O técnico do Vila Nova, Rafael Lacerda, venceu o seu terceiro título em sete anos de carreira como treinador. Campeão do Goianão, o comandante colorado dedicou a conquista aos familiares e jogadores e, principalmente, à torcida. Segundo ele, agora o foco é em conquistar o acesso.

“Quero agradecer ao Vila Nova por ter me dado a oportunidade, por ter me escolhido como treinador”, disse Rafael Lacerda, contratado no final do ano passado para iniciar a temporada de 2025 no comando do time goiano.

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Além disso, o profissional fez questão de dedicar o título para a família que está longe, como a mãe, a irmã, o cunhado e os afilhados, e para aqueles que estão com ele em Goiânia, como a esposa e os dois filhos; a sogra veio para a final e foi “pé quente”. Rafael Lacerda também deixou um espaço especial para o pai, Seu Paulo.

“Queria dedicar também ao meu pai que faleceu em 2012, quando eu estava concentrado para um jogo do Campeonato Gaúcho. Ele tinha 56 anos, foi meu principal incentivador no futebol. Queria muito que ele estivesse neste momento, mas tenho certeza que onde ele está, está muito feliz. Se não fosse por ele, eu nem teria virado jogador profissional. Tenho certeza que hoje está orgulhoso do filho dele”, emocionou-se o treinador.

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Depois de vencer o Campeonato Amazonense e a Série C de 2023, ambos pelo Amazonas, Rafael Lacerda chegou à sua terceira decisão estadual (foi vice do Gauchão em 2020, pelo Caxias) e liderou o Vila Nova rumo ao título do Campeonato Goiano.

No jogo de ida da final, o Vila Nova havia perdido para o Anápolis por 2 a 0 no Jonas Duarte. Neste domingo (30), no Serra Dourada, o Tigre ganhou por 3 a 0 e se sagrou campeão pela 1ª vez desde 2005.

“As coisas acontecem quando é para acontecer. Trabalhamos muito a questão ofensiva, conseguimos fazer um time sólido defensivamente, e às vezes os gols não estavam saindo. Muitas vezes o jogador não está no melhor dia, o goleiro adversário está bem. Sabemos o que temos de melhorar, não é porque fomos campeões que está tudo certo”, avaliou Rafael Lacerda.

Com o título assegurado, Rafael Lacerda parte para o próximo objetivo: o acesso no Brasileiro. Depois do Vila Nova bater na trave tantas vezes no Goianão e ter conquistado o título em 2025, o técnico do clube quer fazer o mesmo na Série B.

O Tigre faz a sua estreia na competição nacional já no próximo sábado (5), às 16 horas, contra o Coritiba fora de casa.

Técnico do Vila Nova se emociona ao falar do pai e dedica título à torcida

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Matéria - Esporte

Goianão

Três dias depois de conquistar o título do Campeonato Goiano, o elenco do Vila Nova se reapresenta nesta quarta-feira (2), já de olho no início da Série B. O plantel tem uma base pronta e três novas adições para a Segundona, mas conta com alguns lesionados.

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Levando em conta somente os jogadores aptos a entrar em campo e excluindo os atletas das categorias de base, com exceção do lateral esquerdo Higor, que já está integrado ao profissional há mais tempo, o Vila Nova deve iniciar a Série B com 26 jogadores. O Tigre estreia no próximo sábado (5), às 16 horas, contra o Coritiba no Couto Pereira.

Os três jogadores contratados pelo Vila Nova, que devem ser anunciados nos próximos dias, são o goleiro Guilherme Nogueira, o zagueiro Weverton e o atacante Ruan Ribeiro. Os dois últimos já estão regularizados na CBF e liberados para defender o time colorado, mas o primeiro só estará disponível na próxima semana, após a disputa da final do Paulistão A2.

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Com a adição de Guilherme Nogueira, o jovem Kauã, de 18 anos, tende a perder espaço no time profissional e deve retornar às categorias de base depois da 1ª rodada. Neste momento, Halls é o titular debaixo das traves e Kozlinski segue se recuperando de lesão, após fazer cirurgia de hérnia no mês passado.

Na lateral direita, Elias é o titular e Igor Inocêncio, seu reserva imediato; Lucas Sena é uma terceira opção para o setor. Na lateral esquerda, Willian Formiga é o “dono” da posição, mas Higor já foi titular nesta temporada e também deve ganhar chances. Eric Davis, por sua vez, está em fase final de recuperação de lesão grau 2.

Na zaga, Tiago Pagnussat e Bernardo Schappo formam atualmente a defesa titular, mas Walisson Maia também joga com frequência. Weverton chega para ser a 4ª opção - Marcondes já está treinando com os companheiros no campo, mas é provável que seja negociado.

Os volantes são João Vieira, Arilson, Ralf, Paulinho e Igor Henrique. Todos estão prontos para jogar. Paulinho não disputou as finais do Campeonato Goiano por força de contrato com o Anápolis, mas volta a ser opção. Entre os meias de criação, Diego Torres, Jean Mota e Dodô também estão todos disponíveis para o técnico Rafael Lacerda.

