Na manhã desta sexta-feira (5), em sessão de julgamento do Tribunal Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o pedido de impugnação do jogo entre Anápolis e Guarani foi recusado, por decisão unânime, e o resultado da partida foi mantido. Com isso, o Galo da Comarca voltará a disputar a Série C no ano que vem e o CSA teve seu rebaixamento confirmado.

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No Processo 168/2025, o Guarani solicitou a impugnação da partida disputada contra o Anápolis no dia 21 de julho, no Jonas Duarte, pela 13ª rodada da Série C. O Bugre apontou que o Galo da Comarca atuou com 12 jogadores em campo durante alguns minutos e alegou erro de direito, na tentativa de anular o duelo, que terminou em 2 a 0 a favor do time goiano.

Como foi o julgamento

O sub-procurador Eduardo Ximenes foi o primeiro a falar. Ele reconheceu que houve erro de direito e afirmou que entrará com denúncia contra o árbitro daquele jogo,&nbsp;Marcello Rudá Neves Ramos da Costa, mas que não entende que seria motivo para impugnação da partida.

O advogado do Anápolis, Daniel Morais Dutra, através de conferência de vídeo, apresentou a sua defesa e declarou que não houve interferência decisiva do lance no resultado da partida, porque o Galo da Comarca era superior em campo.

Além disso, o advogado disse que o atacante Igor Cássio tentou avisar o árbitro de que o companheiro João Celeri ainda estava em campo, e que o árbitro assumiu a responsabilidade de autorizar o reinício do jogo.

Ainda, Daniel Dutra complementou que, ao contrário do que alegou o Guarani, de que João Celeri teria ficado em campo por três minutos, foram apenas 19 segundos com a bola rolando.

A advogada do CSA, terceiro interessado no processo, e o advogado do Guarani também manifestaram os seus argumentos.

A auditora Mariana Barreira foi a primeira a votar, e se posicionou contra a anulação da partida. O auditor Luiz Felipe Bulus também votou da mesma forma, assim como o auditor Marco Aurélio Choy, a auditora Antonieta Pinto, o auditor Marcelo Bellizze, o auditor Rodrigo Aiache e o presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo.

Como fica a tabela?

Com o pedido de anulação negado, a tabela de classificação da 1ª fase da Série C continuou da mesma forma: Londrina em 4º lugar, São Bernardo em 5º, Brusque em 6º, Guarani em 7º (classificado para a 2ª fase), Anápolis em 15º, Itabaiana em 16º e o CSA em 17º (rebaixado).

Se a partida tivesse sido remarcada, a posição desses sete times poderia ter mudado, em caso de empate ou vitória do Guarani. O Bugre teria se classificado de qualquer forma, mas poderia ter subido colocações e alterado os confrontos da 2ª fase. Já o Galo da Comarca teria sido rebaixado no lugar do CSA se não tivesse vencido a equipe paulista.

Relembre o caso

Tudo começou na metade do 2º tempo, quando o Anápolis já vencia por 2 a 0. Aos 24min12, o quarto árbitro levantou a placa com duas substituições: Igor Cássio (camisa 29) na vaga de João Celeri (camisa 9), e João Felipe (camisa 11) no lugar de Kadu (camisa 21). Aos 24min46, João Felipe entrou em campo. Aos 25min03, após trocar algumas palavras com o quarto árbitro, Igor Cássio também entrou.

No momento das substituições, o jogo tinha sido paralisado para um escanteio a favor do Guarani. O árbitro Marcello Rudá Neves Ramos da Costa, da Federação de Futebol do Distrito Federal, autorizou a cobrança aos 25min33.

Após a cobrança do escanteio, o próprio João Celeri afastou a bola de cabeça. O Guarani permaneceu com a posse e houve outro lançamento para a área, que a defesa afastou. Na sequência da jogada, o time paulista continuou tentando, o goleiro Paulo Henrique tirou de soco, ocorreu uma tentativa de finalização do Bugre e o lance terminou em tiro de meta.

