O empate sem gols com o Goiás, no estádio da Serrinha, na noite desta terça-feira (30) não foi bem digerido pelo Atlético-GO. Os atleticanos avaliam que mereciam sair do clássico com um resultado melhor. O presidente Adson Batista elogiou a atuação da equipe, mas novamente reclamou da arbitragem.

Para o dirigente, a atuação do árbitro Lucas Paulo Torezin/PR não foi boa, já que o profissional teria picotado a partida. Na visão de Adson Batista, a CBF, por meio da Comissão de Arbitragem, precisa estar mais atenta. Ele espera um profissional mais experiente no próximo jogo, no domingo (5), no estádio Antônio Accioly, diante do Athletico-PR.

"O juiz (Lucas Paulo Torezin) não tem preparo para apitar o clássico", criticou Adson Batista. "Eu me preocupo com a arbitragem",acrescentou.&nbsp;

Segundo ele, a Série B se encontra numa fase decisiva e precisa ter bons profissionais no apito dos jogos e não se pode escalar árbitro inexperiente. "Gosto muito do (Rodrigo Cintra, coordenador da Comissão de Arbitragem). Mas hoje (terça-feira, 30) veio aqui um árbitro mal intencionado. Um árbitro que só apitou para a casa. O Goiás tem alguma coisa com isso? Não tem", protestou o dirigente atleticano.&nbsp;

Adson Batista disse que o árbitro travou o jogo e não deixou o Atlético-GO. Além disso, teria amarelado a equipe rubro-negra, que teve quatro atletas punidos com cartões: Luizão, Lelê, Jean Dias e Guilherme Romão - os dois primeiros vão cumprir suspensão contra o Athletico-PR pelo acúmulo de três amarelos. "Saio daqui com mil pulgas na orelha”, afirmou Adson Batista.

Ele elogiou a atuação da equipe, que chega a sete rodadas sem derrotas, mas teve a sequência de três vitórias interrompida no clássico com o Goiás. O Dragão tem 42 pontos e se distancia da parte mais alta da tabela, do G4.&nbsp;

"O Atlético-GO fez uma grande partida. Demorou a acertar a equipe. Mas fico orgulhoso do nosso time, ver a equipe honrando a nossa camisa na casa do adversário. Eu tenho de continuar acreditando. Faltou o gol para sair com a vitória. Para o Goiás, talvez o empate seja um bom resultado. Para nós, não", analisou Adson Batista.

Presidente do Atlético-GO elogia time e critica arbitragem do clássico: "Saio com mil pulgas na orelha"

Esporte

Esporte - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Esporte

Bronca

O Goiás, por meio do diretor de futebol Lucas Andrino, disse que pretende enviar um ofício à CBF para sugerir que a entidade nacional não escale árbitros de estados que possuem times envolvidos na briga pelo acesso à Série A em jogos da equipe esmeraldina. Assim como o Atlético-GO, a direção alviverde reclamou da escolha de um árbitro do Paraná.

Coritiba e Athletico-PR são os rivais de Goiás e Atlético-GO, e outras equipes, na corrida pelo acesso à elite nacional. O clássico entre as equipes goianas, que terminou empatado sem gols nesta terça-feira (30), teve Lucas Paulo Torezin/PR como árbitro principal.

“Nós não concordamos com a escalação do árbitro (Lucas Paulo Torezin/PR) oriundo de um estado que tem duas equipes que disputam os mesmos interesses do Goiás. Teve uma noite infeliz. Já vi que o Adson (Batista, presidente do Atlético-GO) falou sobre arbitragem. Vamos nos reunir (direção do Goiás) e manifestar em relação a CBF. Eu confio muito no trabalho do Rodrigo Cintra (presidente da Comissão de Arbitragem), mas tem que tomar cuidado. Assim como nos jogos do Coritiba e Athletico-PR não há necessidade de ter um árbitro goiano. Isso vai ser questionado à CBF”, afirmou Lucas Andrino.

A reclamação do Goiás com a arbitragem foi de um possível pênalti a favor do time esmeraldino que não foi marcado.

Aos 14 minutos do 2º tempo, os jogadores do Goiás pediram pênalti após lance pelo lado direito. Welliton Matheus cruzou dentro da área e o zagueiro Adriano Martins afastou pela linha de fundo. A bronca dos atletas esmeraldinos foi que o desvio ocorreu com o braço. O VAR Rafael Traci/SC analisou a jogada e, após pouco mais de um minuto, não orientou a revisão do lance. “O que me chama atenção é sequer o VAR ter chamado o árbitro para analisar o lance”, reclamou Lucas Andrino.

O dirigente reafirmou, mais de uma vez, que vai questionar a CBF sobre o tema arbitragem. “A conversa com a CBF a respeito de arbitragem é feita via Federação Goiana. Ontem (segunda, 29) o Pitta (CEO da federação) me ligou. Conversamos por um bom tempo, mas depois que a escala é feita não tem o que ser feito. Já havia a definição”, explicou o diretor sobre o motivo do Goiás não ter reclamado antes do clássico da escolha de um árbitro paranaense.

