Soberano e implacável no primeiro tempo, o Vila Nova se tornou, <a href="https://opopular.com.br/esporte/vila-nova-goleia-e-elimina-a-aparecidense-e-faz-final-do-goian-o-contra-o-atletico-go-1.3122721">na noite desta quarta-feira (27), o segundo finalista do Campeonato Goiano</a> e garantiu o direito de decidir o título com o Atlético-GO em dois jogos, no último domingo de março (dia 31) e no primeiro domingo do próximo mês (7 de abril). O Vila Nova obteveu o que parecia distante: a goleada sobre a Aparecidense, por 3 a 0, no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA), numa jornada em que tudo deu certo para o lado vilanovense.

O time alvirrubro reverteu a vantagem do adversário, que havia vencido por 2 a 0 na ida, com dois gols até 15 minutos do primeiro tempo. Pois o Vila marcou duas vezes no mesmo intervalo de jogo – gols do atacante Alesson, aos 11 minutos, e do meia Estevão, aos 15 minutos – e tratou de definir a vaga aos 40 minutos da etapa inicial, na conclusão de Henrique Almeida, uma das novidades da formação preparada pelo técnico Márcio Fernandes.

Contestado assim que foi anunciado pelo clube, no dia 18 de março, Márcio Fernandes voltou para buscar o 4º título pelo Vila Nova. Foi bicampeão da Série C (2015 e 2020) e campeão da Divisão de Acesso do Goianão (2015). Em dez dias, o técnico garantiu o clube na semifinal da Copa Verde ao eliminar o rival, o Goiás, e colocou o time na final, diante do Atlético-GO, após três anos distante da disputa do título do Estadual – a última decisão foi em 2021, em que foi vice-campeão.

Cabelos grisalhos, voz pausada e com jeito tranquilo à beira do campo de jogo, Márcio Fernandes vai preparar aquele tempero especial, que parece saber como poucos fazer, para trazer de volta o título do Goianão ao OBA. A última conquista do clube se deu há 19 anos, em 2005. Márcio Fernandes e um valente time, com novidades na defesa, no meio e no ataque, devolveram o sorriso e a esperança aos vilanovenses.

Estevão, que perdeu a avó, Antônia, na madrugada desta quarta-feira (27), chorou ao marcar o segundo gol do Vila Nova, aos 15 minutos. Chorou ajoelhado. Henrique Almeida, outro renegado, ganhou a titularidade, fez duas assistências, para os gols de Alesson e Estevão, e fechou a goleada aos 40 minutos, depois de passe de Alesson.

<img attr-cid="policy:1.3122771" attr-version="policy:1.3122771:1711589164" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3122771/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Estevão chora após marcar o 2º gol: meia perdeu a avó (Wesley Costa / O Popular)

&nbsp;

Márcio Fernandes ousou e acertou. Sacou os experientes zagueiro Anderson Conceição, lateral esquerdo Roberto e atacante Fernandão, além de ter o desfalque do meia Naninho. Deu sorte e deu certo. Agora, terá o desafio de reverter outro quadro adverso, que é o favoritismo do Atlético-GO, que disputará o segundo e último jogo em casa, no Bairro de Campinas, em busca do inédito tricampeonato consecutivo para o clube.

<img attr-cid="policy:1.3122770" attr-version="policy:1.3122770:1711589163" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3122770/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Henrique Almeida celebra ao marcar o 3º gol do Vila Nova (Wesley Costa / O Popular)

&nbsp;

Nesta quinta-feira (28), a torcida vilanovense amanhecerá com aquele sorriso, que estava contido. Poderá comemorar duplamente. Além de conquistar o direito de decidir o título do Goianão com o Atlético-GO, a data remete a outro momento mágico do clube – a vitória de 5 a 3 no clássico com o Goiás, há 25 anos. Uma das viradas, ou a principal virada do clube, ocorreu no dia 28 de março de 1999.

Há 25 anos, o Tigre perdia de 3 a 0 para o Goiás (gols de Alex Dias, Aloísio e Fernandão), mas buscou no segundo tempo uma reação que parecia impossível. De time goleado até então, mudou o rumo do clássico, no Serra Dourada lotado. Venceu por 5 a 3, com gols de Anderson Barbosa (2), Luisão, Leonardo Valença e Luciano (1 gol cada).

