Na derrota para o Criciúma na tarde de domingo (9), por 1 a 0, o Atlético-GO repetiu aquilo que apresentou como visitante nesta Série B: uma equipe que não consegue se impor quando atua fora de Goiânia. O Dragão sustentou uma igualdade no placar até os 38 minutos do segundo tempo, quando sofreu o gol que deu a vitória à equipe catarinense no Estádio Heriberto Hulse, no cabeceio livre do camisa 10 Jhonata Robert, em falha do sistema defensivo atleticano.O time rubro-negro é um dos piores visitantes na Série B. Tem apenas duas vitórias, com oito empates e oito derrotas. Forte no Bairro de Campinas, o Dragão se torna presa fácil na casa dos adversários. Por isso, deu adeus às chances mínimas de acesso que ainda tinha.No gol sofrido pelo Atlético-GO, na visão do técnico Rafael Lacerda, houve descuido e novamente se repetiu o erro defensivo. “Não podíamos errar”, lamentou o treinador.A equipe atleticana terá mais dois jogos. Em casa, vai jogar com o Operário-PR. Fora, o time poderá definir a sorte ou infortúnio dos concorrentes que brigam pelo acesso, pois volta ao interior de Santa Catarina para enfrentar a Chapecoense na rodada final (dia 23).O resultado negativo deste domingo (9), na 36ª rodada da Série B, piorou a situação do Goiás na tabela - o time alviverde soma 58 pontos, assim como o Criciúma, mas, nos critérios de desempate, os catarinenses superam o goiano. Fato é que o Atlético-GO não ajudou em nada o Goiás na rodada e, com a derrota, a disputa pelo acesso ficou ainda mais embolada. “Não serve como consolo a boa campanha no returno. Nós tínhamos de brigar pelo acesso”, lamentou o técnico Rafael Lacerda, após outro revés do Dragão fora de casa. “O Atlético-GO, com toda a estrutura e história, é time de Série A”, emendou o treinador, anunciado pelo clube no dia 19 de julho e perto de completar quatro meses de trabalho. Na verdade, quando Lacerda iniciou o trabalho, o Dragão era time que brigava para se afastar do Z4.O treinador lembrou que o trabalho inicial foi remontar a equipe, que conquistou resultados bons no returno. Porém, insuficientes para recolocar o clube em melhores condições para disputar o acesso.O desempenho como visitante ficou aquém de uma campanha de quem luta para subir - a última vitória fora foi sobre o Remo (1 a 0), no dia 20 de setembro. Nela, Rafael Lacerda escalou o atacante Talisson, para puxar o contra-ataque e ajudar na marcação. O técnico fez nova tentativa, em Criciúma, mas Talisson não correspondeu.“O Criciúma foi superior no segundo tempo, mas teve as melhores chances no primeiro tempo. Não conseguimos manter o ímpeto no segundo tempo”, avaliou o técnico.Como repetiu os erros anteriores - o time também não foi forte como visitante nas gestões dos técnicos Cláudio Tencati e Fábio Matias -, Rafael Lacerda entende que o momento é de fazer reflexões para detectar os problemas, tentar consertá-los e planejar o futuro, apesar de ainda não ter sido anunciado como técnico para 2026. Lacerda deve definir com a diretoria, nesta semana, se o clube vai liberar antecipadamente jogadores que não interessam para a temporada seguinte.“Sabíamos que era muito difícil (acesso). O Atlético-GO estava na disputa porque, matematicamente, tinha chances”, destacou o técnico. Segundo ele, mesmo sem mais nenhuma possibilidade de disputar uma das quatro vagas à Série A, o elenco precisa trabalhar forte para terminar com dignidade e brigando pelas vitórias nas duas últimas partidas.