O Vila Nova segue se movimentando no mercado da bola, após finalizar oficialmente a temporada. No âmbito das contratações, o clube monitora os meio-campistas Marquinhos Gabriel, do Avaí, e Boschilia, do Operário-PR. No âmbito das saídas, a equipe não deve renovar o contrato do zagueiro Walisson Maia.

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Marquinhos Gabriel, de 35 anos, possui passagens por diversos clubes do cenário nacional e já atuou no futebol goiano, quando defendeu o Goiás entre 2022 e 2023. Neste ano, jogou pelo Avaí e fez 46 jogos, com quatro gols e sete assistências.

Boschilia, por sua vez, tem 29 anos e já atuou por São Paulo e Internacional. Desde 2024, atua pelo Operário-PR e nesta temporada fez 54 partidas, com 15 gols e oito assistências.

O Vila Nova não iniciou negociações oficiais com esses atletas, até porque Avaí e Operário-PR ainda disputam a última rodada da Série B, mas já manifestou interesse nos dois reforços.

Até o momento, as únicas contratações acertadas são do volante Marco Antônio, do Náutico, e do atacante Ryan, do Maranhão.

Nas saídas, Walisson Maia deve ser mais um a deixar o Vila Nova. O defensor chegou nesta temporada e somou 31 jogos, mas não se firmou como titular e se tornou a quarta opção para a zaga. Ele tem vínculo em definitivo até o dia 15 de dezembro de 2025.

Vila Nova monitora dois jogadores e deve liberar mais um atleta

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Nesta semana, o experiente Ralf encerrou oficialmente a sua passagem de três temporadas pelo Vila Nova. O volante de 41 anos relembrou momentos marcantes em sua trajetória e afirmou que não sabe se o Tigre terá outra oportunidade de subir tão próxima quanto a de 2023. Além disso, o jogador deu conselhos para os atletas das categorias de base.

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Em abril de 2022, o Vila Nova contratou Ralf, que tinha sido multicampeão pelo Corinthians e estava no Cianorte. Naquela temporada, o time goiano lutou contra o rebaixamento e conseguiu escapar depois de uma arrancada no 2º turno; Ralf fez 35 jogos.

Em 2023, o volante entrou em campo 49 vezes e participou da campanha do quase acesso, em que o Vila Nova chegou na última rodada dependendo somente de si para subir e perdeu para o lanterna e rebaixado ABC por 3 a 2 - por causa disso, o clube que disputou a Série A no ano seguinte foi o rival Atlético-GO.

Em 2024, Ralf novamente fez 49 jogos e em 2025, já como reserva, fez 27 jogos em um ano no qual o Tigre venceu o Goianão. Após a conquista, o volante surpreendeu ao revelar que aquele era o título mais importante da sua carreira, mesmo com taças de Libertadores e Mundial no currículo.

“Além do título estadual, tivemos momentos muito fortes. Aquele jogo contra o ABC, que estivemos tão perto. Não sei se teremos outra oportunidade tão próxima. Teve também 2022, quando brigamos até a última rodada para não cair. Em todos esses momentos, a torcida esteve com a gente. Sempre me apoiaram”, afirmou.

Símbolo de referência e tendo desempenhado a função de capitão em diversos jogos com a camisa do Vila Nova, Ralf aconselhou os garotos da base, que ganharam espaço no elenco profissional em meio à reta final da temporada. O meia-atacante Gustavo Pajé, por exemplo, foi um dos destaques e marcou dois gols nos últimos três jogos.

“Quero deixar exemplo. Chegar cedo, trabalhar sério, fazer as coisas de coração. Não para aparecer, mas para inspirar. Nem todo mundo vai virar jogador, mas todo mundo pode ser uma pessoa correta. Quero que estudem, trabalhem e não desistam dos sonhos. Eu vim de comunidade, de periferia. Tive várias chances de me envolver com coisa errada, mas escolhi o caminho certo. Não é porque você nasce sem berço de ouro que não vai vencer. O mundo está cheio de facilidades, mas o que vem fácil vai embora fácil. Não se envolvam com droga, não mexam no que é dos outros. Pés no chão e trabalhem honestamente”, concluiu.

A despedida de Ralf aconteceu na última quarta-feira (19), no empate em 2 a 2 com o Volta Redonda no OBA, pela 38ª rodada da Série B. Foi a 160ª partida do jogador com as cores alvirrubras, e a diretoria o homenageou diante da torcida.

Ralf lembra quase acesso do Vila Nova e diz que não sabe se clube terá chance tão próxima: "Estivemos tão perto"

Acesso

Não faltou emoção na despedida de Ralf do Vila Nova na última quarta-feira (19), no empate em 2 a 2 contra o Volta Redonda, no OBA. Apesar de só ter conquistado um título com a camisa colorada e não atuar como titular durante a campanha, Ralf comentou que criou uma identificação muito grande com o clube e declarou que “ser vilanovense é diferente”, citando o Corinthians na comparação.

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Após a partida desta semana, que encerrou a temporada do Tigre em 2025, Ralf disse que aprendeu a amar o Vila Nova. A diretoria até ofereceu um novo contrato com o jogador de 41 anos até o final do Goianão de 2026, mas o volante ainda quer disputar mais uma temporada completa e avaliou que “tem muita lenha para queimar”.

“Ser vilanovense é diferente. É raça, fé, união. O coração pulsa diferente. O Vila é um clube de povo, de massa. Não deve nada ao Corinthians (ex-clube de Ralf, onde é ídolo) em termos de paixão. Saio deixando meu legado e as portas abertas. O que o clube construiu desde 2022 é coisa de time grande. Batemos na trave alguns anos, mas a hora vai chegar”.

