O técnico Vagner Mancini disse que existe incômodo “muito grande” internamente para o Goiás voltar a vencer na Série B. O time esmeraldino, que é o 2º colocado com 45 pontos, está em sua maior sequência sem vitória - três jogos - na competição. A equipe busca reabilitação neste sábado (20), na Serrinha, contra o Paysandu.

“Óbvio que a gente está em momento que tem que ganhar, mas qual momento no campeonato que o time tem que ganhar? Sempre vai existir pressão para que a gente vença a partida. O Goiás é um time que tem que estar na Série A, existe uma incomodação muito grande (para voltar a vencer). Estamos em um momento que temos que voltar a ganhar”, falou o treinador, que não se vê pressionado no cargo por causa da sequência sem vitória.

“Eu sinceramente não paro para pensar sobre isso. A pressão existe todos os dias e não preciso da pressão externa. Me cobro todos os dias para ter uma boa performance, que a gente mostre algo diferente. A pressão existe e não estou preocupado com isso, estou mais focado no jogo, naquilo que pode representar pra gente. Quero encontrar soluções para a equipe jogar de maneira efetiva”, acrescentou.

O treinador terá quase um time de desfalques contra o Paysandu. São oito ausências. O atacante Pedrinho é o único desfalque por lesão. Ele se recupera de uma entorse no joelho direito.

O goleiro Thiago Rodrigues, o lateral esquerdo Lucas Lovat, os volantes Marcão e Gonzalo Freitas, o meia Benítez (por dois jogos), o meia-atacante Wellington Rato e o centroavante Anselmo Ramon serão ausências por suspensão.

Por causa disso, o treinador admite que há possibilidade do meia Brayann ser escalado como titular. “Uma das formações que fizemos ao longo da semana ele (Brayann) estava no time titular e em outra ele estava na reserva. Até o jogo vamos decidir, mas ele tem entrado bem. Nesse jogo contra o Coritiba, ele deu uma vida diferente para a gente. Ainda está se adaptando a forma como a gente joga, mas ele tem talento. Quem tem talento sempre leva vantagem sobre os outros”, elogiou.

O treinador esmeraldino descartou colocar responsabilidade em jovens da base neste momento da Série B. Por causa dos desfalques, Vagner Mancini deve relacionar atletas do time sub-20. “Eu vou jogar a responsabilidade em cima dos garotos? De forma alguma eu faria isso. Os garotos estarão no banco de reserva, mas é importante saber tratar por serem joias do clube”, justificou.

Contra o Paysandu, o Goiás busca encerrar sequência de três jogos sem vitória na Série B. O time empatou sem gols com o Coritiba e perdeu para o Botafogo-SP (3 a 2) e Avaí (2 a 1).

O Papão é lanterna da Série B, mas Vagner Mancini acredita que isso não muda a necessidade de atenção do Goiás. “Estamos falando de um jogo contra o último colocado e o campeonato nos mostrou que esse mesmo último colocado ganhou de cinco (5 a 2) do Coritiba, fora de casa. Futebol não é tão simples, não é a matemática que dois mais dois é igual a quatro. Nós temos que entender o momento, montar&nbsp; um time que dê liga e busque nosso objetivo”, afirmou.

Vagner Mancini admite incômodo com sequência do Goiás sem vitória e diz não pensar em pressão: "Estou focado no jogo"

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Série B

O Atlético-GO pretende ampliar neste sábado (20), contra o Remo, em Belém, a melhor sequência na Série B. O Dragão não perde há quatro rodadas, obteve duas vitórias e dois empates, somou oito pontos nos 12 disputados e teve um aproveitamento de 66,6% no recorte.

A atual sequência invicta foi construída após empates com Cuiabá (2 a 2) e Novorizontino (1 a 1), além das vitórias sobre o Amazonas (2 a 0) e Avaí (2 a 1). Estes resultados criam nos atleticanos a expectativa de que a competitividade e a capacidade para pontuar sobre adversários fortes podem ajudar o rubro-negro no Estádio Baenão, a casa do Remo.&nbsp;

Neste sábado (20), o Atlético-GO voltará a enfrentar o Remo no Baenão após 27 anos do último confronto disputado entre ambos e vencido pelo clube paraense (3 a 2) no dia 6 de setembro de 1998, em jogo válido pela fase de inicial (grupos) da Série B.&nbsp;

Como as duas agremiações tiveram rumos distintos nas temporadas seguintes, só voltaram a medir forças nesta temporada. No 1º turno da Série B, os clubes empataram por 1 a 1, em Goiânia, no estádio Antônio Accioly, há quatro meses, no dia 18 de maio, pela 8ª rodada.

