O livro "Tomazinho e Paulo Gonçalves: Meio século de glórias no futebol" terá seu segundo evento de lançamento neste sábado (15), às 10 horas, na Loja Goiás Tem História / Contato Comunicação, localizada na Rua 27-A, nº 150, no Setor Aeroporto. A obra, que possui 110 páginas, será vendida no local pelo preço de 50 reais.

O livro “Tomazinho e Paulo Gonçalves: Meio Século de Glórias no Futebol”, escrito por Guillermo Gonçalves, narra a trajetória de seu pai, Tomazinho, e de seu tio, Paulo, duas figuras proeminentes no esporte em Goiás e Minas Gerais. A obra resgata a história dos irmãos desde a origem da família em Minas Gerais até a mudança para a recém-construída Goiânia, onde iniciaram suas carreiras no futebol. O autor se baseia em uma vasta pesquisa, que inclui depoimentos de familiares, ex-jogadores, cronistas esportivos e arquivos pessoais, para compor um retrato detalhado da vida e carreira da dupla.

A publicação explora a jornada dos irmãos Gonçalves primeiro como jogadores, destacando os títulos conquistados por ambos no Goiânia e, principalmente, no Atlético-MG durante a década de 1950. A carreira de Tomazinho como artilheiro do clube mineiro ganha ênfase, com menções a feitos notáveis, como marcar três gols em um jogo contra o Santos de Pelé, façanha que foi imortalizada no romance "Hilda Furacão", de Roberto Drummond. O livro documenta não apenas os sucessos, mas também a transição deles para a vida acadêmica - se tornaram pioneiros da Educação Física em Goiás.

Por fim, a obra se aprofunda no legado dos irmãos como treinadores e inovadores do esporte. Paulo Gonçalves é apresentado como um técnico visionário, responsável pelo primeiro título nacional de um clube goiano com o Atlético-GO em 1971, pela formação de equipes históricas do Goiás e por estudos avançados sobre a "visão periférica" no futebol. Já Tomazinho é lembrado por seu caráter firme e por conduzir o Goiânia ao seu último título goiano, em 1974. O livro é leitura indispensável sobre o futebol raiz, repleto de histórias de bastidores e da genialidade de grandes craques.

SERVIÇO

Obra: Tomazinho e Paulo Gonçalves: Meio século de glórias no futebol 
Local: Loja Goiás Tem Hstória / Contato Comunicação 
Endereço: Rua 27-A, nº 150 - Setor Aeroporto 
Data: Sábado (15 de novembro) 
Horário: 10 horas 
Preço: 50 reais 
Páginas: 110 
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Livro sobre Paulo Gonçalves e Tomazinho terá segundo evento de lançamento

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Obra

Em julho deste ano, vivenciando o impacto da dor e do luto pela morte de Thomaz de Aquino Gonçalves, o Tomazinho, o filho Guillermo Gonçalves, de 59 anos, queria fazer algo pela memória do pai. Guillermo amadureceu a ideia de contar num livro a trajetória de Tomazinho e também do tio, Paulo Gonçalves, nomes respeitados no esporte em Goiás. Os dois têm história no futebol mineiro e goiano como jogadores. Depois, na condição de docentes, foram pioneiros na Educação Física em instituições públicas de Goiás.

Tomazinho e Paulo deixaram legado como treinadores de ponta com títulos, bons trabalhos na formação de atletas, emprego de conceitos modernos e conhecimento do futebol (prático e teórico).

A trajetória, a vida nos campos, vestiários e nos bastidores, os números, os títulos, as marcas, os conceitos, as origens, a formação familiar e acadêmica dos irmãos Gonçalves ganharam forma no livro “Tomazinho e Paulo Gonçalves: Meio Século de Glórias no Futebol”, cujo lançamento será na noite da próxima terça-feira (14), no Sesc Centro, às 20 horas.

O autor resgatou as origens da família deles, em Minas Gerais, a partir dos avós: o português Joaquim Gonçalves e a mulher, Itália Collenghi Gonçalves. Oleiro por formação e ofício, Joaquim migrou por Minas Gerais para sustentar os filhos: Teresinha e João Henrique (falecidos) nasceram em Uberlândia, Thomaz de Aquino e a artista plástica Maria Guilhermina são de Conquista, e Paulo Gonçalves nasceu em Sacramento.

