A sequência de oito jogos até o fim da Série B, em que o Goiás precisa somar pelo menos a metade dos pontos em disputa, reserva ao clube esmeraldino maioria de confrontos contra equipes que estão na concorrência pelo acesso. Depois do empate por 0 a 0 com o Volta Redonda na 30ª rodada, entre os próximos adversários do alviverde, o único que se volta para escapar do rebaixamento no momento é o Athletic-MG.

Na ordem, a sequência do Goiás tem duelos contra CRB (em casa), Athletic (fora), Chapecoense (em casa), Criciúma (fora), Athletico-PR (em casa), Cuiabá (fora), Novorizontino (em casa) e Remo (fora).

Dos dez primeiros colocados da Série B, o Goiás vai simplesmente enfrentar sete. Só não joga contra o líder, Coritiba, o 8º Atlético-GO, e o vice-líder é ele mesmo. Mas, até o fim da Série B, pega sete equipes que hoje estão do 3º ao 10º lugares, além do Athletic.

Com a projeção de somar pelo menos 63 pontos para subir para a Série A e com os 51 atuais, o Goiás terá de ter 50% de aproveitamento nos jogos que restam para conquistar o acesso. O aproveitamento geral da equipe na Série B é de 56%, mas o rendimento no recorte do 2º turno preocupa, pois caiu e é de 42%.

O técnico Vagner Mancini não titubeia diante do desafio. “A matemática é exata. Temos que chegar pelo menos a 63 pontos para garantir o acesso. Vamos brigar pelo título, não só pelo acesso”, falou.

O Goiás é vice-líder da Série B, a 2 pontos do líder Coritiba - 51 contra 53 pontos.

Última rodada

Vivendo oscilação de resultados e atuações no 2º turno, o Goiás viu positivamente o jogo que fez contra o Volta Redonda, no último sábado (4), ao ponto de lamentar a pontuação do empate sem gol.

“O jogo teve equilíbrio no primeiro tempo, mas nossa equipe foi superior no segundo, nós jogamos praticamente o tempo inteiro no campo do Volta Redonda, não tivemos nenhum susto. Lamentamos a não marcação de mais dois pontos. Levamos um ponto que sempre ajuda, mas hoje (sábado) a vitória acabou escapando das nossas mãos”, comentou o técnico Vagner Mancini.

O Goiás fez um jogo seguro e perdeu muitas chances de gol, incluindo três bolas na trave. Um vacilo foi a expulsão, no fim do primeiro, do meia Brayann, que acertou uma cotovelada em um adversário enquanto corria da defesa para o ataque, fora do lance de jogo e no momento em que o goleiro esmeraldino, Tadeu, faria a reposição de bola. O prejuízo só não foi maior porque o Volta Redonda teve um jogador expulso minutos depois.

“Brayann é um atleta que tem um comportamento maravilhoso, profissional dedicado, menino do bem. Não acredito que tenha acontecido com maldade. Ele teve a infelicidade de ser expulso”, comentou, sobre a expulsão, o diretor de futebol do Goiás Lucas Andrino.

Uma novidade na escalação contra o Volta Redonda foi Jajá no ataque. Wellington Rato ficou no banco. Segundo Mancini, a escolha foi para que o setor se apresentasse com mais velocidade e porque Rato tem sequência pesada de jogos.

“Sobre o Rato, ele ficou no banco, entrou no segundo tempo, foi muito bem. Vem numa sequência de jogos muito forte. Optamos por essa formação para ter velocidade na frente. Vamos fazer as trocas necessárias para recuperar todos os atletas de um jogo para o outro”, falou o treinador do Goiás.

Para o jogo desta terça-feira (7) contra o CRB, na Serrinha, o Goiás tem desfalques: o zagueiro Lucas Ribeiro está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e o meia Brayann vai cumprir suspensão por ter sido expulso.

Nas últimas 13 rodadas, o Goiás venceu apenas três vezes. A equipe acumula três empates seguidos no momento.

Na reta final da Série B, Goiás pega maioria de concorrentes pelo acesso

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Segundona

O Atlético-GO venceu o Athletico-PR na noite deste domingo (5), pela 30ª rodada da Série B, e fecha a rodada a 3 pontos do G4, vivo na briga pelo acesso. Maranhão, Guilherme Romão e Adriano Martins marcaram os gols da vitória do rubro-negro goiano. O jogo, disputado no Estádio Antônio Accioly, teve uma expulsão para cada lado ainda no primeiro tempo: Maranhão, pelo lado do Dragão, e Léo, pelo lado do Furacão.

O Dragão foi letal no ataque, se defendeu bem e garantiu os três pontos no confronto direto.&nbsp;

Com o resultado, o Atlético-GO chega ao seu oitavo jogo de invencibilidade na Série B, somando 45 pontos, em 8º lugar. O time se aproximou do G4, ficando a apenas 3 pontos do Athletico-PR, 4º colocado, e ainda encerrou a sequência de sete vitórias seguidas da equipe paranaense.

