O técnico Vagner Mancini disse que a semana do Goiás depois da derrota no clássico para o Vila Nova foi “tumultuada emocionalmente”. Algumas conversas e cobranças foram feitas, da direção ao técnico e do treinador ao elenco.

“Foi uma semana, que obviamente por ter sido depois do clássico, foi tumultuada emocionalmente Algumas coisas tiveram que ser faladas, assim como a gente age após derrotas. Passamos uma régua e pensamos no América-MG”, comentou o treinador.

Na quarta-feira (20), o treinador fez cobranças ao elenco antes do treino no CT Edmo Pinheiro e também conversou individualmente com o meia-atacante Wellington Rato. Sem detalhar o que foi dito nos diálogos, Vagner Mancini confirmou que o tom foi de cobranças.

“Não vou abrir o que converso no dia a dia, por ter coisa que tem que ficar ali. Teve cobrança. Eu fui cobrado após o clássico e falo com sinceridade, eu não precisaria ter sido cobrado por me cobrar o suficiente. Sei quando nossa equipe joga bem e quando não joga. A cobrança existe, procuro ter um grupo fechado. Foram conversas mais ríspidas e algumas descontraídas. O importante é que saibam que representam uma instituição e precisam fazer o máximo”, falou Vagner Mancini sobre a conversa coletiva que teve na quarta-feira.

Especificamente sobre o diálogo com Wellington Rato, que durou cerca de três minutos, Vagner Mancini falou que houve cobrança ao jogador.

“A cobrança em cima do Rato existiu. Foi muito mais em função do que ele encontra de dificuldade na equipe. Assim como Titi e Moraes, ele já chegou na equipe e não teve tempo de entender preparação e esquema tático. Às vezes tem que atacar o emocional do cara. Tudo voltará ao normal se vencer o jogo de sábado”, acrescentou o treinador do Goiás.

Para o jogo contra o América-MG, Vagner Mancini não contará com o zagueiro Lucas Ribeiro (lesão muscular) e os atacantes Pedrinho (transição) e Anselmo Ramon (suspenso).

“Temos que ganhar a partida. O ganhar bem é um ‘plus’ que neste momento não sei se estamos emocionalmente preparados. O momento agora é voltar a ganhar, isso vai gerar confiança para o próximo jogo. Voltar a vencer depois de uma derrota no clássico não é fácil, estarei satisfeito com uma vitória simples que possa nos restabelecer e continuar na briga pelo título”, falou Vagner Mancini sobre a busca pela reabilitação imediata na Série B.

Vagner Mancini fala em semana "tumultuada emocionalmente" no Goiás e revela cobrança aos jogadores

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Pré-jogo

O técnico Paulo Turra prevê o crescimento do Vila Nova na sequência da Série B, principalmente com o período livre entre jogos. Depois de bater o Goiás no sábado (16) passado, o time colorado volta a campo apenas na segunda-feira (25). A partida seguinte, contra a Chapecoense, será uma semana depois (1º de setembro).

“A semana livre nos ajuda não só a manter (agressividade e intensidade), como podemos evoluir. Quando cheguei aqui, tínhamos 18 jogos, hoje são 16. Com toda estrutura e jogos a cada cinco dias, estamos no paraíso. Não tem desculpa para manter e aumentar a rotação. Quem não evoluir, vai ficar para trás. Essa é minha linha de trabalho”, comentou o treinador, que venceu os dois primeiros jogos pelo Vila Nova.

O treinador completa neste domingo (24) duas semanas desde o acerto com o Vila Nova. O treinador disse que percebeu mudanças no clube e entre jogadores após sua chegada.

“Tudo mudou para mais. Estou muito feliz pela receptividade, com o entendimento que o Vila teve e está tendo em relação ao meu trabalho, aos protocolos de treinos e dia a dia. Estou feliz, mas a minha felicidade é até aqui. Para continuar, temos que ter mais em todos os aspectos, nos treinos e jogos. A exigência é alta. O clube nos dá suporte para potencializar o que fizemos nos dois primeiros jogos”, acrescentou o treinador.

Contra o Botafogo-SP, o técnico Paulo Turra deve relacionar o centroavante Gabriel Poveda. O jogador concluiu recuperação após lesão muscular. Segundo o treinador, o jogador é mais um que pode evoluir sob seu comando, após ele recuperar jogadores como Ralf, Weverton, Tiago Pagnussat e João Vieira.