&nbsp;

Final direta inédita

Pela primeira vez o Vila Nova disputará uma final direta com o Atlético-GO. Os dois times se tornaram ferrenhos adversários nos últimos anos, mais nos bastidores do que dentro de campo, justamente porque não fizeram decisões. Ano passado, houve muitas provocações nos dois clássicos da Série B – empate de 1 a 1 no Bairro de Campinas e virada vermelha na volta (2 a 1), recolocando o Vila Nova em condições de buscar o acesso à Série A.

No final, os atleticanos sorriram com a volta à elite nacional e provocaram os vilanovenses, que choraram uma de suas piores derrotas – 3 a 2 para o rebaixado ABC-RN, na última rodada da Série B.

&nbsp;

História

Alvirrubros e rubro-negros fecharam duas vezes o Goianão brigando pelo título. Em 1970, o Goiânia também tinha chances de ser campeão, mas o empate de 0 a 0 no clássico no Estádio Olímpico garantiu o troféu ao Atlético-GO. No dia 12 de agosto de 1979, em outra igualdade sem gol, no Serra Dourada, houve alegria da torcida do Vila Nova na última rodada do hexagonal final, contra o Dragão. Cada lado festejou a conquista de uma edição do Estadual em contexto contra o rival.

No total, o Dragão tem 17 títulos, contra 15 conquistados pelos vilanovenses. O Atlético-GO busca o inédito tricampeonato, enquanto o alvirrubro sonha em voltar aos dias de festas e de conquistas, como nos tempos do primeiro tri (1961, 62 e 63) e do histórico tetra (1997 a 80).

Os dois clubes vão se enfrentar em dois clássicos decisivos e que prometem emoções, dentro e fora de campo. Nos últimos anos, disputaram semifinais, nas quais o Atlético-GO se deu melhor: em 2019 (empate de 1 a 1 e vitória de 1 a 0 no Accioly, em jogo no qual houve uma briga generalizada no gramado e que foi parar num distrito policial); e em 2022 (triunfo atleticano por 3 a 2 em casa e empate de 1 a 1 no OBA, com gol de cavadinha de Wellington Rato).

Vila Nova faz final direta inédita contra o Atlético-GO

Esporte

Esporte - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Esporte

Estadual

A vitória do Goiás, de virada, sobre o Atlético-GO no sábado (31) não só isolou o time esmeraldino na liderança da Série B como encerrou com a incômoda sequência de 11 clássicos sem vitória contra os principais rivais. A equipe alviverde não ganhava um duelo contra Dragão ou Vila Nova desde 9 de abril de 2023.

O triunfo que encerrou o jejum foi conquistado de maneira emocionante. O Atlético-GO jogou melhor durante boa parte do 1º tempo do duelo no estádio Antônio Accioly e abriu o placar com o zagueiro Alix depois de cobrança de escanteio. Ainda na etapa inicial, o atacante Anselmo Ramon empatou e o goleiro Tadeu virou após cobrança de pênalti.

A incômoda sequência do Goiás em clássicos teve seis derrotas e cinco empates. A última vitória contra Atlético-GO ou Vila Nova tinha sido no jogo da volta da final do Campeonato Goiano de 2023, quando o time esmeraldino fez 3 a 1 no Dragão. Foi a decisão estadual que a equipe rubro-negra conquistou o título nos pênaltis.

O Goiás ainda tem um tabu em clássicos para ser quebrado, esse especificamente diante do Vila Nova. A equipe colorada não perde para o rival esmeraldino há nove partidas. É a maior sequência sem triunfo alviverde na história do confronto.