Na próxima rodada, o Atlético-GO viaja ao Paraná para voltar a jogar pela Série B. Na 31ª rodada, o rubro-negro goiano encara o Coritiba, atual líder da Segundona. O jogo será disputado na próxima quinta-feira (9), no estádio Couto Pereira, em Curitiba-PR, a bola rola às 19h30.

O Dragão não terá o atacante Maranhão, expulso neste domingo (5), mas conta com o retorno do atacante Lelê e do volante Luizão, que cumpriram suspensão.&nbsp;

Como foi o jogo

O jogo no bairro Campinas começou quente. A torcida apoiava o Atlético-GO, mas foi o Athletico-PR que teve as primeiras boas oportunidades. Logo aos 5 minutos da primeira etapa, Mendoza carregou pelo meio-campo e tocou para Patrick, que bateu de primeira na entrada da área. Paulo Vitor foi obrigado a fazer a primeira boa intervenção e espalmou para escanteio.&nbsp;

Na cobrança, Zapelli cruzou fechado e a bola quase entrou direto. O goleiro do Dragão novamente fez a defesa e, na sobra, dentro da área, Luiz Fernando, ex-jogador do Atlético-GO, tentou de bicicleta. A bola passou por cima, finalizando a blitz do time visitante.

O Atlético-GO tentava as jogadas de ataque pelos lados, com as descidas dos laterais Guilherme Romão, pela esquerda, e Jean Dias, improvisado na lateral direita no lugar de Dudu, lesionado e emprestado pelo Furacão, portanto impedido de jogar. No entanto, esbarrava na forte marcação do Furacão.

Aos 14 minutos, as coisas mudaram para o Atlético-GO. Patrick sofreu pressão no meio-campo e foi desarmado por Robert, que acionou Federico Martínez. Da linha de fundo, próxima a lateral da área, o uruguaio cruzou com liberdade para Maranhão, titular na ausência de Lelê, abrir o placar de cabeça, no estádio Antônio Accioly, e fazer seu primeiro gol pelo clube.

O Athletico-PR continuou tentando o gol. Aos 18, Viveiros recebeu dentro da área e finalizou, a bola bateu na rede do lado de fora.

O Furacão pressionava bastante aos 25 minutos. Após cruzamento e bate-rebate dentro da área, a bola sobrou para Zapelli, que finalizou e carimbou Adriano Martins.

O jogo era pegado, com entradas fortes dos dois lados. Aos 30 minutos, em dividida no círculo central, Maranhão, autor do gol, deu um pisão acima do tornozelo de Stiven Mendoza. No primeiro momento, Raphael Claus/SP aplicou o cartão amarelo, mas o VAR sugeriu revisão do lance, e o árbitro mudou a cor do cartão, aplicando o vermelho.

Com um jogador a menos ainda no primeiro tempo, o Atlético-GO, mesmo jogando em casa, acabou sendo empurrado para dentro do seu campo de defesa, ficando sem a posse de bola e esperando alguma oportunidade de contragolpe.

O jogo se equilibrou novamente aos 39 minutos. Federico Martinez recebeu uma forte entrada de Léo, com um pisão acima do tornozelo, em lance semelhante à expulsão de Maranhão. Raphael Claus/SP, novamente, aplicou o cartão amarelo no primeiro momento, mas, após ser chamado pelo VAR, mostrou o vermelho, deixando os dois times com dez em campo.

Com uma expulsão para cada lado, o Atlético-GO foi inflamado pela torcida. Aos 42, a joia da casa, Yuri, fez linda jogada individual, aplicou um chapéu, invadiu a área e ganhou escanteio. Na cobrança, Fede Martínez cabeceou com liberdade dentro da área, e Santos defendeu.

Já nos acréscimos, o Atlético-GO pressionou e sofreu falta. Jean Dias cruzou para dentro da área, Ronald cabeceou para a defesa do Santos e, na sobra, o capitão Guilherme Romão, que retornava de suspensão, cabeceou livre, sem goleiro e fez o segundo gol do Dragão aos 48 minutos.

O 2º tempo começou muito estudado, o time visitante se viu obrigado a ir para cima para tentar buscar uma reação. O Dragão, por outro lado, se postou em um bloco mais baixo para explorar contra-ataques e matar o jogo. O Athletico-PR tentou chegar ao gol, mas sem perigo.

A primeira grande oportunidade na segunda etapa veio do Dragão. Aos 16 minutos, em jogada trabalhada, Jean Dias cruzou pelo lado direito, Federico Martínez cabeceou para dentro da área e o zagueiro Adriano Martins escorou com o pé direito para balançar a rede e fazer o terceiro do Dragão.

Com larga vantagem, o time da casa diminuiu a intensidade e começou a trabalhar a bola. O Furacão tentava, mas sem sucesso nas suas descidas ao ataque. Até que aos 33, o Athletico-PR cruzou para dentro da área, Leozinho cabeceou sozinho e mandou a bola na trave esquerda da meta do goleiro Paulo Vitor.