“Ele (Poveda) já está recuperado e com o processo de treino que começou a fazer nesta semana no campo, vai se recuperar ainda mais. Vamos potencializar o Poveda, ele tem margem para, em pouco tempo, ficar ainda melhor. É jogador de referência e está com muita vontade. Ele pediu para treinar, ele está com vontade. Não tenho dúvida que vamos potencializar o jogador com nossos métodos”, disse Paulo Turra.

O treinador fez questão de dizer que o Vila Nova vai “ignorar” a colocação do Botafogo-SP, que briga contra o rebaixamento e ocupa a 18ª colocação. Paulo Turra cobrou atenção e respeito em relação ao próximo adversário do Tigre na Série B.

“Não quero nem saber sobre a posição na tabela. Quero uma equipe intensa, agressiva e com ideia de jogo. Vamos respeitar o adversário, a posição na tabela não diz nada e temos que jogar para buscar a vitória”, afirmou o treinador colorado.

Com semanas livres, Paulo Turra prevê crescimento no Vila Nova: "Quem não evoluir, vai ficar para trás"

Série B

A semana no Goiás foi um pouco diferente da habitual e marcada por reuniões em tom de cobranças após a derrota no clássico para o Vila Nova, na última rodada da Série B. O desempenho ruim da equipe e o tabu sem vitória contra o principal rival incomodaram a direção esmeraldina, que fez reuniões com o departamento de futebol e com a comissão técnica.

As reuniões ocorreram entre segunda-feira (18) e terça-feira (19). Os dirigentes do Conselho de Administração e do Conselho Deliberativo se reuniram com o diretor de futebol Lucas Andrino e fizeram cobranças por melhor desempenho da equipe na sequência da Série B. Essa informação foi divulgada pelo jornalista André Rodrigues e confirmada pelo POPULAR.

As cobranças também chegaram aos atletas, por meio da comissão técnica liderada por Vagner Mancini e também do diretor de futebol Lucas Andrino.&nbsp;

Na segunda (18), os próprios jogadores repercutiram o desempenho no clássico e o pedido, por parte dos líderes do elenco, como Tadeu, Juninho e Messias, foi de mudança de postura em campo.&nbsp;

Ter mais agressividade nas divididas e mais atenção em momentos cruciais das partidas, como inícios e finais dos tempos de jogo. No clássico contra o Vila Nova, o time colorado abriu o placar com 34 segundos de jogo.

Na quarta-feira, o treinador conversou por cerca de sete minutos com os atletas antes do treino começar. Lucas Andrino esteve presente na roda de conversa. Depois, Vagner Mancini conversou individualmente com o meia-atacante Wellington Rato.

As cobranças foram mais intensas do que o habitual. Sempre após os jogos, jogadores debatem o que podem melhorar, a comissão técnica alinha situações com o elenco e a diretoria costuma estar presente nas atividades e mantém relação próxima com o departamento de futebol.&nbsp;

O tom, no entanto, mudou e foi mais firme no sentido de evolução de desempenho e resposta rápida na Série B após a derrota para o Vila Nova - foi o 10º jogo seguido entre as equipes que o Goiás não venceu o rival colorado.

Para afastar qualquer possibilidade de crise na Série B, o Goiás busca reabilitação em jogos seguidos como mandante. No sábado (23), o time esmeraldino enfrenta o América-MG. Na semana seguinte (sábado, dia 30), o desafio será contra o Botafogo-SP.

O Goiás é o vice-líder da Série B com 41 pontos, um ponto atrás do líder Coritiba e sete à frente do Remo, que é o 5º colocado.

