Desde que chegou ao Atlético-GO, em maio, o técnico Jorginho tem apostado no argentino Diego Churín. Mesmo sem ser o artilheiro atleticano na temporada, o jogador começou a se mostrar decisivo, como na goleada de 3 a 0 sobre o Nacional (Uruguai), na noite de terça-feira (9). O atacante fez três assistências nos gols atleticanos, marcados por Luiz Fernando (dois) e Gabriel Baralhas.Jorginho também admitiu que não esperava que o time rubro-negro fosse golear o Nacional, agora reforçado por Luís Suárez. Para o treinador, o time mostrou volume de jogo, marcando o adversário com a chamada linha alta. "Gostaria de lembrar aos senhores (imprensa) que quando cheguei aqui, o (Diego) Churin não estava fazendo gol, havia muita dúvida em relação a ele e falei para vocês que o Churín era um cara muito importante. Tenho falado isso para ele", disse Jorginho, ao iniciar a entrevista no pós-jogo, no Serra Dourada."Quero falar da importância deste atleta (Diego Churín) que, em alguns momentos, mesmo não fazendo gol, é decisivo. Ele é muito importante, é o coração valente, é o cara que se entrega de corpo e alma. Por isso, tem sido o capitão, facilita o idioma para conversar com os árbitros. Principalmente pela postura dele, nos treinamentos, dá o melhor. Queria ressaltar isso", destacar o treinador do Dragão.Leia também:+ Atlético-GO fatura mais R$ 4 milhões com vaga; veja premiação acumulada nas copas+ Luiz Fernando curte gols decisivos e espera fazer mais história no Atlético-GOAgora, técnico e elenco se preocupam com o próximo jogo, diante do Botafogo, pela Série A do Brasileiro. Jorginho espera que a equipe mantenha a força e disciplina tática usadas sobre o Nacional. Também destacou o arremesso lateral, através de Hayner, no lance do primeiro gol, marcado por Luiz Fernando aos 4 minutos de jogo."Em relação à estratégia, sabemos que 1 a 0 é um resultado muito perigoso se você se retrai, abaixa as linhas e a marcação. Falamos desde o início que marcaríamos na linha alta e que a questão do lateral foi uma lembrança do auxiliar e analista na área de desempenho, o Bebeto (Sauthier) da importância de treinarmos os (arremessos) laterais com o Hayner. Ele é muito bom nisso e temos o Churín no jogo."Como tem conquistado vitórias importantes nas copas do Brasil e Sul-Americana, Jorginho admite que o Atlético-GO tem alcançado um estilo "copeiro" nos torneios. "Quando saímos na frente, não baixamos as linhas, mas aproveitamos o desespero deles. Os atacantes já não voltavam mais para fazer a segunda linha de marcação, estávamos jogando livre com os dois laterais e estávamos com o meio de campo muito seguro. O time foi extremamente inteligente e jogou. Realmente, parece equipe muito copeira sabendo jogar este tipo de competição", descreveu Jorginho, à espera de que o time possa manter esse padrão na partida decisiva pela Copa do Brasil, diante do Corinthians, na próxima semana.Sobre a atuação e a classificação diante do Nacional, o treinador avalia que a vitória em Montevidéu (Uruguai), por 1 a 0, facilitou a vida do Dragão em Goiânia. "Não digo que a que (atuação) beirou a perfeição, pois acho que o jogo mais importante foi lá (em Montevidéu). Nosso resultado lá determinou a postura deles aqui e a nossa. Somos intensos, marcamos em linha alta, não baixamos as linhas normalmente", comentou Jorginho, que pela segunda vez como técnico chega à uma semifinal da Sul-Americana - antes, foi com a Ponte Preta, em 2013."Sinceramente, não esperava que fôssemos ganhar de 3 a 0. É difícil pensar numa situação como essa diante do Nacional, com um jogador de qualidade como o (Luís) Súárez. Confio muito na minha equipe, mas ganhar de 3 a 0, sabemos que é placar elástico. Isso aconteceu porque estávamos concentrados', frisou o técnico do Atlético-GO.