No dia seguinte ao resultado desastroso no jogo de ida da final do Campeonato Goiano - derrota por 2 a 0 para o Anápolis -, o Vila Nova vive um ambiente de blindagem interna e foco total em reverter o resultado no próximo final de semana. A reapresentação dos atletas ocorreu nesta segunda-feira (24), no CT Vila do Tigre, e os treinamentos seguem normalmente até o próximo sábado (29), véspera do jogo decisivo.

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No último domingo (23), no Jonas Duarte, o Vila Nova foi derrotado pelo Anápolis por 2 a 0, mesmo atuando durante boa parte do confronto com um jogador a mais, e saiu em desvantagem na briga pelo título do Goianão. Para o diretor de futebol colorado, Alarcon Pacheco, o cronograma continua igual.

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“Estamos trabalhando da mesma forma que sempre trabalhamos e buscamos. Confiantes em uma reversão de resultado, sabemos que temos potencial. O jogo nos credencia a isso. Sabemos que fizemos uma partida boa e faltou, é claro, o gol. Em um momento de deslize nosso, nós tomamos os dois gols”, declarou ao POPULAR.

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O elenco treinou na tarde desta segunda (24). Entre terça (25) e sábado (29), as atividades serão realizadas pela manhã. Internamente, a estratégia é de blindar elenco e comissão técnica - a única entrevista antes do duelo decisivo, por exemplo, está marcada para a sexta-feira (28), em coletiva com o treinador Rafael Lacerda.

“Estamos fazendo uma semana em que vamos lutar, trabalhar mais, mais e mais e fazer o que nos interessa, que é ser campeão”, complementou Alarcon Pacheco.

Apesar do resultado negativo na ida, a expectativa da diretoria é de que o Serra Dourada tenha boa presença de torcedores no próximo domingo (30), às 17 horas, quando acontece a partida de volta da final do Estadual.

Na última atualização do clube, às 18h33 desta segunda-feira (24), 4.530 ingressos tinham sido vendidos para vilanovenses, e 1.470 para torcedores do Anápolis.

“O torcedor do Vila é um apaixonado, está sofrendo conosco por conta do resultado, mas sabemos da força. Mostrou-se hoje (segunda-feira), pelo primeiro dia de vendas, a confiança que o torcedor tem. É claro que ele está sentido pelo resultado, mas acreditamos muito na presença do nosso torcedor, que tem nos ajudado a chegar até aqui. Eles têm feito a diferença”, disse o diretor de futebol.

Para ficar com o título do Goianão e encerrar um jejum que perdura desde 2005, ano da mais recente conquista estadual, o Vila Nova precisará vencer o Anápolis por pelo menos dois gols de diferença para forçar a disputa de pênaltis. Se ganhar por pelo menos três gols de diferença, leva a taça no tempo normal.

Vila Nova inicia semana com elenco blindado e discurso de confiança em virada

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Goianão

Neste sábado (29), na véspera do jogo contra o Anápolis pela volta da final do Goianão, o Vila Nova anunciou que os ingressos estão esgotados para a partida, mas reservou 500 bilhetes para novos sócios.

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A capacidade máxima do Serra Dourada, que receberá o confronto decisivo, é de 38.412 lugares. A informação foi confirmada pelo POPULAR em contato com a assessoria de imprensa do Vila Nova e da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer do Estado de Goiás (Seel Goiás).

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Neste momento, o Vila Nova já vendeu 37.912 ingressos, incluindo o setor de arquibancadas, cadeiras e visitantes. Os últimos 500 bilhetes disponíveis são para torcedores que fizerem uma nova adesão no Sócio Tigrão, programa de sócio-torcedor do clube.

Para conquistar o título do Goianão, o Vila Nova terá de reverter uma desvantagem de dois gols, após perder por 2 a 0 para o Anápolis no jogo de ida da final, no Jonas Duarte. O duelo está marcado para esse domingo (30), às 17 horas, no Serra Dourada.

Vila Nova anuncia ingressos esgotados para final, mas reserva 500 pra adesões de sócios

Vai lotar

O atacante Igor Cássio, de 26 anos, marcou seis gols pelo Anápolis no Campeonato Goiano. Não se trata de um número expressivo para um goleador na disputa de uma competição com 17 rodadas, mas o jogador do Galo da Comarca está próximo de garantir para o clube a artilharia do Goianão, o que não ocorre desde 1981. Além disso, pode igualar Nelson Parrila, que teve duas honrarias há 60 anos.

Naquela temporada, há 44 anos, o artilheiro do Campeonato Goiano foi Zé Amaro, com 27 gols. Detalhe: o atacante foi ameaçado de perto pelo centroavante Sávio, ídolo da rival Anapolina. Ele chegou com a competição em andamento e anotou 23 gols.

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O futebol da cidade estava em alta no Estado, pois o Anápolis foi 3º colocado no Goianão de 1980, enquanto a Rubra perdeu o título de 1981, para o Goiás, no tapetão.