A formação do Dragão, na partida em 1998, contou com Helder; Jeovânio (Leandro), Adinan, Wanderson, Zezé (Romerito); Relber, Babau, Magrão, Lindomar; Dias e Oscar (Ditinho).&nbsp;

Os gols foram de Zezé e Lindomar, enquanto Anderson, Argeu Sabiá e Tarcísio fizeram para o time local.&nbsp;

O treinador atleticano era José Galli Neto, que morreu recentemente, no dia 9 de julho. Naquele ano, o Atlético-GO foi rebaixado à Série C, acrescentando mais um capítulo negativo à fase de decadência na qual o clube mergulhou até 2005.&nbsp;

Agora, 28 anos depois, o Atlético-GO joga para melhorar os números e a posição na tabela. Em termos de sequência invicta, o Dragão obteve uma anterior, no 1º turno, que supera a alcançada recentemente.&nbsp;

A equipe ficou cinco rodadas na Série B sem derrotas, mas o aproveitamento foi inferior - quatro empates nas partidas diante do Cuiabá, Amazonas, Remo (ambos por 1 a 1) e Avaí (0 a 0). A única vitória foi de 1 a 0 sobre o Novorizontino. Foram sete pontos, com aproveitamento de 46,6%. Coincidentemente, os adversários foram os mesmos que o time enfrenta no atual recorte da competição.

A boa sequência contrasta com a posição do clube na tabela - 13º lugar (35 pontos) e a seis pontos da Chapecoense (41 pontos), time que fecha a faixa do acesso (G4) antes do início da 27ª rodada.&nbsp;

Entre o Dragão e a Chape, há oito clubes no miolo e na briga para terem melhores colocações na tabela. Isso dificulta as projeções atleticanas de brigar pelo acesso. “Precisamos ganhar jogos. É o que precisamos fazer”, apontou recentemente o técnico Rafael Lacerda.&nbsp;

Segundo ele, somente vencendo os jogos, a cada rodada, é que vai tornar possível falar em algo mais otimista nas rodadas finais. Mas se bater o Remo (39 pontos), o Dragão encostará no adversário paraense na tabela.

Uma mudança será obrigatória, na estratégia de Rafael Lacerda, para enfrentar o Remo. O meia Robert, autor de quatro gols na Série B e um dos bons valores do Dragão, está suspenso com três cartões amarelos.&nbsp;

Taticamente, o treinador pode optar por formação mais forte na marcação ou mudar o posicionamento no setor ofensivo, povoando o meio de campo e atuando com dois atacantes, por exemplo.

O técnico não definiu quem será o substituto de Robert, mas há candidatos: Radsley (meia que veio do Retrô-PE e que tem entrado no segundo tempo dos jogos), Kauan (misto de segundo volante e armador, atuou em boa parte das partidas), o volante sírio-argentino Ezequiel Ham (caso o treinador queira um tripé de marcadores no meio de campo, ao lado de Luizão e Ronald) e até o recém-contratado Danielzinho (emprestado pelo Maringá-PR, entrou na etapa final na vitória sobre o Avaí).

Atlético-GO tenta ampliar série invicta em palco que não joga desde 1998

O Vila Nova terá a oportunidade de repetir a escalação pela 1ª vez desde que o técnico Paulo Turra foi contratado. Além disso, seria algo inédito para o time na Série B. Todos os 11 jogadores que começaram a partida diante do Remo estão à disposição para o confronto contra o Athletico-PR, no próximo domingo (21).

A última vez que o Vila Nova repetiu a escalação ocorreu em três jogos consecutivos nos dias 9, 13 e 16 de março de 2025. Nesse período, o Tigre venceu o Goiás por 1 a 0 na Serrinha, pela ida da semifinal do Goianão, goleou o Rio Branco-VN por 6 a 0 no Serra Dourada, pela 2ª fase da Copa do Brasil, e empatou em 0 a 0 com o Goiás no Serra Dourada, pela volta da semifinal do Goianão.

Nessas partidas, a escalação colorada foi: Halls; Elias, Bernardo Schappo, Tiago Pagnussat e Willian Formiga; João Vieira, Arilson e Diego Torres; Júnior Todinho, Gabriel Poveda e Vinícius Paiva. O técnico era Rafael Lacerda, hoje no Atlético-GO.

