O técnico Fábio Carille chega ao Goiás com a necessidade de fazer mudanças no clube goiano na reta final da Série B. Com a missão de buscar o acesso à Série A, o treinador deve promover alterações, aos poucos, principalmente no estilo de jogo do time esmeraldino. Há diferenças em relação ao trabalho que era liderado pelo técnico Vagner Mancini.

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Apesar dos dois treinadores preferirem plataformas táticas iguais - 4–2-3-1 na fase ofensiva e 4-4-2 na defensiva (essa especificamente pode variar durante os jogos) -, aspectos como construção de jogadas e posicionamento de atletas específicos são diferentes entre os técnicos.

Fábio Carille não gosta de armar seus times para o jogo vertical, de poucos toques na bola a partir dos zagueiros, como foi a característica de Vagner Mancini no Goiás. O novo treinador esmeraldino prefere construção de jogadas com participação dos quatro defensores (laterais e zagueiros) com a aproximação de um volante.

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Na construção de jogadas, laterais e pontas são atletas importantes na dinâmica do jogo de Fábio Carille. Há troca de funções, com o lateral avançado ao ataque e o ponta recuando na construção para gerar profundidade e ocupação de espaços que o atacante pode gerar ao recuar.

Triangulações pelos lados do campo são constantes no jogo do técnico do Goiás. Ponta, lateral e um volante costumam sempre estar próximos nas laterais. A ideia é gerar superioridade numérica com movimentações e troca de passes, mas atacar espaços nas costas da defesa para cruzar bolas na área.

Cruzamentos na direção da área são parte do jogo ofensivo do treinador. O Santos de Fábio Carille liderou a estatística de cruzamentos certos por partida na Série B do ano passado, com 6.2 de média por duelo.

A equipe paulista também foi a líder de finalização por jogo (14.7), chutes certos (5.2), a segunda com mais passes certos (357 de média), mas pecou na falta de equilíbrio com o segundo melhor ataque (57 gols) e a terceira pior defesa (32 gols). Os números são do Sofascore.

O treinador exige a participação de volantes, meia e atacantes dentro da área em cenários de cruzamentos. Fábio Carille pede aos jogadores para infiltrar nas áreas adversárias para ter superioridade numérica nos lances ofensivos.

O treinador não costuma exigir marcação com pressão alta de maneira constante. Em tiros de metas adversários, os jogadores marcam por encaixe (ponta no lateral, centroavante no zagueiro etc) para induzir ao erro na saída de bola ou que o goleiro rife a bola.

As jogadas de bola aérea são pontos fortes do treinador, que faz trabalhos específicos em lances de bola parada (faltas e principalmente escanteios). Ele gosta que os jogadores se concentrem no meio da pequena área e se dispersem após a cobrança em direções opostas para bloquear adversários, finalizar de cabeça e ter jogadores livres para rebotes.

Apesar do estilo parecer promissor considerando as peças que terá no Goiás, Fábio Carille também terá de se reerguer nesta reta final de Série B.

O treinador é o atual campeão da competição pelo Santos, mas não tem feito bons trabalhos nos últimos anos e especificamente na atual temporada Fábio Carille encarou cenários de pressão no Vasco e Vitória, com pouca resposta efetiva em campo que resultaram em duas demissões.

Fábio Carille ganhou notoriedade entre os treinadores depois do rápido sucesso que teve à frente do Corinthians. Após quase dez anos como auxiliar, ele foi efetivado para a temporada de 2017 e ganhou títulos em sequência, foram três paulistas consecutivos e uma Série A.

Desde o retorno ao Brasil em 2021 depois de um período na Arábia Saudita, o treinador encarou cenários em que não conseguiu fazer suas equipes jogarem de maneira que dessem tranquilidade a ele no cargo.

Essa pressão aumentou a partir do ano passado, quando passou a receber críticas pelo comportamento do Santos na Série B.

Depois do vice no Paulistão, o desempenho da equipe santista caiu bruscamente na Segundona e, mesmo com o título, seu trabalho foi criticado pela queda de rendimento entre as competições e atuações pouco propositivas quando imaginou-se que o Santos subiria fácil à Série A.

Neste ano, no Vasco, as críticas foram maiores por causa do estilo pouco competitivo, principalmente em clássicos e em alguns jogos na Sul-Americana e na Série A. A relação com a torcida nunca foi boa, com direito a vaias e xingamentos direcionados ao treinador em jogos em São Januário.

O Vasco acumulou resultados ruins no início do ano e a ausência de respostas resultou na primeira demissão na temporada, em abril.