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Logo após os 26 minutos, o duelo novamente ficou parado. Os jogadores reservas do Guarani ficaram reclamando na beira do campo sobre o fato do Anápolis ter ficado com 12 jogadores em campo. Enquanto Paulo Henrique estava caído perto da trave, sentindo dores e sendo observado pelo árbitro, João Celeri deixou o gramado aos 26min36.

Os atletas do Guarani seguiram reclamando com o quarto árbitro, o goiano Osimar Moreira da Silva Junior, que chamou o árbitro principal da partida. Marcello Rudá então se dirigiu até a beira do campo, conversou com Osimar e, aos 28min11, advertiu o atacante do Anápolis com o cartão amarelo.

Na súmula do árbitro, ele justificou a punição com base no motivo A6: "Entrar ou retornar ao campo de jogo sem a permissão do árbitro - Por retornar ao campo de jogo sem autorização do árbitro após ser substituído".

Em resumo, o Anápolis ficou com 12 jogadores em campo entre 25min03 e 26min36, por cerca de um 1min30. Nesse espaço de tempo, o jogo ficou com a bola rolando durante cerca de 30 segundos, entre a cobrança de escanteio do Guarani e o tiro de meta para o Anápolis. Nesse lance, João Celeri participou ativamente da composição defensiva.

STJD recusa pedido de anulação de partida e resultado de Anápolis x Guarani é mantido

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Decisão

O Anápolis já preparou a defesa para o julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima sexta-feira (5). A sessão do Pleno do tribunal vai apreciar o pedido de anulação da partida em que o Anápolis venceu o Guarani por 2 a 0, no dia 21 de julho, no Estádio Jonas Duarte, pela Série C.

O clube paulista alega que o Galo da Comarca, no segundo tempo, atuou com 12 atletas por alguns instantes, fato que contraria as regras do futebol - o atacante João Celeri foi substituído pelo também atacante Igor Cássio, mas demorou a deixar o campo, enquanto o colega de equipe entrou no jogo, cujo resultado foi a segunda vitória da equipe goiana na Série C.

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Após a partida, o Guarani formulou o pedido de anulação e o enviou ao STJD. Ao mesmo tempo, o Anápolis começou a preparar a argumentação jurídica e juntar as provas para se defender da reclamação do clube paulista, que alega erro de direito da arbitragem, conduzida pelo árbitro Marcelo Ruda Neves (DF).

O Guarani alega que foi prejudicado e reivindica a anulação da partida. O departamento jurídico do Anápolis discorda. “Não houve o erro de direito, mas o erro de procedimento da arbitragem no momento da substituição”, alega o diretor jurídico e advogado do Anápolis, Daniel Dutra.

Para o advogado, o “erro de procedimento” ocorreu quando o árbitro assumiu para si a responsabilidade de dar continuidade à partida. “O Anápolis não praticou dolo, não quis lesar ninguém, não pretendia levar nenhum tipo de vantagem”, argumentou Daniel Dutra.

Segundo ele, ao contrário da alegação do Guarani de que o Anápolis ficou com 12 jogadores durante três minutos, o tempo corrido do atleta (João Celeri) em campo foi de 19 segundos com a bola rolando. O advogado explica que João Celeri estava virado de costas para a arquibancada, por causa de um posicionamento em campo durante as cobranças de escanteio dos adversários, e não percebeu o pedido de substituição.

Igor Cássio, na beira do gramado, gesticulou com a arbitragem acerca da substituição a ser feita. Ou seja, avisou que estava entrando em campo. Depois, João Celeri foi punido com o cartão amarelo.

Daniel Dutra explica que o Anápolis juntou todas as provas para a defesa do caso, como vídeos e fotos daquele instante de jogo. Além disso, o advogado argumenta que a jurisprudência do STJD não caminha no sentido de anular partidas com erros cometidos, por exemplo, pela arbitragem. Ele está confiante na manutenção do resultado de campo.

