o início, fica mais difícil porque nosso 1º turno não foi tão bom. Primeiramente, é buscar o acesso, respeitando todos os adversários, fazendo de cada jogo uma final de Copa do Mundo. E que possamos comemorar o acesso no final do ano.

Que projeções você faz para a sequência da carreira? 

Viver o meu melhor no presente. Estou feliz, aqui. Há muitas pessoas que gostam de viver muito o futuro e deixam de fazer o melhor no presente. Acredito que, quanto mais fizer o melhor, hoje, o meu amanhã será ainda melhor. Vivo o hoje. Sou jovem e me sinto privilegiado por ter passado por clubes grandes, por ter disputado duas Libertadores (2017 e 2018), tenho uma final de Copa do Brasil. Enfim, muitas coisas aconteceram nesta minha curta carreira e por tê-la iniciado muito jovem.

Quando você decidiu ser treinador, o que o seu pai (Jairzinho) falou? 

O meu pai foi treinador. Na Arábia (Saudita), no Al Wehda, por dois anos. Morei com ele, eu era novo, tinha de 8 para 9 anos. Ele foi treinador do Londrina-PR, São Cristóvão-RJ, do Kalamata (Grécia), voltou para a Arábia mais uma vez. Treinou a seleção do Gabão por dois anos, fui com ele para jogar num clube de lá e fiquei dois anos na África. Ele ficou feliz (pela escolha do filho virar técnico), principalmente na época do Botafogo. Muitos dos meus amigos que encontravam com ele (Jairzinho) no Rio, e falavam de mim, elas falam que os olhos dele (pai) brilhavam, sabe. Tentei ser atacante, acho que fui pouco inteligente, tentar a mesma posição do pai (risos). Havia aquela comparação desde sempre, mas fui até quando deu, aos 26 anos. Chegou um momento, estava jogando a Série B do Rio. Falei: “vou estudar”. Fui fazer Educação Física. Fiz diversos cursos (para treinador), não havia estes cursos da CBF. Eu me formei em 2019 na Licença Pro (CBF). Hoje, estou aí. Jovem, ainda, mas com passagens por grandes clubes, realizado por tudo que já passei. Tenho amigos que estão se aposentando e que não passaram por clubes nos quais passei. Então, feliz demais, mas quero muito mais.

O que faz você acreditar no acesso do Atlético-GO?

A qualidade do meu elenco. Não tem como. Vai ser uma grande injustiça, com a qualidade do elenco, se não conseguirmos o acesso. Tem a qualidade e vamos colocar também a estrutura, tudo que o Atlético-GO nos oferece. É uma estrutura muito boa de trabalho e é preciso conquistar o acesso.

"Gosto de blindar os meus jogadores", diz Jair Ventura, que comanda recuperação do Atlético-GO na Série B

Esporte

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Futebol

Liberado pelo América-MG após término do contrato de três anos, o zagueiro Éder entra na lista de especulações de jogadores que podem reforçar o Atlético-MG na próxima temporada. O jogador tem bastante identificação com o Dragão, clube em que atuou com destaque em 2020 e 2021.

Livre no mercado, o nome de Éder é visto com bons olhos entre os atleticanos, pois tem características em falta dentro do elenco: a liderança e experiência. Éder disputou 97 jogos pelo Dragão.

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Na passagem pelo Dragão, Éder foi campeão do Goianão 2020 e titular do time na melhor campanha na Série A – 9º lugar, em 2021. Ele fez a dupla de zaga com João Victor, Gilvan e Oliveira, outros zagueiros do elenco em 2020, e se destacou no ano seguinte (2021), ao lado de Nathan, que voltou ao Atlético-MG e depois foi negociado com o futebol mexicano.

O presidente do Atlético-GO, Adson Batista, não confirmou o interesse pelo atleta. Mas Éder pode ser uma opção em que o time teve aproveitamento ruim na Série A, pois sofreu 52 gols e tem a defesa mais vazada. No atual elenco, aparecem os zagueiros Alix Vinícius, Adriano Martins, Marcão, Luiz Gustavo, Luiz Felipe e João Victor Maistro.

