<p>O cumprimento da pena de suspensão por parte do atacante Alef Manga, do Coritiba, concluiu a primeira leva de retorno ao futebol de jogadores punidos por manipulação de partidas, após a Operação Penalidade Máxima.</p>

<p>Do grupo de investigados por influenciar o mercado de apostas, sete jogadores foram suspensos por 360 dias no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O tempo de gancho já foi cumprido e essa primeira turma está liberada para voltar a jogar.</p>

<p>Seis desses sete punidos têm contrato em vigor com algum clube: <strong>o lateral-esquerdo Igor Cariús (Sport), o zagueiro Eduardo Bauermann (Everton-CHI), o lateral-esquerdo Sávio (Remo), o volante Bryan Garcia (Independiente Del Valle), o zagueiro Kevin Lomónaco (Independiente) e o próprio Alef Manga (Coritiba).</strong></p>

<p>O único que já pagou a punição por completo e segue sem clube é o volante Fernando Neto, que jogava no Operário na época do esquema.</p>

<p><strong>NOVAS CHANCES NO BRASIL</strong><br />
Alef Manga foi condenado por tomar cartão amarelo de propósito contra o América-MG, no Brasileiro 2022. Agora, prestes a retornar, tomou uma enquadrada pública de Jorginho, técnico do Coritiba. O atacante não será utilizado logo de cara. O treinador disse que ele precisaria, inclusive, pedir desculpas ao elenco pelo que aconteceu.</p>

<p>"Manga precisa se desculpar pelo que aconteceu, porque isso é desvio de caráter. É muito sério. Você imagina: ele volta para o grupo. E o que os jogadores vão pensar? Eu já tive uma conversa muito séria com ele. O comportamento dele precisa ser exemplar. Não quero ver machucando ninguém, falando com ninguém. Não basta ser honesto, ele tem que demonstrar honestidade. É isso que quero do comportamento dele", disse Jorginho.</p>

<p>Manga tentou antecipar o fim da pena no STJD, mas o tribunal negou a conversão no dia 28 de agosto. A discussão era sobre a contagem de dias da suspensão. O motivo foi o hiato após a condenação, entre a saída dele para jogar no Pafos, do Chipre, e a decisão da Fifa de aceitar que a pena se tornasse mundial —pedido da CBF.</p>

<p>Igor Cariús já teve o gosto de voltar a jogar. Ele, inclusive, marcou na última segunda-feira (23), diante do Paysandu, o primeiro gol desde o retorno da suspensão. Foi decisivo na vitória do Sport por 1 a 0, que levou o time à terceira colocação na Série B.</p>

<p>Foi o décimo jogo de Cariús desde a suspensão. A atuação do lateral na manipulação foi quando atuava pelo Cuiabá. Segundo a investigação, ele aceitou R$ 30 mil para receber cartão amarelo. Foi condenado, mesmo com o dinheiro caindo na conta do primo da esposa.</p>

<p>O Sport não rescindiu o contrato durante o gancho e o manteve no elenco, apesar da indisponibilidade.</p>

<p><strong>QUEM VOLTA LÁ FORA</strong><br />
Retomar a carreira em solo brasileiro é algo que nem todos os jogadores conseguiram.</p>

<p>O movimento de deixar o país, inicialmente, foi para tentar escapar da punição enquanto ela ainda não tinha sido ampliada para o mundo inteiro, após a Fifa aceitar a solicitação da CBF.</p>

<p>Isso deu uma janela para alguns jogadores tentarem empréstimos ou transferências definitivas. Foi assim que Eduardo Bauermann foi parar no Alanyaspor, da Turquia. Nem chegou a jogar.</p>

<p>Em relação ao defensor ex-Santos, Lomónaco e Fernando Neto — para ficar apenas nos que levaram 360 dias de gancho —, a internacionalização da pena veio em setembro.</p>

<p>Houve uma segunda leva de punições válidas mundialmente, em 31 de outubro, e isso envolveu os demais jogadores.</p>

<p>Depois da pena cumprida por ter aceitado participar do esquema — mas não chegar a levar cartão que influenciasse nas apostas —, Bauermann também tenta o recomeço no exterior. Assinou com o Everton, de Viña Del Mar, no Chile. Fez gol na estreia e foi titular — atuando os 90 minutos — dos nove jogos que fez até nesta quinta-feira (26).</p>

