O Atlético-GO mantém a procura, desde o início da temporada, por jogadores competitivos e que se encaixem no perfil do clube. A direção de futebol não teve sucesso em algumas alternativas, fez apostas ao longo do ano e no final da janela de transferências buscou novos atletas que enxergassem o Dragão como oportunidade para atuar. O zagueiro Tito, o volante Ronald e o atacante Maranhão são as novas apostas para contar com atletas competitivos.

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O trio chega ao Atlético-GO com a missão de turbinar o time na reta final da Série B, na qual o Dragão tem reduzidas chances de acesso (2,2%, de acordo com a UFMG). Os atletas, no entanto, acreditam que podem alavancar carreiras pelo clube rubro-negro.

Ronald é gaúcho e tem 22 anos. Ele começou nas escolinhas do Grêmio aos sete anos, conquistou dois títulos na base da seleção brasileira – no Pan-Americano de Santiago e o Sul-Americano Sub-20 (ambos em 2023).&nbsp;

A ambição dele é ganhar minutagem no Atlético-GO, jogar e se preparar para um novo projeto de carreira – se transferir ao futebol europeu e atuar pela seleção da Polônia, país de origem dos familiares dele.&nbsp;

No Dragão, ao contrário do Grêmio, em que a concorrência é maior – inclusive com o retorno do volante goiano Arthur -, a perspectiva de jogar com regularidade tem mais possibilidades de ser concretizada.

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O Atlético-GO pode ganhar um volante com bom passe e força na marcação, capaz de acelerar a saída de bola nas transições e com potencial para chegar à área adversária. Ele atuou duas vezes na Série B e deixou boa impressão na estreia, na vitória (2 a 0) sobre o Amazonas.&nbsp;

Como o Dragão perdeu no meio da temporada o volante Rhaldney, que era elogiado pelo bom passe e que mostrou regularidade durante três temporadas, Ronald se credencia em suprir esta lacuna.

Na apresentação, o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, definiu Ronald como “inteligente e jogador posicional”.

Na temporada do Atlético-GO, gols são um produto em falta no Dragão. Caio Dantas e Marcelinho ainda são os goleadores (ambos com sete gols), mesmo depois de deixarem o clube. A nova aposta para o ataque é o centroavante Maranhão.

O atacante de 29 anos tem como características o oportunismo e ostenta bons números nos anos recentes. Ano passado, foi o “Melhor Jogador” e entrou para a seleção da Série A3 do Paulistão, após 11 gols e o vice do torneio pelo Grêmio Prudente. Neste ano, ainda é o vice-artilheiro da Série C, com seis gols marcados pelo Maringá-PR, que foi eliminado na 1ª fase.&nbsp;

Cigano da bola, Maranhão mora em Goiânia com a família e o fato de estar no time atleticano pode motivá-lo ainda mais para se firmar no CT do Dragão. “Maranhão é um centroavante de força, que bate com os zagueiros”, resumiu Adson Batista, à espera de que o novo jogador de área possa disputar em alto nível a posição com Lelê.

Quando procurou o Maringá-PR para contratar o zagueiro Tito, o Atlético-GO buscou a opção para suprir a saída de Alix Vinícius, emprestado ao RB Bragantino até o término do Paulistão de 2026, e para o lugar de Wallace, que mostra serviço quando joga, mas que tem encarado lesões desde que chegou ao clube goiano

Discreto, Tito tem história e bons números durante a passagem pelo Maringá: 37 jogos ano passado, repetindo a quantidade de atuações em 2025 e marcando seis gols.&nbsp;

O que se espera de Tito é um defensor rápido, capaz de se adaptar aos sistemas defensivos do técnico Rafael Lacerda, seja como zagueiro da sobra ou da caça para atuar ao lado de Adriano Martins. Na estreia no empate (1 a 1) com o Novorizontino-SP, Tito mostrou segurança.

Jogadores querem aumentar competitividade do Atlético-GO na Série B

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Novidades

Nas vésperas do confronto diante do Remo, no OBA, o Vila Nova tem uma dúvida importante na escalação. Os goleiros Halls e Kozlinski brigam pela vaga de titular, em um cenário parecido vivido pelo time colorado na Série B de 2024, que também envolveu Halls em uma situação inversa à atual.

