O meia-atacante Wellington Rato acredita que a corrida pelo acesso à Série A chegou em uma fase em que o Goiás não precisa jogar bonito, ou como o jogador definiu fazendo “show ou espetáculo", para voltar ao Brasileirão. Restam 15 rodadas na Série B, que tem o clube esmeraldino na liderança com 44 pontos e oito à frente do 5º colocado, o Novorizontino.

A fala do jogador foi feita durante a análise de mais um jogo que o Goiás terá contra uma equipe que está na briga contra o rebaixamento. O Botafogo-SP saiu do Z4 na rodada passada após vencer o Vila Nova - o time paulista, próximo adversário do líder da Série B, é o 16º colocado com 25 pontos.

“Não tem jogo fácil, todo mundo vem jogar contra o Goiás atuando em altíssimo nível. Todos querem aparecer e até estar aqui (no Goiás) com essa camisa. A gente sabe que o 2º turno fica ainda mais complicado por estar afunilando. Não estamos aqui para dar show ou espetáculo, mas sim colocar o Goiás na Série A”, comentou o jogador.

Wellington Rato também falou sobre a possibilidade do técnico Vagner Mancini deixar o Goiás, após ter recebido sondagem do Vitória - o treinador recusou e permanecerá no clube goiano.

“Eu não acompanho muito, mas o importante é o professor (Vagner Mancini) estar aqui com a gente remando pelo mesmo objetivo. É o pensamento dele, o nosso também e não tem o que pensar no que vai ou não vai acontecer. Todos estão focados no mesmo objetivo, por isso somos tão unidos”, disse.

O meia-atacante se tornou o cobrador oficial do Goiás após o goleiro Tadeu errar duas cobranças, contra Amazonas e Remo. A decisão foi para aliviar a pressão em torno do defensor, que treina normalmente e pode voltar a cobrar pênaltis a qualquer momento.

“A gente sempre está preparado, sempre treina, assim como o Tadeu. Eu, ele, o Anselmo (Ramon) e outros atletas treinam. O professor deixa à vontade. Eu converso com o Tadeu também. Se tiver possibilidade e ele quiser bater, tem que bater. Independentemente de ter perdido um ou dois pênaltis, só erra quem bate. Não tem que ficar na mente dele. Faz parte do processo. Os caras (goleiros adversários) estudam ele (Tadeu) da mesma forma que ele estuda os outros goleiros”, acrescentou Wellington Rato.

O jogador esmeraldino disse estar 100% e totalmente adaptado ao Goiás. Wellington Rato estreou na 16ª rodada, contra o Athetico-PR, e não saiu mais da equipe. Ele participou de todos os oito jogos na sequência da competição.

“Estou bem, 100% e jogando bastante. Estou em uma sequência boa, mas a Série B é diferente da Série A. Na Série A você tem mais liberdade, espaço e na Série B não tem esse espaço. É um jogo mais pegado e com mais contatos. Eu estou tranquilo, o importante é ajudar a equipe de alguma forma, é minha intenção”, falou o meia-atacante, que ainda não marcou gol pelo Goiás e tem uma assistência em oito partidas.

Para Goiás voltar à Série A, Wellington Rato diz que time não precisa dar "show ou espetáculo"

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Corrida pelo acesso

O técnico Paulo Turra terá várias mudanças entre as opções para o próximo jogo do Vila Nova, diante da Chapecoense. O zagueiro Weverton, o lateral esquerdo Willian Formiga e o atacante Vinícius Paiva estão suspensos, mas os atacantes Guilherme Parede e Júnior Todinho voltam a figurar entre as alternativas do time.

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Na derrota por 2 a 0 para o Botafogo-SP, na última segunda-feira (25), o Vila Nova não pôde contar com os suspensos Guilherme Parede e Júnior Todinho. Durante a partida, Weverton foi expulso, enquanto Willian Formiga e Vinícius Paiva receberam o terceiro cartão amarelo.

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No caso de Willian Formiga, ele provavelmente já não enfrentaria a Chapecoense porque sentiu lesão no final do 1º tempo - Higor entrou em seu lugar. A tendência é de que Walisson Maia substitua Weverton, já que Pedro Romano está entregue ao departamento médico, e a reposição de Vinícius Paiva é mais fácil, considerando os retornos de Parede e Todinho.

O confronto entre Vila Nova e Chapecoense está marcado para a próxima segunda-feira (1º), às 19 horas, na Arena Condá, pela 24ª rodada da Série B.

