FLAMENGO 1 x 0 PALMEIRAS (16/3/1975) 
Primeira final, primeiro campeão. Dois dos melhores clubes do País decidiram o primeiro título no estádio - o Torneio Leonino Caiado ou Torneio Quadrangular Internacional, que teve as seleções da Argentina e goiana. Sob olhares de 61.235 pessoas, estavam nove atletas que foram à Copa do Mundo: Renato e Leão (goleiros), Rodrigues Neto e Júnior (laterais), Luís Pereira e Alfredo (zagueiros), Ademir da Guia e Zico (meias) e Leivinha (atacante). Vitória do Flamengo (gol de Paulinho) sobre a Academia.

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FLAMENGO 0 x 0 ATLÉTICO-MG (21/8/1981) 
Um dos jogos mais polêmicos no estádio não acabou. Pela Libertadores, Flamengo e Atlético-MG decidem vaga do Grupo 3 em jogo extra. O árbitro é José Roberto Wright. Estádio lotado (71.157 pessoas) vibra com os dois times, até que Reinaldo é expulso. Éder, Chicão e Palhinha são punidos com o cartão vermelho. João Leite se atira no chão, simula lesão e fecha a lista de cinco expulsos do Galo. O jogo termina com WO, o Flamengo se classifica e a torcida protesta.

BRASIL (seleção do Sudeste) 1 x 2 SELEÇÃO DO SUL (21/7/1983)

Primeira, única e última atuação de Pelé no Serra Dourada. Ele participa de jogo beneficente (a renda seria para vítimas de enchentes no Sul), ao lado de outros craques. Pelé atua por um combinado do Sudeste e abre o placar na cobrança de falta rasteira. Vagner Bacharel (ex-zagueiro, vice do Goianão de 1989 e que morreu no dia 20 de abril de 1990) faz dois gols para o Sul.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/50-anos-do-serra-dourada-um-time-de-craques-que-atuaram-no-estadio-1.3238789" target="_blank">50 anos do Serra Dourada: um time de craques que atuaram no estádio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/serra-dourada-foi-a-casa-da-selec-o-por-decadas-1.3238798" target="_blank">Serra Dourada foi a casa da seleção por décadas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/guardi-o-do-gramado-do-serra-dourada-tinha-relac-o-de-pai-para-filho-1.3238816" target="_blank">Guardião do gramado do Serra Dourada tinha relação de "pai para filho"</a></div>

CHILE 5 x 0 BOLÍVIA (8/7/1989) 
Maradona e a Argentina foram atrações do Grupo B na Copa América (1989), mas fizeram só dois gols. A chave, disputada no Serra Dourada, tinha também Uruguai (de Enzo Francescoli), Chile, Bolívia e Equador. Na maior goleada da chave, o Chile fez 5 a 0 na Bolívia, a lanterna do grupo com dois empates, duas derrotas e nenhum gol marcado. Olmos, Pizarro, Astengo, Ramírez e Reyes fizeram os gols dos chilenos.&nbsp;

CALDAS 3 x 1 CRAC (15/11/1992) 
Os times decidem título, em campo neutro, da Intermediária, torneio seletivo para apontar mais duas equipes no Estadual de 1993. Após uma vitória para cada lado, a extra é jogada num dia de feriado nacional, de eleições municipais em Goiânia e na preliminar de Atlético-GO x Goiás. Caldas é campeão com triunfo de 3 a 1. Antônio Vidal é o árbitro.

CORINTHIANS 2x2 SÃO PAULO (15/8/1995) 
Amistoso com dois paulistas. O Corinthians festejou dois títulos no 1º semestre daquele ano: Campeonato Paulista e Copa do Brasil. O clube costumava jogar fora de São Paulo. Empatou com o tricolor, com gols de Serginho e Elivelton. Denílson e Cláudio Moura empataram para o tricolor.

FLAMENGO 3 x 0 JAMAICA (17/1/1998) 
Amistoso internacional. Romário estava voltando ao Flamengo após a segunda passagem pelo Valencia (Espanha). O amistoso é contra a seleção da Jamaica, classificada à Copa de 1998 e comandada por René Simões. Os rubro-negros golearam os “reggae boys” por 3 a 0 - gols de Palhinha (2) e Cleisson.