Semana do Goiás é marcada por reuniões e cobranças após derrota no clássico

Climão

O meia Shaylon e o Atlético-GO encerraram, nesta quinta-feira (21), a relação de três anos e sete meses marcada por títulos, gols importantes, alguns pênaltis desperdiçados e as críticas da torcida atleticana, por último. Porém, o jogador deixa o Dragão com legado de profissionalismo, boa convivência com funcionários e colegas de trabalho e uma das passagens mais longas dos últimos atletas que passaram pelo clube no período de reconstrução atleticana, a partir do final de 2005.O destino de Shaylon será o Mirassol-SP, caçula e sensação da Série A nacional - 6º colocado no Brasileirão. A expectativa é de que ele possa respirar novos ares no interior paulista e recuperar o bom futebol apresentado no Atlético-GO.“Shaylon teve o momento dele. Foi importante. Mas, com o tempo, foi se desgastando. Neste momento, a saída foi boa para ele”, comentou o presidente do Atlético-GO, Adson Batista. Segundo o dirigente, a fase e os resultados ruins do time não podem ser atribuídos ao camisa 10. O dirigente lembrou que Shaylon poderia ter deixado antes o clube. “Sempre confiei nele, na qualidade técnica e fui verdadeiro. Não posso jogar na conta dele os insucessos (do time). Ninguém faz nada sozinho nem pode ser culpado sozinho”, acrescentou o presidente, que sempre fez questão de elogiar o profissionalismo do atleta e a confiança de que pudesse voltar a jogar em alto nível. Fato é que a relação deu muito certo no começo. A história não é confirmada, mas há evidências de que Shaylon já estava acertado para voltar ao Goiás, em 2022, inclusive com a camisa de apresentação pronta, quando houve o interesse atleticano. Houve o acordo, a mudança de rota e o acerto de Adson Batista na contratação. Tanto que Shaylon foi o único titular do time nos três títulos do inédito tri do Campeonato Goiano(2022, 23 e 24).Na primeira temporada (2022) pelo Atlético-GO, Shaylon atuou numa das melhores formações do time, ao lado de Ronaldo, Dudu, Wellington Rato, Gabriel Baralhas, Marlon Freitas, Jorginho e Luiz Fernando, que voltou ao clube a partir de maio daquele ano. O clube foi campeão do Goianão com vitória na Serrinha (3 a 1) sobre o Goiás e um belo gol de Shaylon, ao driblar Tadeu com o “rolinho” e finalizar quase sem ângulo.Aquela equipe foi rebaixada na Série A, mas deixou saudades. Shaylon também fez golaço de perna direita sobre o Defensa Y Justicia (Argentina) pela Copa Sul-Americana.Em 2023, o meia teve boas atuações no Goianão, foi bicampeão, mas desperdiçou pênalti na final contra o Goiás (defendido pelo goleiro Tadeu). Ele se recuperou do erro, atuou em grande nível e, ao lado de Baralhas, Ronaldo, Luiz Fernando, Gustavo Coutinho e Alix Vinícius, conquistou o acesso à Série A com o chamado “returno perfeito” na Série B daquele ano.Na temporada passada (2024), as assistências e os gols foram decisivos para o tri do Estadual. Shaylon teve números superiores ao do belga Kevin De Bruyne, segundo o site Sofascore, no início daquele ano. Em entrevista exclusiva ao POPULAR, ele se lembrou das origens no futsal, da importância dos pais, Jaci e Diana Cardozo, professora de Educação Física e ex-jogadora de futsal, na formação dele.Porém, Luiz Fernando terminou o Estadual pelo segundo ano seguido como artilheiro, além de ter sido eleito o melhor jogador da edição, tirando nas rodadas finais a premiação que poderia ser de Shaylon. Ele nunca falou abertamente, mas ficou abatido.A situação piorou quando, na estreia na Série A, com o Serra Dourado lotado, errou outro pênalti – a bola bateu na trave no jogo em que o Dragão perdeu do Flamengo (2 a 1). O time foi rebaixado na Série A de 2024. No recomeço, em 2025, o camisa 10 perdeu outra penalidade, na estreia do Estadual, no empate (0 a 0) com a Jataiense. Voltou a bater mal na decisão de vaga na Copa do Brasil, diante do ASA-AL (1 a 1 e vitória atleticana 6 a 5 nos pênaltis).Além da temporada não estar boa, Shaylon ainda sofreu a pior lesão muscular na carreira, na rodada inicial da Série B, na vitória de 4 a 2 sobre o Athletic-MG. Foram quase dois meses inativo, mas ele conseguiu se recuperar clinicamente. Só que o bom futebol não foi repetido. Por isso, houve a negociação para a saída amigável dele do clube, no qual atuou 193 vezes e marcou 34 gols, com direito a postagem carinhosa nas redes sociais do Atlético-GO. Sem o meia, que também atuou como ala esquerdo e atacante de lado, a vaga de substituto fica em aberto, apesar de Robert ter atuado com a camisa 10. O Dragão se reforçou com o meia-atacante Jean Dias, tem o meia Ariel e, desde a tarde desta quinta-feira (21), passou a ter o meia Radsley no elenco.