O ataque é o setor com mais jogadores no Vila Nova: nove. No entanto, por causa de lesões, Guilherme Parede só deve poder atuar no fim do primeiro semestre, e Emerson Urso retorna apenas no início do segundo semestre. Júnior Todinho, Vinicius Paiva, Facundo Labandeira, Gabriel Silva, Ruan Ribeiro, Gabriel Poveda e Bruno Mendes são as opções.

Elenco do Vila Nova conta com base campeã, três reforços e alguns lesionados

Série B

O técnico Jair Ventura falou pela primeira vez sobre sua saída do Goiás e disse que “virou estatística” com a demissão do clube esmeraldino. Apresentado na segunda-feira (31) no Avaí, o treinador de 46 anos acredita que seu desligamento da equipe goiana ocorreu por causa da eliminação na semifinal do Campeonato Goiano.

“Sobre minha saída é bem simples. Nos últimos sete anos, os sete treinadores que não ganharam o Estadual foram demitidos e eu virei estatística”, afirmou o treinador.

O Goianão tem peso para o Goiás, que fez mudanças na comissão técnica nos últimos anos. O último treinador efetivo que seguiu no cargo foi Hélio dos Anjos, em 2018, ano da última conquista estadual do clube alviverde.

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O técnico Jair Ventura errou apenas no número de demissões, foram cinco e não sete: Zé Ricardo (2024), Guto Ferreira (2023), Bruno Pivetti e Glauber Ramos (2022) e Mauricio Barbieri (2019) deixaram o Goiás após fracassos no Goianão.

O Goiás não vence o Goianão desde 2018 e vive seu maior jejum sem a conquista do Estadual. Neste ano, o clube esmeraldino foi eliminado na semifinal pelo rival Vila Nova.

“Ano passado fui campeão goiano (pelo Atlético-GO), esse ano não consegui. Saímos na semifinal para o campeão. Jogamos melhor, perdemos pênalti durante o jogo, mas não classificamos e a gente sabe que virou estatística por isso. Todos os treinadores, nos últimos sete anos, que não ganharam o Estadual pelo Goiás foram demitidos. Por isso o trabalho foi encerrado”, acrescentou o novo técnico do Avaí.

Além de 2018, o Goiás não fez mudanças na comissão técnica nas temporadas de 2020 e 2021. Em ambas, o time esmeraldino foi comandado pelo interino Glauber Ramos durante a pandemia da Covid-19.

Em 2020, o Estadual foi paralisado em março quando Ney Franco era o treinador. Ele foi demitido no retorno do futebol, já na Série A. Thiago Larghi e Enderson Moreira passaram pelo Goiás no período antes da volta do Goianão. Ambos deixaram o clube, que foi comandado por Glauber Ramos na sequência da temporada e do Estadual.

Como o Goianão de 2020 terminou apenas no ano seguinte, a nova temporada (2021) teve início na sequência e Glauber Ramos foi mantido no cargo até a contratação de Pintado.

No ano seguinte, em 2022, Bruno Pivetti foi contratado para comandar o Goiás e ficou apenas um mês no cargo. Por opção do clube, ele foi demitido. Glauber Ramos voltou como interino, terminou o Estadual como vice-campeão e foi demitido para a chegada do próprio Jair Ventura em sua primeira passagem pelo clube goiano.

Confira os últimos treinadores do Goiás no Estadual desde o último título:

2025: Jair Ventura foi eliminado na semifinal

2024: Zé Ricardo foi eliminado nas quartas de final

2023: Guto Ferreira foi vice-campeão

2022: Bruno Pivetti demitido a dois dias da final e Glauber Ramos demitido após o vice

2021: Glauber Ramos era o técnico e não houve demissão. Time foi eliminado nas quartas de final

2020: Glauber Ramos era o técnico e não houve demissão. Time foi eliminado nas quartas de final

2019: Maurício Barbieri foi vice-campeão

2018: Hélio dos Anjos era o técnico e não houve demissão. Time foi campeão

Jair Ventura diz que "virou estatística no Goiás" com demissão após o Goianão

Estadual

É correto afirmar que João Vieira foi uma das principais contratações do Vila Nova para essa temporada. Isso porque o volante é quem mais somou minutos em campo até aqui e é titular absoluto desde que chegou ao Tigre. Após o título do Goianão, ele destacou o merecimento do clube e citou a honra pessoal de fazer parte da conquista.

“Não poderia começar melhor. É sempre importante vencer, e vencer em minha primeira temporada com essa camisa é fantástico. Estou muito feliz e com a certeza de que grandes coisas estão por vir. Vamos continuar trabalhando muito no dia a dia para colher frutos como o que colhemos agora”, comentou o meio-campista.

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Em 2025, o Vila Nova disputou 17 partidas no Goianão, 3 na Copa Verde e 2 na Copa do Brasil. João Vieira só não atuou em um jogo do Campeonato Goiano (contra o Crac, pela 4ª rodada da 1ª fase) e nos confrontos válidos pela Copa Verde, que tiveram times mistos e formados majoritariamente por atletas da base.