Na reta final, aos 39, o Atlético-GO gastou tempo trocando passes, e a torcida no estádio Antônio Accioly vibrou aos gritos de olé.

FICHA TÉCNICA 
Campeonato Brasileiro Série B - 30ª rodada 
Jogo: Atlético-GO 3x0 Athletico-PR 
Local: estádio Antônio Accioly (Goiânia/GO) 
Data: 05/10/2025 
Horário: 20h30

Árbitro: Raphael Claus/SP 
Assistentes: Alex dos Santos/SC e Bruno Muller/SC 
VAR: Emerson de Almeida Ferreira/RJ

Atlético-GO: Paulo Vitor; Jean Dias (Valdir Junior), Tito, Adriano Martins e Guilherme Romão; Ronald, Kauan (Castro), Robert (Talisson) ; Federico Martínez (Raí Natalino), Yuri (Kelvin) e Maranhão. Técnico: Rafael Lacerda.

Athletico-PR: Santos; Arthur Dias, Aguirre, Léo, Benavídez; Zapelli (Dudu) , Patrick (Giuliano), Fernando; Mendoza (Leozinho), Luiz Fernando (Velasco) e Viveiros (Renan). Técnico: Odair Hellmann.

Gols: Maranhão, aos 14 minutos, Guilherme Romão, aos 48 minutos, do 1º tempo e Adriano Martins, aos 16 minutos, do 2º tempo.

Cartões amarelos: Kauan (Atlético-GO) e Zapelli (Athletico-PR) 
Expulsões: Maranhão (Atlético-GO) e Léo (Athletico-PR)

 
Público total: 6.468

Renda: R$ 58.095,00

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

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Atlético-GO goleia Athletico-PR e fecha rodada a 3 pontos do G4 da Série B

Série B

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) elogiou características e ações do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), para disputar a Presidência da República em 2026, mas apontou fatores que dificultam a efetivação do projeto nacional. Para o ex-candidato ao Palácio do Planalto por quatro vezes, Caiado sofre do que chama de “Bolsonaro- dependência” e ainda precisa transitar pelo Brasil para viabilizar a pré-candidatura.Ciro Gomes analisou o cenário político e econômico do país durante visita a Goiânia para palestra na 30ª edição do Congresso Nacional de Administração (CONAD), realizado no Sesc Cidadania. Questionado pelo POPULAR, o político fez elogios ao considerar as perspectivas do governador goiano. “Olha, o Caiado tem dotes e o mais importante dote é a notícia que o Brasil tem de que ele é muito bem avaliado aqui em Goiás. Naturalmente, vocês estão aqui mais perto e muitas vezes é possível ter uma imagem exterior que não corresponde aqui dentro, mas eu o conheço pessoalmente. Ele tem decência pessoal e é um bom administrador”, considerou.O pedetista, no entanto, precisou de tempo para procurar as palavras que achou mais adequadas para apontar os desafios de Caiado. “Acho, enfim, como é que eu digo sem ser indelicado? Acho que ele sofre um pouco dessa dependência, Bolsonaro-dependência, que não era necessária. Ele tem que se esforçar um pouco mais para conhecer melhor o Brasil”, opinou.A meta de se tornar mais conhecido nacionalmente, além da fragmentação de interesses dentro da federação formada por União Brasil e PP, representam os principais entraves para a efetivação do projeto de Ronaldo Caiado. Inicialmente, o goiano deveria atingir pelo menos 10% das intenções de voto para garantir o lançamento da candidatura pela União Progressista, até julho do próximo ano. Para Ciro Gomes, o goiano tem a seu favor o discurso em defesa da segurança pública com a possível construção de imagem positiva, principalmente nos estados onde o tema é apontado pelos eleitores como principal demanda. “Conhecer melhor o Brasil, porque nesse conjunto de símbolos, um deles é muito eloquente a favor do Caiado, que é essa questão da segurança”, apontou.“A conferir, mas é o que se diz Brasil afora, é que aqui, as coisas aqui em Goiás, as coisas da segurança funcionam, ao contrário do meu estado, que hoje é dominado por facções criminosas”, afirmou o ex-ministro antes de citar fatos relacionados à criminalidade no Ceará. “Então, esse entranhamento das facções com a política que está acontecendo no Ceará, consta que aqui não há. Portanto, é um valor importante”, disse.Ao considerar o cenário de pré-campanha para a disputa à Presidência no próximo ano, Ciro considera que a oposição tem problemas com a divisão e a mesma “dependência” do ex-presidente Bolsonaro de que sofre o governador Ronaldo Caiado. “A oposição está bastante diluída porque uma parte dela é Bolsonaro-dependente”, disse. Sendo assim, os opositores não conseguem que o Bolsonaro se coloque diante disso com o seu legado genético. Porque a tragédia brasileira vai se completando nisso: a herança agora não é mais política, é uma herança genética. Uma herança pela lei de transmissão de herança familiar”, criticou. O político definiu que a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) nos Estados Unidos, com articulação a favor do aumento de tarifas a produtos brasileiros, represente empecilho para a união da direita. “Você tem um cara como esse Eduardo Bolsonaro falando bobagem no atacado, travando o encontro desses setores mais à direita, que por sua vez têm uma contradição. Eles precisam do Bolsonaro para partir, mas com o Bolsonaro não têm chegada. Esse é o grande problema”, constatou. Ciro Gomes avaliou ainda que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve ser “a maior vítima disso”.“Não sendo do ramo, o Tarcísio não sabe o que fazer com essa contradição e está precocemente se desgastando”, apontou. O ex-ministro comparou o cenário com Tarcísio como sendo semelhante ao ocorrido em 1989. “O Lula mais ou menos partindo razoavelmente bem, com algo em torno de 35%, e uma corrida lá atrás de muita gente com 4% ou 5%. De maneira que esses podem superar o Lula numa convergência de segundo turno. Acho que o Lula pode perder a eleição, mas o que essa tal direita tem feito de bobagem é assustador”, declarou.Em abertoDepois de analisar as perspectivas para a eleição presidencial de 2026, Ciro Gomes considerou entrar no processo para o que seria sua quinta candidatura ao Palácio do Planalto. Ex-ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco (1994 a 1995) e da Integração Nacional na primeira gestão de Lula (2003 a 2006), o pedetista disputou o cargo nas eleições de 1998, 2002, 2018 e 2022. Questionado sobre a possibilidade de voltar atrás na declaração de que não entraria na corrida, Ciro respondeu: “Claro. Eu faço o cuidado de dar cabimento ao que eu falo. Então, por isso eu uso a palavra pretendo. Eu não pretendo mais e tal”, afirmou. O ex-candidato, no entanto, considerou a derrota na última disputa como fator desmotivador. “Ver o país se dividir entre Lula e Bolsonaro, dois corruptos despreparados, e me constranger com uma votação pífia como aquela que eu tirei, é muito dolorido. Muito dolorido”.O ex-governador do Ceará, entre 1991 e 1994, repetiu em Goiânia a declaração feita na última semana Belo Horizonte, quando afirmou que “não pretendo mais incomodar o eleitor”, tanto em referência à disputa nacional quanto ao possível pleito ao governo estadual.Ciro Gomes manteve a incerteza sobre nova filiação partidária, mas confirmou que tem sido “infeliz” no PDT. “Não tenho partido para ser candidato. A burocracia me tirou o partido no Ceará”, reclamou. O ex-ministro acusou que o PDT em seu estado teria sido “vendido ao PT”.O político confirmou os convites de União Brasil, PP e PSDB, mas apontou que ainda não decidiu, mas mostrou familiaridade com os tucanos e citou conversas com Marconi Perillo e Tasso Jereissati. Ciro minimizou a crise vivenciada pelo PSDB e comparou com o processo que o levou às duas primeiras candidaturas presidenciais pelo antigo PPS, que contava com apenas dois deputados federais. “Quem sabe eu não possa fazer isso de novo se for o caso de me filiar ao partido.”

