Em número de pontos após cinco jogos na Série B, a campanha do Vila Nova em 2022 só é superior a outros três registros da equipe nos pontos corridos. Em duas, o time deu a volta por cima após um início ruim. Nos dois casos, jogadores que atuaram pelo Tigre, em 2010 e 2016, acreditam que há semelhanças com o momento do time em 2022 e recomendam que os líderes chamem a responsabilidade.Na atual edição, o Vila Nova soma quatro pontos, de quatro empates. A equipe ainda não venceu. Em 2010 e 2016, o time somou três pontos depois de cinco rodadas por ter vencido uma partida e perdido outras quatro. Em 2014, pior registro, o clube somou apenas 1 ponto, mas foi rebaixado.Leia também:+ Volante diz que trocaria gols por vitórias na Série B+ Tigre confia em sequência caseira para finalizar jejumNos dois casos, de 2010 e 2016, ex-jogadores afirmaram que a união do grupo fez a diferença para os clubes conquistarem uma reviravolta.“Em 2016, a gente começou muito bem, uma vitória contra o Bragantino, fiz dois gols. Depois, foram quatro derrotas seguidas. Por incrível que pareça, jogando bem, mas no futebol o que vale é resultado. O que fizemos foi nos unir um pouco mais. Futebol sem união não tem jeito, não tem sucesso. Houve a chegada de reforços pontuais, que nos ajudaram a reagir”, lembrou o ex-volante Robston, que jogou o 1º turno da Série B de 2016 pelo Vila Nova.Para ele, os líderes do atual elenco devem chamar a responsabilidade. Reforços não devem chegar no clube neste momento.“O clube passa por um momento de estabilidade e é o começo da competição. É a hora de chamar a responsabilidade. Os jogadores mais vividos, mais rodados, precisam passar tranquilidade. Só assim o Vila vai sair dessa situação”, salientou Robston, que citou Wagner, Rafael Donato, Arthur Rezende e Matheuzinho como alguns dos líderes.A diferença entre as edições foi que em 2010 o Vila Nova lutou para não cair, enquanto em 2016 o time conseguiu reagir com algumas sequências de vitórias seguidas e passou boa parte do campeonato na metade da tabela.“Quando começou o 2º turno, já nos colocavam como time rebaixado. Nosso time era muito bom, mas as coisas fora das quatro linhas atrapalharam bastante. Foi quando decidimos formar uma família e correr um pelo outro. O Roni (ex-atacante) e o Max (ex-goleiro) eram os mais experientes e chamaram a responsabilidade. Passamos pelas dificuldades, os salários atrasados e escapamos (do rebaixamento) na última rodada”, contou o ex-atacante Max Pardalzinho, que vive em Morrinhos e trabalha em uma cooperativa de leite.Os dois jogadores opinam que não pode existir vaidade no elenco e que o fator casa pode fazer a diferença. “Tem que aproveitar os jogos em casa, que são fundamentais para dar confiança e trazer o torcedor para o lado”, afirmou Robston.O Vila Nova, em maio, disputará quatro jogos como mandante - três na Série B e um pela Copa do Brasil. O time defende uma invencibilidade de 23 partidas em casa. O próximo jogo será no OBA, nesta sexta-feira (6), diante do Náutico, pela 5ª rodada da Segundona.