A convite dos irmãos Coimbra Bueno, se mudaram para Goiânia, ainda em fase de construção. A primeira moradia foi num rancho. Professores, Teresinha e João Henrique alfabetizaram os outros irmãos. Tragicamente, Joaquim morreu num acidente com um caminhão numa olaria. Paulinho e Tomazinho tomaram gosto pelo futebol. Jogavam no campinho de terra da Matinha, onde é o Parque Botafogo. Eles foram parar no Goiânia, de Joaquim da Veiga Jardim. Entram de vez para o futebol.

Guillermo Gonçalves inicia o livro a partir da origem familiar. Buscou depoimentos da tia, Maria Guilhermina, de outros parentes, além de Paulo Gonçalves, que está com 88 anos. João Henrique foi piloto nas corridas de moto nas ruas da capital. Maria Guilhermina é nome consagrado nas artes plásticas.

Não parou nisso. No futebol, entrevistou ex-jogadores: Alexandre Neto (Goiás, de 1973), Carlos Alberto Santos (Goiás, de 1983), Richard (Goiás, de 1996), Rogério e Dema (Goiânia, de 1974). Também colheu depoimentos do ex-presidente do Vila Nova e historiador Wilson Balzacchi (sobre o clube, em 1992). Guillermo ouviu ainda cronistas esportivos: Evandro Gomes, Rupert Nickerson, José Carlos Lopes, Gerliézer Paulo e José Roberto Silva.

Recorreu aos arquivos do pai, Tomazinho, e colheu dados e informações em sites, revistas esportivas (Placar, Gazeta Esportiva, Revista do Esporte), enciclopédias do Atlético-MG e alguns livros. Farto material para ganhar forma de livro sobre a dupla de irmãos.

Como jogadores, Tomazinho e Paulinho foram campeões nos terreiros de Galos: no Goiânia (na primeira metade da década de 1950) e no Atlético-MG (segunda metade daquela década). Em Belo Horizonte, estudaram e se formaram em Educação Física pela Universidade Católica de Minas Gerais (UCMG). Como treinadores e em outras funções, trabalharam nos quatro clubes da capital goiana. Algo raro no meio.

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Paulo Gonçalves em conversa com o sobrinho Guillermo (Diomício Gomes / O Popular)

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Paulo Gonçalves chegou a ter escola de natação (Golfinho) e, quando o futebol feminino no País tinha uma geração ainda desconhecida de craques como Marta e Cristiane, o técnico começou a prepará-las às conquistas a partir do ouro no Pan-Americano de Santo Domingo (2003). Cristiane, aposta dele, fez o gol do título na final diante do Canadá.

Na conversa com a reportagem do POPULAR, Guillermo Gonçalves detalhou a cronologia da vida do pai e do “tio Paulinho”. Fatos divertidos, às vezes, e reveladores, em outros momentos.

Paulo Gonçalves é um ícone entre os técnicos do futebol goiano. Talvez o melhor e mais visionário. O trabalho dele e do médico oftalmologista Durval Morais de Carvalho, sobre como é possível desenvolver a “visão periférica no futebol”, mostram que o treinamento do jogador não pode se restringir à capacidade motora (física) dele. O estudo também resultou em livro e nas publicações em revistas científicas.

Tomazinho fez fama, história e gols no Atlético-MG antes de ídolos como Reinaldo, Dario, Marques, Guilherme e Hulk, entre outros. A foto da capa do livro ilustra a idolatria - Tomazinho, o artilheiro do Galo, é carregado por torcedores em êxtase.

Povo, gente simples e alegre como os irmãos Gonçalves. Nos anos 50, o futebol mineiro ficava praticamente restrito às fronteiras de Minas Gerais. Os craques só tinham a chance de projeção a partir das seleções estaduais, dos amistosos e de alguma transferência ao eixo Rio-SP. Tomazinho chegou ao Palmeiras, em 1958, como a missão de substituir o campeão mundial Mazzola - os dois chegaram a jogar juntos antes da transferência de Mazzola ao futebol italiano.