Projeto de Caiado sofre com a 'dependência' de Bolsonaro, diz Ciro Gomes

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Eleições 2026

O crescente aumento da vaidade masculina impulsionou o mercado de beleza para homens no Brasil. Hoje, eles se preocupam muito mais com o modelo do corte de cabelo ou o desenho da barba e, por isso, vão muito mais vezes a barbearias e já acessam serviços que antes eram procurados basicamente pelas mulheres, como limpeza de pele e sobrancelha. Esta mudança de comportamento gerou uma tendência: a barbearia por assinatura.

Neste novo modelo de negócio, o cliente adere a um plano mensal de serviços, assim como no streaming, com preços que variam de acordo com o pacote escolhido. Para as barbearias, o sistema resultou em um aumento do movimento e da busca por mais serviços.

Há dois anos no mercado com este modelo de negócio e uma gestão mais profissionalizada, Gabriel de Oliveira Alves, da Barbearia Sagaz, diz que a assinatura atende a demanda do homem que resolveu se cuidar mais, o chamado metrossexual, e incentiva outros a também cuidarem mais da imagem pessoal, tendo mais sucesso na vida pessoal e profissional.

Os planos por assinatura resultarem numa maior proximidade com o cliente, que passou a ir mais vezes à barbearia. “O pagamento de um valor mensal incentiva o homem a cuidar mais de sua imagem. Tenho clientes que vem de 8 a 12 vezes por mês”, conta Alves.

São três planos no clube de assinatura: de corte e barba ilimitado (R$ 179,90), só de barba ilimitado (109,90) e só de corte ilimitado (R$ 99,90). Outro plano é o clube Sagaz One (R$ 44,90) para o cliente que vem a cada 30 dias, enquanto o corte avulso é R$ 60.

“Temos empresas parceiras no clube de descontos, como cafeterias, lojas de acessórios de celular e postos de combustível. O objetivo é formar uma comunidade e trazer mais pertencimento”, justifica. No primeiro ano, a receita chegou aos R$ 300 mil e o faturamento em 2025 já registra um crescimento 25% a 30% sobre ano passado, com quase 300 assinantes.