BRASILIENSE-DF 1 x 1 MARÍLIA-SP (1º/12/2002) 
Punido com a perda de três mandos de campo, o Brasiliense joga no Serra Dourada com o Marília-SP pelo quadrangular final da Série C. O time do DF empata de 1 a 1 e festeja o primeiro título nacional diante de 1.290 pagantes. Os times tinham atletas com passagens pelo futebol goiano: Wladimir e Romerito (Marília), Wellington Dias, Túlio Maravilha, Pituca e Rodrigo Ayres.

ATHLETICO-PR 2 x 1 INTER (30/10/2004) 
Após derrota para o Goiás (2 a 0) e pela necessidade de cumprir perda de mando de campo, Athletico-PR opta por ficar em Goiânia e jogar no Serra Dourada. Futebol estava abalado pela morte de Serginho (dia 27 de outubro). Furacão vence o colorado por 2 a 1 - dois gols de Washington (pênalti) e o goiano Fernandão (Inter). O árbitro é o goiano Luiz Alberto Bites.

BARRAS-PI 0 x 6 CORINTHIANS (13/2/2008) 
Na 1ª fase da Copa do Brasil, o estádio de Teresina-PI é vetado. O clube paulista goleia o modesto Barras-PI por 6 a 0 - gols de Dentinho (3), Lulinha, Herrera e Marcel (1 gol cada). Goiano André Luiz Castro é o árbitro. Naquele ano, Corinthians foi vice-campeão.

Jogos curiosos

Serra Dourada: veja dez jogos curiosos disputados no estádio de 50 anos

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Webstories - 50 anos do Serra Dourada

São 50 anos de história do Serra Dourada. Não se trata de 50 segundos, espaço curto, mas suficiente para definir uma jogada ou 50 minutos, um tempo de jogo com acréscimos. Certo é que neste meio de século de vida nasceram e cresceram personagens que fizeram história no estádio, seja com lances decisivos e gols. Ah, os gols, ou melhor dizendo, um ou alguns deles, são lembrados por quem estava lá. O Serra Dourada é memória viva de torcedores, técnicos e jogadores.

“São duas lembranças maravilhosas: o jogo do Atlético-GO contra a Anapolina – 4 a 0 para o Dragão e eu marquei os quatro gols”, citou Valdeir, revelação atleticana e do futebol goiano nos anos 1980. “A outra foi o amistoso da seleção brasileira em 1991 (Brasil 2 x 1 Tchecoslováquia). Tive a oportunidade de jogar pela seleção”, acrescentou o ex-jogador, que deu uma caneta no beque checo, foi derrubado na área e sofreu o pênalti convertido por Raí.

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Luciano foi goleador (25 gols) e campeão do Goianão 1995 pelo Vila Nova. É autor do gol na vitória sobre o Anápolis, que levou à prorrogação da final na ocasião. Porém, marcante é o último gol do histórico 5 a 3 sobre o Goiás, em 1999. Com uma cavadinha de Luciano, o Tigre fechou a conta.

Ele diz que no Serra Dourada que fez o primeiro gol como profissional em 1991, foi artilheiro de 1995 e campeão em 1993 e 1995. “Mas ninguém (torcedores) se esquece daquele gol da virada”, disse Luciano.

Ainda menino, Lindomar jogou pela primeira vez no estádio aos 13 anos, numa preliminar. “Eram tempos curtos de jogo. Fiz um gol de falta”, contou o ex-jogador do Dragão.&nbsp;

Escalado para a final da Série C de 1990 com o América-MG, decidida nos pênaltis, Lindomar festejou a primeira conquista no Serra Dourada. É o primeiro título nacional de um clube goiano no estádio. Ele tinha 20 anos.

“Escreve aí que fiz o gol mais bonito do Serra Dourada”, brincou Finazzi, aos risos, enquanto detalhou o golaço que fez pelo Fortaleza sobre o Vila Nova, pela Copa do Brasil. Foram três gols e num deles Finazzi deu dois chapéus antes de finalizar.&nbsp;

Ele se recorda de gols decisivos nos títulos pelo Vila Nova (2001) e Goiás (2002) Porém, sabe que o mais lembrado é o da vitória (1 a 0) pelo Vila na final com o Goiás, em 2001. “Quando estou em Goiânia, os torcedores do Vila param para falar daquele gol”, comentou o ex-jogador, técnico do sub-16 do Corinthians.

