O presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Aroldo Guidão, revelou nesta terça-feira (2) que o teto salarial de cada atleta do time goiano pode chegar no máximo a R$ 2 milhões por ano. O dirigente, porém, frisou que exceções podem ser avaliadas e montantes mais altos podem ser destinados para atletas que qualifiquem o elenco esmeraldino.

“Tem rumor de teto de salários e trava (de contratações), mas nós temos normas estabelecidas no regulamento interno. A norma estabelecida por jogador, por ano, são R$ 2 milhões. Estamos abrindo o regimento interno do Goiás a respeito de contratação anual. ‘Nenhum jogador com nenhuma performance se contrata além disso por ano?’ Contrata-se, há exceções embasadas pela direção de futebol, que é remetida ao CEO (Luciano Paciello), que remete ao Conselho de Administração. Se é para qualificar elenco, será deliberado”, explicou Aroldo Guidão, que não respondeu perguntas.

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O dirigente não deixou claro se o limite será alterado conforme a quantidade de meses ao longo do ano. Até o final da atual temporada, por exemplo, serão sete meses com a disputa de jogos.

Aroldo Guidão também comentou sobre o caso do atacante Mauro Mendez, do Estudiantes. O jogador foi procurado pelo ex-diretor de futebol Agnello Gonçalves, mas na época das conversas surgiu o rumor que houve veto da contratação do atleta por causa da possibilidade de um salário alto, em torno de R$ 250 mil, por mês.

“Foi muito analisado, a proposta teve idas e vindas. Na proposta final do Estudiantes para nós, chegou que ele (Mauro Mendez) não considerava que era para ser contratado. Ele não considerou ser suficiente o embasamento para sua contratação. No final do contrato, teríamos que pagar 1,7 milhões de dólares para termos parte do passe do atleta. No histórico do Goiás, em outras gestões, nenhum desembolso ocorreu desse porte. O Luciano (Paciello) com o antigo diretor (Agnello Gonçalves) também considerou que não seria apropriada a sua contratação”, pontuou o dirigente.

Outra parte do pronunciamento do presidente do Conselho de Administração foi sobre a união entre os “órgãos de governança” do Goiás. Além de Aroldo Guidão, o presidente interino do Conselho Deliberativo, Vanderlan Alcântara, e de Joaquim Edison, presidente do Conselho Fiscal do clube esmeraldino. “Estamos unidos no mesmo objetivo que é subir o Goiás para a Série A de 2025”, salientou.

