Logo antes da entrevista coletiva de apresentação do técnico Thiago Carvalho, na noite desta segunda-feira (21), o presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, justificou a troca de treinador na reta final da Série B ao dizer que é um cargo que não possui estabilidade. Além disso, projetou uma marca de 64 pontos para o acesso.

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"Isso aqui não é concurso público, não tem estabilidade. A gente sempre traz (técnicos) com o objetivo de não ficar só alguns jogos, mas com a ideia de ficar em 2025. Mas ainda não tocamos no assunto. O acerto foi muito fácil, ele (Thiago) só queria a oportunidade", afirmou o dirigente.

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No último sábado (19), o Vila Nova perdeu para o Coritiba por 3 a 0, no OBA, o que causou o desligamento do técnico Luizinho Lopes. No dia seguinte, o clube anunciou a contratação de Thiago Carvalho, campeão da Série D com a Aparecidense em 2021 e que estava no Ypiranga (RS). O profissional tem uma relação especial com o Tigre, por onde atuou quando ainda era zagueiro.

"Entendíamos que era momento de mudar um pouco o discurso nesta reta final, porque acreditamos que é possível (subir). Era momento de criar um fato novo. O Thiago (Carvalho) é um ex-atleta do clube, com identificação e se preparou para este momento, conhece a nossa equipe, acompanha o futebol goiano e a cultura do clube. É um treinador emergente, buscando com muito ímpeto crescer e vencer. Esse é o espírito do Vila", completou Hugo.

Com seis jogos a serem disputados até o fim do campeonato, Hugo Jorge Bravo fez uma projeção de 64 pontos para subir. Atualmente, o Vila Nova tem 49. Por isso, a equipe teria de conseguir pelo menos cinco vitórias, caso perdesse uma vez. Ainda assim, o presidente colorado destacou que o objetivo é vencer todas as partidas restantes, para ter uma garantia maior.

"O que a gente busca é alguém que acredita ser possível o acesso. Já acompanhamos o Thiago há um bom tempo. Um jogo mais equilibrado, com agressividade na marcação, assim como o Luizinho (Lopes) também tinha", comentou o presidente colorado.

Hugo Jorge Bravo declarou que a responsabilidade pela derrota para o Coritiba, que acabou com a invencibilidade do Vila Nova dentro do OBA nesta Série B, não foi apenas de Luizinho. Os jogadores também tiveram parcela de culpa e a conversa com o elenco aconteceu ainda no vestiário - a diretoria optou por não deixar para depois.

Presidente do Vila Nova projeta 64 pontos para acesso e justifica troca de técnico: "Não tem estabilidade"

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Segundona

O Vila Nova deseja começar 2025 com a máxima força possível. De acordo com o presidente Hugo Jorge Bravo, o principal objetivo da próxima temporada será conquistar o acesso à Série A. Para isso, o clube iniciou o planejamento mais cedo do que o normal, sobretudo quanto à montagem do elenco.

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Nos anos anteriores, o Vila Nova iniciou a temporada com um time específico para disputar o Campeonato Goiano e o início da Série B. Na janela de transferências de julho, agosto e setembro, a diretoria fez contratações para reforçar o elenco para as fases mais agudas da Segundona. Em 2025, a estratégia será diferente.

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“Quando vimos que não subiríamos mais (em 2024), iniciamos imediatamente o trabalho para 2025. Alguns atletas que foram anunciados já tinham pré-contrato, treinador encaminhado. As mudanças no departamento começaram a acontecer. Fizemos o desligamento do Frontini, depois teve a saída do PC (Gusmão), tínhamos a participação do Alarcon (Pacheco) nas ações”, contou Hugo Jorge Bravo ao POPULAR.

O desligamento de Frontini, ex-diretor de futebol, aconteceu no início de novembro, quando o Vila Nova ainda tinha pequenas chances de acesso. Alarcon Pacheco foi anunciado como substituto quase três semanas depois e Yuri Naves assumiu o posto de coordenador de futebol, que antes pertencia a PC Gusmão.

Em relação aos jogadores, a intenção do Vila Nova é ter um elenco competitivo logo no início da temporada. “Na verdade sempre foi um desejo nosso, porque isso aí custa. O que estamos fazendo é arriscar, na expectativa de que isso vai dar resultado em campo, de que o torcedor realmente vai se engajar, de compensar esse investimento através de outras fontes”, explicou Hugo Jorge Bravo.