Há três meses, uma das unidades da barbearia Los Patrones aderiu ao sistema de assinaturas. O proprietário, Cristiano Alves Mariano, conta que o sistema atende um perfil de cliente que vai mais de uma vez por mês à barbearia. “Estudos mostram que o cliente vem, em média, até nove vezes por ano à barbearia. Com o sistema de assinatura, este número aumentou para 12 vezes”, destaca.

Por isso, ele gera um impacto positivo no faturamento anual. “Trabalhamos mais e faturamos mais”, comemora Mariano. Além da barbearia ter um faturamento garantido, o cliente vai mais vezes e acaba consumindo outros serviços que não estão no pacote.

Os preços dos pacotes variam de R$ 74,99 a R$ 159,99. “Dependendo do resultado deste projeto piloto, vamos implantar na outra unidade e escalar, abrindo mais barbearias em outras regiões. Já dobramos o faturamento com o sistema”, diz.

Paulo Filho, da Lebaron Barbearia, remodelou o sistema de assinaturas, depois de adquirir a empresa. Segundo ele, o modelo foi suspenso por um tempo até ser profissionalizado, com estudos dos números baseados na ocupação por cadeira de cada barbeiro, que deve ser de 75% pelo menos. “A assinatura ajuda a preencher o tempo vago e a aumentar esta taxa de ocupação”, explica.

As readequações foram necessárias porque os números estavam negativos na gestão anterior, que chegou a ter entre 300 e 350 assinantes. Por isso, a precificação foi adequada para chegar a um ponto de equilíbrio.

Neste mês de outubro, o clube Lebaron foi retomado. “A maioria das barbearias faz errado ao já iniciar com assinatura. É preciso começar no avulso, fazer uma previsão de demanda e identificar seu público para precificar corretamente”, alerta.

Para dar conforto ao cliente, a barbearia funciona no sistema open bar completo, tanto para serviços avulsos, quanto na assinatura. “Atendo mais de 1,1 mil clientes por mês e, se tivesse só quatro cadeiras, nem precisaria de assinatura”, avalia Paulo Filho. Menos de 20% dos clientes são da região.

O clube é dividido em duas assinaturas (corte e barba ou os dois): o Duke, de segunda a quarta, que varia de R$ 149,99 a R$ 239,99, e o plano Lebaron Rei, de segunda a sábado, de R$ 229,99 a R$ 349,99.

Segundo o empresário, o homem frequenta cada vez mais as barbearias e se preocupa com o visual mais moderno. “Tenho cliente que vai toda semana, tira a sobrancelha e faz limpeza de pele. Não só adultos, mas também adolescentes e crianças”, ressalta. O novo clube já tem 82 pessoas no cadastro vip, fora os da antiga carteira que devem ser reativados.

Para o presidente do Sindibeleza Goiás, Marcelino Lucena, o grande objetivo do sistema de assinaturas é fidelizar o cliente, diante do aumento da concorrência de mercado. “Com estes novos cortes que duram pouco tempo e serviços novos, o homem está indo mais vezes ao barbeiro”, ressalta.

Segundo ele, a assinatura proporciona uma boa relação custo-benefício para os homens que sempre cuidam do visual e vão ao barbeiro com mais frequência. Já os barbeiros acabam tendo mais serviços e o faturamento aumenta.

Lucena diz que o mercado viu um crescimento grande do número de barbearias, que ficaram mais modernas e passaram a investir em novos serviços. “Hoje, os profissionais são jovens, abertos a novidades e têm orgulho da profissão. Antes, barbearia só era sinônimo de navalha”, lembra.

Evolução

Larissa Ribeiro, gerente regional Central do Sebrae Goiás, explica que esta estratégia de fidelização, também chamada de ‘economia da recorrência’ e comum nas plataformas digitais, é cada vez mais adotada por serviços presenciais. Segundo ela, isso é uma evolução do modelo de negócio tradicional, que deve ser buscada pelo empreendedor. “O cliente tende a retornar com mais frequência, ajudando a empresa a ter previsibilidade financeira e a conseguir planejar melhor seu fluxo de caixa.”

Para a gerente do Sebrae Goiás, a assinatura também pode aumentar o tíquete médio, ao elevar o número de visitas e oferecer produtos e serviços complementares à carteira de clientes. “É preciso inovar sempre, porque há muita oferta e diversidade de serviços no mercado”, alerta. Mas Larissa lembra que também é preciso planejar a estratégia, que deve acompanhar o planejamento financeiro.

Ela adverte que o barbeiro precisa conhecer seu público para identificar serviços mais procurados e criar planos escalonados por categoria, com diferentes níveis, além de planos de vantagens para clientes recorrentes.

Outra coisa é facilitar o recebimento, oferecendo meios de pagamento por assinatura pelo cartão, com cobrança mensal, que não comprometa o limite da pessoa. “Conheça seu modelo de negócio e trabalhe oportunidades estratégicas”, recomenda a gerente do Sebrae.