Antes, por duas vezes (1955 e 56), Tomazinho foi campeão e artilheiro do Galo (15 gols em cada ano). Há outras marcas citadas por Guillermo. O pai guardou o melhor para os amistosos com o Santos, de Pelé. Em dois deles, marcou três gols sobre o time do Rei.

A façanha do artilheiro do Galo ganhou citações do escritor Roberto Drummond no romance Hilda Furacão, que ganhou as telas da TV como minissérie de sucesso, em 1998. Guillermo fez questão de transcrever trechos em que o atleticano Drummond cita o jogo Galo x Peixe. “Quem foi ver o Rei Pelé, viu o Príncipe Tomazinho”, escreve Drummond. “Dizem que até Hilda Furacão estava no estádio...”, continua o escritor.

São estes detalhes que enriquecem o contexto. Ex-jogador, docente, pesquisador e também treinador, Guillermo é um personagem da história que conta, pois esteve sempre ao lado do pai, não só na convivência familiar, mas nos treinos e nos jogos.

Certamente, recebeu alguns puxões de orelhas do resoluto Tomazinho, que não aceitava interferências quando estava trabalhando. Por causa da personalidade e do caráter, pediu demissão do Goiânia, no vestiário e durante o intervalo de um jogo em Itumbiara. Voltou para casa mais cedo. Este é um traço do técnico responsável pelo último título do Galo na 1ª Divisão goiana, do Goianão de 1974, sobre o favorito Goiás, cuja base fora moldada pelo irmão, Paulo Gonçalves - Jaílton Santos era o técnico do alviverde na decisão (1 a 0 e 1 a 1).

Guillermo, além de acompanhar o pai nas concentrações, também foi torcedor de arquibancada. Ouviu os relatos sobre o grande time do Goiás de 1973, formado pelo “tio Paulinho”. Antes, o treinador dirigiu o Atlético-GO no primeiro título, em nível nacional, de um clube goiano - o Torneio da Integração Nacional (1971).

No Brasileiro de 1973, Paulo Gonçalves e a geração de Lincoln, Tuíra, Paghetti, Macalé, Alexandre e outros começaram a popularizar o clube esmeraldino entre torcedores. A torcida, ao se dirigir ao Olímpico para assistir às atuações dos craques de fora, acabava por se encantar pelo time alviverde. Era futebol fino e de qualidade na terra do pequi.

As outras grandes equipes vieram depois - 1983 e 1996 - no Brasileirão. Todas tinham o dedo de Paulo Gonçalves. No Vila, Paulinho descobriu Bé, a alegria do povo.

Isso foi resgatado por Guillermo. É uma leitura saborosa dos tempos do futebol raiz, das chuteiras de prego, gorros, da boemia, do jogo bruto entremeado com técnica refinada e dos poucos recursos dos clubes. Também de craques, do “pé de obra qualificado”, termo utilizado por Paulo Gonçalves no futebol. Leitura indispensável em tempos de informação rápida e, às vezes, sem conteúdo.

FICHA TÉCNICA

Livro: “Tomazinho e Paulo Gonçalves: Meio Século de Glórias no Futebol” 
Local: Sesc Centro - Cultura e Atividades - Rua 15 com Rua 19, Setor Central (Goiânia-GO) 
Data: 14 de outubro (terça-feira) 
Horário: 20 horas 
Editora: Contato Comunicação 
Conteúdo: 110 páginas 
Preço: 50 reais

Futebol e história: livro relata trajetória dos irmãos Tomazinho e Paulo Gonçalves

O Atlético-GO nasceu no tradicional bairro de Campinas e é o clube de futebol, em atividade, mais antigo da capital goiana. O reduto do time, a Caverna do Dragão, é o Estádio Antônio Accioly. O clube, o bairro e a praça esportiva terão parte da história deles resgatada no livro "Atlético, Campinas e Accioly: Memórias da Força Quente de Um Dragão", com 340 páginas, que será lançado na noite desta sexta-feira (9), a partir das 19 horas.

O local não poderia ser mais sugestivo e original - o Estádio Antônio Accioly, agora um local repaginado, revitalizado e que se tornou ponto turístico de Campinas.

