O Governo de Goiás classificou como “informação sigilosa” o valor que será pago à Dorna Sports, detentora dos direitos comerciais da MotoGP, para trazer o Mundial de Motovelocidade para Goiânia. Na divulgação do extrato do contrato de hospedagem da categoria, em publicação na edição desta sexta-feira (13) no Diário Oficial do Estado (DOE), não há citação do valor que será destinado para a empresa espanhola.

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O contrato foi assinado na quinta-feira (12) e prevê cinco etapas da MotoGP em Goiânia. A vigência é do dia 12 de dezembro deste ano a 31 de dezembro de 2026.

O extrato do documento foi publicado pela Secretaria-Geral de Governo (SGG). No campo onde seria citado o valor pago à Dorna Sports, consta “informação sigilosa”. Procurada pelo POPULAR, a SGG alegou que o assunto trata-se de questão jurídica e recomendou ouvir a PGE.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/reforma-no-autodromo-tera-impacto-na-rotina-de-atletas-e-federac-es-1.3210243" target="_blank">Reforma no autódromo terá impacto na rotina de atletas e federações</a></div>

A Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE), por sua vez, justificou que o contrato com a Dorna Sports é privado e trata-se de um documento internacional, que reúne informações de mercado e por isso há cláusulas de confidencialidade que impedem a divulgação do valor que será pago pelo Estado à empresa espanhola.

A PGE salientou que órgãos de controle, como o Ministério Público de Goiás e o Tribunal de Contas do Estado de Goiás, podem ter acesso ao documento, desde que façam transferência de sigilo.

A negociação entre o Estado e a Dorna Sports começou em julho deste ano e em cinco meses foi concluída com a assinatura do contrato, que confirmou o retorno da MotoGP para o Brasil a partir de 2026.

<h2>Arrecadação e público esperado</h2>

Sem citar o valor que será pago à empresa, o governador Ronaldo Caiado (UB) acredita que quase R$ 1 bilhão será gerado na economia goiana com a vinda da MotoGP. Durante o evento que marcou a assinatura do contrato, na quinta-feira (12), ele comentou que os valores arrecadados vão cobrir o que será pago à Dorna Sports, mas não citou qual será o montante.

“Aqui nós geraremos mais ou quase R$ 1 bilhão com este evento. Só de ICMS e ISS será um valor que poderá ultrapassar R$ 180 milhões. O nosso pessoal aqui de hotelaria, restaurante, eventos e tudo mais está o desafio para vocês”, afirmou o governador Ronaldo Caiado.

Apenas com impostos, o valor estimado é quase quatro vezes maior do que a previsão do recurso que será destinado para a reforma no Autódromo Internacional de Goiânia em 2025, cerca de R$ 50 milhões.

Outra estimativa do Estado é que Goiânia receba pelo menos 100 mil pessoas, apenas no dia da corrida da MotoGP - não há data definida, mas será em março de 2026. Os detalhes da venda de ingressos também serão divulgados nos próximos meses. Essa responsabilidade é da promotora: Brasil Motorsports.

“É uma estimativa difícil, mas acredito que entre 100 a 150 mil pessoas no domingo (dia da corrida). À medida que o evento passa a ser divulgado, quando os ingressos forem colocados à venda, vamos ter noção melhor sobre isso. Pode ser algo perto de 200 mil (pessoas) nos três dias do evento”, acrescentou o secretário-geral de governo, Adriano da Rocha Lima.

O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, acredita que a MotoGP vai atrair olhares do mundo para Goiânia. “Os números de marca e interesse de publicidade são estratosféricos. A cidade cumprindo seu dever de casa, e vamos fazer um grande esforço para isso, vai atrair o olhar do mundo para a cidade. Seja para investimento ou para lazer e entretenimento”, comentou.

Ele salientou que o planejamento do Estado é movimentar Goiânia não só na semana da etapa da MotoGP, mas com a criação de ações que vão manter a marca da categoria presente no dia a dia da cidade. “Estamos felizes com essa conquista, as conversas são para não ser apenas no final da semana da corrida, mas ter ativações durante o ano inteiro com grandes marcas. Será algo significativo e as expectativas são as melhores”, afirmou Fabrício Amaral.

Governo de Goiás não divulga valor do contrato com a MotoGP

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<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/a-frente-do-pl-goiano-wilder-tem-53-de-governismo-em-votac-es-no-senado-1.3223289" target="_blank">Integrantes do PL em Goiás</a> apontam que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderá fortalecer o discurso e o apoio popular ao partido para a estruturação de projetos eleitorais na próxima disputa estadual, em 2026. Os bolsonaristas insistem na construção de pré-candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas, com o senador Wilder Morais, mas admitem situação “desconfortável” a partir do indiciamento.