Na preparação para a 26ª rodada da Segundona, o técnico Paulo Turra tem dúvidas a respeito de quem mandará a campo contra o Remo. Halls é o titular, mas cometeu algumas falhas; no empate com a Chapecoense em 2 a 2, ele fez o pênalti que levou ao segundo gol catarinense.

Por outro lado, Kozlinski está sem ritmo de jogo e pode ser uma aposta na reta final da Série B. Contra o Athletic-MG, o goleiro não foi muito exigido: foram duas finalizações do time mineiro que chegaram na meta. Uman o 1º tempo, que ele defendeu chute de Max, e a outra foi a do gol de Ronaldo Tavares.

Diante do Remo, a história pode ser diferente. O clube paraense é o atual 5º colocado da Série B (o Athletic-MG é o 15º e briga contra o rebaixamento) e deve dar mais trabalho para quem quer que comece como titular.

A situação atual lembra um pouco a de 2024. Naquela temporada, o goleiro titular absoluto era Dênis Júnior. Em geral, ele apresentou boas atuações, mas passou por uma oscilação, principalmente no 2º turno da Série B. Na 30ª rodada, após uma derrota contra o Mirassol (1 a 0), ele levou o terceiro cartão amarelo e foi suspenso.

Por causa dessa suspensão, Halls foi titular e teve boa exibição na vitória sobre o rival Goiás (1 a 0). Luizinho Lopes, treinador do Vila Nova na época, manteve o defensor na sequência da Série B, mesmo com Dênis Júnior à disposição.

Porém, na 32ª rodada, o Vila Nova foi goleado pelo Coritiba (3 a 0) em pleno OBA, o que culminou na demissão de Luizinho Lopes. Na derrota em questão, Halls falhou no segundo gol, em chute cruzado defensável de Natanael, e também no terceiro, quando foi encoberto por Lucas Ronier depois de indecisão na hora de deixar a área.

Da 33ª rodada em diante, já sob o comando de Thiago Carvalho, Dênis Júnior voltou a ser titular e Halls retornou para o banco de reservas. Neste ano, após a saída de Dênis Júnior, Halls ganhou a titularidade.

Vila Nova tem dúvida no gol e pode viver cenário parecido com 2024

Indefinição

Um dos problemas identificados pelo técnico Vagner Mancini para explicar a oscilação do Goiás no início do 2º turno da Série B é o alto número de gols sofridos pela equipe esmeraldina. Nos seis jogos disputados no returno, o clube goiano não foi vazado apenas uma vez e aparece com a segunda pior defesa no recorte da competição.

O Goiás sofreu dez gols nos últimos seis jogos. Em comparação com os seis primeiros jogos da equipe na Série B, a média saiu de 0,8 (foram cinco gols sofridos) para 1,6. Ou seja, os números de gols sofridos pelo time esmeraldino dobraram no returno da competição nacional.

No recorte do 2º turno, os números apresentados pela defesa do Goiás são melhores apenas que os obtidos pelo lanterna Paysandu e o vice-lanterna Amazonas.

Paysandu e Amazonas sofreram gols em todos os seis jogos. O Goiás vem logo na sequência com gols sofridos em cinco das seis partidas. O único duelo que a defesa esmeraldina não sofreu gol foi na vitória de 1 a 0 sobre o América-MG, na Serrinha, pela 23ª rodada.

O Papão está ao lado do Goiás com a segunda defesa mais vazada no returno, foram dez gols sofridos por cada time. Já o Amazonas é o clube com mais gols sofridos no 2º turno: 12, até aqui.

No geral, contabilizando toda a competição, a defesa do Goiás sofreu 25 gols em 25 jogos (8ª melhor defesa). Foram 17 partidas com a defesa vazada.

A campanha do Goiás no 2º turno destoa do desempenho da equipe no 1º turno, o melhor do clube goiano na história da Série B.

Na classificação do returno, o time esmeraldino ocupa a 14ª colocação com apenas sete pontos - Athletic-MG (seis pontos), América-MG, Amazonas, Volta Redonda (todos com cinco pontos), Novorizontino (três pontos) e Paysandu (um ponto) possuem desempenhos piores.