A obra que será lançada é uma compilação de 96 crônicas, escritas por 75 autores, além de contemplar as belas imagens (43 fotos) de sete fotógrafos, como o histórico Hélio de Oliveira, que morreu aos 90 anos no dia 6 de abril de 2020. Ele usou, com sensibilidade, as lentes de uma máquina fotográfica para retratar a história de Campinas (completará 215 anos no dia 8 de julho) e de jogos do Dragão no Accioly.

Os organizadores da equipe de cronistas são os professores Horieste Gomes, Paulo Winícius Maskote e Ângela Mascarenhas. Os três convocaram um time de escritores que emprestam opiniões, dados e curiosidades ao livro, que não fala só de futebol, mas de cultura.

A sequência dos escritos obedece a três tópicos básicos: a paixão e a identidade atleticana com o Bairro de Campinas, a resistência comunitária contra a destruição do Estádio Antônio Accioly e o cultivo às memórias (personagens, histórias e fatos).

Alguns escritos são de pesquisadores e de docentes, como Eguimar Felício Chaveiro, Ged Guimarães, Pedro Célio Borges, Maria Teresinha, Juarez Costa Barbosa, Ubiratan Francisco, Romualdo Pessoa, além de dois que morreram recentemente: Antônio Teixeira Neto e João Alves de Castro.

Há os nomes cuja trajetória se mistura à história do Atlético-GO, como a dupla de escritores e atleticanos José Mendonça Teles e Bariani Ortêncio. Nomes da política, como Célia Valadão, Elias Vaz e o professor Reinaldo Pantaleão (torcedor do Goiânia e candidato a prefeito de Goiânia nos últimos pleitos), também colaboraram com opiniões no livro.

"Nem todos os cronistas são atleticanos. Isso ressalta a pluralidade do livro", afirma Paulo Winícius Maskote, um dos organizadores da obra. Ele diz que campineiros têm textos no livro, como Paulo de Jesus, Maria Dulce Machado, João Silva Neto, Adriele Marques, assim como jornalistas, entre eles João Paulo di Medeiros, Enzo Lisita, Cleber Ferreira, Josiane Coutinho, Álvaro de Castro e Charlie Pereira.

A bola também foi repassada para alguns craques do passado, como o ex-jogador Osmarzinho (campeão do Goianão 1985) e um parente de dois irmãos e campeões pelo Atlético-GO na gênese do clube, nas décadas de 1940 e 50: Luiz Fernando Hidalgo, filho de Aldo Hidalgo e sobrinho de Plínio Hidalgo.

Gilberto Alves Filho, cujo nome de batismo não esconde a origem (é filho de Gilberto Alves, ex-jogador, presidente do clube e da Federação Goiana de Futebol) também deixa o testemunho dele sobre o clube. Também herdeiros de ex-dirigentes, aparecem Leonardo Bariani, Moacir Cícero de Sá Júnior e Fernando Accioly, neto de Antônio Accioly.

"São crónicas que falam de torcedores simples, como o Divino Donizeth, o Divinão, o Respeita as Cores, o Barretão e alguns outros. Eles não estão mais entre nós, mas as memórias deles estão vivas nos textos e imagens", acrescenta Maskote, que também cita que há fotos da torcida feminina do Atlético-GO e da primeira equipe feminina do clube, na década de 1980, quando a modalidade engatinhava no País.

FICHA TÉCNICA

Lançamento do livro "Atlético, Campinas e Accioly: Memórias da Força Quente de um Dragão" 
Data: &nbsp;Sexta-feira (9 de maio) 
Horário: a partir das 19 horas 
Local: Estádio Antônio Accioly (Bairro de Campinas)

Organizadores: professores Horieste Gomes, Paulo Winícius Maskote e Ângela Mascarenhas

Preço: 50 reais (no lançamento) e site&nbsp;www.ludopedio.org.br. Depois, será 70 reais

Como será: além do lançamento da obra, haverá noite de autógrafos com cronistas e fotógrafos, exibição de vídeo e músicas temáticas da história de Campinas

Livro de crônicas e fotos resgata história do Atlético-GO, do estádio e de Campinas; lançamento será no Accioly

História e Futebol

Seis contos que se estruturam em uma única narrativa ficcional expandida com histórias atravessadas pela morte e espelhadas nas relações afetivas e familiares. É essa a premissa de Tamarindos (2023), do escritor goiano Pablo Mathias, um dos livros do catálogo da NegaLilu Editora lançados neste sábado (23), a partir das 14 horas, na Banca Tatuí, famoso point cultural na Santa Cecília, em São Paulo.