<p>"No passado passei por uma provação que me custou muito caro, nesta quinta-feira (26) estou aqui para agradecer a Deus pela oportunidade de mostrar quem é o Eduardo Bauermann de verdade, e que isso fez parte do meu crescimento e de minha evolução, para que eu possa voltar a ser exemplo para muita gente", publicou o jogador nas redes sociais, após ser apresentado, em junho.</p>

<p><strong>E OS OUTROS?</strong><br />
O lateral-esquerdo Sávio agora defende o Remo, na Série C. Ele está emprestado pelo Rio Ave, de Portugal, para onde voltou após jogar pelo Goiás, em 2022, quando o caso de manipulação aconteceu.</p>

<p>Sávio fez acordo com o Ministério Público de Goiás, assim como Kevin Lomónaco.</p>

<p>O zagueiro argentino, ex-Red Bull Bragantino, chegou a defender o Tigre antes da internacionalização da pena. Depois que voltou a atuar, foi convocado para a seleção argentina sub-23. Agora, está no Independiente e, em sete jogos, fez dois gols.</p>

<p>Bryan Garcia, ex-Athletico, voltou ao clube em que foi formado: o Independiente Del Valle. O equatoriano soma participação em três partidas desde o fim do gancho, só uma como titular.</p>


Primeira leva de suspensos por manipulação de resultados volta a jogar

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Matéria - Esporte

NOVAS CHANCES

<p>A investigação em torno de suspeita de manipulação de jogo por Bruno Henrique, do Flamengo, inclui alerta de casas de apostas, relatório da CBF, nove apostadores com movimentações suspeitas e até um monitoramento do atleta pela Polícia Federal.</p>

<p>A investigação aponta que existe uma teia, com duas ramificações. Até agora, foram identificadas 13 contas diferentes em sites de apostas, como nove titulares distintos. Entre eles, alguns parentes do jogador e pessoas que moram na região metropolitana de Belo Horizonte.</p>

<p>Essas informações constam no inquérito policial para apurar os crimes de fraude ao resultado e corrupção passiva esportiva. O UOL teve acesso após os dados se tornarem públicos pela Justiça do Distrito Federal.</p>

<p><strong>COMO SURGIU O ALERTA</strong><br />
O jogo sob suspeita é o Flamengo x Santos, em novembro de 2023, pelo Brasileiro. Bruno Henrique recebeu um cartão amarelo aos 52 minutos do segundo tempo por tentar chutar Soteldo. Na sequência, foi expulso por reclamação ao juiz Rafael Klein.</p>

<p>Foi a casa de apostas Betano que constatou inicialmente uma movimentação atípica de apostas. Isso foi levado a empresas de monitoramento. A Betano apurou que 98% das apostas do seu mercado de cartões apontaram que Bruno Henrique receberia um cartão.</p>

<p>Na Galerabet, esse indicador estava na casa dos 95%. A KTO também trouxe a informação de que havia apostas direcionadas para a punição do jogador.</p>

<p>Pelo histórico de atuação de Bruno Henrique, o Núcleo de Análise de Dados e Apoio Investigativo da Coordenação de Repressão à Corrupção da PF tinha uma estimativa calculada. Ela apontava que a probabilidade de ele levar cartão naquele jogo contra o Santos era de 15%.</p>

<p>"A constatação de que a aleatoriedade da concentração inesperada e episódica de palpites neste resultado não encontra sustentáculo nas leis probabilísticas", alegou a PF, segundo os autos do processo.</p>

<p>A PF também constatou que grande parte dos palpites foram feitos a partir de contas recém-criadas em casas de apostas. E esses novos entrantes registraram os lances para o Flamengo x Santos.</p>

<p>Mesmo nas contas mais antigas, a PF lançou suspeitas, já que faziam palpites que "destoaram dos padrões ordinários".</p>

<p>Ao todo, contas de nove pessoas fizeram as apostas suspeitas no cartão amarelo de Bruno Henrique.</p>

<p><strong>QUEM SÃO?<br />
- Parentes do jogador</strong></p>

<p>Wander Nunes Pinto Júnior - irmão de Bruno Henrique</p>

<p>Ludymilla Araújo Lima - cunhada de Bruno Henrique</p>

<p>Poliana Nunes Cardoso - prima de Bruno Henrique</p>

<p><strong>- Outro grupo</strong></p>

<p>Henrique Mosquete do Nascimento</p>

<p>Claudinei Vitor Mosquete Bassan</p>

<p>Douglas Ribeiro Pina Barcelos</p>

<p>Max Evangelista Amorim</p>

<p>Andryl Sales Nascimento dos Reis</p>

<p>Rafaela Elias Bassan</p>

<p>A PF conseguiu mapear dois grupos. Um de parentes de Bruno Henrique. Os outros investigados formariam o grupo de apostadores, que também têm vínculo entre si e interação social no Instagram.</p>