Após o empate em 1 a 1 com o Remo na rodada passada, Paulo Turra destacou que a equipe enfim tinha a “cara do treinador”, mesmo que o resultado positivo no OBA não tenha aparecido. A tendência é de que ele mantenha o mesmo time titular para tentar superar o Athletico-PR na Arena da Baixada (Ligga Arena).

Contra o Remo, a escalação inicial foi: Halls; Pedro Romano, Tiago Pagnussat, Weverton e Higor; João Vieira, Igor Henrique e Dodô; Elias, Gabriel Poveda e Guilherme Parede.

Nessa formação, o zagueiro Pedro Romano atuou como lateral direito e Elias, que joga em tal posição, foi avançado para a ala com o intuito de apoiar o ataque.

Porém, em determinados momentos do jogo, Pedro Romano recuava para formar esquema de três zagueiros, o que mais variações táticas para Paulo Turra ao longo da partida. Todos os jogadores estão à disposição para começar o duelo contra o Furacão, se assim o técnico do Vila Nova desejar.

Entre eles, apenas o lateral esquerdo Higor está pendurado e tem chance de ficar de fora do jogo seguinte se levar um cartão amarelo. Desde que chegou, Paulo Turra não teve a oportunidade de repetir a mesma escalação do duelo anterior, quase sempre por causa de suspensão.

Contra o Goiás, o atacante Ruan Ribeiro foi desfalque. Contra o Botafogo-SP, os atacantes Júnior Todinho e Guilherme Parede ficaram de fora. Contra a Chapecoense, o lateral esquerdo Willian Formiga e o atacante Vinícius Paiva estavam indisponíveis, além do zagueiro Weverton, que havia sido expulso no duelo anterior. Contra o Athletic-MG, o goleiro Halls e o volante João Vieira amargaram o terceiro cartão amarelo.

Já contra o Remo, as mudanças foram os retornos de Halls e João Vieira nas vagas de Kozlinski e Nathan Melo, e as entradas de Pedro Romano e Gabriel Poveda nos lugares de Júnior Todinho (por opção) e Bruno Mendes (machucado).

Vila Nova tem a oportunidade de repetir escalação pela 1ª vez nesta Série B

Formação

O Goiás está focado na corrida pelo acesso à Série A, mas uma das observações de mercado do clube goiano é a situação do atacante Edson Carioca. O jogador de 28 anos é um dos destaques do Mirassol, principal surpresa do futebol brasileiro em 2025, e despertou interesses de outras equipes, o que pode render valor milionário ao time esmeraldino.

Edson Carioca possui contrato com o Goiás até o fim de 2027, mas foi emprestado, em março, ao Mirassol até o final do Campeonato Paulista de 2026. No clube do interior de São Paulo, o atacante reencontrou seu melhor momento e é um dos destaques da equipe na Série A.

O atacante foi cedido por empréstimo com cláusula de opção de compra ao Mirassol. O clube paulista ainda não definiu se fará oferta para contratar Edson Carioca em definitivo, mas o assunto é avaliado. O time do interior de São Paulo precisa informar ao Goiás se vai exercer o direito de compra até o final deste ano.

Há esse acordo entre os clubes, para que o Mirassol comunique se vai ou não exercer a opção de compra, por entender que a janela do final do ano é a melhor oportunidade para uma possível transferência - no cenário que o time paulista não exerça a compra, o Goiás pode ouvir propostas de outras equipes.

O Goiás não divulga oficialmente o valor estipulado para que o Mirassol compre o atacante em definitivo, mas o POPULAR apurou que o montante é de R$ 2 milhões, por 70% dos direitos do jogador. Edson Carioca foi contratado junto ao Azuriz-PR por cerca de R$ 750 mil.

O estafe de Edson Carioca ainda não recebeu nenhuma proposta pelo atleta, mas foi sondado por outras equipes nos últimos meses. O Goiás soube de algumas sondagens, mas também não recebeu nenhuma proposta e reconhece que isso pode ocorrer no final do ano.

Neste momento, não há nenhuma definição sobre o futuro do atacante, mas existe a possibilidade dele não retornar ao Goiás após o período de empréstimo.

Edson Carioca foi uma das primeiras contratações do Goiás para a temporada de 2025. O jogador foi uma indicação do técnico Jair Ventura, que comandou o time esmeraldino no início deste ano. Eles também trabalharam juntos no Juventude, em 2024, na Série A.

O atacante não teve boa adaptação ao clube esmeraldino. No início do ano, Edson Carioca foi um dos principais alvos de críticas em relação ao desempenho no Campeonato Goiano e Copa Verde.

