O Goiás está em busca do 6º acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro. Em meio à reta final da Série B, o POPULAR conversou com personagens dos cinco acessos anteriores do clube à elite nacional, e todos eles deram dicas e conselhos para que o objetivo seja assegurado novamente neste ano.

O primeiro acesso do Goiás aconteceu em 1994, quando o time foi vice-campeão da Segundona. Um dos nomes daquela equipe foi o lateral direito Zé Teodoro, que também defendeu clubes como São Paulo e Fluminense ao longo de sua carreira. Para o ex-defensor, hoje aos 61 anos de idade, o esmeraldino precisa ir para cima.

“No momento do nosso acesso em 94, o grupo se comprometeu mais, assumiu, chamou a responsabilidade. No momento decisivo, temos que ser um pouco mais ousados. E a gente cobrava isso, atitude, imposição do grupo, tinha liderança dentro do campo. Tinha a questão do ambiente, da confiança, né. Eu não estou vivendo o Goiás ultimamente, não sei como está o vestiário, o ambiente, mas a contratação desse último treinador (Fábio Carille) é uma tendência de que o Goiás possa arrancar”, opinou.

Zé Teodoro avaliou que, para subir, o Goiás vai precisar do comprometimento de todos, desde a torcida até a diretoria, passando por comissão técnica e jogadores. Para ele, o time necessitará de coragem, marcar os adversários na linha alta e arriscar mais a fim de conseguir disputar a Série A no ano que vem.

O segundo acesso do Goiás ocorreu em 1999, com o título da Série B. O ex-atacante Dill, que esteve tanto no acesso de 1994 quanto no de 1999 (esses dois primeiros foram antes dos pontos corridos), afirmou que o elenco não pode deixar passar a oportunidade. Segundo ele, a fase ruim no 2º turno custou muito, mas a vitória sobre o Criciúma pode ter sido um bom indicativo para a sequência.

“Não podemos perder a oportunidade novamente, ainda mais em casa agora. Tenho acompanhado, óbvio, são jogos muito difíceis. O Athletico-PR (próximo adversário) vem de uma vitória também, mas a torcida do Goiás tem que se empolgar para poder lotar, como tem feito sempre. Não podemos reclamar do que a torcida tem feito, o apoio que a torcida tem dado. Óbvio que eles cobram, é normal, quando as coisas não estão bem. Mas agora é a hora de todo mundo se unir nesse propósito”, declarou.

Dill, atualmente com 51 anos, acrescentou que o Goiás precisa “atropelar” em casa para não dar margem aos concorrentes diretos e que o time não pode “amolecer” na reta final. A partir daí, o clube tem de começar a pensar alto para não passar por uma situação dessas novamente.

“Acho que temos que ser um pouquinho mais exigentes. Não podemos ficar subindo e caindo toda hora, não é o que o torcedor quer, não é o que ninguém quer. A diretoria também não quer, com certeza, os jogadores. Então, temos que fazer uma equipe já pensando na frente. Caso dê tudo certo, e vai dar, que possamos nos manter na Série A por muito tempo. Esse tem que ser o foco, o intuito”, complementou.

Era dos pontos corridos

O terceiro acesso do Goiás veio em 2012, quando o alviverde faturou o bicampeonato da Série B. O nome mais estrelado daquela campanha foi o de Walter, que segue em atividade e neste momento, aos 36 anos, defende as cores do Aquidauana. O atacante, assim como Dill, ressaltou a importância da torcida.

“Eu queria muito que o jogo fosse no Serra Dourada. Teria mais de 40 mil pessoas, certeza. Mas na Serrinha também vai lotar, vai ter aquela festa. O que eu pediria aos jogadores é muita força de vontade e calma. Não ficar aquela vontade de fazer logo o gol de qualquer jeito”, aconselhou Walter.

Walter, que também teve uma boa passagem pelo Athletico-PR, afirmou que o Furacão tem uma grande equipe e o Goiás precisará ter a cabeça no lugar para superar esse adversário. “Os jogadores precisam ter mais paciência. O torcedor vai apoiar o tempo todo, mas os jogadores não podem cair muito na pressão.”, contou o atacante que marcou 16 gols em 28 jogos na campanha de 2012 (4º na artilharia daquela Série B).