Shaylon deixa o Atlético-GO com legado de gols, assistências e títulos, além de fases ruins

Passagem

O Vila Nova se destaca na Série B entre os times que mais tiveram jogos sem sofrer gol na competição. A equipe colorada, com as recentes vitórias sobre Paysandu (1 a 0) e Goiás (2 a 0), chegou à nona partida sem ter a defesa vazada após 22 rodadas.

O único time que tem número melhor que o Vila Nova na Série B é o líder Coritiba, que não sofreu gol em 12 jogos na Série B.

A equipe colorada é a 2º colocada na lista ao lado de outros times: Avaí, Novorizontino e Operário-PR. Todos também não tiveram a defesa vazada em nove ocasiões - veja a lista completa no final deste texto.

Sob comando do técnico Paulo Turra, o Vila Nova voltou a ter jogos consecutivos sem ter a defesa vazada. A estreia do treinador foi com vitória de 1 a 0, contra o Paysandu, fora de casa, em 11 de agosto. No jogo seguinte, no dia 16 de agosto, o Tigre bateu o rival Goiás, por 2 a 0, no OBA.

Nesta Série B, o maior número de jogos seguidos do Vila Nova sem sofrer gols foi de três partidas. É justamente a sequência que o Tigre vai iniciar a partir da próxima rodada.

No 1º turno, entre as rodadas 4 e 6, o clube goiano venceu o Botafogo-SP por 2 a 0 e ganhou, ambos os jogos por 1 a 0, de Chapecoense e Athletic-MG.

Depois dessa sequência, o Vila Nova jogou 14 partidas, sofreu 17 gols e a defesa só passou em branco em três ocasiões.

A sequência de nove partidas começou com a vitória de 1 a 0 sobre o Paysandu, na 2ª rodada. Ocorreu a trinca contra Botafogo-SP, Chapecoense e Athletic-MG (rodadas 4 a 6).

Posteriormente, foram oito jogos com o Vila Nova sofrendo pelo menos um gol até a vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-GO, na 14ª rodada. O Tigre teve um empate sem gols com o Operário-PR (16ª rodada) e uma vitória de 2 a 0 sobre o CRB (18ª rodada), antes da atual sequência.

Ampliando a comparação com desempenho de equipes de todas as divisões do Campeonato Brasileiro (incluindo A, C e D), apenas dez clubes (entre 128) estão à frente do Vila Nova.

Na Série A, os clubes são Flamengo (11 jogos), Botafogo e Cruzeiro (10 jogos). Na Série B, o Coritiba (12 jogos). Na Série C, o Náutico registrou 13 partidas sem ter a defesa vazada. É o mesmo número do ASA, que está na Série D. Os dois times são os que possuem os melhores números no quesito.

Ainda na Série D, Inter de Limeira, Rio Branco-ES, Tuna Luso, Central-PE tiveram dez jogos na competição sem ter a defesa vazada.

O técnico Paulo Turra conseguiu recuperar o bom desempenho defensivo com ajustes de comportamento dos atletas. O treinador tem destacado que cobra agressividade e intensidade em todos os lances, mas também promoveu a entrada do experiente volante Ralf, que ajudou a aumentar a segurança defensiva do Vila Nova à frente da linha de defesa.

Na zaga, o treinador só fez uma alteração em relação ao quarteto considerado titular: Weverton ganhou a vaga de Walisson Maia, que ficou indisponível contra Paysandu e Goiás por tratar um problema muscular. Os dois, inclusive, disputam posição para o jogo da próxima segunda-feira (25), contra o Botafogo-SP, fora de casa.

Mais partidas sem sofrer gols entre times da Série B 
12 jogos: Coritiba 
9 jogos: Avaí, Vila Nova, Novorizontino e Operário-PR 
8 jogos: CRB 
7 jogos: Atlético-GO, Chapecoense, Criciúma, Cuiabá, Goiás e Volta Redonda 
6 jogos: Ferroviária e Remo 
5 jogos: Botafogo-SP e Paysandu 
4 jogos: Amazonas 
3 jogos: América-MG, Athletic-MG e Athletico-PR