Os títulos no Serra Dourada – Goianão (1995 e 2005), Série C (1996) – são capítulos especiais na carreira de Tim. Na base, ele atuou algumas vezes no estádio e guarda lembrança de uma preliminar pela base do Vila.&nbsp;

“O estádio estava lotado. Eu saí do vestiário, tentei subir para a arquibancada e não consegui. Estava lotado”, descreveu. “O título de 95 é bem marcante. Fomos campeões com um time de amigos e irmãos liderados com um pai (técnico Paulinho Benga) no comando”, Tim também se recorda de um gol na semifinal da Série C 1996, quando o Tigre perdia para o Porto-PE e virou para 5 a 3. “Foi o nosso acesso e fiz um gol que ajudou na virada.”

<div attr-cid="policy:1.3239339" attr-version="policy:1.3239339:1741601397" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3239339" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3239339', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3239339">Webstories - 50 anos do Serra Dourada (1.3239339)</a></div>

Júlio César cresceu no Serra Dourada na base atleticana “Tenho boas lembranças. Eu estava nos tampinhas (sub-13) quando joguei lá (estádio) pela primeira vez. A minha estreia (profissional) foi no Serra Dourada, em 1987, no clássico com o Goiânia. E fui campeão da Série C 1990 cobrando o último pênalti e marcando o gol do Atlético-GO", enumerou o ex-camisa 10 do Dragão.

Para o ex-zagueiro Rogério Corrêa, as lembranças são nostálgicas. "Não tem como não lembrar do gol e do título pelo Vila Nova. Fiz o primeiro gol (sobre o Goiás). Ele abriu a vitória para aquela conquista (Vila Nova, em 2001)", definiu Corrêa.

Autor do primeiro gol do Goiás na Libertadores 2006, o ex-zagueiro se orgulha das vitórias e dos jogos do alviverde no torneio nacional e do título do Estadual 2006. Além disso, Rogério recorda do dia em que Fernandão girou o corpo para fazer de bicicleta, pelo Goiás, um dos gols mais lembrados do Serra Dourada. "Eu estava atrás do gol. Acho que joguei uma preliminar. Um golaço, histórico", comentou.

Serra Dourada 50 anos: quem jogou guarda lembranças do estádio

Aniversário

O aniversário de 50 anos do estádio Serra Dourada foi neste domingo (9), mas a celebração por parte do Governo de Goiás vai ocorrer na segunda (10). Uma partida entre ex-jogadores, que vão usar réplicas do uniforme da seleção goiana na partida inaugural, será disputada no principal palco do futebol goiano, a partir das 18 horas, aberta ao público. Haverá também o lançamento de um fotolivro com detalhes da história do equipamento esportivo.

A partida festiva contará com times que vão usar réplicas do uniforme da seleção goiana, que venceu o jogo de abertura há 50 anos ao superar Portugal, por 2 a 1. Uma equipe usará a tradicional camisa branca e outra será azul.

Alguns ex-jogadores que estiveram na partida inaugural, no dia 9 de março de 1975, estarão presentes nesta segunda-feira: Raimundinho, Tuíra, Alexandre Neto, Macalé, além do técnico Paulo Gonçalves. Todos vão receber homenagens no evento.

Ex-jogadores que fizeram parte da história do Serra Dourada também vão atuar no duelo: Alex Dias, Kléber Guerra, Vitor, Frontini, Tim, Cacá, Wesley, Pituca e Leonardo Valença estão confirmados.

Uma das novidades será o lançamento de um fotolivro que conta a história de 50 anos do estádio Serra Dourada. O material foi produzido pelo Governo de Goiás em parceria com a Universidade Federal de Goiás UFG, por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa e Cultural (FGTVE).

Parte do acervo foi cedido por Lamartine Reginaldo da Silva Júnior, engenheiro civil que foi o coordenador das obras do estádio e será um dos homenageados no evento. O ex-governador Leonino Caiado foi convidado.&nbsp;

Três jornalistas, Evandro Gomes, Milton Bueno e José Carlos Rangel, vão receber homenagens. Eles estavam presentes na inauguração do Serra Dourada. Um show sertanejo também está previsto para ocorrer, a atração ainda será divulgada pelo Estado. A entrada é gratuita.