Dois nomes continuam especulados no Atlético-GO. Um deles é do versátil Dieguinho, de 29 anos e que não deve permanecer no Goiás. Ele teria recebido uma boa proposta do presidente do Atlético-GO, Adson Batista, mas também estaria negociando com um clube da Série A nacional.

Além dele, o atacante Matheus Serafim, que atuou no Amazonas, é outro que foi observado pelo Dragão. Adson Batista não confirma as negociações com os atletas.

Retorno de zagueiro, com passagem pelo Atlético-GO, é especulado no clube

Mercado

Em seu último jogo de 2024, o Vila Nova entra em campo neste domingo (24), às 16 horas, no Estádio Mangueirão, pela 38ª rodada da Série B. O adversário será o Paysandu, que foi o principal algoz da equipe colorada na temporada. Ambos os times jogarão apenas para cumprir tabela.

(Confira, no fim do texto, onde assistir, arbitragem e escalações prováveis)

Vila Nova e Paysandu se encontraram em três oportunidades neste ano. Pela final da Copa Verde, o Papão goleou por 6 a 0 no jogo de ida, em Belém, e aplicou o placar de 4 a 0 na volta, em Goiânia. Pelo 1º turno da Série B, as equipes empataram em 2 a 2 no OBA.

Ao perder para o Ituano por 4 a 3 na rodada passada, o Vila Nova passou a não ter mais chance de acesso. O Paysandu garantiu a sua permanência na Segundona e não briga por mais nada. O que resta aos dois clubes é se despedir de 2024 com vitória.

Para o Tigre, ganhar significaria derrotar pelo menos uma vez, na temporada, um adversário incômodo e responsável por um momento traumático em uma decisão regional, que foi uma goleada por 10 a 0 no agregado. Para o Papão, seria a consagração de uma festa perante a torcida.

Será a última partida do técnico Thiago Carvalho no comando do Vila Nova. A diretoria já confirmou que não contará com o profissional, que deve assumir o Figueirense em 2025. O treinador do clube goiano para o ano que vem só será oficializado após o desfecho da Série B. Até lá, o atual comandante tentará se despedir de maneira digna.

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O elenco colorado está recheado de desfalques. O goleiro Vitor Hugo, o zagueiro Dankler, o lateral direito Fábio, o meia-atacante Everton e os atacantes Apodi, Henrique Almeida e Denilson foram dispensados pela diretoria. O zagueiro Jemmes, o lateral esquerdo Rhuan e o atacante Júnior Todinho estão suspensos pelo terceiro cartão amarelo.

O departamento médico do Vila Nova também está cheio. O zagueiro Marcondes, o volante Ralf e os atacantes Alesson e Emerson Urso estão machucados. O lateral direito Alex Silva, o lateral esquerdo Eric Davis e o volante Arilson não devem ter condições de jogo. Por outro lado, o lateral direito Elias e o volante Igor Henrique estão de volta.

Devido às ausências, Thiago Carvalho terá de recorrer às categorias de base. A lista de relacionados do Vila Nova deve ter mais de cinco jogadores formados no clube, incluindo o lateral direito Rian, o lateral esquerdo Higor, o volante Vitor Graziani, o meia Carlos Miguel e o atacante Gustavo Pajé.

Velho conhecido

Contra o Paysandu, o Vila Nova reencontrará um velho conhecido: Márcio Fernandes. O treinador conquistou dois títulos de Série C (2015 e 2020) e uma Divisão de Acesso do Campeonato Goiano (2015) com o Tigre e comandou a equipe colorada no início da temporada, após a saída de Higo Magalhães e antes da chegada de Luizinho Lopes, que antecedeu Thiago Carvalho.

Para superar o seu pior algoz de 2024, o Vila Nova também terá de melhorar o seu desempenho como visitante na Série B. Fora de casa, o Tigre é o 4º pior time da competição, com aproveitamento de 22,22% - três vitórias, três empates e 12 derrotas. Já o Paysandu é o 8º pior mandante. O aproveitamento é de 55,56%, com oito vitórias, seis empates e quatro derrotas.

