O técnico Tite confirmou que a seleção brasileira vai enfrentar Camarões, pela última rodada do Grupo G, com um time reserva. São apenas três dúvidas na provável escalação, que terá objetivo de observação, mas também foi escolhida por causa da ausência de lesionados (Neymar, Alex Sandro e Danilo) e situações clínicas de alguns atletas que apresentaram sintomas gripais nos últimos dias.O jogo será oportunidade para o técnico Tite dar minutos para atletas que ainda não entraram em campo nesta Copa. Dos confirmados, Ederson, Daniel Alves, Bremer e Fabinho vão jogar pela primeira vez no Mundial do Catar.Leia também- Confira a classificação dos grupos da Copa do MundoCom as três dúvidas, a provável escalação divulgada pela comissão técnica do Brasil tem: Ederson; Daniel Alves, Eder Militão, Bremer e Alex Telles; Fabinho, Fred (Bruno Guimarães) e Rodrygo ( Everton Ribeiro); Antony, Gabriel Jesus (Pedro) e Martinelli.Daniel Alves foi o nome mais contestado da lista de convocados, mas, com a lesão de Danilo, chegou a ser cotado para atuar diante da Suíça. Não teve chance. O lateral direito ganha oportunidade contra Camarões. Como Danilo ainda se recupera de lesão, Daniel Alves e Militão disputam posição de reserva imediato.Para analistas, uma das principais observações que o técnico Tite poderá fazer contra Camarões é em relação à escalação de Rodrygo. O jovem de 21 anos é considerado o reserva imediato de Neymar, que também segue em processo de recuperação de lesão no tornozelo.A avaliação é que o jogo contra Camarões pode ser uma oportunidade para Rodrygo ter mais minutos em campo em jogos da Copa. O jogador soma 73 minutos nos dois jogos, contra Sérvia e Suíça, em que saiu do banco de reservas.“Ele (Rodrygo) pode render mais jogando como substituto e reserva do Neymar, mas melhor seria se ele estivesse em campo por mais tempo, o que pode ocorrer contra Camarões. A minha impressão é que o Tite tem que efetivar o Rodrygo como reserva do Neymar, não só quando não tiver o Neymar. Preparar o time para uma eventualidade do Neymar não volte nas oitavas de final ou não consiga voltar 100%”, comentou o jornalista André Kfouri, dos canais ESPN e Fox Sports.O que não deve mudar, na teoria, é o estilo de jogo do Brasil. Taticamente, o time será escalado do mesmo modo que jogou as duas partidas da Copa. Após a linha de quatro, o time teve dois volantes, um meia de criação e três jogadores no ataque. O que pode pesar é a falta de entrosamento do time, que nunca jogou junto.Pode sobressair o desejo dos atletas de mostrarem algo para o técnico Tite, já que terão chances como titulares e podem colocar uma “dor de cabeça” no treinador para a sequência do Mundial. O time pode ser ainda um problema para Camarões, que não vai ter uma análise completa de como os atletas jogam juntos - os africanos precisam vencer e contar com tropeço da Suíça para avançar de fase.“O rendimento de um jogador não tem nada a ver com estar ou não no banco. O que acontece é que o adversário pode não saber como marcar um atleta que começa como titular ou sai da reserva, e isso faz com que o jogador tenha mais espaço e jogue melhor do que um que está sendo muito marcado”, analisou o jornalista Leonardo Miranda, especialista em análise de desempenho pela CBF e em tática e estudo do futebol, que escreve no blog Painel Tático, do ge.globo.Mais velhoAlguns fatos curiosos envolvem a escalação brasileira contra Camarões. Daniel Alves, de 39 anos, vai se tornar o jogador mais velho na história da seleção a entrar em campo pela equipe em um jogo de Copa do Mundo. Vai superar seu companheiro Thiago Silva, que tem 38 anos. Antes da dupla, Nilton Santos e Djalma Santos, ambos com 37 anos, eram detentores do recorde.No gol, será apenas a quarta vez na história das Copas, que tem 22 edições com a presença do Brasil, que a seleção brasileira vai utilizar pelo menos dois goleiros no mesmo Mundial. As outras ocasiões foram em 2006, 1938 e 1930. As duas da década de 1930 foram na atual situação, com atletas sendo escolhidos como titulares. No Mundial da Alemanha, Rogério Ceni entrou no lugar de Dida, na vitória de 4 a 1 sobre o Japão, no encerramento da fase de grupos.Apesar da mudança em todas as posições do time, o jogo de sexta-feira (2) é decisivo para o Brasil. A equipe precisa pontuar para confirmar a liderança do Grupo G. O 1º lugar até pode ser conseguido com derrota, desde que a Suíça não goleie a Sérvia no outro jogo da chave.Se confirmar a 1ª colocação do Grupo G, o Brasil terá apenas o sábado (3) e o domingo (4) para recuperação e treinos antes de disputar as oitavas de final, segunda-feira (5), contra o 2º colocado do Grupo H - Portugal, Gana, Coreia do Sul e Uruguai estão nesta chave.Leia também:+ México vence a Arábia Saudita, mas perde vaga no saldo de gols+ Argentina vence a Polônia, avança e pega a Austrália