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O bonde literário formado por autoras e autores de Goiás se reúne para lançamentos das obras na capital paulista. Além de Pablo Mathias, vencedor da Bolsa Hugo de Carvalho Ramos, a iniciativa reúne as escritoras Elisa Marques e Geórgia Cynara. O programa do sábado prevê ainda a realização da primeira edição do Sarauzine, com coordenação da atriz e escritora também de Goiás Carol Schmid, e uma oficina gratuita de zine com a editora Lari Mundim.

“Nos últimos dois anos, percebo uma necessidade crescente de que o livro seja também representado por quem o escreve”, destaca Lari. Para a autora e jornalista, leitores e leitoras querem conversar sobre processo criativo e produtivo, além de conhecer quem são as pessoas que idealizaram o conteúdo que se busca publicar com esmero e criatividade.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/itamar-vieira-junior-vence-pela-segunda-vez-o-premio-jabuti-1.3201682" target="_blank">Itamar Vieira Junior vence pela segunda vez o Prêmio Jabuti</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/elder-rocha-lima-deixa-projeto-em-homenagem-aos-300-anos-da-cidade-de-goias-1.3201331" target="_blank">Elder Rocha Lima deixa projeto em homenagem aos 300 anos da cidade de Goiás</a></div>

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Lari Mundim: “Esse tipo de iniciativa é totalmente diferente de buscar brechas em bienais do livro ou festas literárias” (Diomício Gomes / O Popular)

A poeta Elisa Marques participa do evento literário com o lançamento de sua segunda obra publicada intitulada Minha Mão na Sua Boca e um Verso sobre o Amor. Com reflexões sobre relacionamentos afetivos dos tempos contemporâneos, a autora dá continuidade à poética que conquistou leitores e leitoras do seu livro de estreia, Até Minha Terapeuta Sente Falta de Você (2023).

“Desde 2022, a agenda de viagem com nossos autores e autoras vem se fortalecendo, porque é cada vez mais ampla a rede de distribuição independente constituída pela Negalilu Editora em 11 anos de existência”, reitera Lari. O projeto, segundo a profissional, é um formato avançado da proposta de circulação já praticada há muitos anos pela companhia literária. “Esse tipo de iniciativa é totalmente diferente de buscar brechas em bienais do livro ou festas literárias, como a de Paraty”, completa.

A jornalista e pesquisadora em cinema Geórgia Cynara inicia sua jornada como escritora a partir de curtas crônicas que apresentam a protagonista Gigi, em três tempos: ativa aos 148 anos, a jovem-adulta em sua fase “pistola” e a menina brilhante. Como uma ode à liberdade e como uma afronta à cultura patriarcal, Memórias Crônicas de uma Mulher sem Vergonha foi elaborado a partir da escuta de experiências comuns entre mulheres e de sua autobiografia.

Na programação do evento, Elisa, Geórgia e Pablo estarão na Banca Tatuí autografando seus livros e conversando sobre seus processos criativos e motivações para a escrita. Enquanto isso, Carol Schmid conduz a primeira edição do Sarauzine, juntamente com poetas convidados. A Banca Tatuí é inteiramente dedicada a títulos independentes do Brasil e pioneira de um movimento de revitalização de bancas de rua de São Paulo.

Escritores goianos fazem lançamento coletivo em São Paulo

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LITERATURA

Por que setores significativos da sociedade civil que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em suas primeiras eleições nos anos 2000 passaram a votar e tornaram-se, muitos deles, apoiadores fervorosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo com sua inelegibilidade? Para o ex-deputado federal constituinte e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) Aldo Arantes, hoje com 85 anos, a resposta é que as redes sociais passaram a operar um domínio de mentes que decantou uma “guerra cultural” — o grande mecanismo, em suas palavras, da luta ideológica da extrema direita.

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“É claro que é uma pauta altamente conservadora, negando história, ciência, direitos sociais, democracia — o chamado negacionismo. Isso vem dos Estados Unidos, e é um processo de construção lenta. Vem lá de trás. O objetivo é estabelecer a lógica do mercado, que é o capitalismo, individualismo”, diz Arantes, em entrevista ao POPULAR.