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“É uma situação muito desconfortável, porque estão querendo tratar o ex-presidente como bandido e ele não é. Tem tanto bandido que eles poderiam ir atrás e não estão fazendo. Muito desconfortável isso, mas é o preço que se paga. Acredito que não nos enfraquece porque o partido é forte e tem o nome de Bolsonaro, que é nosso líder”, avalia o deputado estadual Paulo Cézar Martins.

Presidente regional da sigla, <a href="https://opopular.com.br/opiniao/daniel-ou-wilder-para-onde-vai-o-pl-goiano-1.3233343" target="_blank">Wilder Morais</a> não respondeu à reportagem sobre os impactos políticos da denúncia, mas postou mensagem nas redes sociais em que condena “perseguição política implacável” contra o ex-presidente. “A justiça não pode ser usada como ferramenta de vingança ou manipulação política”, escreveu o senador.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/daniel-ou-wilder-para-onde-vai-o-pl-goiano-1.3233343" target="_blank">Daniel ou Wilder: para onde vai o PL goiano?</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-busca-bolsonaro-por-unidade-no-pl-em-goias-1.3230501" target="_blank">Wilder busca Bolsonaro por 'unidade' no PL em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/a-frente-do-pl-goiano-wilder-tem-53-de-governismo-em-votac-es-no-senado-1.3223289" target="_blank">À frente do PL goiano, Wilder tem 53% de governismo em votações no Senado</a></div>

Outros membros da bancada estadual do PL avaliam que o discurso baseado no apontamento de perseguição política poderá estimular maior engajamento de eleitores e militantes em torno de projetos bolsonaristas no estado, com destaque para eventuais candidaturas ao governo estadual e ao Senado.

“Fortalece. O PL está cada dia mais forte em Goiás e no Brasil. Essa investigação foi realizada sem critérios, sem observância dos mínimos princípios constitucionais; com delação premiada realizada sob coações, ao meu ver, sem nenhum elemento de prova robusto. Uma denúncia inócua que não culminará em condenação, caso o julgamento seja realizado com isenção”, avalia o deputado delegado Eduardo Prado.

Martins ainda aponta suposta “falsa narrativa” com o objetivo de “enfraquecimento da direita”. Já o deputado Major Araújo acredita que a denúncia e até a possível prisão de Bolsonaro terão impacto positivo para a construção dos <a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-busca-bolsonaro-por-unidade-no-pl-em-goias-1.3230501" target="_blank">projetos do PL em Goiás</a> no próximo ano.

“Uma prisão do Bolsonaro, se acontecer, teria o efeito inverso da prisão do Lula. Não existe materialidade nenhuma nesse processo e é muito diferente da situação do Lula, quando as pessoas foram para as ruas exigir a condenação, com envolvimento dele com corrupção e depois do impeachment. O impacto de uma prisão do Bolsonaro seria o inverso e faz é fortalecer o partido. As pessoas sabem da injustiça”, argumenta.

A denúncia da PGR acusa o ex-presidente de tentativa de golpe de Estado em 2022, pelos crimes de liderança de organização criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União; e deterioração de patrimônio tombado. Se aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal.

Aliados rejeitam enfraquecimento do PL goiano

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Denúncia da PGR

O governador em exercício, Daniel Vilela (MDB), voltou a considerar a possibilidade de aliança com o PL, comandado em Goiás pelo senador Wilder Morais, que mantém pré-candidatura de oposição à disputa pelo Palácio das Esmeraldas em 2026. No exercício do cargo durante a missão de Ronaldo Caiado (UB) à Índia, Daniel respondeu sobre o assunto nesta segunda-feira (17) após a sessão solene de reabertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

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<cite>No momento certo nós vamos estar discutindo com os partidos e acho que isso tudo está muito distante. Eu tenho uma boa relação com parlamentares e com membros de todos os partidos e, naturalmente, no PL não é diferente. Mas esse ano, nosso foco é administrativo”, considerou o presidente regional do MDB.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/vice-governadoria-divulga-pesquisa-eleitoral-pro-daniel-vilela-no-site-oficial-1.3232318" target="_blank">Vice-governadoria divulga pesquisa eleitoral pró-Daniel Vilela no site oficial</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/vereador-consulta-mabel-sobre-eleic-o-antecipada-para-presidente-da-camara-1.3232094" target="_blank">Vereador consulta Mabel sobre eleição antecipada para presidente da Câmara</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/coluna-giro/numero-de-comissionados-da-alego-supera-a-populac-o-de-42-dos-municipios-goianos-1.3231693" target="_blank">Número de comissionados da Alego supera a população de 42% dos municípios goianos</a></div>

A possibilidade de aliança entre as duas siglas foi tratada, inicialmente, em novembro de 2024, quando Daniel Vilela teve encontro reservado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, por articulação do vereador por Goiânia e ex-deputado federal Vitor Hugo, que voltou, nesta segunda, a defender o projeto conjunto entre as legendas.