A defesa por escrito havia sido enviada ao STJD pelo advogado do Anápolis assim que o Guarani protestou contra a situação. “Agora, nós vamos fazer a sustentação oral”, afirmou. O Anápolis também está analisando se a defesa de Daniel Dutra será feita presencialmente na sede do STJD, no Rio, ou se por videoconferência.

Anápolis prepara defesa contra pedido de impugnação de partida da Série C

STJD

O Anápolis se livrou dentro do campo do rebaixamento à Série D do Brasileiro, após vitória de 2 a 0 sobre o Botafogo-PB no último sábado (30), no Estádio Jonas Duarte. Porém, o Galo da Comarca terá de enfrentar uma batalha jurídica, na próxima sexta-feira (5), no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Pleno do STJD julga o recurso do Guarani que pede a anulação do jogo em que o time goiano venceu a equipe paulista por 2 a 0, no dia 21 de julho, em Anápolis. O Guarani se classificou à semifinal da Série C, mas havia ingressado anteriormente com o pedido de anulação. O clube paulista contesta o resultado de campo do jogo válido pela 13ª rodada, alegando que, durante alguns minutos, o Anápolis esteve com 12 jogadores em campo, algo que não é permitido pela regra. O atacante João Celeri foi substituído por Igor Cássio, mas permaneceu nas quatro linhas. O Guarani alega erro de direito da arbitragem.A anulação do resultado da partida entre Anápolis e Guarani passou a ter um outro interessado - o CSA-AL. O clube alagoano foi rebaixado à Série D após derrota em casa para o Brusque-SC, também no sábado (30). A equipe alagoana vive momento de crise interna, mas se movimenta nos bastidores, de olho no processo movido pelo Guarani. Com isso, o Z4 (zona do rebaixamento) e o G8 (grupo dos oito classificados) poderiam sofrer mudanças se o recurso do Guarani for acatado pelo Pleno do STJD - o Bugre fechou a 1ª fase com 27 pontos, em 5º lugar, enquanto o rebaixado CSA-AL somou 22 pontos, na 17ª colocação. Outro agravante é que o Anápolis festejou a vitória sobre o Botafogo-PB e a fuga do rebaixamento e já liberou o elenco e a comissão técnica para as férias, previstas até novembro. O lateral direito Fábio, titular durante a temporada, foi emprestado pelo clube ao Goiás, nesta terça-feira (2), no último dia de transferências de jogadores da CBF. Assim, não pode mais atuar pelo Galo da Comarca.

STJD marca julgamento de pedido de impugnação de vitória do Anápolis

Tribunal

O Goiás acertou a contratação do lateral Fábio, que pertence ao Anápolis, por empréstimo até o fim deste ano. O jogador de 24 anos defenderá o clube esmeraldino na sequência da temporada e vai ser regularizado ainda nesta terça-feira (2), último dia do atual período ativo para transferências.

A contratação do lateral Fábio foi sacramentada no início desta tarde, após o treino do Goiás, que ocorreu pela manhã. O acerto foi motivado por causa de uma fratura que o lateral Willean Lepo sofreu durante a atividade desta terça-feira, no CT Edmo Pinheiro.

O Goiás ainda não se pronunciou sobre como será o tratamento de Willean Lepo, mas é certo que o atleta ficará fora por algumas semanas.

Fábio disputou 33 jogos pelo Anápolis na atual temporada e esteve em campo no último sábado (30), no jogo contra o Botafogo-PB, que definiu a permanência do Galo da Comarca na Série C.

O lateral teve rápida passagem pelo Vila Nova, no ano passado. Foram dez partidas no clube colorado. Sem se destacar, Fábio voltou ao Anápolis para a atual temporada e vai terminar o ano no Goiás, já que o calendário do Galo da Comarca foi encerrado.