Em julho, Fábio Carille acertou com o Vitória, mas não terminou o mês de agosto pelo clube rubro-negro. Novamente, recebeu críticas pela postura da equipe, insistência em alguns atletas que não estavam bem e problemas em campo, como defesa vazada com frequência (foram 18 gols sofridos em sete das nove partidas em que comandou a equipe) e gols nos minutos finais.

A união entre Fábio Carille e Goiás tem em comum o desejo por reviravolta na temporada. Serão seis partidas que podem mudar os rumos de ambos para a temporada de 2026.

O que esperar de Fábio Carille no Goiás

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Série B

Pela primeira vez depois de nove jogos, o Vila Nova terminou os 90 minutos de uma partida sem sofrer gols. Entre as razões para alcançar essa marca, adquirida na vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas no último final de semana, está a escolha do técnico Umberto Louzer por outro zagueiro no miolo defensivo, em uma formação diferente da época de Paulo Turra.

Antes do jogo contra o Amazonas, no OBA, pela 32ª rodada da Série B, o Vila Nova vinha de nove jogos sem vencer. Em todos eles, o time adversário balançou as redes. Além disso, em quatro desses jogos, contra Botafogo-SP, Chapecoense, Athletico-PR e Cuiabá, o Tigre foi vazado duas vezes na mesma partida.

Desde que chegou, Umberto Louzer já havia demonstrado preocupação com o aspecto defensivo. No início do trabalho do técnico anterior, Paulo Turra, o Vila Nova passou os dois primeiros jogos sem sofrer gols, nas vitórias sobre Paysandu (1 a 0) e Goiás (2 a 0). Porém, a partir dali a equipe perdeu a solidez, um dos principais motivos pelos quais despencou na tabela de classificação da Segundona.

No início do ano, a defesa era a principal característica do time montado por Rafael Lacerda, atualmente no rival Atlético-GO. Depois disso, nas nove partidas de Luizinho Lopes à frente do Vila Nova, o time sofreu pelo menos um gol em seis dessas partidas, incluindo uma goleada de 3 a 0 para o América-MG, em pleno OBA.

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Paulo Turra também não conseguiu corrigir essa parte, com a utilização de formações com três zagueiros ou até mesmo cinco defensores. Nos oito jogos do técnico à frente do Tigre, a defesa mudou constantemente. O zagueiro Tiago Pagnussat foi o único que atuou como titular em todas elas, enquanto o goleiro Halls só não jogou em uma, por suspensão.

Quanto aos outros defensores, Weverton e Elias foram titulares seis vezes cada, Pedro Romano e Higor cinco, Willian Formiga três e Walisson Maia dois. Naturalmente, algumas dessas mudanças foram inevitáveis, por causa de suspensões ou lesões, mas outras foram por opção do treinador e o fato é que a defesa era o setor mais imprevisível da equipe.

Na estreia de Umberto Louzer, no empate contra o Criciúma (1 a 1), o técnico mandou a campo uma defesa com Halls, Elias, Tiago Pagnussat, Weverton e Willian Formiga, apostando em uma formação defensiva mais tradicional de dois laterais e dois zagueiros formando a linha de quatro.

No duelo seguinte, no empate contra o América-MG (1 a 1), o treinador precisou mudar as peças devido às suspensões de Elias e Weverton. Pedro Romano foi improvisado na lateral direita e Walisson Maia entrou na zaga.

Contra o Amazonas, Elias e Weverton voltaram de suspensão, mas Umberto Louzer optou por escalar Pedro Romano em sua função de origem como zagueiro, com Elias na lateral direita e Weverton no banco de reservas. A escolha deu resultado, tendo em vista que o Vila Nova venceu, não foi vazado e o gol da vitória ainda foi marcado por Pedro Romano.

A tendência é de que a defesa siga a mesma no clássico contra o Atlético-GO, no próximo final de semana. Sem suspensos e lesionados nesse setor, o Vila Nova deve repetir a defesa pela primeira vez desde o empate em 2 a 2 com o Cuiabá, ainda com Paulo Turra, quando o treinador repetiu a formação da derrota por 2 a 0 contra o Athletico-PR, com Halls, Pedro Romano, Tiago Pagnussat e Weverton na defesa, e Elias e Higor atuando como alas.

Vila Nova estanca crise defensiva e pode repetir setor no clássico contra o Atlético-GO

Evolução

Zagueiro do São Paulo, Rafael Tolói está fora da partida contra o Grêmio, na quinta-feira (16), pelo Brasileiro.

BAIXA CERTA

A reportagem apurou que o defensor de 35 anos deverá permanecer em São Paulo, enquanto a delegação vai a Porto Alegre para visitar o Tricolor Gaúcho. O time embarca ao Rio Grande do Sul na tarde desta quarta-feira (15), após sessão de treinos pela manhã.