No mesmo recorte de jogos no 1º turno, a equipe comandada pelo técnico Vagner Mancini somou 13 pontos e ocupava a 2ª posição.

O treinador demonstrou, após a derrota de 2 a 1 contra o Avaí, que está incomodado com o número de gols sofridos. Na avaliação do treinador, o sistema defensivo não demonstra a mesma solidez defensiva e tem permitido, aos adversários, chances que não ocorreram no início da Série B, quando o Goiás esteve em seu melhor momento defensivo.

Vagner Mancini defende que a oscilação defensiva do Goiás começou após ele perder atletas da defesa por lesões. Foram os casos de Lucas Ribeiro (fratura no rosto) e Messias (lesão muscular) durante parte da Série B.

No atual momento, o treinador não possui nenhum desfalque no setor e acredita que a evolução defensiva vai ocorrer com a correção de erros na defesa. O comandante do Goiás tem utilizado três jogadores com frequência: Messias, Lucas Ribeiro e Titi. Ele também já improvisou o volante Gonzalo Freitas no setor, em algumas ocasiões.

Vagner Mancini identificou que o número de erros individuais aumentou, como tomada de decisões em alguns lances, mas também acredita que erros coletivos persistem, como espaços entre as linhas ou em pontos do campo que estão sendo ocupados por adversários.&nbsp;

Em sua comissão técnica, o treinador conta com a experiência do ex-zagueiro Réver, que é seu auxiliar. Ambos são os responsáveis por organizar e corrigir erros da defesa do Goiás e estão fazendo trabalhos específicos nas últimas semanas na busca pela evolução da defesa do time goiano.

Contra o Coritiba, Lucas Ribeiro e Messias devem seguir como titulares, mas ainda não está descartada que a defesa do Goiás tenha ao menos uma mudança.

Um reforço caseiro na linha defensiva será o retorno do lateral Willean Lepo, que desfalcou a equipe no jogo contra o Avaí e tinha previsão de voltar a jogar apenas em outubro.

O jogador foi liberado pelo departamento médico para treinar e jogar, desde que mantenha a mão direita imobilizada. Ele sofreu uma fratura no dia 1º de setembro, não precisou passar por cirurgia e viajou para Curitiba para reforçar o Goiás diante do Coritiba.

Goiás vê média de gols dobrar e aparece entre piores defesas no 2º turno

Preocupação

Temas íntimos e universais com uma escrita que mistura humor, melancolia e uma acidez. São esses os predicados que fazem da escritora, roteirista e podcaster Tati Bernardi referência entre leitores de diferentes gerações. A autora integra o projeto Circuito Literário, do Sesc Goiás, que promove atividades gratuitas durante toda a semana em suas unidades de Goiânia. No sábado (13), Tati Bernardi participa de um bate-papo mediado por Helissa Soares, às 16 horas, no Sesc Cidadania, no Jardim América. Em entrevista ao POPULAR, a comunicadora fala sobre literatura e psicanálise, podcast e autoconhecimento.

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Qual o maior desafio de transformar experiências pessoais íntimas em narrativas que serão expostas para tantos leitores?

O maior desafio é que essas experiências pessoais e íntimas tenham cara de literatura, não pode ter cara de diário, não pode ser um texto sem nenhuma preocupação literária. Então eu conto as coisas sempre com uma tinta para que fique mais engraçado, para que fique mais, sei lá, se for para ser dramático, mais dramático, se for para ter humor, mais humor, ter um pouco de ficção misturada. Precisa ser interessante. Parto de uma base de realidade, mas isso precisa ser contado de uma forma muito interessante que prenda o leitor e que tenha uma preocupação literária com as palavras, não adianta só o conteúdo, a forma importa também.

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Existem outros obstáculos?

Tem, claro, uma preocupação também em não expor pessoas com os nomes. Eu sempre coloco um nome falso, uma idade falsa, pra não expor os nomes reais das pessoas. Apesar de partir de histórias verdadeiras, eu tomo sempre o cuidado de não expor a pessoa de um jeito tão escancarado. A minha eu exponho mesmo, e acho que exponho, conto ali o que me interessa contar, e enquanto isso eu não tenho nenhuma questão, não chega a ser um sofrimento pra mim não.

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De que forma você acha que o humor ajuda a tratar temas profundos como ansiedade e relacionamentos afetivos?