Veja a lista do tabu em clássicos quebrada pelo Goiás: 
21/1/2024 - Goianão: Atlético-GO 0x0 Goiás 
4/2/2024 - Goianão: Goiás 0x0 Vila Nova 
20/3/2024 - Copa Verde: Vila Nova 1x0 Goiás 
24/3/2024 - Copa Verde: Goiás 1x1 Vila Nova 
23/6/2024 - Série B: Vila Nova 1x0 Goiás 
13/10/2024 - Série B: Goiás 0x1 Vila Nova 
2/2/2025 - Goianão: Vila Nova 1x0 Goiás 
9/2/2025 - Goianão: Goiás 1x2 Atlético-GO 
9/3/2025 - Goianão: Goiás 0x1 Vila Nova 
16/3/2025 - Goianão: Vila Nova 0x0 Goiás 
17/4/2025 - Série B: Goiás 2x2 Vila Nova 
31/5/2025 - Série B: Atlético-GO 1x2 Goiás (fim da sequência sem vitória)

Goiás não vencia clássicos contra principais rivais há mais de dois anos

Tabu quebrado

O técnico Fábio Matias disse que a derrota do Atlético-GO para o Goiás “dói demais”, mas afastou clima de tristeza e confia que o Dragão mudará seu momento na Série B. Neste sábado (31), o time esmeraldino ganhou de 2 a 1, de virada, no estádio Antônio Accioly, e o clube rubro-negro pode terminar a 10ª rodada a dois pontos da zona de rebaixamento à Série B.

“Resultado dói demais. Dói para o torcedor, que compareceu, aplaudiu e vibrou o tempo inteiro. Mas faz parte. Estou há dois jogos, dez a 12 dias e talvez tenha sido o maior volume ofensivo (do Atlético-GO) em casa. Justamente contra o líder, clássico contra o Goiás. Nós vamos trabalhar para sair desse momento”, afirmou o treinador que ainda não venceu sob comando do Dragão.

O técnico também comentou a polêmica da partida: o pênalti marcado para o Goiás. No lance, já nos acréscimos do primeiro tempo, Ruan Teixeira e Rafael Gava disputaram a bola dentro da área. O lateral do Atlético-GO caiu após se chocar com o volante do Goiás e tocou na bola com as mãos.

O VAR Thiago Duarte Peixoto orientou a revisão do lance, e Flávio Rodrigues de Souza marcou o pênalti que foi convertido pelo goleiro Tadeu.

“É um lance que tem uma falta embaixo e em cima. O jogador (Ruan)&nbsp; não caiu porque quis na área. O pé do adversário tocou no nosso jogador e ele caiu em cima da bola. A resposta que me deram é que houve contato, mas não foi tão grande. Não sei o que isso significa”, declarou o treinador rubro-negro.

Fábio Matias definiu como brilhante o início do clássico do Atlético-GO, que dominou todas as ações da partida e abriu o placar aos nove minutos.&nbsp;

“Fizemos 25 minutos brilhantes, que a gente fez o gol e criou duas outras chances. Sofremos o gol em uma série de erros nossos, isso não inibiu nosso time. Só tornou o jogo mais equilibrado”, analisou o técnico do Atlético-GO.

Em má fase na Série B, o Atlético-GO, que é o 14º colocado, pode perder duas posições no complemento da 10ª rodada e terminar a jornada a dois pontos da zona de rebaixamento à Série C.

O Atlético-GO volta a campo no domingo (8) da próxima semana. O Dragão encara o Athletico-PR, na Ligga Arena, a partir das 18 horas, pela 11ª rodada da Série B.

Técnico do Atlético-GO diz que derrota no clássico "dói demais", mas confia em recuperação na Série B

Lado rubro-negro

Atlético-GO x Goiás

O goleiro Tadeu brilhou na noite deste sábado (31) e foi determinante para a vitória, de virada, do Goiás diante do Atlético-GO no estádio Antônio Accioly. O defensor marcou o segundo gol do triunfo de 2 a 1 do time esmeraldino e ainda fez pelo menos quatro grandes defesas para segurar o ataque do Dragão - Alix fez para o time rubro-negro e Anselmo Ramon marcou o outro tento alviverde no clássico válido pela 10ª rodada.

Com o resultado, o Goiás segue cada vez mais líder da Série B. O time esmeraldino chegou aos 23 pontos após dez partidas e mantém o topo da competição, de maneira consecutiva, desde a 7ª rodada.

O Atlético-GO, que abriu o placar e fez bom primeiro tempo no clássico, segue a má fase de resultados. O Dragão permanece com 11 pontos, ocupa a 14ª colocação e pode terminar a 10ª rodada a dois pontos da zona de rebaixamento à Série C.