O evento vai ocorrer à noite, a partir das 18 horas, para apresentar a iluminação do Serra Dourada. A obra teve custo de R$ 13,6 milhões e estreou em jogos no clássico entre Vila Nova e Goiás, que terminou com vitória colorada por 1 a 0, no dia 2 de fevereiro deste ano, pela 6ª rodada do Goianão.&nbsp;

Jogo festivo e lançamento de fotolivro marcam aniversário de 50 anos do Serra Dourada

Festa

Lincoln: seleção goiana 2 x 1 Portugal (9/3/1975) 
É o primeiro brasileiro, e jogador do futebol goiano, a balançar as redes no estádio cheirando à tinta. No dia 9 de março de 1975, na inauguração do estádio lotado, Lincoln recebeu a bola de Fernandinho, girou o corpo e chutou rasante com a perna esquerda, empatando para a seleção goiana diante de Portugal.&nbsp;&nbsp;

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Pelé: seleção do&nbsp; Sudeste 1 x 2 combinado do Sul (21/7/1983) 
Aposentado, o Rei aceitou convite para jogo beneficente em Goiânia. A causa era nobre - ajudar com a renda das vítimas de enchentes no Sul. O Rei mostrou nobreza no amistoso da seleção do sudeste (a estrela era ele) contra o Sul. Numa cobrança de falta, rasteira, Pelé fez o último gol da carreira&nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;

<div class="p-readmore-box" dir="ltr"><a href="https://opopular.com.br/esporte/guardi-o-do-gramado-do-serra-dourada-tinha-relac-o-de-pai-para-filho-1.3238816#state=fcc82f6e-8257-4836-be49-0d2eb8b10bf3&amp;session_state=f2d4f85c-63f6-4900-a50c-f0f43ae93b3d&amp;code=42de24e7-da8a-47ba-9af1-615b2f45e4bf.f2d4f85c-63f6-4900-a50c-f0f43ae93b3d.b9b3328a-640e-4deb-9f63-4c9096be6cf7" target="_blank">Guardião do gramado do Serra Dourada tinha relação de "pai para filho"</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/com-reforma-futuro-do-serra-dourada-sera-multiuso-1.3238814" target="_blank">Com reforma, futuro do Serra Dourada será multiuso</a></div>

Zico: Brasil 6 x 0 Paraguai (30/10/1980) 
Entre os gols do Galinho em Goiânia, o da goleada sobre o Paraguai (6 a 0) teve a técnica e a marca dele. A goleada estava desenhada, mas Zico fez o sexto gol. Ele pegou rebote do goleiro Gato Fernández, levantou a cabeça e tocou por elevação&nbsp;&nbsp;

Luvanor: Goiás 1 (3) x (1) 0 Criciúma-SC (26/9/1990) 
Talento local, Luvanor fez belos gols em 1983 (Goiás chegou às quartas de final do Brasileiro). Na volta ao clube, levou o Goiás à final da Copa do Brasil com chute forte e no canto no 1 a 0 sobre o Criciúma. Nos pênaltis, pela 1ª vez uma equipe goiana chegou à uma decisão nacional

Ronaldo: Brasil 4 x 2 Polônia (27/1/1997) 
O Fenômeno atuou poucas vezes em Goiânia. Na primeira e mais marcante delas, fez dois gols na vitória sobre os polacos na primeira atuação ao lado de Romário na seleção. O segundo gol de Ronaldo começou na jogada genial do Baixinho e no chute forte do Fenômeno, no ângulo&nbsp;&nbsp;

Leonardo Valença: Vila Nova 5 x 3 Goiás (28/3/1999) 
Na chamada de "virada do século" pelos vilanovenses, Leonardo Valença dominou a bola pouco à frente do meio de campo, viu o goleiro Adinam adiantado e chutou forte. A torcida do Vila Nova nunca se esquece daquela virada e daquele gol, que têm significados de título para o clube&nbsp;&nbsp;

Fernandão: Goiás 4 x 4 Bahia (11/10/1999) 
O domínio da bola com o peito na entrada da área, o giro no ar e a bicicleta perfeita no canto da meta do Bahia. Fernandão fez história e gols históricos na passagem pelo Goiás. A torcida do Goiás nunca se esqueceu do atacante goiano e de sua obra prima.&nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;

Anaílson: Atlético-GO 2 x 1 Goiás (6/5/2007) 
O gol de Anaílson acabou com o jejum de títulos do Estadual do Atlético-GO que durava quase 19 anos. Foi na vitória na final diante do Goiás. Jogo empatado no 2º tempo, até que Dida e Weslley trabalham a bola pela direita. Anaílson recebe na entrada da área e acerta o chute no ângulo. Virou ídolo do Dragão a partir deste golaço