Assinatura fideliza clientes e garante receita a barbearias

Economia

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Negócios

Metade da população de Goiânia se locomove diariamente utilizando um automóvel, sendo a maior parte (41%) em carro particular e 10% em veículo por aplicativo. Dentre as dez capitais brasileiras mais populosas, a cidade é a que mais utiliza o transporte privado e, consequentemente, menos opta pelo transporte coletivo público. Os dados são da pesquisa Viver nas Cidades – Mobilidade, uma realização da parceria entre o Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) e a empresa de pesquisa Ipsos, que buscaram a opinião dos moradores pela internet. No caso de Goiânia, verificou-se ser a única capital em que o uso do carro particular supera a quantidade de pessoas que utilizam o transporte coletivo público.

O coordenador de relações institucionais do ICS, Igor Pantoja, afirma que chama muito a atenção Goiânia ter o maior porcentual no uso de automóvel e o menor porcentual no uso do transporte público. “Geralmente, isso leva ao esgotamento do sistema viário. E vem tendo um crescimento da frota muito grande”, diz. O alto uso dos veículos na capital já havia sido apontado como o principal problema de trânsito no Plano de Mobilidade Urbana de Goiânia (PlanMob), realizado entre 2020 e 2023 e oficializado em abril de 2024. No PlanMob, há meta de reduzir para em torno de 25% os deslocamentos feitos pelo transporte individual – nesse caso, somando-se também as motos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/novo-terminal-da-praca-da-biblia-fica-pronto-no-dia-29-1.3313724" target="_self">Novo Terminal da Praça da Bíblia fica pronto no dia 29</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-1-ano-de-implantac-o-do-brt-norte-sul-viagem-segue-com-mesmo-tempo-1.3312322" target="_self">Após 1 ano de implantação do BRT Norte-Sul, viagem segue com mesmo tempo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/terminal-da-praca-da-biblia-e-reaberto-com-maior-estrutura-e-novos-terminais-de-embarque-1.3318156" target="_self">Terminal da Praça da Bíblia é reaberto com maior estrutura e novos terminais de embarque</a></div>

Segundo o estudo feito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em parceria com a Prefeitura, 59,6% das viagens são de carros ou motos. Em 2000, data da pesquisa anterior, o índice era de 35,7%. Na pesquisa feita neste ano pelo ICS, os dados mostram que apenas 21% dos pesquisados usam o transporte coletivo, número abaixo do verificado em Manaus (AM), onde 23% se dizem usuários do sistema público. Para se ter ideia, onde mais se usa o coletivo é em Belém (PA), com 42%, seguido pelo Rio de Janeiro (41%) e Belo Horizonte (40%). Em todas as dez capitais analisadas, o uso do automóvel não ultrapassa 35%, número verificado em Manaus, com 16% usando carro particular e 19%, os aplicativos.

Arquiteta e urbanista e doutora em Transportes, a professora da UFG Erika Kneib analisou a pesquisa do ICS a pedido do POPULAR e relatou que o uso dos veículos particulares e do transporte coletivo é o que mais lhe chamou a atenção, “pois todas as cidades pesquisadas, no geral, absorveram ao longo dos anos políticas de incentivo ao automóvel”. “Contudo, nesse quesito, Goiânia infelizmente se destaca negativamente, confirmando que as políticas públicas de incentivo ao carro e moto, por aqui, têm agravado tais condições”, diz. Ela conta que, além de ser a cidade com maior porcentual de uso de carros, é a segunda com maior porcentual do uso de motos (10%), ao mesmo tempo em que é a segunda com menor porcentual de pessoas a pé (6%) e um dos mais baixos porcentuais de uso de bicicleta (1%).

“Tais números sempre são conectados. Favorecer o uso do motorizado individual leva ao menor uso do coletivo e dos modos ativos. Isso, sem dúvida, merece uma grande reflexão e atitude da gestão pública”, afirma Erika, ao lembrar que os dados se assemelham ao verificado no PlanMob. “Mesmo se tratando de pesquisas diferentes, os dados dessa pesquisa mostram números ainda mais graves do que os revelados pela pesquisa de Goiânia. Nos leva a perguntar se desde a pesquisa de 2022 já houve uma alteração desses números com aumento do uso do motorizado individual. Assim, essa pesquisa corrobora que as intervenções recentes em Goiânia, que objetivam ‘fluidez veicular’, contribuem para atrair mais pessoas a usarem carro e moto, justamente o inverso do que deveria acontecer na busca por uma mobilidade mais adequada.”

Segundo a Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET), o uso intenso do carro em Goiânia é resultado de um modelo urbano historicamente voltado para o transporte individual. “A atual gestão tem atuado para mudar essa realidade por meio de medidas que priorizam a mobilidade coletiva e sustentável. Entre as ações, destacam-se a modernização da frota de ônibus, a melhoria da infraestrutura de terminais e plataformas, a integração entre diferentes modais, e a metronização dos corredores de ônibus, que já garante maior regularidade e velocidade às viagens.”

