VÍDEO - SINCAL

AÚDIO - SINCAL

<div style="clear:both;">
<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3322495" attr-version="policy:1.3322495:1760099276" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3322495/WhatsApp Image 2025-10-10 at 09.25.30 (2).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">(Reprodução / YouTube O Popular)</span></p>

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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{13}" paraid="163001423"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Pouca gente sabe, mas o solo que sustenta a agricultura de Goiás só se tornou fértil graças a um mineral originado há milhões de anos: o calcário. Essencial para corrigir a acidez natural do Cerrado, ele é responsável direto pelo avanço da produtividade agrícola na região e, consequentemente, pelo crescimento econômico do estado.</span> “O calcário é um mineral que remonta dos primórdios, há cerca de 540 milhões de anos, formado por deposições marinhas. Com os movimentos geológicos, surgiram as jazidas, e em Goiás temos grandes concentrações em regiões como Goianésia, Itaberaí e Indiara”, explica Nilo Bernardino Gomes, presidente do SINCAL – Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal.&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{15}" paraid="690630821">&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{17}" paraid="1610492710"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Segundo ele, o Cerrado, que cobre mais de 90% do território goiano, tem um solo naturalmente ácido, o que impede o desenvolvimento pleno das raízes e dificulta a absorção de nutrientes pelas plantas. “O calcário é fonte de cálcio e magnésio e tem a propriedade de neutralizar elementos tóxicos, como o alumínio e o manganês, que prejudicam o sistema radicular. Sem ele, a planta simplesmente não consegue se alimentar”, explica Nilo.</span>&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{19}" paraid="1526510793">&nbsp;</p>
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<h2 paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{21}" paraid="772996272"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Do solo ácido à revolução agrícola</span>&nbsp;</h2>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{23}" paraid="822907639">&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{25}" paraid="313378979"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Até a década de 1970, o cenário agrícola em Goiás era bem diferente. A produtividade era limitada e o cultivo concentrava-se em poucas culturas, como o arroz</span>, uma das poucas espécies que toleram a acidez do solo. “Foi com o trabalho da Embrapa e o avanço das pesquisas que a aplicação do calcário se consolidou como prática fundamental. A partir daí, o Cerrado se transformou. Hoje, culturas exigentes como soja, milho e algodão dependem diretamente da calagem para garantir boas colheitas”, conta o presidente do SINCAL. De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (ABRACAL), o Brasil consome cerca de 45 milhões de toneladas de calcário por ano, sendo o Centro-Oeste uma das regiões que mais utilizam o insumo, especialmente em Goiás e Mato Grosso.&nbsp;&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{27}" paraid="1217477352">&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{29}" paraid="225146390"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">O processo de aplicação do calcário</span>, conhecido como calagem, deve ser feito antes do período chuvoso, para que o produto reaja no solo.&nbsp; Nilo explica que há dois tipos principais de calcário: dolomítico (mais concentrado em magnésio) e calcítico (com maior teor de cálcio). A escolha do tipo ideal depende de uma análise de solo feita por engenheiros agrônomos. Além do impacto direto na produtividade, o uso correto do calcário também tem reflexos ambientais positivos. “É uma prática que melhora a estrutura do solo e reduz a necessidade de desmatamento, porque o produtor consegue aumentar a produção sem abrir novas áreas”, destaca. Nilo lembra ainda que a deficiência de cálcio e magnésio pode ser facilmente identificada em algumas culturas. “No mamão, por exemplo, a podridão na ponta do fruto pode indicar falta de cálcio. Na soja, a nervura amarelada das folhas é sinal de deficiência de magnésio”, exemplifica.&nbsp;</p>
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<p class="p-smartimagebox"><img attr-cid="policy:1.3322502" attr-version="policy:1.3322502:1760099442" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3322502/WhatsApp Image 2025-10-10 at 09.25.30 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /><br />
<span class="p-smartcaption">(Reprodução / YouTube O Popular)</span></p>