Em 2018, o Goiás terminou em 4º lugar na Segundona e garantiu o quarto acesso de sua história. Hélio dos Anjos treinou o time no início do campeonato, mas foi demitido depois de quatro jogos e Ney Franco deu sequência ao trabalho, cumprindo a missão de subir. O treinador destacou que a Série B não perdoa quem oscila emocionalmente, mas premia quem é constante até o fim.

“A Série B é um campeonato de resistência. Eu costumo dizer que, mais do que um torneio de futebol, ela é uma prova de sobrevivência mental, emocional e coletiva. Em 2018, quando conquistamos o acesso com o Goiás, nós passamos por altos e baixos, fases de oscilação, cobranças externas e momentos de pressão intensa. E foi justamente nesses momentos decisivos, na reta final, que o grupo se definiu”, disse o técnico.

Ney Franco, que treinou por último o ABC e atualmente está sem equipe, salientou que, para subir, não basta jogar bem, é preciso coragem, disciplina tática e mental forte. Além disso, o técnico listou seis pontos essenciais para o Goiás conseguir o acesso.

A primeira delas é a estabilidade emocional. “A reta final não é momento de inventar. Agora, é reforçar convicções, não mudar o que se acredita a cada resultado. O time precisa jogar com calma e maturidade, principalmente fora de casa. Quem entra ansioso erra passe simples, perde duelo direto e entrega jogo controlado”, descreveu.

A segunda é que o líder precisa aparecer. “A Série B premia um grupo forte, mas, na reta final, a figura do líder é determinante. Esse líder pode ser o treinador, um jogador mais experiente ou até um diretor. O importante é haver uma voz firme, coerente e confiável.”

A terceira tem a ver com ajustes simples e funcionais dentro de campo. “Em 2018, ganhamos pontos decisivos em bola parada bem trabalhada. Na reta final, isso faz diferença de acesso ou não.”

A quarta é resguardar jogadores-chave. “Não é hora de perder uma peça importante por desgaste ou excesso de treino. A reta final pede gestão física. Jogador cansado toma decisão errada.”

A quinta é fechar o vestiário. “Para subir, o grupo precisa estar fechado internamente. Blindar o elenco de redes sociais e notícias, resolver problemas olho no olho, dentro do vestiário, não permitir vaidades, disputas internas ou ruídos externos.”

Já a sexta é entender o momento do torcedor. “O torcedor do Goiás empurra quando acredita. O papel do time é colocar o torcedor no jogo. Quando o Serra Dourada ou a Serrinha entram no jogo, o adversário sente.”

Último acesso

Por fim, o quinto e mais recente acesso do Goiás veio em 2021, com o vice-campeonato da Série B. Naquela edição, o esmeraldino teve três técnicos diferentes. Glauber Ramos foi quem menos comandou a equipe, mas terminou como o responsável por treinar o grupo nas últimas rodadas. Hoje no Crixás, que disputa a 3ª Divisão do Goiano, ele também deu alguns conselhos ao esmeraldino.

“O Goiás tem um treinador experiente, que conquistou o acesso ano passado com o Santos e com certeza já tem uma estratégia traçada. O time tem confrontos diretos e terá que vencer sem dúvidas em casa, buscar uma vitória fora e mais um ponto no outro confronto”, analisou.

Glauber Ramos acredita que, com os ajustes feitos no jogo contra o Criciúma, a equipe ficou mais sólida e confiável defensivamente. Por isso, o time continua vivo na briga pelo acesso. Para coroar, o alviverde necessita de uma concentração maior, pois agora tem que ser erro zero até o desfecho da temporada.

Quem subiu o Goiás dá a receita: ex-técnicos e ex-jogadores dão dicas e conselhos para o acesso

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Segundona

O goleiro Maurício Kozlinski, de 34 anos, deve ser o titular do Vila Nova na vaga de Halls para a partida contra o Operário-PR, fora de casa, no próximo domingo (2). Ele foi titular nas atividades realizadas pelo treinador Umberto Louzer durante a semana e voltará a atuar após nove jogos.