<p>Claudinei é casado com Rafaela e é irmão de Henrique Mosquete. Max Evangelista e Andryl jogaram juntos na equipe de fut 7 do Grêmio.</p>

<p>Quando o STJD analisou o caso, não tinha informações sobre a existência do núcleo de apostadores ou do envolvimento de parentes do jogador. Ou seja, a investigação da PF ampliou as informações que constavam no relatório inicial de alerta da partida.</p>

<p>A corte desportiva tinha informação de que o que ativou o alerta foram três apostas, com lucro que não passava de R$ 6 mil.</p>

<p><strong>O QUE E ONDE BUSCAR?</strong><br />
O intuito da Polícia Federal ao fazer a busca e apreensão foi ter acesso a aplicativos de mensagens para checar se houve alguma interação adicional entre as partes e qualquer tratativa que envolva manipulação no Flamengo x Santos.</p>

<p>"No emaranhado dos diálogos e, de uma forma geral, em todo o conteúdo dos telefones móveis e aparelhos eletrônicos que se almeja acessar, há igualmente grande probabilidade de se identificar dados que exponham qual o elo de ligação entre o representado Bruno Henrique (ou de seus familiares também aqui investigados) e os 6 representados que fazem parte do grupo 2 de apostadores, ponto de destacado interesse para a compreensão integral do evento criminoso", diz o documento do Ministério Público do Distrito Federal.</p>

<p>Após considerações junto à Justiça, foi decidido que a busca e apreensão se daria na casa do jogador Bruno Henrique. O Centro de treinamento também foi alvo de busca pela argumentação de que ele ficava dias concentrado no local e poderia haver aparelhos por lá.</p>

<p>Se Bruno Henrique foi alvo do mandado no Rio, Wander, Ludymilla e Poliana estão em Belho Horizonte. Max, Claudinei, Rafaela e Andryl moram em Vespasiano (MG).</p>

<p>Douglas tem endereço em Ribeirão das Neves (MG), enquanto Henrique foi localizado em Esmeraldas (MG).</p>

<p>No caso de suas empresas, o objetivo foi verificar se havia documentos e aparelhos eletrônicos que indicassem um esquema maior envolvendo apostas.</p>


Como é a teia de apostas suspeitas envolvendo Bruno Henrique, do Flamengo

Manipulação

<p>O Ministério do Esporte emitiu uma nota oficial apoiando a operação da Polícia Federal que investiga um suposto envolvimento do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, em <a href="https://www.opopular.com.br/esporte/bruno-henrique-do-flamengo-e-investigado-por-manipulac-o-de-partida-1.3195465"><strong>manipulação de resultados</strong></a> e envolvimento com apostas esportivas.</p>

<p>VEJA A NOTA OFICIAL<br />
<em>"O Ministério do Esporte acompanha e apoia as recentes investigações envolvendo o atleta Bruno Henrique e reforça seu compromisso com a integridade e transparência no esporte brasileiro. Ações que comprometem a ética esportiva são crimes inaceitáveis e devem ser apuradas com o máximo rigor, em respeito ao público, aos atletas e à credibilidade do esporte.</em></p>

<p><em>Defendemos a aplicação da Lei Geral do Esporte em todos os casos de manipulação e irregularidades, assegurando que o resultado das competições reflita apenas o mérito e o esforço dos atletas. Um ambiente esportivo justo e íntegro é essencial para a construção de uma sociedade que valorize o esporte como instrumento de desenvolvimento e cidadania.</em></p>

<p><em>O Ministério do Esporte segue à disposição para apoiar medidas que fortaleçam a segurança e a transparência no esporte nacionalNota oficial do Ministério do Esporte"</em></p>

<p><strong>O QUE ACONTECEU</strong><br />
Bruno Henrique é alvo de uma operação da Polícia Federal que apura "possível manipulação do mercado de cartões", em um jogo do Flamengo válido pelo Campeonato Brasileiro, em novembro de 2023.</p>