Wendell Lira: Atlético-GO 1 x 2 Goianésia (11/3/2015) 
Promessa goiana, Wendell Lira é o autor do gol Puskas, premiação máxima da Fifa concedida ao gol mais bonito. Pelo Goianésia, Wendell recebeu a bola pelo alto. Como num golpe de luta, acertou o chute de primeira. O lance correu o mundo, foi a maior alegria de Wendell Lira, que lutou contra as lesões que abreviaram a carreira. Ele entrou para a história e inseriu Goianésia&nbsp; no mapa do futebol

Lino: Atlético-GO 1 x 0 Goiás (13/4/2014)&nbsp; 
Na final do Goianão 2014, Lino mudou a história do jogo e da carreira ao cabecear no canto de Renan aos 48 minutos do 2º tempo. O Atlético-GO tomou o título que seria do Goiás. Lino virou ídolo atleticano, fixou residência em Goiânia e, por pura ironia do destino, morreu no dia (13 de abril de 2024) em que o gol completou dez anos

Serra Dourada 50 anos: dez gols marcantes em cinco décadas do estádio

Lista

Por quase 40 anos, José dos Reis Pereira, o Juquinha, foi o responsável por cuidar do gramado do Serra Dourada, que foi elogiado por anos. A relação entre o aposentado e o piso do equipamento esportivo já foi de quase pai e filho. Hoje, aos 80 anos, ele lamenta o “abandono” do principal palco do futebol goiano e torce para que um dia o local volte a ser utilizado com frequência.

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Juquinha trabalhou como ajudante de carpinteiro durante as obras do estádio, em 1973. Depois de algum tempo, ele foi convidado pelo engenheiro agrônomo João Alberto Remião de Oliveira para trabalhar na construção do gramado.

<cite>Tive que fazer hora extra. Quando não estava como carpinteiro, estava ajudando no gramado. Nunca tinha trabalhado com gramado na minha vida. Aprendi tudo com o engenheiro agrônomo João Alberto Remião de Oliveira. Ele era gaúcho, muito experiente e foi especial por me ensinar tudo sobre o gramado”, contou Juquinha, que mora no setor Mansões Paraíso, em Aparecida de Goiânia.</cite>

Juquinha lembra que o gramado do Serra Dourada ficou pronto cerca de um ano antes da inauguração e que, após o fim das obras, foi convidado para assumir a responsabilidade de cuidar do gramado.

“Fiz isso direto até 2009, quando me aposentei. Fiquei alguns anos longe, me pediram para voltar em 2013 e foram mais três anos”, acrescentou o aposentado, que sente orgulho dos anos dedicados ao cuidado do piso do Serra Dourada.

“Não é qualquer um que tem a responsabilidade de cuidar do gramado de um estádio tão importante. Por muitos anos, o Serra Dourada tinha um dos melhores gramados do Brasil. Era referência. Já recebi muitos ‘parabéns’ por causa do gramado”, salientou Juquinha, que é torcedor do Goiás e contou que a final da Copa do Brasil, de 1990, entre o time esmeraldino e o Flamengo (campeão do torneio), foi um dos jogos marcantes que presenciou no Serra Dourada.

Juquinha diz que sente saudades da rotina que teve durante anos. “Já estou velho, aí o dia demora para passar, nem sempre tem algo para fazer”, brincou o mineiro de Passos, que mudou para Goiás aos 7 anos e foi criado em Mara Rosa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/serra-dourada-50-anos-dez-gols-marcantes-em-cinco-decadas-do-estadio-1.3239110" target="_blank">Serra Dourada 50 anos: dez gols marcantes em cinco décadas do estádio</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/serra-dourada-veja-dez-jogos-curiosos-disputados-no-estadio-de-50-anos-1.3238820" target="_blank">Serra Dourada: veja dez jogos curiosos disputados no estádio de 50 anos</a></div>

Por acompanhar futebol com frequência, Juquinha sabe da atual situação do Serra Dourada, que foi concedido à iniciativa privada e deve ser transformado em uma arena multiuso. Juquinha também diz estar preocupado com o que será feito com o gramado, por causa do sistema de drenagem que pode sofrer alterações com rebaixamento do piso, parte do processo para aumento da capacidade.

Para ele, o Serra Dourada não voltará a receber o número de jogos de décadas passadas, mas pode voltar a ser o principal palco do futebol goiano. “Como era, não acredito que volte mais. Pode melhorar se a administração quiser. Dá para fazer acordo com os clubes para voltarem a jogar lá. Sei que vão ter novos espaços, que podem atrair pessoas, mas, se não tiver jogos, vai continuar do mesmo jeito”, opinou.