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Tolói se recupera de uma lesão muscular de grau 1 no músculo posterior da coxa, sofrida ainda no embate contra o Ceará, há duas semanas. A expectativa inicial era de ser ausência por dez a 15 dias.

Apesar da baixa, o técnico Hernán Crespo terá o reforço de Nahuel Ferraresi para a posição, após cancelamento do amistoso entre Venezuela e Belize, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (14).

Havia temor no Tricolor de o defensor não ter condições físicas de atuar contra o Grêmio se fosse novamente titular pela seleção venezuelana. Com presença de Ferraresi confirmada, Tolói será, portanto, a única baixa para a defesa.

A partida contra o Grêmio acontece às 19h (de Brasília) desta quinta-feira, na Arena do Grêmio. O São Paulo é 8° colocado do Brasileirão, com 38 pontos somados.

Rafael Tolói, do São Paulo, segue em tratamento e não enfrenta o Grêmio

Série A

O Atlético-GO disputará no próximo sábado (18), sob cobranças internas, o clássico diante do Vila Nova, no Estádio Antônio Accioly. Será o último clássico do Dragão neste ano e o jogo de número 50 de uma temporada marcada por resultados ruins e na qual o clube não tem conseguido bater as metas principais: o inédito tetracampeonato do Estadual, uma boa campanha na Copa do Brasil e, por último, o acesso à Série A, que ficou muito distante após duas derrotas fora de casa. O Dragão perdeu para o Coritiba (2 a 1) e foi goleado pelo Volta Redonda-RJ (3 a 0).“Temos de recuperar quem está com a cabeça aqui porque já vamos começar a pensar numa reformulação para o ano que vem”, disse o presidente do Atlético-GO, Adson Batista, ainda no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Para ele, é preciso recuperar o elenco nos próximos dias, pois “temos de fazer um clássico diferente”.Neste ano, o Dragão só venceu um clássico, sobre o Goiás, na Serrinha, na fase inicial do Goianão (2 a 1). Depois, perdeu um jogo (2 a 1) e empatou outro (0 a 0) com o Goiás pela Série B, enquanto foi duas vezes batido pelo Vila Nova: 3 a 1 no Estadual, com gol de Emerson Urso do meio-campo, e 1 a 0 na Série B. Estes resultados fazem parte do pacote de 49 jogos disputados pelo clube neste ano, válidos pelo Estadual (15), pela Copa do Brasil (2) e pela Série B (32), com 17 vitórias, 20 empates e 12 derrotas. O aproveitamento geral é de 48,29%.O Atlético-GO também não venceu o Vila Nova nos últimos clássicos válidos pela Série B: 1 a 1 (2019, com gol de falta de Bruno Mezenga e demissão do técnico Wagner Lopes), 1 a 1 e 2 a 1 (em 2023) e 1 a 0 em junho deste ano, no OBA. O último triunfo do Dragão sobre o Tigre na Segundona nacional foi em 2019 (2 a 0 no Accioly).Para reverter as marcas negativas do Atlético-GO, o técnico Rafael Lacerda deve fazer mudanças no time, mas sem improvisações entre os titulares. O meia Robert e o meia-atacante Yuri Alves podem iniciar o clássico. O lateral direito Valdir Júnior, recuperado de lesão muscular e à disposição nos últimos jogos, pode ter a chance de ser escalado.

Em ano abaixo da expectativa, Atlético-GO tenta encerrar jejum contra o Vila Nova

Clássico

Após a folga da última segunda-feira (13), o Vila Nova retornou aos treinamentos na manhã desta terça (14), no CT Vila do Tigre, e deu início à preparação para o clássico diante do Atlético-GO, no próximo sábado (18), a partir das 16 horas, no Estádio Antônio Accioly, pela 33ª rodada da Série B. O técnico Umberto Louzer tem quase todo o elenco à sua disposição.

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No treinamento desta terça, Umberto Louzer montou uma atividade com os jogadores titulares na vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas de um lado, contra aqueles que estiveram no banco de reservas. Os únicos que fizeram atividades específicas no gramado foram os volantes Arilson e Miticov, os dois únicos atletas lesionados do Vila Nova atualmente.

Arilson está em fase pós-operatória de hérnia inguinal e Miticov se recupera de lesão no ligamento colateral medial do joelho direito. Ambos também devem ficar disponíveis em breve, mas por enquanto são os únicos desfalques para o clássico. Arilson já vinha fazendo alguns trabalhos no campo, e Miticov chegou a essa etapa nesta semana.

Até o dia do confronto diante do rival rubro-negro, o Vila Nova faz atividades todos os dias pela manhã até a sexta-feira (17), quando o time finaliza a preparação para o clássico. A equipe colorada não tem jogadores suspensos para a partida.