<p>Mais de 50 policiais federais e 6 membros do GAECO/DF cumprem 12 mandados de busca e apreensão. Os nomes dos alvos não foram divulgados, mas o UOL apurou que Bruno Henrique é um deles.</p>

<p>O jogo sob suspeita, como confirmou a reportagem, é entre Flamengo e Santos, no dia 1 de novembro de 2023, pelo Brasileirão. Na partida, disputada em Brasília, Bruno Henrique levou amarelo por falta em Soteldo aos 50 minutos do segundo tempo. O Fla perdia por 2 a 1 e Gerson já havia sido expulso. Ele reclamou muito com o árbitro Rafael Klein e imediatamente foi expulso.</p>

<p>PF foi à casa de Bruno Henrique. Ele foi acordado pelos agentes, que levaram documentos e eletrônicos do atleta do Flamengo. Não há mandados de prisão.</p>

<p>Sede de empresa em que Bruno Henrique é sócio é alvo da PF. A reportagem apurou que os agentes realizaram mandado na BH27 Oficial Ltda, empresa cujo nome é formado pelas iniciais do jogador e pelo número que ele usa no Flamengo, e na DR3 - Consultoria Esportiva Ltda.</p>

<p>Instalações do Flamengo também foram alvo da PF. Os agentes estiveram no Ninho do Urubu e na Gávea, sede social. No CT, foram ao quarto do jogador.</p>

<p>Outro lado: a assessoria de Bruno Henrique informou que o atleta não vai comentar o caso por enquanto. O Flamengo, por sua vez, emitiu nota garantindo "total suporte" ao jogador e que o mesmo segue relacionado para a partida desta quarta-feira (6), contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte (MG).</p>

<p>Mandados foram expedidos pela Justiça do Distrito Federal. A operação da PF ocorre nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).</p>

<p>Investigação começou a partir de comunicação realizada pela CBF. "De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro", informa a PF, em nota.</p>

<p>No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às casas de apostas, por intermédio dos representantes legais indicados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração. "Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão", diz o MPRJ.</p>


Ministério do Esporte pede rigor em investigação da PF a Bruno Henrique

<p>A Polícia Federal e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado), da Promotoria do Distrito Federal, fazem nesta terça-feira (5) uma operação no Rio de Janeiro que apura possível manipulação de cartões para beneficiar apostadores esportivos.</p>

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<p>O principal investigado é o atacante Bruno Henrique, do Flamengo. Familiares do atleta são suspeitos de terem apostado em um cartão do jogador. Policiais federais e agentes Gaeco estão no Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo, em Vargem Grande, zona oeste do Rio, para cumprir mandado de busca e apreensão.</p>

<p>Procurada pela reportagem, a assessoria de Bruno Henrique afirmou que não vai emitir nenhum pronunciamento. O Flamengo também não se manifestou. Outros 11 mandados estão sendo cumpridos em endereços ligados a Bruno Henrique e familiares, no Rio, em Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG).</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/tio-de-paqueta-se-cala-na-cpi-das-apostas-kajuru-fala-em-quebra-de-sigilo-1.3193640" target="_blank">Tio de Paquetá se cala na CPI das Apostas; Kajuru fala em quebra de sigilo</a><br />
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<br />
<a href="https://opopular.com.br/magazine/mp-aponta-falta-de-indicios-de-crime-em-apurac-o-contra-gusttavo-lima-e-cantor-comemora-em-show-nada-a-ver-com-isso-1.3186175" target="_blank">MP aponta falta de indícios de crime em apuração contra Gusttavo Lima, e cantor comemora em show: 'Nada a ver com isso'&nbsp;</a></div>

<p>Bruno Henrique é investigado por um cartão amarelo que recebeu aos 50 minutos do segundo tempo da partida entre Flamengo e Santos, pelo Campeonato Brasileiro de 2023. O jogo foi disputado no Mané Garrincha, em Brasília.</p>

<p>No lance, o então atleta do Santos, Soteldo, está perto da bandeirinha de escanteio e tenta um drible sobre Bruno Henrique. O jogador rubro-negro tenta agarrá-lo e o árbitro marca falta.</p>

<p>A possível manipulação foi apurada a partir de um relatório da Ibia (International Betting Integrity Association) e da Sportradar, que fazem análises de risco do mercado de apostas. A suspeita foi levada à CBF (Confederação Brasileira de Futebol), que comunicou a polícia.</p>