É muito importante mulheres se narrarem, contarem suas histórias, né? Isso é uma luta importante contra o machismo, contra toda violência que a mulher sofre, então quanto mais mulheres se narrarem, isso tem uma importância política, uma importância social. E, fora isso, especificamente se a gente levar em consideração o humor, tem uma cura para quem escreve e tem uma cura para quem lê. Na hora que você olha as situações tentando achar o humor naquilo, é uma catarse. Quando você consegue elaborar algum sofrimento na forma de humor, isso é uma grande cura para quem está escrevendo, organiza o sofrimento e põe ele para fora, e ainda faz o outro rir. É um processo tão forte quanto a análise e para quem lê com certeza também é muito bom, porque você poder ver o drama de outra pessoa igual ao seu ou pior que o seu, dá um certo alívio para a vida.

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O que a literatura pode ensinar sobre autoconhecimento e saúde mental?

Eu tenho um livro sobre crises de ansiedade, então acho que quem lê ali pode se reconhecer, pode perceber que crises de ansiedade, por exemplo, podem ser parecidas para várias pessoas, então tem um certo alívio em você não se sentir tão ET, tão diferente dos outros. Você se sente ali menos sozinho ao ler, aí você vê também que alguém teve coragem de expor alguma situação, alguma cena, sobretudo com humor, e aí talvez isso te gere vontade de falar sobre suas questões. A literatura é uma grande companhia quando a gente não está conseguindo dizer exatamente o que sente, o que pensa, e um livro diz para você, um autor diz para você. Isso te destrava e você fica capaz de poder falar na tua linguagem, do teu jeito.

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Você se tornou uma espécie de rainha do podcast (risos). Como enxerga essa sua presença no streaming e nas redes sociais?

Eu fiz o Calcinha Larga e me apaixonei pelo formato. É um formato muito autoral. Fazer podcasts, você cria um projeto, já coloca no ar, o seu público já escuta, já tem uma troca imediata. E eu trabalho também com cinema e com televisão, que é tão difícil colocar um projeto direto no ar. No podcast eu consigo fazer de uma forma muito instantânea, rápida, ter um resultado rápido, então é muito interessante. &nbsp;

Como é possível se transformar dentro do formato de podcast?

Estou sempre tentando pensar formatos novos e criativos também pra não cansar as pessoas e não ficar muito repetitivo. Mas eu gosto muito de fazer esse monte de podcast e acho importante divulgar todos os meus trabalhos nas redes sociais, então me beneficio demais das redes sociais. Não fico ali o tempo inteiro mostrando minha vida, mostrando minha filha, não sou uma influencer de lifestyle, essas coisas não me interessam nem ser, nem ver, nem consumir, mas acho que como escritora e criadora de conteúdo para podcasts e videocasts é muito interessante as redes sociais.

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Seus textos têm um tom de confissão, quase diário. Até que ponto isso é autobiográfico e até que ponto é invenção literária?

Tudo meu é uma mistura de uma base de coisas que aconteceram de verdade com um pouco de ficção, que é onde crio um pouco para que tudo fique mais engraçado, prenda o leitor, mas parte sempre de uma base de história real, então diria que tá meio a meio ali.

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Nos podcasts e nas entrevistas que você faz, há sempre uma troca íntima. Qual foi descoberta sobre você mesma ao ouvir outras pessoas?

Me fez descobrir que eu gosto demais de entrevistar, eu não sabia que eu gostaria tanto disso e que eu me daria bem fazendo isso. As pessoas sempre falam que contaram algo para mim na entrevista que nunca tinham contado antes, então eu descobri que eu gosto e tenho algum talento para fazer isso, foi muito interessante, muito bom.

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Em um mundo hiperacelerado, como você lida com a pressão por produtividade e relevância?

Eu estou o tempo inteiro pensando em produtividade e relevância. Então acho que eu estou doente junto com todo mundo, essa cabeça que não para de pensar, criar ideias e quer o tempo inteiro divulgar tudo, mas tenho pensado muito em puxar o freio de mão e desacelerar porque além disso adoecer a gente, fica pouco tempo para ler, fica pouco tempo para ir ao cinema, para viajar e isso é importante para poder criar.