Atlético-GO e Goiás terão a semana livre e voltam a campo no próximo domingo (8), pela 11ª rodada da Série B.

O Goiás joga primeiro. Às 16 horas, o time esmeraldino enfrenta o Volta Redonda, na Serrinha. A partida pode marcar a estreia do meia Martín Benítez pelo clube alviverde.

Logo na sequência, a partir das 18 horas, o Atlético-GO visita o Athletico-PR, na Ligga Arena. Será o primeiro duelo do Dragão contra o atacante Luiz Fernando, ídolo da equipe que deixou o clube no final do ano passado e acertou com o Furacão.

Leia o resumo do clássico no Accioly 
O Atlético-GO, mais pressionado, começou o jogo com tudo e dominou todas as ações da partida nos primeiros dez minutos. O ímpeto ofensivo resultou em gol no melhor estilo do rival Goiás. Aos nove minutos, Robert cobrou escanteio com categoria e o zagueiro Alix desviou para abrir o placar no Accioly e colocar o Dragão em vantagem no clássico.

Foi o primeiro gol marcado pelo Atlético-GO depois de uma cobrança de escanteio, que é uma das armas ofensivas do Goiás na Série B.

<img attr-cid="policy:1.3271786" attr-version="policy:1.3271786:1748735460" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3271786/WhatsApp Image 2025-05-31 at 19.47.05.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Jogadores do Atlético-GO abraçam o zagueiro Alix Vinicius que abriu o placar no Accioly (Fábio Lima)

O Dragão não diminuiu o ritmo e continuou jogando para frente. Além do bom início ofensivo, o Atlético-GO anulou os principais jogadores do Goiás que não conseguiram responder aos consecutivos ataques da equipe rubro-negra.

Aos 20 minutos, quase o segundo. Depois de cobrança de falta, o atacante Sandro Lima fez bonito gol de peixinho. O gol, no entanto, foi anulado pela arbitragem em campo por impedimento do camisa 9 e confirmado pelo VAR.

O Goiás não fazia bom jogo no Accioly, mas em um momento de desconcentração da defesa do Atlético-GO chegou ao gol de empate no clássico. Aos 30 minutos, Juninho aproveitou corte errado da defesa do Dragão, dominou na ponta direita e cruzou na medida para o centroavante Anselmo Ramon, que livre no meio da área, só tirou do goleiro Lucas Barreto que fez sua estreia como profissional: 1 a 1.

<img attr-cid="policy:1.3271788" attr-version="policy:1.3271788:1748735549" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3271788/WhatsApp Image 2025-05-31 at 19.46.58 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Momento em que o goleiro Lucas Barreto tenta afastar o chute de Anselmo Ramon, que fez o gol de empate no Accioly (Fábio Lima)

O jogo que era todo favorável para o Atlético-GO no começo da partida, mudou completamente após o empate do Goiás. O time esmeraldino cresceu no jogo e criou mais chances ofensivas, enquanto o Dragão passou a ter dificuldades.

Nos acréscimos da etapa inicial o VAR foi acionado no Accioly. Em dividida entre Ruan Ribeiro e Rafael Gava, o lateral do Atlético-GO caiu dentro da área e colocou a mão na bola. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi orientado pelo VAR Thiago Duarte Peixoto a revisar o lance e marcou pênalti para o gol. Aos 51 minutos, Tadeu bateu e converteu para virar o placar para o Goiás.

Após o gol, Tadeu beijou o escudo do Goiás na celebração do gol. Ele foi empurrado por jogadores do Atlético-GO e uma confusão começou no gramado. Após alguns instantes, o goleiro e o meia Robert receberam cartões amarelos.

Foi o primeiro gol do goleiro Tadeu em um clássico. Ele tinha marcado nove gols antes deste sábado diante do Ceará (duas vezes), Brusque, Chapecoense, Goiatuba, Anápolis, Rio Branco/ES, Goianésia e Brasiliense.

O goleiro Tadeu seguiu como destaque da partida no retorno do intervalo. O Atlético-GO voltou mais ligado e criou duas boas chances para marcar novamente, mas parou no defensor esmeraldino. Primeiro com Federico Martínez e depois com Rhaldney. Ambos os lances foram gerados após erros do zagueiro Anthony, que foi substituído pelo técnico Vagner Mancini na sequência - o volante Marcão foi improvisado na zaga.