Teto de salários de jogadores do Goiás é de R$ 2 milhões por ano

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Pronunciamento

O Goiás vive seu pior momento esportivo na história e não dá indícios de que vai contornar rapidamente a fase ruim. Em 2025, o clube esmeraldino completou sete anos sem vencer o Campeonato Goiano - é o maior jejum de título estadual desde que conquistou seu primeiro, em 1966. O que já é ruim piora com o desempenho da equipe, que é abaixo da expectativa, ao ponto de a classificação à final da Copa Verde ser marcada por protestos da torcida. Tudo isso às vésperas do início da Série B.Problemas internos parecem impactar cada vez mais no futebol do Goiás desde que houve alteração no estatuto do clube. No dia 23 de dezembro de 2023, os sócios-conselheiros votaram para extinguir o cargo de presidente executivo (o último foi Paulo Rogério Pinheiro) e criar o Conselho de Administração, presidido por Aroldo Guidão.No período de um ano e três meses, o Goiás teve três treinadores, dois diretores de futebol e dois CEOs, ou diretores executivos, cargo novo criado também na mudança do estatuto, sem contar as alterações em outros departamentos na direção esmeraldina.Em campo, o Goiás acumula mais decepções do que conquistas. O time é finalista da Copa Verde e pode voltar a ser campeão do torneio que venceu pela primeira vez em 2023 - foi o último título do clube esmeraldino. No Goianão, sofreu com alguns vice-campeonatos (2019, 2022 e 2023) e eliminações duras nos últimos anos, como ocorreu diante do Goiânia (nas quartas de final do ano passado) e para o principal rival, Vila Nova, na semifinal deste ano.O período mais estável do Goiás nos últimos tempos foi quando venceu sete jogos seguidos sem sofrer gol em nenhuma partida, na reta final da Série B do ano passado, e ficou a um ponto do acesso à Série A. O time era comandado por Vagner Mancini, que tinha intenção de ficar, inicialmente, mas não renovou contrato após divergências internas.Para comentaristas consultados pelo POPULAR, a instabilidade política é a principal explicação para o momento ruim do Goiás. “Quando qualquer empresa perde o comando, a tendência é fracassar. O Goiás perdeu o comando. Criou uma situação administrativa que não é colocada em prática. Se não houver uma reviravolta, um comandante que mostre a cara, vai continuar assim”, opinou o comentarista Evandro Gomes, da rádio CBN Goiânia.O presidente Aroldo Guidão e o diretor executivo Leonardo Pacheco não costumam aparecer publicamente. Leonardo Pacheco, inclusive, sequer foi apresentado pelo Goiás, mas ele trabalha no clube desde o final do ano passado.Leonardo Pacheco ocupa o cargo que foi deixado por Luciano Paciello em dezembro do ano passado. Enquanto o antecessor era atuante no futebol, o atual CEO cuida mais de outros assuntos do clube, como quando o Goiás precisou administrar o episódio em que um torcedor foi impedido de entrar na Serrinha com fones sem fio. Nos últimos meses, desde dezembro de 2024, o ex-presidente Paulo Rogério Pinheiro voltou a estar mais ativo nas decisões do Goiás com conselhos. Nesta semana, na terça-feira (18), ele fez uma reunião com jogadores antes do treino da equipe antes da semifinal da Copa Verde contra o Brasiliense. Foi a primeira vez que ele fez uma aparição pública no clube.Paulo Rogério Pinheiro não tem cargo na diretoria do Goiás, mas pretende voltar a ocupar posição de destaque no meio deste ano, mas não na direção executiva. Ele deve ser candidato para assumir a presidência do Conselho Deliberativo.O ano do Goiás ainda está longe de acabar. O clube terá a final da Copa Verde, contra o Paysandu, em abril, e a disputa da Série B. A equipe esmeraldina busca o acesso à Série A. É a principal meta da temporada. A competição vai ocorrer entre abril e novembro.Fora da Copa do Brasil deste ano, o que compromete receitas, além do desempenho técnico da equipe, o Goiás precisa ser campeão de pelo menos uma das duas competições que ainda tem na temporada para voltar ao endinheirado torneio nacional mata-mata em 2026.“Talvez esse novo fracasso (no Campeonato Goiano) dê uma chance para o clube se acertar no futebol. O Campeonato Brasileiro é longo, o sobe e desce acontece com frequência. Às vezes, o sucesso no Estadual é um convite para um tombo no Brasileiro”, acrescentou o comentarista José Roberto Silva, da Rádio CBN Goiânia.Neste ano, a Série B não terá clubes como Santos e Cruzeiro, que foram equipes de maior expressão que disputaram a competição nos últimos anos. Na teoria, a disputa deve ser mais aberta, sem grandes favoritos.“A Série B dá um tempo para se arrumar durante a competição. Claro que o Goiás vai precisar se apressar um pouco. Não chamaria essa edição de ‘a mais difícil’, até por essa ser uma edição sem os grandões da Série A para brigar por vaga. Não precisa ser campeão, mas não é tão simples estar entre os quatro. O Goiás precisa se ligar rápido”, alertou o jornalista Sérgio Xavier, do Sportv.O planejamento do Goiás é aproveitar as semanas livres antes da Série B para reformular o elenco. Os próximos dias devem ser marcados por saídas e chegadas de jogadores.

Goiás passa por fase ruim que nem vaga na final acalma

Futebol goiano

O atacante Pedrinho disse que não vê “falta de vontade” do elenco do Goiás. O jogador é um dos poucos criticados por parte da torcida, que tem protestado contra boa parte do plantel do time esmeraldino, além da diretoria e do técnico Jair Ventura.

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“Não vejo falta de vontade. Acaba que nem sempre funciona na técnica, mas não falta vontade do grupo. É um grupo que treina bastante e se dedica. Eu corro no meu máximo. Se for para dar carrinho de cabeça, eu vou fazer pelo fato de amar o Goiás desde que sou criança. Talvez isso dê a sensação que eu corro mais que os outros, mas o time inteiro se dedica”, justificou Pedrinho.

<div class="p-readmore-box" dir="ltr"><a href="https://opopular.com.br/esporte/goias-empresta-edson-carioca-para-o-mirassol-1.3243642" target="_blank">Goiás empresta Edson Carioca para o Mirassol</a></div>

O atacante, que tem três gols na temporada e lidera artilheira entre os atletas de linha (o goleador no ano é o goleiro Tadeu com cinco gols), saiu em defesa do técnico Jair Ventura. Pedrinho ganhou sua primeira chance no profissional sob comando do treinador, em 2022, na primeira passagem do técnico pelo Goiás.

“Foi ele que confiou em mim em 2022. Eu e a equipe confiamos no trabalho dele. Vamos dar a volta por cima, colocar o Goiás onde merece estar”, acrescentou Pedrinho, que entende que o período de treinos até o início da Série B será importante para correções de erros do ataque esmeraldino.

No ano, o clube tem média de 1,3 gols por partida. A questão é que o Goiás costuma ter volume ofensivo e não apresenta tantos problemas para criar jogadas para marcar gols, o que não ocorre com frequência e tem sido citado pelo técnico Jair Ventura em coletivas.

“É um conjunto. Não é só o treinador, somos um time. Temos que trabalhar mais. Vamos ter um período maior para nos dedicarmos, estávamos tendo um jogo atrás do outro e nem sempre conseguimos treinar. Com esse período maior vamos nos dedicar e acredito que vamos resolver os problemas do ataque”, opinou Pedrinho.