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Em todas as outras 18 partidas, João Vieira esteve em campo. Com 1.414 minutos jogados na temporada - o maior número entre os jogadores do Vila Nova, pouco à frente do lateral Willian Formiga, em 2º lugar, com 1.400 minutos -, o volante agora pensa na disputa da Série B, que começa no próximo final de semana.

“Vamos comemorar muito e já trabalhar para estrear bem na Série B, que também é nosso objetivo. Sempre que entramos em campo defendendo o Vila precisamos entrar para ganhar. E é isso que faremos sempre. Fico honrado em poder ajudar em campo, merecemos muito esse título, trabalhamos muito e ele veio. Esse clube merece demais”.

O Vila Nova faz a sua estreia na Série B 2025 no próximo sábado (5), às 16 horas, diante do Coritiba, no Couto Pereira.

João Vieira destaca merecimento do Vila Nova em título do Goianão

Campeão, artilheiro do time e autor de gol na final. A participação de Igor Henrique foi decisiva para o título do Vila Nova no Campeonato Goiano, que encerrou jejum de quase 20 anos do clube sem a taça. O volante desfalcou o time em algumas rodadas por causa de uma pneumonia, deu a volta por cima, quase alcançou uma meta pessoal que tinha estabelecido e celebrou o dia mais importante de sua carreira até aqui.

Igor Henrique vestiu a camisa colorada nas últimas três temporadas. Em 2023, fez 28 jogos e sete gols, e foi peça importante na campanha do “quase acesso” na Série B. Em 2024, iniciou o ano no Água Santa e voltou ao Vila Nova, pelo qual novamente brigou por uma vaga no G4 - entrou em campo 24 vezes, com dois gols.

Em 2025, a relevância de Igor Henrique segue. Com 13 jogos e quatro gols, todos eles marcados no Goianão, ele foi o artilheiro da equipe na competição e superou o zagueiro Bernardo Schappo, que balançou as redes três vezes.

“Comentei com o (Júnior) Todinho que eu faria 7 gols no Campeonato Goiano. Até o segundo jogo contra o Goiás, quando eu voltei, eu faria mais um e, quando a gente fosse para a final, eu faria mais dois ou três para alcançar o que eu tinha falado. Mas consegui ajudar a minha equipe a sair campeão”, disse o meio-campista ao POPULAR.

O desfecho do Estadual foi feliz para Igor Henrique, mas a caminhada pessoal não foi fácil. O volante teve pneumonia, precisou ser hospitalizado e passou mais de duas semanas sem atuar, desfalcando o Vila Nova nas quartas de final e na partida de ida da semi. Ele ficou com medo de não poder jogar mais, e o apoio de família e amigos foi primordial.

Depois de entrar no 2º tempo do jogo de volta da semifinal, Igor Henrique foi titular na ida da decisão. Quando o Anápolis fez dois gols, ele já tinha sido substituído. Na partida de volta, o volante jogou novamente como titular e fez o segundo gol da vitória por 3 a 0 sobre o Galo da Comarca, que carimbou o título vilanovense no Estadual.

“É o (gol) mais importante da minha carreira, pelas circunstâncias. O clube 20 anos sem ganhar, diante da torcida, 50 anos de Serra… poder marcar um gol no Serra Dourada, foi o gol mais bonito e importante da minha carreira”, disse.

Como Ralf, que declarou após o apito final que aquele era o título mais importante de sua carreira, que inclui conquistas de Mundial, Libertadores, Brasileirão e Paulistão, Igor Henrique também comentou que o Goianão foi o mais relevante para ele, por tudo que aconteceu. Ficará marcado para o resto de sua vida e superou as conquistas de Série B (pelo Fortaleza), Série C (pelo Ituano) e Série D (pelo Mirassol).

O volante ainda “cobrou” o presidente Hugo Jorge Bravo e falou que o elenco de 2025 precisa ter uma foto pendurada nas imediações do clube, após a foto do título de 2005 ter servido como motivação.

De acordo com Igor Henrique, boa parte dos méritos da conquista colorada é da torcida, que lotou o Serra Dourada mesmo com o time em desvantagem que nunca havia sido revertida antes em finais diretas de Goianão.

“Foi bom receber a torcida, chegando no estádio, recepção calorosa. Descemos do ônibus e fomos a pé para os vestiários. É gratificante. Vamos trabalhar mais para poder conquistar o acesso para a Série A porque essa torcida merece.”

O Vila Nova agora se prepara para a disputa da Série B. Elenco e comissão técnica ganharam folga nestas segunda (31) e terça (1º) e retornam às atividades na quarta-feira (2). No próximo sábado (5), às 16 horas, o Tigre visita o Coritiba pela rodada de estreia da Segundona.

Para Igor Henrique, a Série B de 2025 terá um estilo parecido com a edição de 2023, em que não havia nenhum clube dos considerados “12 grandes”. O volante espera equilíbrio da primeira à última rodada.

“Tem que somar pontos fora de casa. No ano passado, ganhamos muito dentro de casa e perdemos fora. Vamos focados para essa competição em busca do objetivo no final do ano”, projetou.