Ex-preso político, militante de décadas e uma das lideranças mais vocais da esquerda, Arantes reflete sobre os desafios da democracia brasileira em seu novo livro, “Domínio das mentes: do golpe militar à guerra cultural” (Kotter Editorial), que será lançado no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás, no setor Leste Universitário, nesta quinta-feira (21).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/partidos-buscam-estrategias-para-disputa-em-goias-de-olho-em-2026-1.3195027" target="_blank">Partidos buscam estratégias para disputa em Goiás, de olho em 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/agora-sobre-bolsonaro-vamos-nos-encontrar-nas-urnas-afirma-caiado-1.3194153" target="_blank">'Agora (sobre Bolsonaro) vamos nos encontrar nas urnas', afirma Caiado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/instagram-vai-permitir-que-usuarios-reiniciem-algoritmo-de-recomendac-o-de-conteudo-1.3201183" target="_blank">Instagram vai permitir que usuários reiniciem algoritmo de recomendação de conteúdo</a></div>

A obra se propõe a entender, entre outros aspectos, a subestimação da esquerda brasileira à força do bolsonarismo, as origens dos ideários da extrema direita, e em qual lógica operam as redes sociais, que se tornaram a arena de maior alcance e visibilidade política nos últimos anos.

O autor argumenta que a guerra cultural não se limita à disseminação de fake news, mas se vale de uma lógica estruturada pelas redes sociais para moldar pensamentos e comportamentos. “Ocorre que a fake news na chamada guerra cultural tem um alcance diferenciado. Por que? As redes sociais com a utilização dos algoritmos permitem eficácia brutal, atingindo milhões de pessoas em um tempo pequeno”, afirma Arantes.

“As redes sociais hoje não só identificam onde as pessoas estão, o que elas estão fazendo, o que estão pensando, projetando, mas mais do que isso: elas reformulam as mentes das pessoas.” Dessa explicação decorre, para o autor, o conceito de domínio das mentes e a complexidade do enfrentamento.

O ex-deputado diz que a construção dessa lógica é apoiada por think tanks conservadores com suporte do empresariado, interessados em promover valores como o individualismo e o neoliberalismo. Para ele, o objetivo central é despolitizar a sociedade e impor uma falsa verdade.

Como contraponto, Arantes propõe a construção de uma “luta ideológica democrática”, baseada em fatos e no despertar da consciência crítica da sociedade civil, desafiando a narrativa da extrema-direita. “A diferença é que a guerra cultural é impositiva, tenta despolitizar a sociedade, impondo uma falsa verdade. Ela opera baseada, inclusive, na liberdade de opinião”, afirma. “Despertar a consciência crítica é tudo que a extrema-direita não quer.”

Arantes entende que o neoliberalismo quer destruir conquistas constitucionais como a democracia e os direitos dos trabalhadores. Esses princípios, segundo ele, precisam ser defendidos para consolidar uma maioria política na sociedade e promover reformas estruturais. Para ele, sem uma reforma política que altere a composição do parlamento, reformas essenciais, como a agrária, tornam-se inviáveis.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, assina o posfácio de “Domínio das mentes”, em que rememora episódios recentes da vida política nacional como o impeachment de Dilma Rousseff e a terceira eleição de Lula para dizer que atualmente a luta contra o fascismo e o resgate da defesa da democracia tornaram-se centrais no país, visando “impedir retrocessos e fortalecer a luta pela transformação da sociedade”.

Arantes reconhece as dificuldades enfrentadas pelo governo Lula, especialmente diante de um parlamento adverso, e a perda de espaço da esquerda em todo o país, especialmente com o saldo da eleição deste ano. Ele, porém, defende que a esquerda precisa sair às ruas para mobilizar a sociedade em torno de uma agenda progressista.

Embora reconheça a ausência de uma marca atual no governo Lula, ele acredita que as conquistas do passado estão sendo atualizadas. Sobre Goiás, Arantes diz que enquanto Goiânia pode ser mais receptiva à esquerda no futuro, o cenário estadual permanece desafiador. “Em Goiás, enfrentamos um governo de extrema-direita. Espero que as forças democráticas se levantem para alterar essa situação”, afirma.