O Goiás viveu uma temporada de contradições, de altos e baixos, em 2021. Dentro de campo, o alviverde teve um início muito ruim. Vivenciou o rebaixamento à Série B 2021, as campanhas pífias no Goianão e Copa do Brasil 2021, além de conviver com problemas administrativos e financeiros. Porém, o futebol conseguiu atingir a principal meta traçada pela diretoria esmeraldina - o retorno à Série A, no chamado bate e volta. Numa campanha marcada por bons resultados na Série B 2021, intercalada pela irregularidade em alguns momentos do torneio e troca de treinadores, o Goiás fecha 2021 da maneira que começou em 2020 - na elite nacional. Foi vice-campeão pela segunda vez da Série B (fora antes em 1994) e evita sofrer o calvário da Segundona no próximo ano.Este foi o quinto acesso do clube à Série A - subiu antes em 1994, 1999, 2012, 2018 e 2021. Antes da virada de 2020 para 2021, o Goiás passou pela primeira mudança importante - a troca de comando, através da aclamação de Paulo Rogério Pinheiro à presidência do clube ao triênio 2021 a 23. Isso se deu no dia 30 de dezembro de 2020.Efetivamente, a chapa "Nova Gestão" assumiu a gestão do clube em 2021. Entre críticas à diretoria passada, encabeçada pelo médico Marcelo Almeida, e o rebaixamento iminente à Série B 2021, o novo mandatário da presidência executiva não conseguiu manter o time na elite nacional, mas prometeu trabalhar pelo retorno dele à Série A, o que conseguiu concretizar. Porém, houve muitos resultados ruins no início do mandato. O time foi dirigido pela dupla das categorias de base: Augusto César e Glauber Ramos.Depois, Paulo Rogério Pinheiro decidiu manter só Glauber Ramos no comando. Inexperiente, o então auxiliar teve à disposição no Goianão 2021 um elenco composto na maioria por jovens oriundos da base do clube. Resultado: foi eliminado pelo Boavista-RJ (3 a 1) na 1ª fase, em jogo único. No Estadual, amargou resultados negativos e se classificou com dificuldades. A eliminação foi inevitável nas quartas de final no clássico diante do Atlético-GO. Ficou em 7º lugar, na pior campanha do clube no Estadual desde 1965.Porém, as primeiras novidades foram apresentadas na fase decisiva: o meia Elvis (destaque em alguns jogos da Série B, contratado junto ao Cuiabá-MT) e o técnico Pintado, que estreou no empate de 0 a 0 diante do Dragão. Pintado chegou com status de treinador experiente para ajustar a equipe e com perfil de profissional adequado ao estilo do torneio nacional. Aos poucos, outras peças foram chegando para reforçar o time, enquanto a maior parte dos atletas da base foram "queimados", para se usar a expressão do futebol. Chegaram outros nomes como Apodi e Hugo (laterais), Caio Vinícius e Rezende (volantes), Reynaldo e Matheus Salustiano (zagueiros), Alef Manga, Bruno Mezenga e Nicolas (atacantes). A equipe estreou com empate de 0 a 0, fora de casa, diante do Sampaio Corrêa-MA. A primeira vitória foi no jogo seguinte - 2 a 0 sobre o Confiança-SE.O clube fechou a temporada com o acesso. Após oscilações, o alviverde arrancou nas rodadas finais ao vencer o Coritiba (2 a 1), Remo-PA (1 a 0), Guarani (2 a 0) e um empate contra o Brusque-SC (2 a 2). o jogo do acesso foi em Campinas-SP, onde o Goiás voltou a disputar um jogo decisivo com o Guarani pela terceira vez na história. Festa da torcida esmeraldina na noite do dia 22 de novembro - 2 a 0, com gols de Elvis e Nicolas, reforços que vieram para a Série B. Nesta fase decisiva, o time novamente foi comandado por Glauber Ramos que, desta forma, alcançou os melhores resultados à frente do time alviverde. Troca de técnicos e polêmicas com MangaA campanha da Série B foi marcada pela troca de comando técnico - passaram pelo clube os treinadores Pintado (início), Marcelo Cabo (meio) e Glauber Ramos (na transição entre os dois nomes anteriores e na reta final). Coincidentemente, Pintado e Cabo caíram após empates em casa - contra Londrina (0 a 0) e Botafogo (1 a 1), respectivamente, mas com a equipe entre os quatro melhores colocados (G4). Eles também tiveram desentendimentos com o atacante Alef Manga, artilheiro do clube na Série B (dez gols e quatro assistências em 34 atuações). Alef Manga e Pintado tornaram pública a divergência no empate de 1 a 1 diante do Cruzeiro, no Mineirão. Substituído, o atacante gesticulou no banco de reservas. Após algumas rodadas e depois do empate de 0 a 0 com o Londrina-PR, um dos piores times da Série B, Pintado foi demitido no dia 18 de julho, mesmo com o time no grupo dos quatro melhores (G4) da Série B. Pintado deixou, como legado, um time ajustado defensivamente, o principal problema anterior nas competições disputadas nas últimas temporadas - o clube fechou a Série B 2021 com uma das defesas menos vazadas (31 gols sofridos, ao lado do Botafogo, o campeão do torneio).Glauber Ramos voltou ao comando até a estreia de Marcelo Cabo, bastante identificado com o Atlético-GO e com passagem rápida pelo Vila Nova, além do inédito vice da Série B à frente do CSA-AL (2018). Cabo teve bons momentos, mas uma sequência de instabilidade fez com que o treinador perdesse a confiança do impaciente presidente alviverde. o técnico caiu depois de resultados ruins nos oito últimos jogos dele - foram duas vitórias, quatro empates e duas derrotas. Em campo, também foi contestado pelo polêmico Alef Manga durante o tempo técnico. A demissão se deu após empate de 1 a 1 diante do campeão, o Botafogo. Glauber Ramos pegou novamente o bastão para encerrar a Série B. Reestreou no empate de 2 a 2, em casa, com a Ponte Preta. Na sequência, outro empate - 1 a 1 com o Operário-PR. Então, veio a arrancada, o acesso e o vice-campeonato, com triunfos sobre Coritiba (2 a 1), Remo-PA (1 a 0), Guarani (2 a 0) e empate contra o Brusque-SC (2 a 2).-Imagem (1.2379418)-Imagem (1.2379415)