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FICHA TÉCNICA

Campeonato Brasileiro Série B - 38ª rodada

Jogo: Paysandu x Vila Nova 
Data: 24/11/24 (domingo) 
Horário: 16 horas 
Local: Estádio Mangueirão, em Belém (PA) 
Onde assistir: Premiere

Árbitro: Lucas Casagrande (PR) 
Assistentes: Wagner Junior Bonfim Ledo (PR) e Denise Akemi Simões de Oliveira (PR) 
VAR: Vinícius Furlan (SP)

Paysandu: Matheus Nogueira; Bryan Borges, Wanderson, Lucas Maia e Kevyn; Luan Freitas, João Vieira e Robinho; Paulinho Bóia (Eslí Garcia), Borasi e Ruan Ribeiro. Técnico: Márcio Fernandes.

Vila Nova: Dênis Júnior; Elias (Rian), Vanderley, Guilherme Lacerda e Higor; Vitor Graziani, Du Fernandes, João Lucas e Luciano Naninho; Gabriel Silva e Gustavo Pajé (Caíque). Técnico: Thiago Carvalho.

Paysandu x Vila Nova: onde assistir, horário e escalações

Série B

A decepcionante temporada do Goiás chega ao fim neste domingo (24). Na Serrinha, pela 38ª rodada da Série B, o time esmeraldino cumpre tabela diante do Novorizontino, a partir das 18h30. O jogo servirá para o clube goiano cumprir metas particulares e marcará um feito histórico para o goleiro Tadeu, mas vale o acesso à Série A para o clube paulista, que precisa vencer para confirmar ida à elite.

(Confira, no fim do texto, onde assistir, escalações, preços de ingressos, arbitragem)

O ano de 2024 se tornou decepcionante para o Goiás porque a equipe não conquistou nenhum objetivo na temporada. O time foi eliminado nas quartas de final do Campeonato Goiano e Copa Verde, competições em que mirou o título. Também sofreu queda nas oitavas de final da Copa do Brasil. Na Série B, começou bem, oscilou durante parte da competição e teve reação tardia, mas sem o acesso à Série A.

A probabilidade do Goiás voltar ao Brasileirão em 2025 acabou na penúltima rodada da Série B. O time goiano fez sua parte ao vencer o Amazonas, mas o triunfo do Ceará sobre o América-MG decretou o fim da chance esmeraldina de retornar à Série A neste ano.

Mesmo assim, o discurso interno é de encerrar sua participação na Segundona com honra e mais uma vitória, que, caso seja conquistada, será histórica para o clube alviverde.

O Goiás defende uma sequência de seis vitórias consecutivas diante do Novorizontino. Se ganhar do time paulista neste domingo, será a primeira vez na história do Campeonato Brasileiro que o clube esmeraldino vencerá sete jogos seguidos. As maiores sequências são de seis triunfos, em 2024 e 2012 na Série B e 2009 e 2013 na Série A.

Caso o time goiano não sofra gol do Novorizontino, outro feito histórico será registrado: será a primeira vez que o Goiás passará sete jogos sem ser vazado em partidas do Brasileiro, considerando todas as divisões e participações.

Além de 2024, o Goiás registrou uma sequência de seis partidas sem sofrer gol na edição de estreia da equipe na Série A, em 1973.

Tadeu

O jogo contra o Novorizontino será especial para o goleiro Tadeu. No clube goiano desde 2019 e com vínculo até o final de 2018, o jogador de 32 anos vai se tornar de maneira isolada o segundo atleta da posição com mais jogos disputados pelo Goiás.

Neste momento, Tadeu está empatado com Kleber Guerra com 312 partidas pelo clube esmeraldino. Ele chegará à marca de 313 jogos e ficará atrás apenas de Harlei, que jogou 831 vezes pelo Goiás entre 1999 a 2014.

