O Vila Nova não vence há quatro jogos e se distanciou da briga pelo acesso à Série A, mas apesar dos resultados não aparecerem recentemente, o time colorado apresentou melhora pontual nas últimas partidas: diminuição no número de advertências e jogadores suspensos para os duelos da Série B.

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Nos quatro primeiros compromissos do técnico Paulo Turra no comando do Vila Nova, a parte disciplinar da equipe ficou marcada pela quantidade elevada de punições. Foram dois cartões amarelos contra o Paysandu, seis contra o Goiás, quatro amarelos e um vermelho contra o Botafogo-SP e sete amarelos contra a Chapecoense.

Nesse recorte dos quatro primeiros jogos, o Vila Nova apresentou uma média de cinco cartões por partida. Esse número é bem maior do que a média geral do time colorado na Série B.

Na competição inteira até aqui, o Tigre foi punido com 67 cartões, sendo 61 amarelos (o 6º menor número no geral) e seis vermelhos (2º maior número). A média é de 2,57 cartões por partida, pouco mais da metade da média das primeiras exibições com Paulo Turra.

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Desde o início, o treinador vilanovense ressaltou que o seu time teria predominância da intensidade na briga pela bola. O lado negativo é que essa intensidade resultava em uma quantidade de punições que sempre deixavam pelo menos um atleta suspenso para a sequência.

Contra o Paysandu, o lateral direito Elias estava suspenso pelo 3º cartão amarelo, mas isso não entra na conta porque foi consequência do jogo anterior diante do Coritiba, quando Luizinho Lopes ainda era o técnico.

Contra o Goiás, porém, o atacante Ruan Ribeiro não atuou pelo 3º amarelo; contra o Botafogo-SP, os atacantes Guilherme Parede e Júnior Todinho cumpriram suspensão pelo mesmo motivo; contra a Chapecoense, o lateral esquerdo Willian Formiga e o atacante Vinícius Paiva ficaram fora pelo 3º amarelo, e o zagueiro Weverton não jogou porque tinha sido expulso no jogo anterior; e contra o Athletic-MG, o goleiro Halls e o volante João Vieira cumpriram suspensão pelo 3º amarelo.

Esse cenário começou a mudar a partir da partida diante do Athletic-MG. No empate por 1 a 1, o Vila Nova só foi punido com um cartão amarelo. Em seguida, contra o Remo, foram dois amarelos, sendo que um deles foi para Gustavo Pajé por reclamação no banco de reservas.&nbsp;

Esses números abaixo da média do time no geral e, principalmente, sob a tutela de Paulo Turra, geraram reflexos importantes para a continuidade do time na Série B. Contra o Remo, o treinador não teve nenhum jogador suspenso, e na próxima partida diante do Athletico-PR, o mesmo se repetirá.

Até aqui, o Vila Nova não pôde escalar um atleta por suspensão na Série B em 18 ocasiões: Weverton, Walisson Maia, Tiago Pagnussat, Ruan Ribeiro, Elias, Guilherme Parede, Júnior Todinho, Vinicius Paiva, Halls e João Vieira foram suspensos uma vez cada pelo 3º amarelo, e Willian Formiga duas vezes.

Elias, Diego Torres, Igor Henrique, Tiago Pagnussat, Bernardo Schappo e Weverton foram suspensos uma vez cada por cartões vermelhos.

Neste momento, o Vila Nova tem cinco jogadores pendurados - o lateral esquerdo Higor, os volantes Arilson, Nathan Melo e Igor Henrique, e o atacante André Luís - e busca continuar a não deixar desfalques para Paulo Turra no âmbito disciplinar, até porque o time sofre com lesões.

Além de Arilson e Willian Formiga, os volantes Ralf e Miticov, bem como os atacantes Bruno Mendes e Emerson Urso, estão fora de combate.

Vila Nova vê melhora disciplinar e diminui média de cartões e jogadores suspensos

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Série B

A última vez que o Goiás venceu uma partida na Série B foi há quase um mês, na vitória de 1 a 0 sobre o América-MG, na Serrinha, no dia 23 de agosto, pela 23ª rodada. Depois de atuar duas vezes seguidas como visitante, o esmeraldino retorna para sua casa com objetivo de voltar a somar três pontos no confronto diante do lanterna Paysandu, para se aproximar um pouco mais do acesso à Série A.