<div attr-cid="policy:1.3271789" attr-version="policy:1.3271789:1748735626" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3271789" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3271789', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3271789">Atlético-GO x Goiás (1.3271789)</a></div>

O Atlético-GO seguiu melhor na partida e quase chegou ao empate aos 30 minutos. Em cobrança de falta de Alejo Cruz, o lateral Guilherme Romão cabeceou à queima-roupa para um milagre do goleiro Tadeu. O defensor tirou a bola em cima da linha, em lance de duas defesas seguidas, já que no rebote ele parou nova tentativa do rubro-negro.

Novamente, Tadeu salvou o Goiás. Aos 35 minutos, em cruzamento de Guilherme Romão, o atacante Alejo Cruz apareceu livre dentro da área e cabeceou no canto esquerdo do goleiro esmeraldino que fez novamente mais uma grande defesa no Accioly.&nbsp;

FICHA TÉCNICA 
Campeonato Brasileiro Série B - 10ª rodada 
Jogo: Atlético-GO 1x2 Goiás 
Local: estádio Antônio Accioly (Goiânia/GO) 
Data: 31/5/2025 
Horário: 18h30

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza/SP 
Assistentes: Alex Ang Ribeiro/SP e Luiz Alberto Andrini Nogueira/SP 
VAR: Thiago Duarte Peixoto/SP

ATLÉTICO-GO: Lucas Barreto; Ruan Teixeira, Alix, Matheus Felipe, Conrado (Guilherme Romão); Rhaldney (Alejo Cruz), Willian Maranhão, Robert (Kauan); Marcelinho (Caio Dantas), Sandro Lima e Federico Martínez (Willian Pottker). Técnico: Fábio Matias.

GOIÁS: Tadeu; Diego Caito, Anthony (Gonzalo Freitas), Luiz Felipe, Willean Lepo (Lucas Lovat); Marcão, Juninho, Rafael Gava (Baldória); Welliton Matheus (Jajá), Anselmo Ramon e Pedrinho (Arthur Caíke). Técnico: Vagner Mancini.&nbsp;

Gols: Alix, aos 9 minutos (Atlético-GO), Anselmo Ramon, aos 30 minutos (Goiás), Tadeu, aos 51 minutos do 1º tempo (Goiás)

Cartões amarelos: Luiz Felipe, Tadeu, Diego Caito (Goiás), Robert, Ruan Teixeira, Guilherme Romão (Atlético-GO)

Expulsão: Murtosa supervisor do Atlético-GO

Tadeu brilha, Goiás vence Atlético-GO em clássico quente e segue líder da Série B

Jogão

O clássico Atlético-GO e Goiás, no começo da noite deste sábado (31), às 18h30, reacende e fomenta as divergências e diferenças entre os dois clubes que mais se rivalizaram no futebol goiano a partir de 2006.

O quinto clássico entre rubro-negros e esmeraldinos pela Série B tem uma particularidade neste final de semana. Será disputado, pela primeira vez nessa competição, no Estádio Antônio Accioly. Os quatro encontros anteriores ocorreram nos Estádios Serra Dourada e Olímpico.

As duas equipes já se enfrentaram pela Série A, Campeonato Goiano, Copa do Brasil (em 2022) e por outros torneios regionais. Decidiram títulos, fizeram jogos memoráveis e polêmicos, mas, pela Série B, tiveram apenas quatro embates (dois em 2016 e outra metade em 2018).

Os resultados dos quatro clássicos na Série B coincidiram com as campanhas dos clubes na sequência da competição - os vencedores conquistaram o acesso à elite nacional ao término daquelas temporadas: 2016, ano em que o Dragão foi campeão, e 2018, temporada do acesso esmeraldino, quando rivalizou com Atlético-GO e o Vila Nova, fortes adversários naquele ano.

Nos quatro clássicos da Segundona nacional, o Goiás venceu duas vezes (3 a 1 e 2 a 1, em 2018), enquanto o time atleticano foi melhor em 2016 (trunfo de 4 a 2), além de um empate (2 a 2) há nove anos. Ou seja, os resultados tiveram impacto no decorrer daquelas edições da Série B.