A pasta aponta que isso já tem refletido em números, já que a média diária de usuários do transporte coletivo na Grande Goiânia chegou a 513.932 em agosto deste ano, o que representa 103,9% do volume registrado em agosto de 2019 (494.218 passageiros por dia), antes da pandemia de Covid-19. A SET entende que o aumento de usuários no sistema de transporte coletivo mostra que, seis anos após a queda causada pelas restrições sanitárias, “o sistema vive um crescimento consistente na demanda, resultado direto dos investimentos em infraestrutura e qualificação do serviço”. A secretaria complementa que o objetivo é dar mais qualidade ao transporte coletivo e “fazer com que o cidadão faça a escolha não por imposição, mas por ser a alternativa mais rápida, segura, confortável e eficiente”.

<h2>Tempo de espera e de viagem é chave para passar a usar ônibus</h2>

A pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) aponta que 49% das pessoas responderam que passariam a usar o transporte coletivo se o tempo de espera nos pontos, estações e terminais fosse menor, e 44% informou que faria a escolha se o trajeto fosse mais rápido do que em relação aos outros transportes. Segundo o coordenador de relações institucionais do ICS, Igor Pantoja, a redução do tempo de espera e tornar o transporte público mais eficiente são ações que auxiliariam no maior uso do sistema coletivo. “A questão é pensa em como fazer isso, estimular o transporte coletivo, com mais corredores, pesquisa de demanda, maior investimento e reduzir o uso do carro”, afirma.

<img attr-cid="policy:1.3320601" attr-version="policy:1.3320601:1759709435" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3320601/Vida Urbana - av 136.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Dezenas de carros e motos na Avenida 136, Setor Marista, e apenas um ônibus: cena rotineira na cidade (Wildes Barbosa / O Popular)

Para a arquiteta e urbanista, Erika Kneib, a pesquisa aponta que os entrevistados valorizam mais o tempo (de espera e de viagem), corroborando o que dizem pesquisas científicas sobre a importância dessa variável. “Isso é uma boa notícia, pois um menor tempo de espera e de viagem poderia atraí-los a usar o transporte coletivo. Sabe-se que reduzir o tempo das viagens de ônibus não é fácil, mas é possível de ser aprimorado. Segundo a pesquisa, se o tempo de viagem do ônibus for competitivo, muita gente estaria disposta a mudar para o ônibus”, explica ela. A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) concorda sobre a necessidade de intervenção na melhoria da velocidade dos ônibus.&nbsp;

Para a CMTC, há a necessidade de o transporte público ter prioridade no trânsito e sincronização semafórica, “só assim será possível a melhoria da velocidade dos ônibus”, em ação que visa um transporte público mais rápido e confiável do que o carro. “Entende-se que esse caminho é um fator preponderante para que a opção pelo ônibus seja feita pelas vantagens estruturais (todo o investimento em obras e frota em andamento) bem como no tempo de deslocamento, a exemplo dos grandes centros que apostam em mobilidade”, informa ao citar que o trabalho tem sido feito em parceria com a Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET), com a implantação da metronização nos dois corredores BRTs da cidade.

Erika Kneib reforça que o transporte coletivo, por outro lado, é bem avaliado no quesito segurança, se destacando positivamente entre as demais capitais (3% apontam como problema) e com relação ao preço da tarifa (11%), mas os entrevistados ainda apontam a lotação como o principal problema (29%). Os outros problemas apontados na pesquisa, que foram respondidos só por quem utiliza o transporte coletivo público, é o estado ou condição dos veículos (14%) e a frequência das viagens (14%). Para se ter uma ideia, no geral das dez capitais estudadas, a lotação também é o principal problema (23%), seguido do preço da tarifa (20%) e da segurança (12%).

De jeito nenhum

A pesquisa do ICS apontou que 9% dos moradores de Goiânia não usariam o sistema de transporte coletivo de nenhuma maneira, independente de quais ações fossem definidas pelo poder público. Outros 8% só usariam os ônibus caso tivessem de pagar um pedágio urbano para o uso de veículos particulares. Para a CMTC, “a cultura do carro é forte sim, e, essa característica reforça a necessidade de projetos e investimentos para a redução do tempo de deslocamento dos ônibus nas cidades”. A companhia completa que as ações com esse propósito estão em implantação para estimular as pessoas na adesão ao serviço de transporte público.&nbsp;

“É importante esclarecer que atualmente em Goiânia não existe nenhum projeto ou discussão voltada para a implantação de pedágio urbano. O que buscamos é investir em modernização, tecnologia, inovação e inteligência artificial para construir uma cidade mais sustentável, com segurança viária e alinhada à proposta da nova mobilidade urbana”, afirma o secretário da SET, Tarcísio Abreu. Ele conta que a prioridade “é o transporte coletivo como protagonista do trânsito da cidade, como reforça constantemente o prefeito Sandro Mabel”. Essa prioridade, segundo Abreu, é feita desde investimentos em infraestrutura até melhorias nos serviços.