Quando questionado sobre o assunto, em diferentes entrevistas, Bolsonaro confirmou a possibilidade e garantiu que “não teria problema nenhum”, caso Wilder, Caiado e Daniel se acertassem neste sentido. O ex-presidente tem mantido o foco no lançamento de candidaturas competitivas ao Senado e não prioriza as disputas aos governos estaduais.

Ao defender foco na gestão, Daniel Vilela apontou que deve assumir “missões” neste ano. “É continuar garantindo aos goianos o melhor governo do Brasil e estar ao lado do governador Ronaldo Caiado para poder desempenhar missões importantes que consolidem esse projeto e, naturalmente, facilitem a execução dos projetos futuros aqui no estado. No ano que vem é que nós vamos discutir política partidária”, afirmou.

Durante discurso no plenário da Alego, o governador em exercício reforçou o trabalho para entregas na área de infraestrutura, considerada internamente por aliados um dos pontos fracos do atual governo. “Vamos para mais um ciclo de grandes conquistas. Não foi por acaso, e muitos dos senhores deputados e deputadas foram convidados para nos acompanhar, que decidi dedicar esse período como governador em exercício para vistoriar nossos projetos na área de infraestrutura”, afirmou.

<cite>Vamos consolidar neste ano o maior pacote de obras já visto em Goiás. Temos um conjunto de 44 grandes obras que já estão em andamento ou que iniciaremos em breve. Estamos resolvendo gargalos históricos.”</cite>

Daniel tratou da infraestrutura depois de citar ações sociais, a interiorização de unidades de saúde, investimentos em novas tecnologias e a reestruturação do transporte público na Região Metropolitana de Goiânia. “É por esses e vários outros motivos que hoje podemos vislumbrar, pela primeira vez, um goiano presidindo o nosso país: o nosso governador Ronaldo Caiado”, disse.

Logo depois do discurso do governador em exercício, o presidente da Alego, Bruno Peixoto, disse ter ficado “bastante feliz” com o resultado de uma pesquisa eleitoral sobre 2026. “Todos sabem do carinho que tenho e Daniel Vilela está capacitado e preparado”, afirmou. Questionado sobre a declaração, Daniel agradeceu a “gentileza”, mas garantiu que “o foco é administrativo”.

Daniel Vilela deixa em aberto fechar aliança com PL em 2026

Eleições

O Estado de Goiás foi condenado a indenizar em R$ 500 mil um casal cujo bebê de 1 ano morreu afogado após o pai ser preso por engano, em Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF). Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), cada um dos pais receberá R$ 250 mil. O estado recorreu da decisão, que foi mantida em segunda instância.&nbsp;

Em nota, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) informou que está ciente do trânsito em julgado da decisão e adotará as medidas cabíveis.&nbsp;&nbsp;

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Conforme os relatos da&nbsp;sentença, Jonas Pereira de Souza Gualberto foi preso, em 3 de julho de 2020,&nbsp;suspeito de ter participado de um assalto que aconteceu no dia anterior. No momento da abordagem, o homem estava em casa com os três filhos, de 1, 3 e 7 anos. Jonas Pereira foi levado para a delegacia pelos militares e não conseguiu avisar os familiares para cuidarem das crianças.&nbsp;

A esposa do homem chegou à residência e encontrou a criança de 1 ano, Miguel Tayler Pereira Gualberto, de bruço dentro da piscina da residência, desacordado. No entanto, após a polícia analisar a ocorrência, foi concluído que Jonas não tinha envolvimento com o assalto. &nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://az.opopular.com.br/cidades/policia-civil-investiga-morte-de-bebe-de-um-ano-afogado-em-piscina-em-planaltina-de-goias-1.2081818" target="_blank">Polícia Civil investiga morte de bebê de um ano afogado em piscina em Planaltina de Goiás</a> 
<a href="https://az.opopular.com.br/cidades/brasileiras-presas-apos-terem-malas-trocadas-por-bagagem-com-droga-denunciam-que-foram-barradas-em-voo-para-os-eua-1.3201490" target="_blank">Brasileiras presas após terem malas trocadas por bagagem com droga denunciam que foram barradas em voo para os EUA</a> 
<a href="https://az.opopular.com.br/cidades/mulher-recebe-indenizac-o-depois-de-ser-presa-duas-vezes-por-engano-em-goias-1.3184725" target="_blank">Mulher recebe indenização depois de ser presa duas vezes por engano em Goiás</a></div>