Kozlinski receberá a oportunidade para ser avaliado pela diretoria quanto a uma possível renovação contratual para a próxima temporada. O goleiro tem contrato somente até o fim do ano e sofreu com problemas físicos ao longo da temporada.

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Halls, titular da posição durante quase todo o ano, deve receber propostas no fim do ano e pode ser negociado.

A última partida de Kozlinski pelo Vila Nova foi em 8 de setembro, no empate em 1 a 1 com o Athletic, pela 25ª rodada da Série B. Na ocasião, ele foi o titular devido à suspensão de Halls, que havia recebido o terceiro cartão amarelo contra a Chapecoense.

Contra o time mineiro, Kozlinski voltou a atuar depois de quase sete meses afastado por problemas físicos e opção dos treinadores que comandaram o Tigre.

Contratado pelo Vila Nova nesta temporada, o goleiro estreou no dia 23 de janeiro de 2025, pela 3ª rodada do Goianão. Ele foi titular nas oito partidas seguintes do Vila Nova no Campeonato Estadual.

Depois disso, enfrentou problemas físicos e foi desfalque por uma lombalgia. Em março, passou por cirurgia de retirada de hérnia de disco e foi desfalque por um mês. Neste período, Halls assumiu a titularidade e não saiu mais da equipe.

O Vila Nova visita o Operário-PR neste domingo (2), às 20h30, pela 35ª rodada da Segundona.

(Augusto Nunes é estagiário do Grupo Jaime Câmara em convênio com a Universidade Federal de Goiás)

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Goleiro volta ao time titular do Vila Nova para ser avaliado pela diretoria

Série B

Não é segredo que o técnico Rafael Lacerda e o presidente do Atlético GO, Adson Batista, negociam a renovação de contrato do treinador para 2026. Para Lacerda, há alguns fatores que o motivam a continuar no clube. Um deles é ter a possibilidade de bater metas nas competições.

"Não quero sair daqui sem conquistas", disse o atual campeão do Estadual, mas pelo Vila Nova, em que levou o clube a terminar jejum de 19 anos sem ganhar o Goianao.&nbsp;

"Acredito em projeto. É um combo de tudo. Se falar que dinheiro não importa, serei hipocrita. Tenho dois filhos para sustentar, as contas para pagar. O dinheiro é importante. Mas pesam o ambiente que tenho aqui no clube, a relação com todas as pessoas e com o presidente (Adson Batista), a camisa do Atlético GO,&nbsp; um clube que merece estar na Série A, que briga para ser campeão goiano É tudo isso", detalhou o técnico.&nbsp;

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Para ele, bons trabalhos e as conquistas deixam portas abertas no clube, futuramente.&nbsp;

"Disse antes que o Atlético GO é o maior desafio da minha carreira", reiterou o treinador, que foi anunciado pelo clube no dia 19 de julho, numa fase de saída e chegada de jogadores para o returno da Serie B. "Acho que nem precisava responder (desejo de ficar). Ainda não foi formalizado no papel, mas penso que, quando as pessoas querem uma situação&nbsp; ela tende a acontecer. Eu me identifiquei com o clube, sou bem tratado aqui", destacou Rafael Lacerda.&nbsp;

Segundo ele, há o trabalho direcionado para 2026. Por isso, ele pretende testar alguns jogadores que pouco atuaram. Um deles, confirmado por ele para atuar diante do Paysandu, nesta sexta-feira (31), no Estádio Antônio Accioly. O meia Danielzinho, que veio do Maringá-PR,&nbsp; terá chance de "iniciar o jogo amanhã. Vai ter mudança. Precisamos planejar 2026. Amanhã, talvez terão três jogadores que não vinham atuando. São jogadores que têm qualidades", frisou o técnico do Dragão.

Segundo ele, a intenção é somar mais doze pontos, chegar aos 60 pontos, pois há mais quatro jogos.&nbsp;

Ele garante que o time vai jogar pelo "profissionalsmo" dos atletas e da comissão técnica, pela torcida, pelo clube que paga os salários o propicia as melhores condições de trabalho e porque haverá observações de atletas nas quatro rodadas restantes, contra Paysandu, Operário-PR, Criciúma-SC e Chapecoense SC.