“Nossa missão é clara: oferecer um transporte público de qualidade, competitivo, rápido e acessível, para que as pessoas escolham o coletivo não por obrigação, mas porque é a melhor opção para se deslocar em Goiânia”, afirma Abreu. Segundo explica Erika Kneib, &lt;TB&gt;medidas de desencorajamento ao uso do automóvel, como a cobrança do pedágio urbano, não funcionam isoladamente, precisam ser pensadas em conjunto. “Nesse sentido, o pedágio urbano é apenas uma dessas possíveis medidas. Se houver pedágio urbano e um transporte coletivo competitivo em tempo e custo, por exemplo, certamente mais pessoas optarão por usar o transporte coletivo. Já a adoção isolada do pedágio urbano pode realmente não gerar os efeitos esperados.”

<h2>Goianiense perde 98 minutos por dia no trânsito</h2>

A pesquisa Viver nas Cidades - Mobilidade, do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), revela que, em média, o goianiense fica 98,6 minutos por dia no trânsito em seus deslocamentos principais, como ir e voltar do trabalho ou escola. Esse tempo é o segundo menor entre as dez capitais analisadas pela pesquisa, ficando atrás apenas de Porto Alegre, em que os pesquisados apontam 94 minutos diários de deslocamento. Em Goiânia, os dados mostram que 31% da população fica mais de 1h30 (90 minutos) nesse trajeto diário, sendo 10% até 2 horas; 14% até 3 horas; e 7% mais de 3 horas diariamente. Válido ressaltar que a capital goiana, na mesma pesquisa, foi a cidade com maior uso do automóvel nos deslocamentos.

Assim, mesmo que a maior parte dos usuários usassem carros, seja particular ou por aplicativo, ainda há um tempo considerável perdido do trânsito diário. Segundo a urbanista e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) Erika Kneib, Goiânia se destacou positivamente neste quesito tempo, comparada às demais cidades da pesquisa, possivelmente pela distância dos deslocamentos que acontecem com origem e destino dentro de Goiânia, que são relativamente curtos. “Com cerca de 5 quilômetros (km) de distância, a pessoa acessa diversos destinos. Isso conta em favor da cidade e do tempo, se comparado a outras cidades.”&nbsp;

Ela cita que a maior parte das viagens ocorre em até 10 km, de acordo com os dados do Plano de Mobilidade de Goiânia, e reforça que se fosse considerada a escala metropolitana, possivelmente teríamos tempos mais elevados. “Em valores absolutos, 1h38 no trânsito é um tempo alto se comparado ao custo de uma hora produtiva. Há percursos na hora pico em Goiânia que poderiam ser feitos por bicicleta, por exemplo, em menor tempo do que de carro, caso houvesse essa possibilidade e incentivo.” Ela conta que participou de uma pesquisa recente para o Rio de Janeiro em que estimou que, por viagem, ter acima de 36 minutos de deslocamento por bicicleta e de 60 minutos de deslocamento para o transporte coletivo é considerado tempo excessivo de deslocamento.&nbsp;

Tempo excessivo

“Se considerarmos tais números para Goiânia, com duas viagens (uma viagem de ida e outra de volta), teríamos que, acima de 72 minutos de bicicleta e 120 minutos de transporte coletivo, seria considerado tempo excessivo. Ou seja, o 1h38 médio (98 minutos) pode, sim, ser considerado excessivo”, explica a professora. A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) informa que tem trabalhado com um planejamento estratégico “focado em ampliar a fluidez viária e reduzir o tempo de deslocamento”. “Projetos como a onda verde, a metronização de corredores de ônibus, a criação de binários e a implantação de direitas livres já têm mostrado resultados expressivos”, considera.

“A pesquisa mostra que, entre as dez capitais avaliadas, Goiânia tem o segundo menor tempo médio gasto no trânsito. Isso é sinal de que estamos no caminho certo e os investimentos feitos até aqui têm surtido efeito. Outro ponto positivo é que Goiânia se destacou como a cidade em que as pessoas mais se sentem seguras ao transitar como pedestres, reflexo dos investimentos em sinalização, faixas de pedestres e ações educativas. A avaliação da SET é de que Goiânia está em um ponto de virada e a soma das ações atuais será no futuro uma mobilidade mais inteligente, sustentável e inclusiva”, afirma Tarcísio Abreu, secretário da SET.&nbsp;

A Prefeitura considera também que o Programa de Desobstrução de Vias Arteriais “tem modernizado corredores importantes, com melhorias na geometria das vias e permitindo maior fluidez dos veículos”, completa a SET. “Outro avanço é a liberação de corredores exclusivos para motos, medida que aumenta a eficiência e reduz conflitos e acidentes. Todas essas ações, somadas à ampliação da sinalização inteligente, são voltadas para transformar minutos economizados em mais qualidade de vida para os goianienses”, considera.

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