Lucas Andrino também disse que a conversa com o presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Rogério, após a partida, foi “tranquila”. Ele cumprimentou a todos, deu força para a equipe que vai viajar para o Rio de Janeiro. Foi uma conversa tranquila, como sempre foi”, acrescentou.

O Goiás volta a campo no próximo domingo (4) para enfrentar o Volta Redonda, fora de casa, pela 30ª rodada da Série B.

Diretor diz que Goiás vai enviar ofício à CBF para sugerir alteração nas escalas de arbitragem

Série B

O técnico do Atlético-GO, Rafael Lacerda, manteve a invencibilidade nos clássicos goianos. Em seu primeiro duelo goianiense no comando do Dragão, o treinador empatou sem gols com o Goiás e chegou ao sexto clássico sem derrota - os outros cinco foram quando ainda estava no Vila Nova. O comandante rubro-negro, no entanto, amentou o resultado na Serrinha.

Para Rafael Lacerda, o Atlético-GO merecia ter vencido por ter criado as melhores chances. O Dragão pretendia sair vitorioso do clássico para dar andamento à arrancada para o acesso à Série A. "Enfrentamos um grande time. Quem perdeu os pontos foi o Atlético-GO. O Goiás ganhou um ponto", definiu o técnico.

Rafael Lacerda disse que planejou uma equipe para jogar aberta e explorar os lados. Defensivamente, o time marcou com força, tocou a bola e criou algumas chances de abrir o placar na Serrinha, no chute de Lelê que bateu na trave e nos cabeceios de Kauan e Adriano Martins, no segundo tempo.

"Enfrentamos um adversário que está no G4. Se vencermos o Athletico-PR no domingo (5), este ponto valeu muito. Mas se não vencer, não valeu", projetou o técnico, sobre a rodada seguinte, em que recebe o Furacão, clube que vive fase de arrancada no returno e que está numa boa posição para conquistar o acesso à elite nacional.

Para Rafael Lacerda, o Atlético-GO sai do clássico com clima de lamentação, mas precisa focar no Furacão. "Tivemos três chances, mas não dá tempo para lamentar. Ainda dá tempo de brigar (pelo acesso). É bom jogar jogo grande", destacou o técnico, sobre as qualidades do Goiás e do Athletico-PR.

"Achei o clássico equilibrado no primeiro tempo. No segundo tempo, mantivemos o equilíbrio, mas tivemos as melhores oportunidades. Com todo o respeito, mas Paulo Vitor (goleiro) não fez nenhuma defesa, não teve nenhuma chance do Goiás”, avaliou.

O treinador também fez coro às reclamações do presidente Adson Batista em relação à atuação do árbitro Lucas Paulo Torezin/PR. "Ele picotou muito o jogo. É engraçado que dois jogadores pendurados, o Luizão e o Lelê. Aí, o cartão do Luizão não tem explicação. Vamos enfrentar um time do Paraná (Athletico-PR) com dois jogadores importantes no próximo jogo. Então, mais um erro da arbitragem. Foi péssima", criticou.

Rafael Lacerda mantém invencibilidades em clássicos, mas lamenta tropeço do Atlético-GO

Fala, professor!

O técnico Vagner Mancini admitiu que o Goiás está devendo no 2º turno e poderia estar “jogando melhor”. Nesta terça-feira (30), o time esmeraldino empatou sem gols com o Atlético-GO, no clássico goiano que fechou a 29ª rodada da Série B.

“O Goiás poderia estar jogando melhor. Passa por um momento no campeonato que outras equipes passaram. O Criciúma iniciou mal e de repente arrancou, Athletico-PR idem. Tivemos algumas equipes que foram mais equilibradas, Novorizontino e Chapecoense”, disse o treinador, que acrescentou que o acesso à Série A será conquistado pelo Goiás, mas com dificuldades.

Com o empate na Serrinha, o Goiás desperdiçou a chance de assumir a liderança da Série B e tem 50 pontos na 2ª colocação. É a mesma pontuação do Coritiba, que fica em 1º por ter melhor saldo de gols (11 a 8). “Eu não tenho dúvida no acesso, mas vai vir com dificuldade. Todos buscam a melhor performance. A insatisfação é normal, nosso time poderia ter cinco, seis pontos de diferença para o segundo colocado, mas não aconteceu. Estamos conscientes disso”, salientou.

Sobre o clássico, Vagner Mancini disse que gostou da atuação do Goiás no primeiro tempo, mas que viu o rendimento da equipe cair na etapa final. Ele acredita que as substituições não tiveram o efeito desejado.

“A gente deveria estar jogando melhor. Eu gostei do time no primeiro tempo e não gostei do time no segundo tempo. Jogamos muito abertos e demos chances ao adversário, que teve as melhores oportunidades no segundo tempo”, analisou.