Desta forma, o TJGO requereu a condenação do Estado de Goiás para o pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões inicialmente. Mas foi contestado pelo órgão. O valor foi ajustado para R$ 250 mil para cada um dos pais da criança, visando reparar os danos que aconteceram dos atos praticados pelos agentes militares.&nbsp;

No laudo de exame cadavérico da criança, conforme a sentença, apontam asfixia por afogamento, o que provocou a morte por ficar sem a supervisão de um adulto no momento da prisão. &nbsp;

Em entrevista à TV Anhanguera, Jonas informou que o valor da indenização, apesar de não trazer o filho de volta, possibilitará cuidar dos outros dois filhos. &nbsp;

<cite>Foi uma criança que morreu inocente, sem culpa de nada. Nada vai trazer ele de volta, mas vai dar uma condição melhor para dar uma vida melhor para os irmãos deles”, afirmou Jonas Pereira.&nbsp;</cite>

(Colaborou Gilmara Roberto do g1 Goiás)

<h2>Nota da PGE-GO</h2>

Em atenção à demanda, a Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO) informa que está ciente do trânsito em julgado da decisão e adotará as providências cabíveis no âmbito do cumprimento da sentença.&nbsp;

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Pais devem ser indenizados em R$ 500 mil após pai ser preso por engano, bebê ficar sozinho com irmãos e morrer afogado

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INDENIZAÇÃO

Não dá para nós calarmos diante do cenário desolador que vivemos no setor de saúde em Goiás. A inadimplência das secretarias de saúde, tanto municipal quanto estadual, não é apenas um problema burocrático ou financeiro — é uma crise humanitária que afeta empresas, prestadores de serviços e, principalmente, a população que depende desses serviços para sobreviver. A saúde é inegociável.

O IMAS, que deveria ser um pilar de apoio aos servidores, acumula dívidas milionárias, com atrasos que chegam a meses no pagamento de hospitais e clínicas. Empresas credoras de valores expressivos foram obrigadas a suspender tratamentos essenciais, como os oncológicos, e até fechar suas portas, deixando pacientes em situação crítica sem assistência. E não é só o IMAS: o governo estadual também falha em honrar seus compromissos, criando um efeito dominó de prejuízos.

Esses atrasos estrangulam financeiramente os prestadores de serviços, que arcam com custos de insumos, salários e manutenção de infraestrutura sem receber pelos serviços prestados. Muitas clínicas e hospitais estão reduzindo equipes, limitando atendimentos especializados e, em alguns casos, fechando as portas.

Tivemos o exemplo emblemático do fechamento de uma unidade tradicional e histórica de Goiânia, que foi obrigada a encerrar suas atividades após anos de inadimplência do poder público. Com o fechamento, 120 postos de trabalho foram perdidos, sem contar os prestadores de serviço e fornecedores que também foram impactados.

É um efeito em cadeia que não só inviabiliza o funcionamento dos hospitais, laboratórios e clínicas, mas também fragiliza a economia em um momento já marcado pela recessão. O resultado é a migração forçada de pacientes para um SUS já sobrecarregado, onde as filas aumentam e a qualidade do atendimento piora.

A população é quem mais sofre. Histórias como a de Mariângela Pereira, que precisou pagar por uma cirurgia particular após ser negligenciada pelo IMAS e pelo SUS, ou a de Gabriella Martins, grávida de 9 meses sem garantia de parto pelo plano, são apenas a ponta do iceberg. São vidas sendo colocadas em risco por uma gestão pública ineficiente e descompromissada.

Enquanto isso, as promessas de soluções seguem sem sair do papel. A falta de transparência e a lentidão nas ações só agravam a desconfiança e o desespero de todos os envolvidos. É urgente que o governo estadual e a prefeitura assumam sua responsabilidade, garantindo pagamentos em dia, transparência nas negociações e um modelo de financiamento que sustente o sistema de saúde.

Enquanto isso não acontecer, continuaremos assistindo ao colapso de um direito básico: o acesso à saúde digna e de qualidade. A situação é insustentável e exige medidas imediatas. Precisamos de um compromisso real com a saúde pública, que priorize a vida das pessoas e a sustentabilidade dos serviços. Caso contrário, veremos mais hospitais fechando, mais empregos sendo perdidos e mais vidas sendo colocadas em risco.

Christiane do Valle, biomédica, presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises Clínicas&nbsp;e Bancos de Sangue (Sindilabs) e da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de&nbsp;Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (FEHOESG)