Pela primeira vez depois de nove jogos, o Vila Nova terminou os 90 minutos de uma partida sem sofrer gols. Entre as razões para alcançar essa marca, adquirida na vitória por 1 a 0 sobre o Amazonas no último final de semana, está a escolha do técnico Umberto Louzer por outro zagueiro no miolo defensivo, em uma formação diferente da época de Paulo Turra.

Antes do jogo contra o Amazonas, no OBA, pela 32ª rodada da Série B, o Vila Nova vinha de nove jogos sem vencer. Em todos eles, o time adversário balançou as redes. Além disso, em quatro desses jogos, contra Botafogo-SP, Chapecoense, Athletico-PR e Cuiabá, o Tigre foi vazado duas vezes na mesma partida.

Desde que chegou, Umberto Louzer já havia demonstrado preocupação com o aspecto defensivo. No início do trabalho do técnico anterior, Paulo Turra, o Vila Nova passou os dois primeiros jogos sem sofrer gols, nas vitórias sobre Paysandu (1 a 0) e Goiás (2 a 0). Porém, a partir dali a equipe perdeu a solidez, um dos principais motivos pelos quais despencou na tabela de classificação da Segundona.

No início do ano, a defesa era a principal característica do time montado por Rafael Lacerda, atualmente no rival Atlético-GO. Depois disso, nas nove partidas de Luizinho Lopes à frente do Vila Nova, o time sofreu pelo menos um gol em seis dessas partidas, incluindo uma goleada de 3 a 0 para o América-MG, em pleno OBA.

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Paulo Turra também não conseguiu corrigir essa parte, com a utilização de formações com três zagueiros ou até mesmo cinco defensores. Nos oito jogos do técnico à frente do Tigre, a defesa mudou constantemente. O zagueiro Tiago Pagnussat foi o único que atuou como titular em todas elas, enquanto o goleiro Halls só não jogou em uma, por suspensão.

Quanto aos outros defensores, Weverton e Elias foram titulares seis vezes cada, Pedro Romano e Higor cinco, Willian Formiga três e Walisson Maia dois. Naturalmente, algumas dessas mudanças foram inevitáveis, por causa de suspensões ou lesões, mas outras foram por opção do treinador e o fato é que a defesa era o setor mais imprevisível da equipe.

Na estreia de Umberto Louzer, no empate contra o Criciúma (1 a 1), o técnico mandou a campo uma defesa com Halls, Elias, Tiago Pagnussat, Weverton e Willian Formiga, apostando em uma formação defensiva mais tradicional de dois laterais e dois zagueiros formando a linha de quatro.

No duelo seguinte, no empate contra o América-MG (1 a 1), o treinador precisou mudar as peças devido às suspensões de Elias e Weverton. Pedro Romano foi improvisado na lateral direita e Walisson Maia entrou na zaga.

Contra o Amazonas, Elias e Weverton voltaram de suspensão, mas Umberto Louzer optou por escalar Pedro Romano em sua função de origem como zagueiro, com Elias na lateral direita e Weverton no banco de reservas. A escolha deu resultado, tendo em vista que o Vila Nova venceu, não foi vazado e o gol da vitória ainda foi marcado por Pedro Romano.

A tendência é de que a defesa siga a mesma no clássico contra o Atlético-GO, no próximo final de semana. Sem suspensos e lesionados nesse setor, o Vila Nova deve repetir a defesa pela primeira vez desde o empate em 2 a 2 com o Cuiabá, ainda com Paulo Turra, quando o treinador repetiu a formação da derrota por 2 a 0 contra o Athletico-PR, com Halls, Pedro Romano, Tiago Pagnussat e Weverton na defesa, e Elias e Higor atuando como alas.

Vila Nova estanca crise defensiva e pode repetir setor no clássico contra o Atlético-GO

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