O desempenho do Goiás na Serrinha é um dos diferenciais do time nesta edição da Segundona. No recorte do returno da competição, o Goiás faz campanha ruim já que conquistou apenas oito pontos depois de sete jogos.&nbsp;

O alento é que seis pontos foram em jogos da equipe esmeraldina como mandante - os outros dois foram após empates (com Amazonas e Coritiba) fora de casa. O clube goiano perdeu um jogo em casa (para o Botafogo-SP) e outro fora (diante do Avaí) nas sete rodadas do 2º turno, até aqui.

Com 45 pontos após 26 rodadas, o Goiás precisa de pelo menos 18 pontos para alcançar a pontuação de 63 pontos, considerada a média histórica para subir à Série A. Ou seja, se vencer todos os seis jogos na Serrinha, o time esmeraldino pode ficar muito próximo de voltar para a elite nacional em 2026.

Na Serrinha, o Goiás vai enfrentar Paysandu, Atlético-GO, CRB, Chapecoense, Athletico-PR e Novorizontino.

Como mandante, no returno da Série B, o Goiás tem duas vitórias (contra Operário-PR, por 2 a 1, e América-MG, por 1 a 0) e uma derrota (contra o Botafogo-SP, por 3 a 2), com aproveitamento de 66,6% nesse recorte.&nbsp;

Levando em conta todo o campeonato, a equipe esmeraldina é a 2ª melhor mandante em pontos somados, com 27 pontos. A campanha na Serrinha tem oito vitórias, três empates e duas derrotas com 69,2% de aproveitamento.

O CRB lidera a estatística, com 28 pontos das nove vitórias, um empate e três derrotas (71,8% de aproveitamento).

Em aproveitamento, o clube goiano fica atrás do Cuiabá, que jogou uma partida a menos como mandante e tem 72,2% após oito vitórias, dois empates e duas derrotas.

Para o Goiás, o fator casa precisará ser colocado em prática no final de semana, pois o clube esmeraldino não vence há três partidas na Série B - a última foi justamente contra o América-MG, no dia 23 de agosto.&nbsp;

Logo depois, o time alviverde perdeu para o Botafogo-SP, clube que briga contra o rebaixamento à Série C, na Serrinha, por 3 a 2. Foi o último jogo do Goiás em casa.

O Paysandu, próximo adversário do alviverde, também luta contra a queda e vive situação ainda mais dramática. O Papão é o lanterna da Série B e não vence há nove jogos na competição nacional. Foram cinco derrotas e quatro empates.

A cautela diante de um time que está no Z4 é intensificada pelo retrospecto do Goiás contra o Paysandu em 2025, porque a equipe paraense vem sendo uma pedra no sapato esmeraldino. Na final da Copa Verde, foram dois empates e o Papão faturou o título nos pênaltis, em pleno Serra Dourada. No 1º turno da Série B, houve outro empate em Belém.

Se vencer o Paysandu no próximo sábado (20), às 16 horas, na Serrinha, o Goiás pode se isolar como melhor mandante em pontos somados na Série B. O CRB, que lidera a estatística de melhores desempenhos dentro de casa, vai jogar fora de casa na rodada que vem, perante o Criciúma, no Heriberto Hülse.

Goiás aposta no desempenho na Serrinha para voltar a vencer na Série B

Objetivo

A chuva chegou a Goiânia no final da tarde e início da noite de terça-feira (16) em algumas localidades da capital. Entre eles, o bairro de Campinas, contemplado com um princípio de tempo chuvoso, foi o cenário perfeito para o atacante Lelê marcar dois gols no estádio Antônio Accioly, e comandar a virada do Atlético-GO sobre o Avaí, pela 26ª rodada da Série B.

No dia seguinte, nesta quarta-feira (17), na reapresentação do elenco, Lelê já ganhou apelido de companheiros: “artilheiro da chuva”.

Os gols contra o Avaí comprovaram o oportunismo que o atacante possui e segue à risca o manual dos goleadores. No primeiro, Lelê apareceu livre para empatar e, num lance de pura impulsão e força para ganhar no alto do marcador, virou a partida com belo cabeceio. A noite foi completa.&nbsp;

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Lelê tem três gols em seis jogos pelo Atlético-GO: todos foram marcados no Accioly (Wesley Costa / O Popular)

Carioca, sorridente e adaptado à vida no CT do Dragão, Lelê aprovou a denominação de “artilheiro da chuva” recebida um dia depois da vitória atleticana.