Vagner Mancini se mostrou incomodado durante a coletiva após o empate com o Dragão. O treinador se recusou a responder duas perguntas, uma sobre quando o torcedor do Goiás vai voltar a vencer o time jogar bem e outra se há treinamentos de finalização nos treinos, já que o clube esmeraldino terminou o clássico sem chutar a gol.

Questionado sobre uma possível demissão, o treinador citou a pontuação do Goiás para demonstrar que não entende o motivo do assunto. “Nós temos o mesmo número de pontos do 1º colocado (Coritiba). Olha só o que estamos falando. É uma equipe (Goiás) que tem o mesmo número de pontos do 1º colocado, são 50 pontos e depende só dela para subir. Estamos falando de demissão. Eu, sinceramente, prefiro gastar minha energia com outra coisa. O que tiver que acontecer comigo, com você (repórter) que é funcionário e todos que são funcionários, vai acontecer com naturalidade. Eu enxergo a vida dessa forma. Não posso me deixar levar por isso”, disse.

Após o jogo, o presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro, foi até o vestiário. Segundo Vagner Mancini, o dirigente passou palavras de apoio a ele e ao elenco do Goiás.

Confira outros trechos da coletiva do técnico do Goiás: 
Equilíbrio da Série B 
-Ninguém tem o controle do que vai acontecer. O campeonato é difícil, exige muito das equipes. Eu gostaria de estar falando de mais uma vitória do Goiás. Fizemos um bom primeiro tempo, embora com alguns erros de passes, mas na segunda etapa depois das substituições não rendemos o que eu esperava.

Busca pelo acesso 
-Essa briga vai ser intensa até o final do campeonato. Algumas equipes largaram bem, que foi nosso caso, outras largaram mal e se recuperam ao longo da competição e outras estão vivendo esse momento agora. O que vai importar é a somatória de pontos no final. Faltam nove jogos ainda, há dificuldade grande de uma equipe disparar na frente. Essas oscilações estão acontecendo, mas fazem parte do campeonato. Nós temos que ter maturidade para entender.

Mudança na lateral esquerda 
-Eu fiz a substituição do Moraes e o estádio inteiro me chamou de burro. O Moraes pediu pra sair. Como posso levar em consideração? Eu sei que o torcedor não sabe que o Moraes pediu pra sair. Tudo que acontece no estádio e de repente choca uma pessoa, eu já passei por isso muitas vezes.&nbsp;

Ineficiência ofensiva 
-Faltou (capricho ofensivo) e sou sincero em dizer. Não estou aqui para expor ninguém, mas faltou. O atleta também sabe disso. Eu tive quatro atletas que tiveram diarreia de ontem pra hoje. O atleta é ser humano, que passa por uma série de problemas. A partir do momento que ele diz que está bem, tem que entrar em campo e desempenhar. O desempenho do Goiás está abaixo do que deveria ser.

Aumento de premiação 
-Eu não gostaria que isso acontecesse. Eu sei que tem valor estipulado, mas não podemos melhorar desempenho em função de dinheiro. Todo mundo acha que é só dar um pouco mais de dinheiro, mas não pode direcionar dessa forma.

Vagner Mancini admite que Goiás está devendo no 2º turno e desconversa sobre demissão

Climão

O volante Ronald lamentou as chances perdidas pelo Atlético-GO no empate sem gols com o Goiás, na noite desta terça-feira (30). Na avaliação do jogador atleticano, o Dragão teve oportunidades para vencer o clássico que fechou a 29ª rodada da Série B, mas não foi efetivo.

“As melhores chances do jogo foram nossas. Tivemos duas cabeçadas (Adriano Martins e Kauan) e não conseguimos matar o jogo. Infelizmente não conseguimos. O ponto foi justo para cada lado. O Goiás teve mais posse de bola, realmente, mas em número de chances fomos nós. Poderíamos ter saído com os três pontos, temos que focar agora no próximo jogo”, comentou o volante Ronald.

O Atlético-GO terá um desafio ainda maior no próximo domingo (5), pois recebe o xará, o Athletico-PR, embalado com sete vitórias seguidas e em grande fase no returno, se colocando como um dos favoritos ao acesso à Série A.&nbsp;

O time atleticano terá dois desfalques: Luizão e Lelê, suspensos. O lateral Dudu foi substituído no início do clássico e também passou a ser um problema para o técnico Rafael Lacerda.

Ronald mantém a confiança no acesso do Atlético-GO à elite nacional. O Dragão terminou a 29ª rodada a seis pontos do Athletico-PR, que fecha o G4. “Nós estamos na briga e vamos trabalhar para colocar o Atlético-GO na Série A do ano que vem. Vamos continuar nessa pegada, temos nove jogos e são nove finais que vamos encarar para buscar nosso objetivo”, salientou.