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<h2 paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{33}" paraid="936293591"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Papel estratégico e econômico</span>&nbsp;</h2>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{35}" paraid="394816624">&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{37}" paraid="502320655"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Além de corrigir o solo, a indústria do calcário tem forte impacto econômico e social. Em Goiás, o setor gera milhares de empregos diretos e indiretos, movimenta a cadeia do agronegócio e contribui para o desenvolvimento sustentável. “O SINCAL trabalha para fortalecer o setor, garantir qualidade e segurança para o produtor e promover práticas cada vez mais tecnológicas e responsáveis”, afirma Nilo.</span> Ele reforça que o uso do calcário é hoje uma prática consolidada e indispensável no campo. “Deixar de aplicar o calcário é voltar no tempo. A acidez retorna, a produtividade cai, e o produtor perde competitividade. É um insumo invisível, mas absolutamente essencial”, conclui. O presidente do SINCA foi o entrevistado do novo episódio do PopCast, o podcast de O Popular.&nbsp;&nbsp;</p>
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<p paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{39}" paraid="117547791">&nbsp;</p>
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<h2 paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{41}" paraid="441021187"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Assista ao episódio do </span>PopCast:&nbsp;</h2>
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<div attr-cid="policy:1.3322492" attr-version="policy:1.3322492:1760099029" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3322492" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3322492', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3322492">VÍDEO - SINCAL (1.3322492)</a></span></div>
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<h2 paraeid="{0708b1f1-dbe8-4c34-8a8b-719ca9fcab62}{45}" paraid="1542687996"><span data-contrast="auto" xml:lang="PT-BR">Ouça o episódio do </span>PopCast:&nbsp;</h2>
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<div attr-cid="policy:1.3322494" attr-version="policy:1.3322494:1760099159" class="p-smartmidiabox"><span class="icon">-</span><span class="text"><a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3322494" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3322494', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3322494">AÚDIO - SINCAL (1.3322494)</a></span></div>
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Calcário: o insumo que transformou o Cerrado em uma das maiores potências agrícolas do país

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<p><span><span><span>N</span></span></span>o último dia 06 de dezembro do ano passado foi instituído pelo Governo Federal, através do Decreto nº 11.815, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD). A previsão é de recuperar 40 milhões de hectares de terras severamente degradadas e torná-las produtivas.</p>

<p>O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá a função de intermediar a captação de recursos externos, porém sem subvenção do Governo Federal. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, entusiasta do projeto, ressalta que, além de ser uma prática sustentável, haverá a promoção da segurança alimentar e, principalmente, a redução dos impactos ambientais.</p>

<p>Nas missões oficiais em vários países, o ministro Carlos Fávaro tem notado o interesse dos investidores estrangeiros, especialmente no incremento da produção de grãos, carne e implantação de agroflorestas. Quando se fala em recuperação de solo, o calcário seria o primeiro insumo a ser convocado, além das práticas conservacionistas tais como: cobertura de matéria orgânica, bioinsumos, terraços em nível e etc.</p>

<p>Quando afirmamos que o calcário é um forte aliado do meio ambiente está fundamentado que ao recuperarmos áreas degradadas, que já foram antropizadas (desmatadas), não precisaríamos de novas aberturas, ou seja, novos desmatamentos (preservando nossos preciosos pés de pequi).</p>

<p>Para se ter uma ideia da importância da correção de solo com calcário, 25% do território brasileiro que é o Cerrado devido a sua acidez natural estaria totalmente inutilizado se não fosse a calagem. Este importante bioma hoje é responsável por 42% da produção nacional, 15% do PIB Brasileiro e 21% do volume exportado, favorecendo significativamente a balança comercial.</p>

<p>A relação benefício/custo ambiental na exploração deste insumo é bastante positiva, pois com 1 hectare (10.000 m²) de rocha calcária bem conduzida poderíamos corrigir até 300.000 hectares de terra ácida. Na implantação do programa de recuperação, caso realmente aconteça, o setor está preparado para atender a possível demanda, tanto em quantidade quanto em qualidade. Haja visto que temos em Goiás as melhores jazidas do Brasil.</p>

<p>Se de forma bem modesta conseguirmos incorporar 50% das áreas degradadas conforme fora estimado em 40 milhões, estaremos incluindo mais 20 milhões de hectares no processo produtivo, significando um incremento de 40% no total cultivado hoje no Brasil. Nossa agricultura é fantástica, pois quando é desafiada a resposta é rápida. O Brasil demorou cinco séculos para alcançar 100 milhões de toneladas de grãos, anunciados ao som de trombetas em 2001 pelo nosso então ministro da Agricultura, Pratini de Moraes.</p>

<p>Passados apenas 23 anos triplicamos a produção para 300 milhões de toneladas e, no caso de incluir mais 20 milhões de hectares no processo produtivo, poderíamos alcançar os 400 milhões de toneladas de grãos muito rapidamente.</p>

<p><em>Nilo&nbsp;Bernardino Gomes, engenheiro agrônomo e presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário, Cal e Derivados dos Estados de Goiás, Tocantins e Distrito Federal (Sincal)</em></p>


Calcário, grande aliado ambiental

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Nilo Bernardino Gomes

<p>A marca Wepink (Savi Cosméticos Ltda) é alvo de uma Ação Civil Pública ajuizada na última quarta-feira pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), com pedido de urgência, também contra seus sócios, incluindo a influenciadora Virginia Fonseca.</p>

<p>Entre os motivos, estão 90 mil reclamações de consumidores registradas no site Reclame Aqui e 340 no Procon Goiás, desde 2024, que acusam a empresa de desrespeitar várias regras do Código de Defesa do Consumidor (CDC), como atrasar entregas de produtos por vários meses e a dificuldade de contato para cancelamentos e estorno.</p>

