A principal obra no Autódromo Internacional de Goiânia para receber a MotoGP a partir de 2026, na pista da praça esportiva, vai começar até o final deste mês. O equipamento passa por ajustes profundos para sediar a categoria a partir de março do ano que vem. Esse processo é parte crucial para Goiânia receber a categoria, já que o circuito tem de ser homologado.O traçado da pista não será alterado, mas o asfalto vai ser integralmente novo. A atual pavimentação foi inserida na reforma que o autódromo recebeu entre 2013 e 2014. “O que vamos fazer é dar qualidade para o asfalto, que foi construído há mais de 10 anos. Não é apenas para a MotoGP. Vamos substituir toda a pista. Estamos conversando com a FIM (Federação Internacional de Motociclismo), mas será uma pista que poderá receber categorias como a Nascar e a Indy. Estamos conversando com algumas pessoas (sobre o desejo de negociar com novas categorias), ainda está em fase inicial, mas a pista ficará apta para outras provas. Colocaremos material para durar pelo menos 20 anos”, comentou o secretário de esportes, Rudson Guerra.Além do novo asfalto, a pista do autódromo ganhará reforços em recursos de segurança, como instalação de novas barreiras de proteção, novas grades em torno do autódromo, proteção de pneus e área de escape.“Tudo de fato vai começar agora a partir desta semana. A gente esperava esse evento, de lançamento, e agora os próximos seis meses vão ser focados na obra do autódromo para deixar em condição de homologação”, acrescentou Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport, que é a promotora da MotoGP do Brasil, referindo-se ao evento realizado nesta segunda-feira (17) com pilotos da categoria.A Brasil Motorsport é a empresa responsável por orientar a reforma no autódromo. O custo é do Governo de Goiás, que estima que as intervenções vão custar R$ 50 milhões, mas a promotora é quem faz determinações voltadas para como o equipamento esportivo deve ficar. Esse acordo está previsto no contrato entre o Governo de Goiás, a Dorna Sports (detentora dos direitos comerciais da MotoGP) e a Brasil Motorsport.Durante evento nesta segunda-feira (17), no autódromo, o governador Ronaldo Caiado brincou sobre o assunto e disse que quem tem de ser cobrado pela reforma é Alan Adler, CEO da Brasil Motorsport. “Toda parte de remodelar a pista, a responsabilidade é exatamente dele (Alan Adler), para não dizer amanhã, que o Governo de Goiás colocou aquela marca em tal lugar”, disse Ronaldo Caiado.“Estamos acompanhando (as obras). Temos uma equipe em contato permanente com a promotora, que está realizando as intervenções e tem muita experiência com a Fórmula 1. Tudo está saindo muito bem. Tenho certeza que Goiânia pode se tornar uma referência para eventos internacionais. É uma cidade fenomenal”, elogiou o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta.Neste momento, a reforma no autódromo está na fase de demolição interna. Nos boxes e camarotes (acima dos boxes), só a estrutura não foi abaixo, mas paredes internas foram destruídas. O próximo espaço a passar por intervenção é a torre de comando, que será demolida. Isso deve ocorrer até a próxima sexta-feira (21).“A torre é um prédio antigo. Sempre trabalhamos com autorização (do Corpo de Bombeiros), mas sempre pedem melhorias. Vamos construir um novo prédio. Nossa intenção é buscar novos eventos, então precisamos deixar todo o autódromo pronto para isso”, salientou Rudson Guerra.Não haverá construção de novas arquibancadas. A estimativa inicial é de que cerca de 150 mil pessoas compareçam em finais de semana de etapas em Goiânia. Arquibancadas provisórias serão instaladas pela Brasil Motorsport em torno do circuito para a MotoGP ou eventos maiores.Toda a reforma no autódromo deve ser concluída até outubro. Antes, entre julho e agosto, a previsão é que a pista já esteja pronta para receber a vistoria da FIM. Essa análise vai definir se o equipamento esportivo estará pronto para ser homologado para receber a MotoGP, por cinco anos, a partir de março de 2026. A previsão é que a primeira etapa seja disputada no dia 29 de março, um domingo.