O Atlético-Go não terá vida fácil na noite desta quinta-feira (7), diante do Olimpia, no Estádio Serra Dourada. O Dragão volta a jogar no histórico estádio e precisa vencer o time paraguaio por dois gols de diferença e definir vaga nos pênaltis ou fazer três ou mais gols de diferença para chegar às quartas de final da Sul-Americana. Jorginho, técnico do Dragão, reiterou que isso não é impossível e lembrou de uma virada histórica vivida por ele.Ainda na carreira como jogador, Jorginho viu, na final da Copa Mercosul (2000), quando o Vasco perdia de 3 a 0 no Parque Antártica no primeiro tempo, virar para 4 a 3 e ser campeão. O treinador também citou que o Inter-RS reverteu a vantagem do Colo-colo (Chile), goleou o adversário (4 a 1) terça-feira (5) e se classificou.Leia também:+ Técnico vai esperar para definir escalação de Jorginho+ Casagrande deixa a Globo após 25 anosO treinador pediu à torcida para apoiar o time. "Na minha vida como atleta ou treinador, também, tive experiência na Sul-Americana. Antes, era outro nome (Copa Mercosul), na época do Vasco, naquela virada sobre o Palmeiras (4 a 3, na final de 2000). Estar perdendo por 3 a 0 e virar para 4 a 3 no segundo tempo é quase impossível, mas é possível", exemplificou o treinador atleticano.Para o técnico, o verbo acreditar tem de ser conjugado numa situação como a do Dragão. "O que eu procuro passar aos jogadores é acreditar no potencial deles, o quanto essa equipe tem sido intensa, comprometida, tem obtido grandes resultados ao jogar contra grandes equipes do futebol brasileiro. O que aconteceu com o Internacional é um grande exemplo para nós, pois perdeu por 2 a 0 (fora) e venceu em casa (Colo-Colo, do Chile) por 4 a 1", acrescentou.Para Jorginho, o Atlético-Go decidirá a vaga às quartas de final diante de uma equipe já acostumada aos grandes torneios e decisões. Por isso, o Dragão terá de ser intensivo para chegar ao gol e vencer."É uma equipe (Olimpia) qualificada. Nós vimos no jogo de ida, tem tradição na competição e fez realmente um bom jogo em casa (2 a 0 no Atlético-GO). Mas nós fizemos, para mim, um dos piores jogos desde que cheguei aqui. Tenho certeza que aquele nível de atuação não vai acontecer mais", garantiu Jorginho, que teve de substituir o xará Jorginho ainda no primeiro tempo, em Assunção, por causa de desconforto muscular."Tenho certeza que, iniciando (jogo) forte, intenso, concentrado, fazendo a marcação em linha alta, não deixando eles jogarem, podemos sim (vencer). Sabemos o quanto será difícil, mas neste momento o emocional conta bastante. Se fizermos o gol rápido, será muito importante. Sabemos que é possível reverter essa situação", previu o técnico, que tem a experiência de ter sido vice-campeão da Sul-Americana 2013, pela Ponte Preta.Jorginho destaca a presença da torcida e, mais do que isso, a vibração dela para carregar o time em busca da vitória. "É a perseverança do torcedor. Precisamos do resultado e sabemos o quanto é importante (torcida) estar nos apoiando os atletas. Muitos torcedores muitas vezes não entendem o quanto são importantes no processo de grandes jogos e o apoio da torcida é fundamental. Então, é muito importante os torcedores estarem sempre apoiando", frisou.Há detalhes que o Atlético-GO precisa estar atento, pois entra perdendo de 2 a 0, voltará a jogar no Serra Dourada após dois anos e oito meses e enfrenta um adversário forte. Sobre o palco do jogo, Jorginho explicou que, no passado, amedrontava os visitantes, por causa das dimensões, do gramado alto e do calor goianiense. Agora, nem tanto, segundo o treinador."É diferente jogar ali, pois se tornou um estádio que é, digamos assim, usual para as duas equipes, Atlético-GO e Goiás. Mas sabemos que é um palco importante. Tenho lembranças boas dali, algumas ruins, também (risos). Não tem mais aquele fantasma do passado, que era o campo com a maior dimensão, a grama alta. Hoje, é tudo padronizado. Mas esperamos o nosso torcedor para nos apoiar. Apesar de ser difícil, não é impossível", disse Jorginho.