Antes, a Xata havia sido vice-campeã da Taça de Prata e disputou a Taça de Ouro em 1982. Zé Amaro conseguiu aquele feito, em 1981. Antes, o atacante Divino fechou o Estadual de 1979 como artilheiro (13 gols) pelo Anápolis.

O principal goleador do Anápolis, no Goianão, é o paulista Nelson Parrila, por duas vezes seguidas o artilheiro do Estadual: 1965 (16 gols) e 1966 (17 gols).

Parrila teve a honraria dos gols, da idolatria e do título conquistado pelo Galo da Comarca em 1965, assim que chegou ao clube. A façanha dele poderá ser igualada por Igor Cássio - terminar como artilheiro e campeão do Estadual.

O Anápolis decide o Goianão contra o Vila Nova no próximo domingo (30), a partir das 17 horas, no Estádio Serra Dourada. O tricolor está em vatagem porque, no jogo de ida da decisão, venceu por 2 a 0 no Jonas Duarte. A equipe pode até perder por um gol de diferença para ser campeã. Se perder por dois gols de diferença, vai decidir nos pênaltis.

Igor Cássio pode repetir Nelson Parrila, artilheiro e campeão pelo Anápolis há 60 anos

Goleador

No início da carreira, aos 20 anos, o zagueiro Victor Oliveira viveu a emoção de uma das finais de Campeonato Goiano mais emblemáticas: a vitória do Atlético-GO (1 a 0) sobre o Goiás, no Estádio Serra Dourada, no dia 13 de abril de 2014. O Dragão foi campeão com gol de cabeça de Lino aos 48 minutos da etapa final, quando o alviverde poderia festejar o tri do Goianão - era bi (2012 e 2013).

Poucos dias antes de completar 11 anos daquela façanha, Anápolis e Victor Oliveira vivem a expectativa de uma conquista histórica, pois o Galo da Comarca ganhou a elite do Estadual só uma vez, em 1965, e nunca pôde festejar um título no Estádio Serra Dourada.

“Foi um ano (2014) marcante. Fiz a minha estreia como profissional, eu era escalado quando Thiago Feltri (lateral esquerdo) estava contundido e, aí, pude ganhar o meu primeiro título. Agora, quero ganhar novamente, não só para mim, mas para o clube (Anápolis) e a torcida. A cidade (Anápolis) está envolvida, a torcida também”, frisou o zagueiro e um dos líderes do elenco do Anápolis, que abriu vantagem de 2 a 0 na partida de ida, no último domingo (23), no Estádio Jonas Duarte.

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Naquele ano de improvisação na lateral esquerda do Atlético-GO, Victor Oliveira marcou gol sobre a Aparecidense (2 a 0), no Goianão, e fez outro gol sobre o Paraná (2 a 1), pela Série B - um dos mais bonitos da campanha atleticana. O jogador também tem boas lembranças da convivência com o ex-zagueiro Lino, que morreu dez anos depois - dia 14 de abril de 2024.

“Ele (Lino) era um paizão para mim. Dividíamos quarto na concentração. O Lino, mais experiente. Eu, no início (carreira). Em campo, ele (Lino) atuava pelo lado esquerdo (zaga) e me orientava quando eu jogava na lateral esquerda”, relembrou Victor Oliveira.

No primeiro jogo da final com o Goiás (0 a 0), Victor entrou no lugar de Thiago Feltri nos minutos finais. Conquistou o primeiro de uma série de seis títulos: depois vieram o bi da Liga Nacional da Moldávia (2016/17 e 17/18) e campeão da Copa da Moldávia (16/17) pelo Sheriff, ganhou o Maranhense no Sampaio Corrêa (2021) e o mais recente, o do Interior (2025) pelo Anápolis, já garantido neste Goianão.

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Em casa, pois a família mora em Goiânia, Victor promete se entregar para garantir outra taça. Aliás, podem ser três - do Interior, do Estadual e o Troféu Leonino Caiado com imagem do Serra Dourada - se o Galo da Comarca for campeão.

O título do Estadual, a improvisação na lateral, a passagem pelo Atlético-GO e 26 jogos disputados ajudaram na formação de Victor Oliveira. Do estreante em 2014, agora ele é um ponto de experiência do Anápolis. Fez gol sobre o Goiânia (4 a 1), se contundiu no primeiro jogo da semifinal (2 a 2 com o Atlético-GO) e foi substituído. Mas voltou muito bem na vitória (2 a 0) sobre o Vila Nova.

Pela estatura (1,90m), o zagueiro é uma das referências defensivas pelo alto. “Estou imaginando um jogo bastante difícil. O Vila virá com tudo, mas temos um ataque forte. O Anápolis não tem o perfil para jogar de forma defensiva”, explicou o zagueiro.

Na carreira e nas passagens pelo exterior - Moldávia e Tailândia -, Victor Oliveira também aproveitou o tempo livre para adquirir conhecimentos. No Atlético-GO, era conhecido pelo domínio do inglês, pois havia cursado o idioma na adolescência. Ao se transferir para o Sherriff (Moldávia), Victor Oliveira teve de aprender a viver num país onde há mais de uma língua - o romeno é uma delas, mas também se fala russo.