Vila Nova tem três ausências e dois retornos para partida contra a Chapecoense

Próximo jogo

O técnico Vagner Mancini não só ficará no Goiás após ter nome sondado pelo Vitória, como já conversa diariamente com membros da diretoria esmeraldina sobre a temporada de 2026. No clube goiano, há o entendimento de que a campanha na Série B está bem encaminhada para terminar com o acesso à Série A. O treinador de 58 anos refutou deixar o time alviverde neste ano. Vagner Mancini reconhece que podem chegar propostas e novas sondagens por causa do trabalho à frente do Goiás. O time goiano lidera a Série B com 44 pontos e tem oito pontos de vantagem para o Novorizontino, atual 5º colocado, após 23 rodadas.Nesta terça-feira (26), Vagner Mancini recebeu uma sondagem do Vitória. As tratativas não avançaram para a formalização de proposta, já que o treinador, ainda pela manhã, após o treino no CT Edmo Pinheiro, recebeu uma ligação do presidente do Vitória, Fábio Mota, e recusou qualquer investida por parte do clube rubro-negro. O Vitória é o time que o técnico mais comandou na carreira, com 197 jogos em três passagens.Vagner Mancini disse que sabe que até o final do ano ele poderá receber propostas e novas sondagens para deixar o Goiás. “Os convites podem acontecer, isso faz parte do futebol. Mas a minha cabeça está voltada para o Goiás, em cima do projeto que me foi apresentado, do dia a dia com o presidente (do Conselho Deliberativo, Paulo Rogério Pinheiro) e da relação que tenho com o Lucas Andrino. Eu tenho tudo que um profissional quer para desenvolver o trabalho, não há necessidade nenhuma (de sair)”, afirmou o treinador do Goiás.Vagner Mancini está em sua segunda passagem pelo Goiás. A primeira foi entre agosto e novembro do ano passado. Ele voltou em abril deste ano. Foram 45 jogos, até aqui. O atual vínculo do treinador é válido até o final deste ano com renovação automática, além de aumento salarial, para a temporada de 2026 caso o acesso à Série A seja conquistado.“Eu já passei por vários clubes, vários estados e alguns países. Eu sei o que é necessário para desenvolver trabalho, e tenho isso aqui (no Goiás). Não é montante em dinheiro ou situação diferente que vai me tirar desse projeto. Já estive em outros lugares em que eu saí antes do término do contrato. Na maioria das vezes, fui demitido e em outros eu saí por entender que, dentro daquela situação, não era algo que me segurasse. Não é o caso aqui no Goiás”, reforçou o técnico.No Goiás, há cautela em relação ao acesso, já que ainda faltam 15 rodadas até a conclusão da Série B. Porém, a diretoria esmeraldina se mobiliza para encontrar novas fontes de receitas para a temporada de 2026 pensando na Série A e também existem conversas diárias para a manutenção de peças que estão envolvidas diretamente no departamento de futebol.Com a situação com o técnico Vagner Mancini resolvida, já que, em caso de acesso, o treinador terá contrato renovado para a temporada de 2026, a diretoria do Goiás também articula para manter o diretor de futebol Lucas Andrino.O dirigente tem contrato com o Goiás até o final da Série B deste ano e foi procurado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Rogério Pinheiro, para permanecer no clube goiano na próxima temporada.“Não tenho contrato para 2026, mas converso diariamente com o presidente (Paulo Rogério Pinheiro). Ele deixou claro que tem o desejo de que eu fique. O mais importante nesse momento é o foco no acesso, vamos pensar em 2026 com pés nos chãos. O Goiás terá de fazer um campeonato de permanência, o que não é fácil hoje na Série A, e meu desejo é que a comissão técnica também fique. Nosso dia a dia e metodologia de trabalho construída por seis mãos que estão focadas no futebol do Goiás é importante. São pessoas que convergem com as mesmas ideias e princípios”, afirmou Lucas Andrino, que em “seis mãos” se refere a ele, o técnico Vagner Mancini e a Paulo Rogério Pinheiro.

No dia do "fico", Mancini já mostra que faz planos para 2026 no Goiás

Técnico

O Atlético-GO continua o processo de reformulação do elenco durante a Série B. Nesta terça-feira (26), o clube acertou o empréstimo do atacante Daniel, de 20 anos, para o ZTE FC, da Hungria. O jovem jogador foi cedido por um ano para o clube húngaro, para ganhar experiência e ter minutagem de jogo. Ao mesmo tempo, o Dragão tem um centroavante acertado para chegar nos próximos dias.

O prazo para contratar e regularizar as contratações termina na próxima terça-feira (2), no fechamento da janela de transferência da CBF.

O nome do atacante que vai chegar ao clube não foi revelado pelo presidente do Atlético-GO, Adson Batista.

