Apesar da pista do Autódromo de Goiânia ser o atual foco da obra, foi obrigatória a mudança de diversos pontos do equipamento esportivo. A partir do ano que vem, novidades estarão espalhadas pelo lugar.Para o público, estão sendo feitas melhorias de conforto na arquibancada coberta, a instalação de banheiros ao longo do autódromo (geralmente são alugados banheiros químicos em eventos) e ajustes que vão melhorar a acessibilidade na praça esportiva, como a criação de um elevador ao lado da arquibancada coberta e espaço para cadeirantes no local.Para a MotoGP, serão instaladas arquibancadas provisórias para acomodar torcedores. Os pontos ainda serão definidos, mas já se sabe que na curva 1 (final da reta principal) e no mergulho estarão dois módulos de arquibancadas. A área no gramado, que é tradicionalmente utilizada em provas em Goiânia, seguirá disponível para o público. “Analisando os demais eventos, como foi na Argentina, onde o local da prova (Santiago del Estero) fica a mais de 1,2 mil quilômetros de distância da capital Buenos Aires e recebeu cerca de 200 mil pessoas, é possível que esse mesmo número se repita aqui em Goiânia nos três dias de evento. No dia da prova, esperamos cerca de 120 mil pessoas no autódromo. O acesso para Goiânia é muito fácil”, prevê o secretário de Esporte Rudson Guerra.Para cumprir exigências da FIM e FIA, o autódromo ganhará uma pista de apoio. É um trecho de pista que ficará paralelo ao circuito oval e será utilizado para facilitar a entrada de veículos de segurança.Todas as áreas de escape foram alteradas e ganharam mais proteção. Serão 71 mil metros de seixo rolado (tipo de caixa de brita), sete mil metros de defensa (material para construção de guardrails), 1.088 metros de proteção de contenção e 48 mil pneus espalhados ao longo das barreiras de proteção.Outra obrigação do Governo de Goiás foi a construção de um novo viaduto para uso de veículos de serviços. Como não é possível alterar a altura do viaduto existente desde a fundação, um novo está sendo construído na parte oposta. O local terá 4,4 metros de altura e passará por cima da pista, no trecho da reta oposta.“É uma exigência da FIM ter uma saída alternativa. Se não tivesse (o novo viaduto), todo fluxo do evento seria no viaduto que já existe. Tem que ter uma alternativa para cargas e veículos de emergência, não terá acesso de público”, frisou Carlos Wick, arquiteto responsável pela obra do autódromo.Os prédios existentes no autódromo também passaram por alterações. O mais significativo foi o prédio da antiga torre de controle, que foi totalmente demolido e reconstruído do zero.O local terá um novo centro médico, com espaço para primeiros atendimentos, raio-x e estacionamento para ambulâncias (ficavam fora do prédio). O prédio também ocupará a torre de controle de corridas, fiscais de pista, posto de bandeiras, depósitos e manterá um heliponto ao lado.A edificação dos boxes e camarotes não foi demolida, mas foi toda reformada. A principal alteração é nas paredes dos boxes, que não vão mais existir. Divisórias que podem ser deslocadas ficarão no local para atender as diferentes categorias. Isso vai permitir que um box para equipes com três motos seja maior do que o espaço destinado para uma equipe com duas motos, por exemplo. A exigência de novos boxes fez com que um novo prédio fosse construído. O edifício ficará ao lado do prédio existente, no início da reta principal. Agora serão 30 boxes, antes eram 22.“Era para ser 31 boxes, mas decidimos fazer um para o novo pódio. O vão aberto (entre os prédios) é onde ficará o novo pódio. Não tem mais divisória de concreto, que é algo exigido pela FIA e FIM. Moto tem muito isso. Equipe com três motos, outra com duas. Então, o box pode ser adaptável. Vão chegar e montar o autódromo de acordo com cada equipe”, explicou o secretário Rudson Guerra.