O presidente do clube ressaltou que a Série B é o principal objetivo, mas outras competições, como Goianão, Copa do Brasil e Copa Verde, também estão na lista de prioridades.

“É lógico que, não menos importante, tem os títulos, mas é o desejo, o sonho, acredito que todo mundo trocaria um título pelo acesso à Série A. Eu trocaria. Você perde todas as competições, mas quer a Série A? Fecho, estamos combinados e vamos para cima”, comentou o presidente do Vila Nova.

Hugo Jorge Bravo declarou que o Vila Nova dá um passo além do que costuma ser no planejamento do clube para a próxima temporada, mas reforçou que, ainda assim, há diferença financeira grande para outros adversários da Série B no processo de contratações.

Nesta captação de atletas, tanto Alarcon Pacheco, quanto o treinador Rafael Lacerda, participam ativamente das contratações, assim como o departamento de mercado e análise do clube. O técnico opina nas questões de modelo de jogo e perfil dos jogadores, e os demais funcionários “refinam” e “filtram” os nomes colocados em pauta.

Alarcon Pacheco e Rafael Lacerda, contratados para executar o planejamento vilanovense de 2025, ainda não desembarcaram em Goiânia. Eles só chegam em solo goiano no dia 26 de dezembro, na véspera da reapresentação do elenco. Mesmo assim, ambos participam de reuniões diárias com o restante da diretoria do Vila Nova para alinhar as situações.

Até aqui, o Vila Nova anunciou as contratações do goleiro Kozlinski, do zagueiro Walisson Maia, do lateral direito Igor Inocêncio, dos meio-campistas João Vieira, Dodô e Diego Torres, e dos atacantes Vinicius Paiva, Gabriel Poveda e Facundo Labandeira. O lateral esquerdo Lucas Sena também já foi confirmado por Hugo Jorge Bravo, e o zagueiro Tiago Pagnussat está encaminhado.

Vila Nova antecipa planejamento para 2025

Estratégia

O diretor de futebol do Goiás, Lucas Andrino, avaliou os erros cometidos pelo clube esmeraldino em 2024, projetou as expectativas para 2025 e comentou que é adepto do trabalho a longo prazo para que o time goiano seja protagonista, principalmente na briga pelo acesso à elite do Campeonato Brasileiro.

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O Goiás iniciou o ano de 2024 com o técnico Zé Ricardo, contratado pelo então diretor de futebol Agnello Gonçalves. Após a eliminação precoce nas quartas de final do Goianão, contra o Goiânia, e para o Vila Nova, na mesma fase, mas na Copa Verde, a diretoria alviverde optou por mudanças nos dois cargos.

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Lucas Andrino assumiu o cargo de diretor e contratou o treinador Márcio Zanardi como reposição.

Em agosto, após passagem com 44% de aproveitamento, Márcio Zanardi foi demitido e deu lugar a Vagner Mancini, que teve um início irregular, mas terminou a Série B com sequência inédita de sete vitórias consecutivas do clube no Campeonato Brasileiro, considerando todas as participações.

Apesar disso, Mancini optou por deixar o clube, e o Goiás acertou com Jair Ventura - será a segunda passagem do treinador, a outra foi em 2022.

“Foram duas formas diferentes de pensar, com o primeiro profissional que iniciou o ano (Agnello) e a minha chegada em abril. Isso não faz bem para o clube. Em 2025, a gente vai conseguir ter um pensamento só. Todas as minhas conversas com o Jair (Ventura) vêm batendo em tudo que pensamos sobre modelo de jogo, características dos atletas que vão chegar e permanecer. Que o trabalho não seja interrompido, porque isso é importante também”, avisou Lucas Andrino em entrevista ao POPULAR.

O diretor de futebol comentou que não é adepto da interrupção de trabalho e que, no caso de Mancini, a decisão partiu do próprio treinador. O dirigente respeitou a decisão do treinador, elogiou o profissional e destacou que ambos tiveram um convívio “incrível”, mas que agora é página virada.