A partida na Serrinha também será de despedidas. O técnico Vagner Mancini anunciou que não ficará no Goiás em 2025 e comandará o clube esmeraldino pela última vez. Além dele, seus auxiliares Réver e Cláudio Andrade e o preparador físico Lucas Itaberaba também vão deixar a equipe goiana.

Entre jogadores, em campo ou nos relacionados, a tendência é o goleiro Thiago Rodrigues, o zagueiro Reynaldo, o lateral esquerdo Cristiano, o meia Ian Luccas e os atacantes Rildo, Paulo Baya, Welliton, Ángelo Rodríguez e Jhon Vásquez vistam a camisa do Goiás pela última vez.

Se para o Goiás o jogo é para cumprir tabela, o Novorizontino entra em campo com a necessidade de vencer para subir à Série A sem depender de outros resultados, mas o time pode subir com empate ou derrota, se ocorrer combinação de outras partidas.

O Novorizontino conta em seu elenco com jogadores com passagens pelo futebol goiano. São os casos do atacante Neto Pessoa e do zagueiro Rafael Donato, que jogaram pelo Vila Nova na tragédia de Natal, quando o Tigre perdeu o acesso à Série A depois de ser superado pelo rebaixado ABC, em 2023.

FICHA TÉCNICA

Campeonato Brasileiro - Série B - 38ª rodada

Jogo: Goiás x Novorizontino 
Local: Serrinha (Goiânia/GO)

Data: 24/11/2024

Horário: 18h30

Onde assistir: Sportv, Premiere e Canal GOAT (Youtube)

Ingressos: 50 reais (cadeiras) e 30 reais (tobogã, espaço família e visitantes). Meia-entrada concedida para torcedores com a camisa do Goiás

Árbitro: Bráulio da Silva Machado/SC (Fifa) 
Assistentes: Eduardo Gonçalves da Cruz/MS e Thiaggo Americano Labes/SC 
VAR: Rodrigo D'Alonso Ferreira/SC

GOIÁS: Tadeu; Diego Caito (Dieguinho), Lucas Ribeiro, Messias, Sander; Marcão, Juninho, Ian Luccas, Rafael Gava; Paulo Baya e Breno Herculano. Técnico: Vagner Mancini

NOVORIZONTINO: Jordi; Patrick, Rafael Donato, Renato; Rodrigo Soares, Geovane, Eduardo, Reverson, Waguininho; Rodolfo e Neto Pessoa. Técnico: Eduardo Baptista

Além deles, o volante Geovane, o zagueiro Renato, o lateral direito Rodrigo Soares, o atacante Pablo Dyego e o técnico Eduardo Baptista tiveram passagens pelo futebol goiano e podem conquistar o acesso na Serrinha, neste domingo.

Goiás x Novorizontino: onde assistir, horário e escalações

Na penúltima partida do clube em casa nesta temporada, o Atlético-GO entra em campo praticamente rebaixado à Série B para receber uma das equipes mais regulares e fortes do futebol nacional nos últimos anos: o Palmeiras, vice-líder (67 pontos) do Brasileirão e na cola do Botafogo (líder com 69 pontos). No encontro entre os extremos, o Dragão estará na Série B se não ganhar do adversário neste sábado (23), a partir das 19h30, no Estádio Antonio Accioly.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

(Confira, no fim do texto, onde assistir, arbitragem, escalações e preço de ingressos)

Por isso, o Atlético-GO pretende pregar no adversário uma daquelas surpresas em Goiânia O time atleticano convive com a lanterna na Série A há várias rodadas, tem 26 pontos e quer pontuar sobre o alviverde.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/vila-nova-contrata-alarcon-pacheco-como-novo-diretor-de-futebol-1.3202535#error=login_required&amp;state=578d3315-e255-4281-876e-5d5f3c157dcb" target="_blank">Vila Nova contrata Alarcon Pacheco como novo diretor de futebol</a></div>

Escapar do rebaixamento passou a ser algo impossível e descartável nas contas e no raciocínio dos atleticanos – a possibilidade é mínima e depende de resultados de outros concorrentes no Z4. Assim, ganhar alguma partida importante é o alento ao Atlético-GO na Série A.