Ralf também relembrou momentos marcantes com a camisa do Tigre, como a luta contra o rebaixamento em 2022, o quase acesso em 2023 e o título goiano de 2025. Em 2026, ele ainda não possui destino definido.

Ralf compara Vila Nova ao Corinthians e se declara ao clube goiano: "Ser vilanovense é diferente"

Despedida

Com a sua gestão como presidente do Vila Nova chegando ao fim, Hugo Jorge Bravo, que deve continuar trabalhando na diretoria do clube, projetou o ano de 2026 e revelou que serão feitas pelo menos dez contratações para a próxima temporada. O dirigente também alertou sobre os perigos de uma SAF - o time recebeu propostas ao longo dos últimos meses, a última delas na véspera da gestora de fundos que apresentou ser alvo de investigação.

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Neste ano, o Vila Nova fez 27 contratações. Entre elas, 14 foram antes do início do Goianão, e a tendência é de que o clube siga a mesma média em 2026. Desses 14 jogadores contratados entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, 8 deixaram o clube antes mesmo do desfecho da temporada.

Para competir melhor ao longo de todo o ano que vem, o índice de acerto vai precisar melhorar. Ampliando o escopo, dos outros 13 atletas contratados durante e depois do Goianão, cinco deles não terminaram o ano integrados ao elenco colorado e mais ainda vão sair. No total, quase metade (48,1%) dos contratados não se manteve no planejamento para a próxima temporada. E, em 2026, o investimento deve ser praticamente o mesmo.

“O que está prospectado para nós é a contratação de pelo menos dez jogadores, em diversas posições. Não tem muito o que aumentar em relação à perspectiva de investimento deste ano, até porque não há nada extraordinário prestes a acontecer. É trabalhar com esses poucos recursos, sempre buscando ser o mais assertivo possível”, comentou Hugo Jorge Bravo.

Desde o início da gestão, o atual presidente do Vila Nova - que deixará o cargo, mas integra a chapa única para a próxima eleição, que é encabeçada por Fábio Brasil - reforçou as dificuldades financeiras do clube e o enfoque em sanar as dívidas e melhorar a estrutura antes de pensar em grandes investimentos no âmbito esportivo.

Internamente, apesar da decepção de não ter conseguido o acesso, a avaliação é positiva, sobretudo por causa do título do Goianão de 2025, que encerrou um jejum de 20 anos.

Desde o fim de 2022, o Vila Nova começou a captar investidores e passou a viver uma expectativa de se tornar SAF. Antes disso, em 2021, o clube havia contratado uma empresa de consultoria, a Pluri, para auxiliar neste processo. Até agosto de 2025, a equipe tinha recebido quatro propostas, incluindo a de um grupo argentino.

Uma das propostas, a que foi apresentada pela Reag Investimentos para aquisição da SAF do Vila Nova, foi suspensa porque a gestora de fundos de investimento foi alvo de uma megaoperação contra o PCC, com a intenção de desarticular a infiltração do crime organizado em negócios regulares. A partir daí, a discussão sobre o assunto esfriou. Na proposta recebida pelo Vila Nova, havia um convite formal a Hugo Jorge Bravo para se tornar CEO da SAF do clube, conforme apurado pelo POPULAR.

“Posso dizer que grande parte dessas SAFs são cascatas, vão cair… O que esses caras estão fazendo não tem a mínima sustentabilidade, é muita irresponsabilidade. O clube, enquanto está no modelo associativo, não quebra. Agora, quando é SAF, ele vai quebrar. Vocês vão ver clubes tradicionais acabando. O Vila, conseguindo passar por esse processo, vai sair muito fortalecido. E aí é a grande oportunidade que tem”, avaliou Hugo Jorge Bravo.

O mandato de Hugo Jorge Bravo começou em 9 de dezembro de 2019. Nos seis anos do dirigente na presidência do Vila Nova, o clube foi campeão da Série C em 2020. Em 2021, o ano ficou marcado pela perda do título estadual para o Grêmio Anápolis. Em 2022, o time lutou para não cair; em 2023 e em 2024, brigou pelo acesso, sendo que no ano retrasado dependia somente de si na última rodada e perdeu para o rebaixado ABC. Por último, em 2025, foi campeão goiano, mas teve campanha decepcionante na Série B.

“A gestão foi campeã da Série C, campeã goiana depois de 19 anos e foi a que chegou mais perto do acesso à Série A nos últimos 40 anos. Falo isso não por soberba, de forma alguma, mas porque é importante lembrar. Nós somos hoje uma das menores folhas do campeonato.”

Presidente do Vila Nova diz que clube vai fazer pelo menos dez contratações e alerta sobre SAFs

2026

O período de inscrições para as eleições da diretoria executiva do Vila Nova se encerrou nesta quinta-feira (20). Com isso, a União Vilanovense, única chapa registrada para o pleito, será aclamada no dia 28 de novembro, às 19 horas. Fábio Brasil assumirá a presidência, e Hugo Jorge Bravo ocupará a função de vice-presidente financeiro.

Além dos dois, Vinícius Cirqueira será o 1º vice-presidente, e Romário Policarpo será o 2º vice.

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Leandro Bittar, que foi o 2º vice-presidente de Hugo Jorge Bravo durante seu mandato, assumiu no início desta semana o cargo de presidente do Conselho Deliberativo.

Fábio Brasil, que é filho do ex-presidente do clube Carlos Alberto Barros, era o vice-presidente de Hugo Jorge Bravo, enquanto Vinícius Cirqueira atuava como vice de finanças. Romário Policarpo, por sua vez, era diretor de comunicação social na gestão de Hugo.