Não era para ser diferente. A goleada de 4 a 0 sofrida pelo Atlético-GO para o Palmeiras, na noite desta quarta-feira (10), trouxe abatimento aos atleticanos. O placar elástico no Allianz Parque, em São Paulo, precisa ser rapidamente assimilado no clube até o jogo deste sábado (13), diante do Santos, no Estádio Antonio Accioly.Esta será preocupação do técnico do Dragão, Eduardo Souza. Ele tem consciência de que sofrer três derrotas seguidas, fora de casa, traz efeitos que podem ser mais negativos ainda e precisam ser atacados de frente.O resultado negativo também traz pressão sobre o trabalho do técnico interino, assim como o elenco certamente será bastante cobrado pelo presidente do rubro-negro, Adson Batista. O dirigente planejava manter o comando do elenco nas mãos de Eduardo Souza e do auxiliar, João Paulo Sanches, mas não será surpresa se houver mudança de rota nas últimas rodadas do Brasileirão."Temos de ter serenidade. Precisamos nos fortalecer. Teremos oito jogos e cinco serão no Accioly (com Santos, Juventude, Ceará, Bahia e Flamengo). Tenho certeza de que a nossa torcida será o diferencial. Disse que o campeonato é outro após a volta da torcida. O trabalho para levantar a cabeça é um só, é se apegar às coisas boas", recomendou o técnico do Dragão, citando resultados positivos como a vitória de virada sobre o Atlético-MG (2 a 1) e a obtida diante do Grêmio (2 a 0), no Estádio Antonio Accioly, onde o time atleticano precisará ser forte para conquistar a pontuação suficiente para garantir a permanência na Série A 2022 e, se possível, conquistar novamente a vaga na Sul-Americana.Eduardo Souza justificou a decisão de deixar Marlon Freitas no banco de reservas e só lançá-lo no segundo tempo, mas sem sucesso. A intenção foi evitar um desgaste físico do jogador e de preservá-lo para as rodadas seguintes. No começo do segundo tempo, Marlon Freitas não conseguiu evitar o toque de mão na bola, dentro da área. Após consulta ao VAR (arbitro de vídeo), o pênalti foi marcado pela arbitragem e resultou no terceiro gol, marcado por Gustavo Scarpa.O insucesso do time passou pelas chances de gol desperdiçadas no primeiro tempo, nos erros cometidos na marcação e no posicionamento. O Palmeiras abriu o placar no primeiro tempo, com Raphael Veiga, em jogada iniciada na reposição de bola do goleiro Weverton. Em toda a trajetória da jogada, os adversários estavam livres tanto na condução da bola quanto ao recebê-la."Quando você pega uma equipe de qualidade, como a do Palmeiras, não é fácil", lamentou o técnico. "A tônica do jogo foi essa. Começamos de forma equilibrada, mas não conseguimos fazer o gol e sofremos o gol", destacou Eduardo Souza, no jogo em que, aos 4 minutos, o atacante Ronald apareceu lançamento e livre, na frente do goleiro, desperdiçou a chance de abrir o placar. Quem não faz (gol), leva, ensina o velho ditado popular do futebol. O Palmeiras foi implacável e abriu o placar aos 14 minutos. E, desta forma, marcou os outros gols, sempre nas falhas atleticanas.