Na quinta vez em que Atlético-GO e Goiás medem forças na Segundona, o atual momento é favorável ao alviverde, que lidera a Série B (20 pontos) e, mesmo que seja derrotado pelo Dragão, permanecerá na dianteira até a rodada seguinte (11ª). O time atleticano está na segunda página da tabela (11 pontos), mas trabalha com a perspectiva de engatar sequência de vitórias, pois teve cinco empates.

Será que a coincidência dos resultados pode se repetir novamente em 2025 e indicar como os dois times terminarão a Série B?

As temporadas nas quais Atlético-GO e Goiás estiveram juntos, na Série B, indicam a sequência favorável ao vencedor. O Dragão, versão 2016, empatou uma vez e venceu outro jogo sobre o Goiás, fez campanha de regularidade e conquistou o principal título em 88 anos de história. A equipe alviverde confirmou, nas duas vezes em que foi superior ao time atleticano, o acesso à Série A de 2019 - terminou em 4º lugar.

Em 2016, nos primeiros embates de ambos na Série B, uma particularidade marcou o clássico - o ex-goleiro Márcio foi titular pelo Atlético-GO no primeiro deles (2 a 2) e, no returno, se transferiu para o Goiás e sofreu com o ataque atleticano (4 a 2) no reencontro com o ex-clube. Na igualdade (2 a 2), destaque para o atacante Alison Mira, autor do dois gols rubro-negros, confirmando que o clube tinha reservas que, ao entrarem no time, não deixavam o ritmo cair.&nbsp;

Alison, na ocasião, jogou no lugar de Júnior Viçosa, jogador que caiu de produção e precisou de uma reunião com a direção e o técnico Marcelo Cabo para recuperar o foco. Rossi e Léo Lima (pênalti) fizeram os gols do Goiás. O resultado garantiu o Dragão na vice-liderança (29 pontos), atrás do Vasco (31 pontos). O alviverde patinava na 16ª posição (15 pontos).

Na 34ª rodada, o Atlético-GO foi superior ao Goiás, bateu de 4 a 2 em tarde de gols de Luiz Fernando (dois) e Pedro Bambu (um gol e assistência para o Talismã), além de gol contra de David Duarte - Walter e Léo Gamalho descontaram.

Pela primeira vez, a torcida atleticana fez festa antecipada de acesso. Silva, volante reserva, não se conteve e carregou no gramado a letra “A” entregue por um torcedor, enquanto alguns dirigentes tentavam segurar a euforia. Na rodada seguinte, novo triunfo (3 a 2 fora, sobre o Londrina-PR) carimbou o acesso à Série A.

O Goiás também soube tirar proveito do pós-clássico em 2018, no Olímpico. Foram duas vitórias, seis pontos e jogos de recuperação. Vitória de 3 a 1 no 1º turno - gols de Felipe Gedoz (um) e Lucão do Break (dois), enquanto Júnior Brandão abriu o placar para o Dragão - na tarde em que Michael, ao entrar no lugar de Maranhão, começou a despontar.

No terceiro gol, Michael fez o zagueiro Lucas Rocha dançar dentro da área até fazer a assistência para Lucão do Break. As comemorações do atacante, girando o corpo sobre uma das mãos, eram atração à parte. No clássico, o goleiro Marcelo Rangel se sentiu mal, foi substituído por Marcos (ex-Atlético-GO) e abriu uma lacuna na meta esmeraldina até o fim da competição.

Até aquele clássico, o Goiás chegou a segurar a lanterna, mas acelerou sob comando do tranquilo técnico Ney Franco, decisivo para que, de um time desacreditado e com um jogador na reserva (Michael), o Goiás se tornasse forte na Série B, saindo da última colocação para o 4º lugar (acesso).

No segundo clássico, pela 27ª rodada, o Dragão saiu à frente de novo - gol de João Paulo -, mas o Goiás reagiu e virou com gols de Michael e Lucão do Break. Os dois clubes brigavam pelo G4, mas o alviverde saltou à frente (45 pontos, em 3º lugar) do Dragão (43 pontos, em 4º lugar) naquele momento.