Goiás contrata lateral Fábio, do Anápolis, no último dia da janela de transferências

Mercado esmeraldino

O meia Brayann é mais um jogador que chega ao Goiás neste ano com expectativa elevada de solucionar a ausência de um jogador criativo, que tenha boas atuações de maneira regular e ajude a aumentar a leque ofensivo do clube esmeraldino na busca pelo acesso à Série A. O jogador de 27 anos está regularizado e pode estrear na próxima rodada da Série B.

O torcedor do Goiás, no entanto, não terá um exímio camisa 10. Brayann não é um armador nato. O atleta se destacou no CSA como jogador que faz diferentes funções. As principais são como terceiro homem no meio-campo (função de Rafael Gava) e como ponta direita, com liberdade para fazer cortes para o corredor central.

Canhoto e habilidoso, Brayann foi comandado entre 2024 e 2025 pelo técnico Higo Magalhães, ex-zagueiro goiano revelado pelo Vila Nova e que comandou o time colorado nas categorias de base e no profissional. Ele estava no CSA desde o ano passado e deixou a equipe após o rebaixamento à Série D.

“O Brayann não é um meia armador nato, não é um meia que joga cadenciado. Ele é mais intenso e competitivo com a bola. Ajuda na organização defensiva, faz terceiro homem do meio-campo. Ele seria um 10 mais dinâmico. Comigo jogou como meia-atacante também, se posiciona como extrema direita”, comentou o treinador de 43 anos.

Higo Magalhães acrescentou que Brayann é um atleta de bom drible e habilidoso em espaços curtos, tem agilidade para tomada de decisões e isso deixa seu jogo mais dinâmico. O meia também costuma marcar gols após cobranças de faltas e finalização de fora da área elogiada.

“Consegue ter boa visão de jogo para deixar companheiros com possibilidade de finalização. Acredito que se encaixe no meia mais moderno. Quando joga pelo lado direito, consegue fazer cortes para dentro no corredor centro e isso permite lances de tabelas. É um atleta que não se esconde, ele gosta do jogo”, salientou o técnico, que tinha contrato com o CSA até o final da Série C e deixou o clube após o rebaixamento à Série D.

Para o treinador, Brayann pode melhorar seu estilo de jogo no Goiás. “Algo em que ele pode evoluir é a conclusão no último terço. Erra em alguns momentos, talvez pela ansiedade, mas tem refino técnico e é muito promissor”, completou Higo Magalhães.

Brayann fez carreira em clubes nordestinos. Ele jogou no Guarany de Sobral-CE, Maracanã-CE, Afogados de Ingazeira-PE, Caucaia-CE e Altos-PI antes de chegar ao CSA, no ano passado.

O meia se destacou no clube alagoano com seis gols (todos neste ano) e 12 assistências (nove nesta temporada) em 45 partidas. “Teve bons números no CSA, se destacou por ser intenso e ser um cara bem participativo dentro do jogo. É um jogador inteligente. Acredito que o Goiás vai ajudar a evoluir a questão do nível competitivo. Na Série B, cotado para o acesso, o nível de competição vai ajudar o Brayann a evoluir. Espero que o Mancini consiga aproveitá-lo e o Brayann ajude nos objetivos do Goiás”, completou Higo Magalhães.

Brayann foi regularizado nesta segunda-feira (1º) e está liberado para estrear pelo Goiás. O jogador assinou contrato até o final de 2027 com o clube esmeraldino e pode ser relacionado no próximo domingo (7) para o jogo contra o Avaí, pela 25ª rodada.

Na busca por um atleta criativo, o técnico Vagner Mancini não tem um titular na função, já testou Rafael Gava, Wellington Rato e Moraes. O meia Martín Benítez não tem atuado por opção técnica, enquanto Vitinho rescindiu contrato e deixou o time esmeraldino nesta segunda-feira (1).