Os resultados do Dragao vão interferir na colocação final da Serie B, na disputa pelo acesso e rebaixamento. À exceção do Operário-PR,&nbsp; quem não tem chances de subir nem riscos de cair, os outros adversários jogam pelo futuro deles em 2026. O Goiás, rival atleticano, está na briga pelo acesso à elite nacional, disputando a vaga com Criciúma-SC e a Chapecoense-SC.

Técnico confirma intenção de ficar no Atlético-GO: "Não posso sair daqui sem conquistas"

Dragão

Quatro jogadores do Goiás não participaram do treinamento na manhã desta quinta-feira (30), no CT Edmo Pinheiro. São eles os volantes Marcão e Gonzalo Freitas, o lateral direito Diego Caito e o atacante Esli Garcia. Marcão está fora da partida, e os outros três neste momento são dúvidas. Por outro lado, o lateral direito Willean Lepo está recuperado.

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Entre os quatro que não treinaram, apenas Gonzalo Freitas foi titular no último jogo do Goiás, na vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma. Se a ausência dele se confirmar, o esmeraldino terá um problema na posição de volante, já que Marcão estará indisponível por lesão e o clube rescindiu com Rodrigo Andrade no início da semana.

Uma possibilidade é recuar Juninho para atuar de primeiro volante, ou sacar alguma peça para escalar Baldória na proteção do meio-campo. Na lateral direita, Willean Lepo retorna e abre espaço para Brayann brigar por posição na intermediária.

Com isso, a possível escalação do Goiás para a decisão contra o Athletico-PR tem: Tadeu; Willean Lepo, Lucas Ribeiro, Luiz Felipe e Lucas Lovat; Juninho, Rafael Gava e Brayann (Wellington Rato); Jajá, Anselmo Ramon e Welliton Matheus.

Quatro jogadores não treinam, mas Goiás tem retorno de lateral direito

Dúvidas

Na manhã desta quinta-feira (30), no CT Edmo Pinheiro, o técnico Fábio Carille projetou o próximo duelo do Goiás diante do Athletico-PR, falou sobre as características do concorrente direto ao acesso e afirmou que despachou internamente qualquer tipo de euforia surgida após a recente vitória sobre o Criciúma.

“Desde o dia em que eu cheguei, nós sabíamos que seriam seis decisões e vão ser. Não vejo o Athletico mais forte do que o Criciúma ou o Criciúma mais forte do que o Athletico nesse momento, decisão envolve muitas coisas. É jogo a jogo e procurar trabalhar aquilo que eu acredito que é o melhor para cada partida, deixando todos os jogadores bastante concentrados. Semana de uma certa euforia, principalmente no início, que eu já procurei cortar no começo também”, avaliou o treinador.

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As seis decisões referidas por Fábio Carille começaram pelo jogo contra a Chapecoense, na estreia do técnico, em que o Goiás foi derrotado em casa por 3 a 1, e continuaram com o triunfo sobre o Criciúma por 2 a 1, fora de casa. Agora, o adversário da vez é o Athletico-PR, em confronto marcado para o próximo sábado (1º), às 16 horas, na Serrinha, pela 35ª rodada da Série B.

Fábio Carille comentou a respeito da equipe treinada por Odair Hellmann e disse que há muitas coisas definidas de jogada pelos lados, cruzamentos e marcação individual, mas que o esmeraldino se prepara para qualquer eventual desafio extra.

“Conheço o Odair há muito tempo, tem todo o meu respeito. Ele tem algumas coisas muito bem definidas, eu não sei o que ele está lendo do nosso time, mas tem momentos que joga com três zagueiros, que joga com uma linha de quatro. Tem um atacante muito forte, falando individualmente dos atletas, que briga por toda bola, que é muito rápido e que o Athletico usa muito como pivô. Tem o Zapelli que é um jogador diferenciado, acha bolas que normalmente não é qualquer jogador que acha”, completou Fábio Carille.