Jair Ventura terá a missão de comandar a equipe esmeraldina em todas as competições do ano que vem. “Entendemos que o Jair pode fazer o trabalho de 2025 completo. É um profissional que entende que a sequência do trabalho é crucial para o resultado esportivo”, complementou Lucas Andrino.

Em 2024, o Goiás não conquistou nenhum título e não conseguiu o acesso à Série A. Mesmo assim, Lucas Andrino acredita que houve um protagonismo por parte do clube na Série B e a intenção para a próxima temporada é se firmar ainda mais nos holofotes.

“O Goiás foi protagonista em 2024, tanto que ficou a um ponto do acesso, e vai ser protagonista também em 2025. O Goiás é uma marca muito forte, um clube muito grande e vai ter que disputar esse acesso com quem está vindo da Série A para a Série B, são grandes clubes. A Série B virou um grande campeonato, não tem só quatro candidatos. O Goiás vai se preparar, porque não só com nome se ganha campeonato.”

Lucas Andrino quer Goiás protagonista na próxima temporada

Projeção

O Vila Nova oficializou seu terceiro reforço no ataque para a próxima temporada. Nesta sexta-feira (13), o clube colorado anunciou o acerto com o atacante uruguaio Facundo Labandeira, de 28 anos, que estava no CRB e chega por empréstimo do Defensor Sporting, do Uruguai, que detém os direitos econômicos do jogador. O vínculo com o Tigre é até o final de 2025.

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Facundo Labandeira iniciou a carreira em seu país natal, ao atuar por Nacional, Progreso, Danubio e Boston River. Foi comprado pelo Defensor em 2022, mesmo ano em que teve a sua primeira experiência no Brasil, pelo Sport.

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O atacante passou duas temporadas no time pernambucano e venceu um campeonato estadual. Em 2024, fez 42 jogos e seis gols pelo CRB e foi campeão alagoano.

Facundo Labandeira é o terceiro reforço para o ataque do Vila Nova para 2025. Antes dele, foram anunciados também Vinicius Paiva, ex-Ituano, e Gabriel Poveda, ex-Avaí.

Vila Nova contrata atacante uruguaio por empréstimo

Oficial

O Vila Nova adotou estratégia de apostar em atletas mais jovens para compor o setor ofensivo em 2025 e em nomes mais experientes para reforçar a defesa e meio de campo do time colorado na próxima rodada.

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Para a defesa, os jogadores anunciados são o goleiro Maurício Kozlinski (33 anos), o lateral direito Igor Inocêncio (26 anos) e o zagueiro Walisson Maia (33 anos). O lateral direito Lucas Sena (23 anos) também já foi confirmado pelo presidente Hugo Jorge Bravo, e o zagueiro Tiago Pagnussat (34 anos) está encaminhado.

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Os demais atletas que integram o elenco defensivo do Vila Nova são o goleiro Halls (25 anos), o lateral direito Elias (25 anos), os zagueiros Jemmes (24 anos), Marcondes (31 anos) e Vitor Graziani (20 anos), e os laterais esquerdos Eric Davis (33 anos) e Higor (19 anos).

Com os jogadores que neste momento estão nos planos para a temporada de 2025, a média de idade dos quatro setores defensivos é de 27,1 anos.

No meio-campo, o Vila Nova tem atualmente Ralf (40 anos), Cristiano (24 anos), Igor Henrique (32 anos), Du Fernandes (23 anos), Arilson (31 anos) e João Vieira (27 anos), Diego Torres (34 anos) e Dodô (23 anos).

Se todos esses nomes permanecerem no elenco para 2025, a média de idade do meio-campo ficará em 29,2 anos.

No ataque, o Vila Nova conta com seis atletas: Alesson (25 anos), Júnior Todinho (30 anos), Emerson Urso (23 anos), Gabriel Silva (25 anos), Vinicius Paiva (23 anos) e Gabriel Poveda (26 anos).

A média de idade do setor ofensivo é de 25,3 anos, com um perfil mais jovem do que no setor defensivo e no meio.

Além disso, outros atacantes das categorias de base do Vila Nova podem ser integrados de vez no plantel profissional, como Gustavo Pajé (19 anos) e Sarjani (20 anos), o que abaixaria ainda mais a média de idade para 23,8 anos.