O técnico do Goiás, Jair Ventura, valorizou a entrega do elenco esmeraldino após vitória, de virada, contra o Botafogo nesta segunda-feira (6). Em mais um duelo nesta temporada, a equipe goiana terminou um duelo com atletas lesionados e por este motivo o triunfo acabou sendo mais valorizado pelo treinador do time alviverde.Nicolas e Apodi deixaram o campo com dores musculares, o atacante Matheusinho, por sua vez, foi substituído após problema no joelho. O trio preocupa para a sequência de partidas. O lateral direito Diego também deve seguir fora, com problema muscular.“O mais importante hoje (segunda-feira) é ressaltar a entrega do nosso grupo, que abraçou nossas ideias desde quando chegamos. A gente fala muito em conciliar boa performance com resultado, e conseguimos. O campeonato é louco. Você vence e tem dois pontos para a zona de rebaixamento. O importante é estar no bolo, e vale lembrar que o Goiás também está nas oitavas de final da Copa do Brasil”, elogiou Jair Ventura.Leia também+ Pedro Raul brilha, e Goiás vence o Botafogo de virada no Rio+ Confira a tabela atualizada da classificação da Série AO treinador reforçou que a virada do Goiás ocorreu com o time jogando com praticamente dez homens em campo. Impossibilitado de fazer novas alterações, Jair Ventura não pôde tirar o atacante Nicolas, que sofreu com dores musculares a partir dos 20 minutos do 2º tempo. Os gols da vitória foram marcados por Pedro Raul aos 28 e 38 minutos da etapa final.“Uma vitória importantíssima pelas circunstâncias do jogo. Não sei se vocês sabem, mas o Nicolas sentiu com 20 e poucos minutos (do 2º tempo). Fica cada vez mais difícil quando você perde jogadores por lesão. No último jogo contra o Red Bull (Bragantino) foram dois jogadores (Diego e Apodi, este último se recuperou, mas voltou a sentir dores)”, salientou o treinador do Goiás.Mesmo com o atacante jogando no sacrifício, Jair Ventura conseguiu montar o Goiás no 2º tempo com a dupla Pedro Raul e Nicolas no ataque. Vinicius também retornou ao time e distribuiu a 10ª assistência na temporada.“Quando eu chego, o Nicolas está machucado. Quando o Nicolas se recupera, perco o Pedro (Raul) por cartão. Não foi aleatório (utilizar os dois atacantes), essa semana consegui trabalhar. Vai depender do que o jogo pedir. A gente saiu de uma linha de três (zagueiros) para o 4-4-2. Não tenho um sistema predileto, tenho que extrair o máximo dos jogadores”, analisou Jair Ventura.O Goiás volta a campo nesta quinta-feira (9) para a disputa da 10ª rodada da Série A. O time esmeraldino encara o Fortaleza, na Arena Castelão, a partir das 20 horas.Confira outros temas da coletiva do técnico Jair VenturaSem análise pessoal- Já falei da situação do Botafogo, não só me revelou como treinador, mas me proporcionou uma mudança incrível como pessoa. Não consigo falar de mim nesses dois meses (de Goiás). Eu tenho que agradecer os jogadores, que compraram nossa ideia. Fico feliz por completar dez jogos, tendo boas atuações e agora conseguindo importantes vitórias fora de casa. O parabéns é para todos nós, não só eu.Críticas antes de acertar com o Goiás- Quando estou em casa, estou estudando as possíveis equipes que posso trabalhar. Quando cheguei, o momento era difícil no Goiás. As pessoas falaram para eu não pegar, que não ia ter gente e eu vi que o elenco tem qualidade. A diretoria sabe dos problemas que temos, mas gosto de encontrar soluções. Lançamos o Pedrinho (atacante de 18 anos), da base, e esses atletas estão dando respostas. Vale lembrar que já chegou um lateral (direito, Sávio). O departamento de futebol está trabalhando cada vez mais para deixar nosso elenco mais forte.Estilo retranqueiro- Não trabalho com respostas assim. Quando senta numa cadeira dessa do Goiás, as críticas aparecem. Os rótulos negativos aparecem quando você não ganha. O Tite tinha esse rótulo e chegou na seleção brasileira. O Mano (Menezes) tinha esse rótulo e foi para a seleção brasileira. Nós trabalhamos no país do futebol, lido muito bem com a pressão quando o trabalho não funciona.Substituições certeiras- Lógico que quando as substituições dão certo, você é exaltado. Quando não funciona é professor pardal. Já desejo pronta recuperação para o Matheus, que será reavaliado sobre essa possível lesão no joelho. Nós estamos sofrendo com muitas lesões, mas se eu reclamo de lesões é tratado como desculpa do treinador. Se eu falo que vamos jogar três jogos fora, é desculpa do treinador. Temos uma equipe física pela frente, que é o Fortaleza, e vamos trabalhar para chegar forte na quinta-feira.