<p>Segundo a PF, no decorrer da investigação, os dados obtidos junto às casas de apostas apontaram que as apostas foram efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda em apuração.</p>

<p>A diretoria do clube está reunida para avaliar o caso. Bruno Henrique participaria de um treino na manhã desta terça no Ninho do Urubu e estava em casa no momento em que os agentes chegaram.</p>

<p>O Flamengo viaja para Belo Horizonte esta semana para disputar partidas contra o Cruzeiro, nesta quarta (6), pelo Brasileiro, e contra o Atlético-MG, no domingo (10), pela final da Copa do Brasil. A diretoria não sabe se Bruno Henrique estará com a delegação.</p>


Bruno Henrique, do Flamengo, é investigado por manipulação de partida

OPERAÇÃO

<div>O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recomendou que a Câmara de Goiânia suspenda imediatamente a tramitação do projeto de lei do Executivo que propõe a venda de mais de 70 áreas públicas municipais (APMs). No documento, a promotora Alice de Almeida Freire pede que sejam retiradas da proposta os imóveis que seriam destinados originalmente a áreas verdes ou equipamentos urbanísticos.&nbsp;</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>No texto, Freire também recomenda que o prefeito Rogério Cruz (SD) faça a mudança no projeto e sugere à Câmara que não aprove a matéria se nela estiverem incluídas as APMs com as características mencionadas. O documento não aponta diretamente quais são os itens que devem ser retirados do projeto.&nbsp;</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Na proposta original constam 76 áreas (quatro foram retiradas por vereadores durante a tramitação), uma delas, com 2,4 mil metros quadrados e localizada na Vila Rosa, é identificada como área verde. Os demais imóveis têm diferentes destinações originais, como parque esportivo, equipamento urbano, administração pública, centro comunitário e área institucional.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Apesar de ter enfrentado resistência na tramitação, o projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em primeira votação no plenário. O próximo passo é a votação na Comissão de Habitação, Urbanismo e Ordenamento Urbano e a votação definitiva no plenário. Procurador-geral do Município, José Carlos Issy afirmou que ainda não foi informado sobre a recomendação do MP-GO. Issy argumentou que a Prefeitura fez análise de cada área da lista enviada à Câmara e não verificou ilegalidade.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>A venda de APMs tem sido articulada pela gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) desde o segundo semestre de 2023 com o objetivo de incrementar a receita em 2024. No entanto, com as dificuldades enfrentadas na tramitação do projeto e impossibilidade legal de vender áreas no último semestre do mandato, mesmo se o projeto for aprovado neste ano, a decisão sobre os imóveis deve ser tomada pelo prefeito eleito em outubro.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>A reportagem entrou em contato com o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), e com o líder do prefeito, Anselmo Pereira (MDB), mas não houve retorno até a publicação.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Amplitude</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>Pesquisadora do Observatório das Metrópoles, arquiteta e urbanista, Maria Ester de Sousa afirma que apesar de o volume de áreas neste projeto de lei chamar atenção, este tipo de movimento não é novo na Prefeitura de Goiânia, a nível estadual e federal. Em levantamento publicado em seu doutorado, Sousa mostrou que a Prefeitura de Goiânia cedeu, permitiu uso ou doou 894 áreas públicas até 2016, imóveis que correspondem à área da cidade de Caldas Novas. Uma pesquisa com dados até 2024 está em andamento.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>A arquiteta destaca que os projetos de lei para desafetar as APMs de suas destinações originais são enviadas com frequência à Câmara e chamam pouca atenção por tratarem sobre o tema no varejo. “Os vereadores praticamente não debatem quando é apenas uma área, atendendo uma entidade específica”. Segundo Sousa, no ano passado, foram mais de 20 leis do tipo. “Esse tipo de movimento é péssimo para a cidade, principalmente para quem depende de um serviço público como creche, posto de saúde, terminal de ônibus, praça. As áreas públicas são reservadas para fazer isso. O espaço público é o que dá sentido à cidade”, afirma.</div>

<div>&nbsp;</div>

<div>A pesquisadora destaca que, em paralelo, a Prefeitura também aluga imóveis para diferentes equipamentos públicos, como escolas, porque falta espaço para construir em determinados bairros. Sousa afirma que o cenário demonstra uma “cultura colonizadora” e lembra que a Goiânia foi criada e construída em meio a convites para que os novos moradores se instalassem em áreas doadas.</div>