No futebol globalizado e glamourizado desde as categorias de base, Lelê fez o caminho inverso. Ele é cria da várzea, do terrão, do futebol genuíno. Não passou pelas categorias de base no Rio de Janeiro, onde nasceu, a não ser alguns meses no Bonsucesso, quando já tinha 17 anos.&nbsp;

Lelê se lembra de fazer nove gols pelo Bonsucesso, mas não deu continuidade à iniciação. Morador em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, disputava torneios nas comunidades.

No jogo bruto do terrão, em que é preciso aliar o talento à perseverança e um pouco de coragem, ele foi visto por um dirigente do Itaboraí Profute, clube da cidade do mesmo nome, no Rio de Janeiro.

Lelê foi artilheiro da equipe na 3ª Divisão Carioca, se transferiu para o Maricá, continuou marcando gols e foi ao Volta Redonda, em que fez 29 gols em 65 gols, antes de ser contratado pelo Fluminense. Foi utilizado na Copa Libertadores 2023, foi campeão do principal torneio continental, mas teve séria lesão no joelho e passou oito meses sem atuar.

O atacante saiu da várzea, mas levou as lições do futebol varzeano na sequência da carreira. “Você tem de disputar muitos jogos nas comunidades, há muita rivalidade, jogo duro. Não pode ter medo”, explicou o “artilheiro da chuva”.

Segundo ele, não foi possível desenvolver algumas valências exigidas no profissionalismo por não jogar na base, mas no terrão pôde aprender os atalhos da grande área, do posicionamento e do gol.

No Atlético-GO, para o artilheiro os gols têm peso e são especiais. Afinal, passou a temporada 2025 sem balançar as redes. O primeiro gol em 2025 finalmente saiu há exato um mês, na derrota (3 a 1) para a Ferroviária, também no Antônio Accioly.&nbsp;

A casa atleticana se torna familiar aos poucos a Lelê, com três gols marcados no bairro de Campinas. “Estou morando aqui (Goiânia) há mais de um mês. Neste período, não tinha visto a chuva, mas ela chegou, abençoada”, disse Lelê, alegre pela mudança na carreira.&nbsp;

Afinal, ficou sem jogar por três meses na atual temporada, quando não pôde ser inscrito na J-League pelo Nagoya Grampus (Japão) antes de se transferir para o Atlético-GO.

“Foi uma situação bem chata porque eu estava jogando, saí e deu problema na transferência. Não deu certo lá (no Japão). Agradeço ao Atlético-GO por ter me recebido e feito um esforço para estar aqui. Tenho que retribuir dentro de campo para ajudar o clube e vou fazer o que for possível”, acrescentou o jogador.

Por isso, Lelê saboreia as mudanças ocorridas nos últimos dias no Dragão, assim como a chuva que rejuvenesce a natureza. “Voltei a marcar duas vezes (gols) num mesmo jogo. Isso também é especial”, lembrou o atacante, que não marcava duas vezes na mesma partida quando fez três gols na vitória do Volta Redonda, por 6 a 0, sobre o Madureira, pelo Campeonato Carioca, no dia 4 de março de 2023.

Na atual temporada, Lelê iniciou no Fluminense, atuou no Campeonato Carioca, se transferiu para o Ceará, jogou na Copa do Brasil e na Série A antes de rumar para o Japão em junho. Porém, nada de gol.&nbsp;

Lelê tem razões para sorrir. De abril de 2024 até janeiro desta temporada (2025), não pôde atuar por causa de uma lesão no joelho. Ele rompeu o ligamento cruzado e isso fez com que o atacante passasse oito meses fora dos gramados.

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Lelê marcou os dois gols da vitória do Atlético-GO, por 2 a 1, sobre o Avaí, na terça-feira (16) (Wesley Costa / O Popular)

Faz o L de Lelê! Artilheiro do Atlético-GO lembra tempos da várzea e saboreia gols no Dragão

Boa fase

O Atlético-GO foi o único clube goiano que venceu na 26ª rodada da Série B e o objetivo da permanência ficou um pouco mais próximo. O Dragão bateu o Avaí, de virada, por 2 a 1, no Accioly, e chegou aos 35 pontos após 26 partidas.

A probabilidade de rebaixamento do Atlético-GO caiu de 10,9% para 9,1% após a vitória sobre o Avaí. A equipe atleticana segue com chances remotas de acesso (1,9%) e título (0,081%). Os dados são do departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais.