Pedrinho não vê "falta de vontade" no Goiás e diz que equipe vai "dar a volta por cima"

Futebol

O Goiás oficializou na manhã desta sexta-feira (21) o empréstimo do atacante Edson Carioca. O jogador de 27 anos, que tem contrato de três anos com o clube esmeraldino, será cedido por um ano para o Mirassol. Ele ficará no time paulista até o final do Paulistão de 2026.

Edson Carioca foi um dos 15 jogadores contratados pelo Goiás neste ano. Ele foi o único que acertou com vínculo de três temporadas (até o fim de 2027). Em campo, o atleta não desempenhou bom futebol. Foram 13 jogos (seis como titular), dois gols marcados na Copa Verde e duas expulsões.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/goias-n-o-bate-o-martelo-mas-ainda-cogita-mudancas-no-futebol-1.3243490">Goiás não bate o martelo, mas ainda cogita mudanças no futebol</a></div>

No Mirassol, Edson Carioca vai disputar a Série A neste ano, além do Paulistão e primeiras fases da Copa do Brasil em 2026.

Edson Carioca é o primeiro jogador que deixa o Goiás. A diretoria esmeraldina vai fazer uma reformulação no elenco e deve liberar pelo menos seis atletas. A lista ainda conta com o lateral esquerdo DG, o meia Vitinho e os atacantes Zé Hugo, Breno Herculano (único que deve ser vendido), Arthur Caíke e Facundo Barceló.

O Goiás também deseja encontrar um novo destino para o meia Régis, mas a atual lesão (entorse no tornozelo) do jogador pode mudar o cenário desta situação.

Goiás empresta Edson Carioca para o Mirassol

Mercado

A diretoria do Goiás ainda não descarta fazer mudanças no departamento de futebol e/ou comissão técnica antes do início da Série B e da final da Copa Verde. Nesta quarta-feira (20), o Conselho de Administração do clube esmeraldino se reuniu por horas. As principais pautas debatidas foram as possíveis demissões do diretor Lucas Andrino e do técnico Jair Ventura, que não foram confirmadas.O assunto, no entanto, segue em pauta. Ambos estão pressionados em seus respectivos cargos e a tendência é que a direção esmeraldina faça pelo menos uma mudança nos próximos dias.Valores de multas rescisórias e negociações em andamento com jogadores para a Série B são empecilhos, neste momento, para a direção do Goiás. A diretoria esmeraldina entende que pode administrar melhor a situação de ambos antes de tomar uma decisão que prejudique o planejamento do clube para a sequência da temporada.O técnico Jair Ventura e o diretor Lucas Andrino, inclusive, estiveram no CT Edmo Pinheiro, nesta quarta-feira, durante a reapresentação do elenco após a classificação à final da Copa Verde.Nesta quarta-feira, o Conselho de Administração, presidido por Aroldo Guidão, se reuniu com o diretor executivo Leonardo Pacheco. O encontro começou por volta das 10 horas da manhã e foi até o meio da tarde, sendo encerrada perto das 15 horas.A única decisão oficializada foi sobre o mando de campo da final da Copa Verde, contra o Paysandu, que vai ocorrer no estádio Serra Dourada - o clube esmeraldino manda suas partidas na Serrinha.O Goiás não joga como mandante no Serra Dourada desde 9 de agosto de 2023, quando perdeu para o Estudiantes, da Argentina, por 2 a 0, pelo jogo da volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. Contra uma equipe brasileira, a última partida do time alviverde como mandante foi na vitória de 3 a 2 sobre o Grêmio, no dia 8 de dezembro de 2019.Goiás e Paysandu vão se enfrentar na decisão da Copa Verde em abril. A ida, no dia 9, será em Belém/PA. O jogo da volta será no dia 23, no Serra Dourada.Entre os jogadores, há o desejo que a mudança no clube seja de comportamento. O volante Juninho defendeu a ideia que a fase ruim no Goiás só vai passar quando a postura dos atletas for outra.“Todo mundo tem que melhorar a postura. Se o torcedor cobra um, é porque nós como grupo estamos deixando um ou outro exposto. Precisamos nos unir mais, ser mais guerreiro, ter alma. Nunca vou deixar de correr, viver o futebol é meu sonho e vou me dedicar ao máximo. Nem sempre consigo, mas vou trabalhar para dar tudo em campo. Como grupo temos que ter uma postura melhor”, falou o jogador.O atacante Pedrinho, cria da base esmeraldina, disse que pelo fato de ser torcedor do Goiás e ter “nascido” no clube, ele sente um pouco mais o momento ruim do time. Para ele, em campo, a equipe alviverde tem de ser mais efetiva.“Não adianta, precisamos ser mais eficientes. Tem de fazer o gol. Eu como atacante assumo a responsabilidade. Quando marcar gols, as coisas vão acontecer para nós”, acrescentou Pedrinho.Com ou sem mudanças de impacto no futebol profissional, o Goiás terá pouco mais de duas semanas até a estreia da Série B. O time esmeraldino vai enfrentar o Amazonas, na Serrinha, entre os dias 4 e 6 de abril - data e horário oficiais ainda serão divulgados pela CBF.