Como os resultados têm sido negativos, como o último em que foi batido pelo Athletico-PR (2 a 0) fora de casa, o Dragão deseja somar mais pontos para não passar o vexame de terminar com a pior campanha dele na disputa do Brasileirão – o pior desempenho foi em 2012, quando teve 30 pontos.

O time rubro-negro tem sido vítima do Palmeiras desde que ambos disputaram a Série B de 2013, na temporada em que a equipe paulista foi a campeã da Segundona nacional. Desde então, são nove vitórias do time paulista e dois empates.

A partida tem sentido prático e matemático para o Palmeiras, que se aproveita dos dois últimos empates sem gols do Botafogo – com Cuiabá-MT (casa) e Atlético-MG (fora) – para aumentar a pontuação na Série A, se aproximar do líder e, na próxima terça-feira (26), fazer uma espécie de decisão antecipada com a equipe alvinegra, em São Paulo, para tentar alcançar a liderança.

Nesta rodada, o alviverde joga pelo triunfo sobre o Atlético-GO e torce por mais um revés (empate ou derrota) do Botafogo, para o Vitória, no Rio. Se ganhar em Goiânia e o Botafogo perder no Rio, o Palmeiras assume a liderança do Brasileirão.

O Atlético-GO pode passar da condição de coadjuvante ao papel decisivo na 35ª rodada. Um resultado positivo sobre a equipe de Abel Ferreira significa que, mesmo praticamente rebaixado, o Dragão joga para honrar a camisa. O técnico interino Anderson Gomes tem repetido este discurso.

O treinador não vai fazer mudanças significativas na formação titular. A única novidade, em relação à equipe que foi derrotada pelo Athletico-PR, deve ser a presença do volante Rhaldney (após suspensão) no lugar do suspenso Shaylon. Nas outras posições, o interino não sinalizou mudanças no único treinamento, no CT do Dragão, nesta sexta-feira (22). As opções parecem não ser interessantes.

Mesmo não atuando bem e sem marcar gol desde o dia 24 de julho (no empate de 1 a 1 com o Bahia), o atacante Luiz Fernando continua como titular. Se não balançar as redes adversárias neste sábado (23), Luiz Fernando completará quatro meses de jejum. Mesmo em fase ruim no Dragão, o atacante ganhou um novo pretendente em contratá-lo, o Athletico-PR, depois de interesse de Cruzeiro, São Paulo e até do futebol árabe.

O Palmeiras não terá força máxima, mas o técnico Abel Ferreira tem o elenco forte e competitivo para mexer as peças. O goiano Dudu, que passou pelas escolinhas do Atlético-GO antes de deixar Goiânia, é uma das atrações e pode ser mantido.

Outro destaque do Palmeiras é o jovem Estêvão, que tem sido convocado para servir à seleção brasileira. Ele não atuou na virada (2 a 1) sobre o Bahia, no meio de semana.

FICHA TÉCNICA

Local: Estádio Antônio Accioly (Goiânia-GO)

Data: 23/11/2024 (Sábado)

Horário: 19h30

Onde assistir: Premiere

Ingressos: 250 reais (inteira). Meia para torcedores com camisa do Atlético-GO ou do Palmeiras

ATLÉTICO-GO: Ronaldo; Bruno Tubarão, Alix Vinícius, Adriano Martins, Guilherme Romão; Roni,&nbsp; Gabriel Baralhas, Rhaldney; Alejo Cruz, Jan Hurtado, Luiz Fernando. Técnico: Anderson Gomes

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha; Gustavo Gómez, Vitor Reis, Caio Paulista; Anibal Moreno, Raphael Veiga, Maurício; Dudu (Anderson Felipe) Estêvão, Rony (Flaco López). ; Técnico: Abel Ferreira

Árbitro: Jonathan Benkenstein Pinheiro/RS

Assistentes: Rafael da Silva Alves/RS (Fifa) e Jorge Eduardo Bernardi/RS

VAR: Gilberto Rodrigues Castro Júnior/ PE

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