A dupla Goiás e Vila Nova empatou, mas os clubes tiveram avaliações diferentes. O time esmeraldino celebrou o ponto conquistado no empate sem gols com o Coritiba, enquanto o Tigre lamentou novo tropeço em casa, após 1 a 1 com o Remo.

O Goiás segue com boas chances de acesso. O time esmeraldino teve leve queda na probabilidade: era de 72,5% antes do empate, agora é de 72,2%. O clube goiano tem 21% de chance de conquistar o título da Série B e não possui mais chance de rebaixamento.

Já o Vila Nova estagnou probabilidades. O Tigre faz campanha de meio de tabela e, com 36 pontos, tem chances mínimas de rebaixamento (1,3%) e título (0,39%).

A probabilidade do Vila Nova de subir à Série A também diminuiu em relação ao dado após a 25ª rodada: era de 9,9% e agora é de 7,2%.

Os clubes goianos voltam a campo no final de semana. No sábado (20), o Goiás encara o Paysandu na Serrinha e o Atlético-GO duela com o Remo, fora de casa. No domingo (21), o Vila Nova desafia o Athletico-PR, como visitante.

Confira as chances de acesso, título e rebaixamento dos goianos após a 26ª rodada da Série B

Probabilidades

Aos poucos, o técnico Rafael Lacerda faz ajustes pontuais e coletivos no Atlético-GO. O treinador chegou à sua melhor sequência no Dragão, e refutou o rótulo de retranqueiro. A equipe rubro-negra não perdeu nas últimas quatro rodadas (duas vitórias e dois empates) e abriu distância para a zona de rebaixamento com a vitória de 2 a 1 sobre o Avaí.

O treinador tem procurado usar as peças disponíveis no elenco e justifica que não é um técnico retranqueiro ou adepto de um estilo de jogo só de marcação.&nbsp;

Para Rafael Lacerda, o trabalho e as mudanças se dão conforme o que tem disponível no elenco oferecido pelos clubes. Mas, para ele, as metas no futebol são alcançadas quando um time é bom defensivamente.

"Esta questão de ser defensivo ou de ofensivo, atrelo muito a time que toma poucos gols. Time que toma muito gol não vai subir, time que toma muito gol, não vai ser o campeão. Pode olhar o histórico dos times que sobem ou que são campeões. Eles tomam pouco gol. Eu não me incomodo com as críticas", justificou o treinador.

"Questão de ofensividade, eu tenho de saber o que tenho na mão. Se fiz alguns trabalhos em outras equipes, não vou falar só da última (Vila Nova, em que foi campeão do Estadual), mas de todas as que trabalhei como Caxias, Aymoré-RS, Amazonas, eu tenho de ver o que tenho na mão. Por que o Atlético-GO hoje foi extremamente ofensivo? É porque tinha peças para ser ofensivo", disse o técnico.

Rafael Lacerda também explicou a alteração no segundo tempo, quando tirou o prata da casa Yuri Alves e colocou no lugar dele o atacante Jean Dias.&nbsp;

Segundo o técnico, Yuri Alves teve queda de rendimento físico, mas que tecnicamente foi muito bem e tem muita técnica para colocar à disposição do Atlético-GO.

"Sobre a questão do Yuri (Alves), quando surge um menino com a qualidade do Yuri e com o crescimento gradativo que vem tendo, nem gosto de comentar muito. A situação do Yuri é bem simples, era o primeiro jogo dele em casa. Ele entra e, na minha opinião, faz um grande primeiro tempo, de um jogador pronto. Parecia um veterano no primeiro tempo", descreveu o técnico.&nbsp;&nbsp;

"Ele (Yuri Alves) conseguiu melhorar a nossa bola parada. A saída dele é porque entendi, e não tomo a decisão sozinho , que ele baixou na questão física. Não é que caiu de rendimento, é que caiu fisicamente", acrescentou Rafael Lacerda.

Segundo o técnico, não dá para falar em brigar pelo acesso neste momento. A filosofia é o "jogo a jogo" e será assim que conduzirá o trabalho. "Tenho de pensar jogo a jogo. Nossos números estão melhorando. Teve apenas uma derrota nos últimos oito jogos, nos últimos quatro jogos nós tivemos duas vitórias e dois empates contra duas equipes fortes, fora de casa", apontou.