“Estudei russo (idioma), aprendi o alfabeto (russo), eu consigo me comunicar e sei escrever (russo). Sei o básico”, revelou o zagueiro. Na Tailândia, o atleta buscou o aprendizado do tailandês para se comunicar e conviver com os moradores locais.

Após mais de dez anos, Victor Oliveira espera pelo 2º título no futebol goiano

Objetivo

Em 2021, o Vila Nova enfrentou o Grêmio Anápolis pela final do Goianão e perdeu o título nos pênaltis. Quatro anos depois, apenas um jogador que disputou aquela decisão estará em campo para enfrentar o Anápolis: o lateral esquerdo Willian Formiga, que busca a redenção no Campeonato Goiano.

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Natural de Curitiba (PR), Willian Formiga jogou por Roma Apucarana, Cascavel, Tubarão, Cianorte e Brusque no início da carreira. Seu apelido remete à infância, pois gostava muito de comer doces. Hoje em dia, ele acha até estranho quando o chamam de “Willian” em vez de “Formiga”.

Sua primeira e única experiência fora do Brasil ocorreu na temporada 2016/17, pelo Vitória de Guimarães (Portugal). Foi repatriado pelo Cianorte e atuou por Brasil de Pelotas e Novorizontino antes de sua primeira passagem pelo Vila Nova.

O ano era 2020. O lateral esquerdo assinava com o Tigre emprestado pelo Cianorte. Naquele ano, Willian Formiga disputou apenas 12 partidas com a camisa colorada, mas foi campeão da Série C como titular na final contra o Remo. Nas duas temporadas seguintes, se transformou em peça essencial no elenco.

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Em 2021, foi um dos pilares do time que avançou até a decisão do Goianão. Após empate de 1 a 1 no jogo de ida, no Jonas Duarte, contra o Grêmio Anápolis, o Vila Nova perdia a volta por 1 a 0, no OBA, até os 38 minutos do 2º tempo.

Eis que Willian Formiga foi o responsável por balançar as redes e forçar a disputa de pênaltis - aquele é um dos dois gols que Willian Formiga tem com a camisa colorada; o outro foi no empate em 1 a 1 contra o Botafogo, na estreia da Série B de 2021.

Substituído antes do apito final, pouco depois de ter feito o gol de empate na decisão estadual, Willian Formiga nada pôde fazer para evitar a tragédia que se sucedeu. Nos pênaltis, o Grêmio Anápolis triunfou por 5 a 4 e faturou o troféu em pleno OBA.

Willian Formiga só deixou o Vila Nova em 2023, quando transferiu-se para o Ceará. Em 2024, defendeu o CRB antes de retornar ao Tigre em 2025.

Rapidamente, tornou-se titular absoluto na lateral esquerda e disputou 15 das 19 partidas que o time profissional disputou neste ano, excluindo os dois jogos contra o Brasiliense pela Copa Verde, em que o time goiano atuou com o sub-23.

Willian Formiga é o segundo jogador com maior minutagem pelo Vila Nova na temporada, com 1.319 minutos, atrás apenas do volante João Vieira (1.369 minutos).

Quando entra como titular, o lateral esquerdo dificilmente é substituído. Em 15 jogos, isso só aconteceu três vezes: no empate em 0 a 0 contra o Inhumas, na goleada por 6 a 0 sobre o Rio Branco-VN e na derrota por 2 a 0 contra o Anápolis. Em todas as ocasiões, foi sacado pelo técnico Rafael Lacerda após a marca de 30 minutos do 2º tempo.

Depois do fiasco de 2021, Willian Formiga tem a chance de redenção. Integrando a melhor defesa da competição, com apenas sete gols sofridos em 16 jogos, ele está prestes a viver novamente um duelo derradeiro de Goianão. Desta vez, um gol não será o suficiente para forçar os pênaltis. Isso porque, no jogo de ida, no Jonas Duarte, o Anápolis venceu por 2 a 0.

Quis o destino que Willian Formiga voltasse a brigar por um título de Goianão, logo contra uma equipe da cidade de Anápolis. Como há quatro anos, ele será o lateral esquerdo titular e terá a oportunidade de apagar aquele episódio traumático para a torcida vilanovense.

Desde que chegou ao Vila Nova para sua segunda passagem, o defensor destacou que 2021 não era o ano do clube e que são águas passadas. Ainda assim, isso não diminui a vontade de adicionar o Goianão à galeria de conquistas em 2025.

Em sua carreira, o lateral esquerdo possui quatro títulos profissionais. Além da Série C de 2020, pelo próprio Vila Nova, Willian Formiga também venceu a 2ª Divisão do Paranaense de 2016, pelo Cianorte; a Copa do Nordeste de 2023, pelo Ceará; e o Campeonato Alagoano de 2024, pelo CRB.