Sem clima, o jogador foi emprestado ao Mirassol até o final do Paulistão de 2026. O clube paulista disputa sua primeira Série A na história e faz campanha histórica.

Após 22 partidas, o Mirassol praticamente garantiu permanência na elite por já ter 39 pontos - a equipe tem um jogo atrasado, contra o Fluminense, em casa.&nbsp;

Além disso, o clube do interior de São Paulo ocupa a 4ª colocação, com três pontos à frente do Botafogo, 5º, e, neste momento, está em posição que garante vaga direta à fase de grupos da Copa Libertadores de 2026.

O time paulista perdeu apenas três vezes na Série A e só fica atrás do líder Flamengo em número de derrotas (o clube carioca perdeu duas vezes).

Nesta campanha, Edson Carioca é um dos destaques. O atacante disputou 20 partidas no Brasileirão, marcou quatro gols e distribuiu duas assistências. Ele foi titular em 15 ocasiões e só foi utilizado como reserva no início da Série A, três partidas, e em outros dois jogos quando retornou de lesões.

Diferente do cenário encontrado pelo jogador no Goiás, o Mirassol possui proposta de jogo que favoreceu o bom desempenho de Edson Carioca.

No clube goiano, especialmente no Estadual, havia a cobrança de jogo propositivo, mais ofensivo. Na avaliação do estafe do atleta, seu futebol funciona melhor quando a ideia é ter proposta de transição, mais reativa, como ocorre em alguns cenários encontrados pelo time paulista na Série A.

O jogador estava lesionado, com problema muscular na posterior, e voltou a jogar na última quarta-feira (17), no empate heróico diante do Botafogo. O Mirassol perdia por 3 a 0, no primeiro tempo, e buscou a igualdade na etapa final. Edson Carioca não participou diretamente de gols, mas atuou em 22 minutos no duelo válido pela 12ª rodada, que havia sido adiado por causa de compromissos do time carioca na Copa do Mundo de clubes.

Goiás monitora Edson Carioca e pode receber valor milionário com possível venda

Mercado

O volante Ronald, de 22 anos, chegou ao Atlético-GO há menos de um mês, recebeu a camisa de titular e tem sido elogiado após três atuações, nas quais o time atleticano venceu duas vezes e empatou outra. Em evolução técnica e tática no Dragão, o jogador afirma que a equipe buscará mais um bom resultado neste sábado (20), em Belém, contra o Remo.&nbsp;

Segundo ele, a ordem é jogar em busca da segunda vitória seguida, assim como o time fez na virada (2 a 1) sobre o Avaí, terça-feira (16). O rubro-negro faz campanha de recuperação no returno, soma 35 pontos, mas se vê distante do G4. O jogador diz que o elenco tem assimilado bem o trabalho do técnico Rafael Lacerda.

"O Atlético-GO entra em todo jogo para ganhar. Temos nossos objetivos na tabela, igual aos outros times, que também têm. Entramos para ganhar, estamos recebendo todas as informações do professor (Rafael) Lacerda, estamos conseguindo absorvê-las da melhor forma possível e tenho certeza de que, no Pará, vamos conseguir uma grande partida e trazer um bom resultado para Goiânia", explicou o atleta.

O Remo soma 39 pontos, à frente do Dragão (35 pontos). O time paraense é o que mais empatou nesta Série B (12 vezes) e precisa pontuar em casa para ficar numa boa posição na briga pelo acesso. Na opinião de Ronald, o Atlético-GO precisa repetir o nível de atuação alcançado no triunfo sobre o Avaí.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;

"Todos sabem da qualidade do Remo. É uma grande equipe, está na parte de cima da tabela. Então, com certeza será um jogo dificílimo. Temos de fazer tudo o que fizemos no último jogo, contra o Avaí. Temos de repetir. Esta tem de ser a nossa régua, entrar concentrados e trazer um grande resultado para Goiânia", disse.

O propósito atleticano será buscar um resultado positivo fora, apesar de reconhecer que o fator casa costuma ser predominante na Série B. Como visitante, o Dragão venceu só uma vez fora - 1 a 0 sobre o Athletico-PR, no 1º turno.

"Todo jogo da Série B é difícil, tanto dentro de casa quanto fora. As torcidas vão em peso apoiar os times quando jogam em casa. Sabemos que não será fácil, mas estaremos preparados para fazer um grande jogo e buscar nossos objetivos", destacou Ronald.