Sobre o empréstimo de Daniel, o dirigente justificou que o jogador precisa estar em ação. “É porque ele (Daniel) terá chance de jogar, ter sequência, ganhar maturidade”, explicou o dirigente rubro-negro. Para ele, Daniel precisa jogar com regularidade para aprender a se posicionar entre os zagueiros.

Daniel será emprestado pela terceira vez nos últimos meses. Ano passado, foi cedido ao Operário, de Ponta Grossa (PR) na disputa da Série B. De volta ao CT do Dragão, o atacante atuou algumas vezes no Goianão, mas perdeu o espaço na concorrência com Caio Dantas e Sandro Lima.

Então, novamente saiu por empréstimo. Desta vez para o CRB-AL, no final de fevereiro. Mas teve de retornar ao Dragão após as rescisões do clube com Caio Dantas e Sandro Lima. Na Série B, Daniel tem entrado no decorrer dos jogos. Depois que Lelê (cedido pelo Fluminense) foi contratado, Daniel está sem espaço no time. Ele não marcou nenhum gol nesta temporada.

O Atlético-GO também passa a contar com o volante Ronald, de 22 anos, que vem do Grêmio até o final da Série B. Ele chegou nesta terça-feira, (26), mas não treinou. Ronald chega para disputar vaga com Luizão e Ezequiel Ham na formação titular.

Atlético-GO empresta Daniel e vai contratar outro centroavante

Mercado

O presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro, não gostou do Vitória ter procurado o estafe do técnico Vagner Mancini sem ter conversado com a diretoria esmeraldina para uma possível contratação do treinador. Nesta terça-feira (26), o dirigente disse que poderia ter tido uma conversa entre as diretorias.

“Não é legal o que aconteceu, mas o futebol é isso. O Vitória mandou mensagem pedindo desculpas pelo fato. Agora é bola pra frente, o Vitória tem que lutar para ficar na Série A. É um time coirmão, não vou atacar o presidente (Fábio Mota) ou a instituição. Eles viram que não foi bonito, poderiam ter conversado conosco. Temos bom relacionamento por causa do Rato e por causa do Lepo. Não precisamos partir para isso. O Goiás está de portas abertas, se quiserem comprar jogador nosso pode falar com o presidente e seguimos”, desabafou Paulo Rogério - as menções ao meia-atacante Wellington Rato e o lateral Willean Lepo são pelo fato dos atletas estarem emprestados pelo clube rubro-negro.

Paulo Rogério Pinheiro também comentou sobre a possibilidade de perder Vagner Mancini, que refutou ouvir qualquer proposta e disse que permanecerá no Goiás.

O dirigente disse que não estava em Goiânia e recebeu “diversas mensagens” após o Vitória ter feito uma sondagem pelo treinador diretamente ao estafe de Vagner Mancini.&nbsp;

Paulo Rogério entrou em contato com o empresário Fábio Mello, depois conversou com o diretor de futebol Lucas Andrino e por último falou com o técnico Vagner Mancini. Todas as conversas foram sobre a possibilidade de saída do treinador, que sequer avançou.

“Eu fiquei muito feliz com a vinda do Mancini, já com projeto de dois anos (um ano confirmado e renovação para 2026 em caso de acesso). Falei que iríamos dar a ele um elenco e condições para voltar à elite, e deixar a crise comigo. Eu converso com os atletas e falo que a crise é comigo, que ganhem os jogos e subam o time. Esse projeto seduziu o Mancini e está dando certo, estamos caminhando com bons passos para subir para a Série A. O contrato dele será renovado automaticamente para 2026. Isso será passo de mais firmeza para buscar a permanência no ano que vem e buscar a Sul-Americana novamente”, acrescentou Paulo Rogério Pinheiro.

De última hora nesta terça-feira, o Goiás marcou a coletiva com Paulo Rogério Pinheiro, Lucas Andrino e o técnico Vagner Mancini. O principal tema foi para abordar a possibilidade de saída do treinador, que refutou dar andamento em qualquer tratativa com o Vitória.

Paulo Rogério Pinheiro aproveitou o espaço para dizer que a intenção da coletiva foi para “evitar que cresça” qualquer cenário de crise no Goiás.

“O Goiás não tem crise e não teve crise. Tentaram criar crise depois do jogo do Vila Nova, não teve crise. Eu estou lá para isso, desde o ano passado estou lá para conter as crises. O grupo foi cobrado, o Mancini, Lucas (Andrino) foram cobrados como profissionais. Não em microfone ou rádio, sim (foram cobrados) internamente”, salientou o dirigente.