<p>A empresa é acusada de práticas abusivas nas vendas on-line de cosméticos, como vender produtos sem ter a quantidade devida em estoque, atendimento deficiente, exclusão de críticas e produtos entregues com defeito.</p>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://daqui.opopular.com.br/geral/virginia-fonseca-viaja-com-amigos-para-curtir-show-da-dupla-henrique-juliano-no-tocantins-1.3301015" target="_self">Virginia Fonseca viaja com amigos para curtir show da dupla Henrique &amp; Juliano no Tocantins</a><br />
<a href="https://daqui.opopular.com.br/famosos/virginia-e-criticada-por-lancar-whey-protein-apos-divulgar-dieta-do-ovo-1.3211185" target="_self">Virginia é criticada por lançar whey protein após divulgar dieta do ovo</a><br />
<a href="https://daqui.opopular.com.br/famosos/virginia-recebe-mais-criticas-apos-testes-da-base-wepink-1.2628778" target="_self">Virgínia recebe mais críticas após testes da base WePink</a></div>

<p>De acordo com a ação do MPO, protocolada pelo promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva, titular da 70ª PJ, a empresa estaria fazendo publicidade enganosa nas lives transmitidas pelas redes sociais.</p>

<p>Nestas transmissões, os sócios da empresa chegaram a confessar a venda de produtos sem ter estoque suficiente para entrega. Durante uma live nas redes sociais, que foi gravada, Thiago Stabile chegou a dizer que a empresa passou de R$ 200 mil para R$ 400 mil de faturamento mensal e admitiu que houve um problema de abastecimento, devido a este rápido crescimento. “Algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito”, disse o sócio da Wepink.</p>

<ul style="padding-right: 0px; padding-left: 0px; margin: 0px 0px 5.5px 25px; color: rgb(0, 0, 0); font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 11px;">
	<li><strong style="font-weight: bold;">Entenda autuação sofrida pela empresa no g1 Goiás:</strong>&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/10/09/empresa-de-virginia-wepink-e-autuada-pelo-procon-por-atrasos-e-falta-de-entrega-de-produtos-comprados-online.ghtml" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none;" target="_blank">Empresa de Virginia, WePink é autuada pelo Procon por atrasos e falta de entrega de produtos comprados online</a></li>
</ul>

<p>A ação do MPGO acusa a empresa de continuar vendendo produtos mesmo sabendo que não teria condições de entregar no prazo prometido de 14 dias úteis, o que caracteriza publicidade enganosa e má-fé contratual.</p>

<p>Na ação, o promotor ressalta que “o pós-venda ineficiente constitui verdadeiro estresse para qualquer consumidor, submetendo-o a situações de irritação, calvário e peregrinação para solução de seu drama: o WhatsApp que não responde (por IA) e os e-mails são ignorados”.</p>

<p>De acordo com o MP, a prática abusiva é reiterada pela empresa, que acumula mais reclamações que banco s e empresas de telefonia e já foi alvo de um Auto de Infração por parte do Procon Goiás.</p>

<p>Uma consumidora teria aguardado sete meses pela entrega de produto, que nunca chegou, e a empresa teria se recusado a fazer o estorno dos valores pagos.</p>

<h2><b>“Flashsale”</b></h2>

<p>De acordo com a ação, os sócios fazem a “divulgação de produtos de beleza e cosméticos com descontos substanciais e em formato de “flash sale” (tática mercadológica que consiste em ofertar produtos ou serviços com descontos significativos por um período de tempo exíguo e predeterminado)”, numa pressão psicológica que pode induzir o consumidor ao erro.</p>

<p>Segundo o MPGO, os empresários devem responder solidária e pessoalmente pelos danos, pois participaram ativamente das lives promocionais, tinham conhecimento das falhas operacionais e, mesmo assim, mantiveram a estratégia de vendas massivas.</p>

<p>O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, informou que as 340 reclamações no órgão foram registradas em 2024 e 2025. Segundo ele, a maioria das queixas é de produto que não chegou no prazo determinado, dificuldade de comunicação com a empresa e de recebimento do dinheiro de volta em caso de desistência da compra.</p>

<p>Palmerston lembra que o CDC é claro: compras feitas pela internet precisam respeitar o prazo de entrega, é preciso fornecer informações claras sobre o produto, o tempo de entrega, o sistema de frete, as condições de cancelamento e os canais de atendimento, que precisam funcionar.</p>

<p><cite>No caso da Wepink, as reclamações ficam sem resposta, por isso as pessoas procuraram o Procon”, destaca. </cite></p>

<p>Por isso, a empresa foi autuada pelo órgão com base nos artigos 6º, 35ª e 39ª do CDC, por problemas como descumprimento da oferta, como a pessoa comprar e não receber, falta de informações claras e deixar de estipular o prazo para o cumprimento desta obrigação.</p>

<p>De acordo com o superintendente, a empresa encaminhou defesa, que será analisada para o órgão decidir se abrirá ou não um processo administrativo, que pode resultar em multa de até R$ 11 milhões.</p>

<p>“Ela precisa cumprir as ofertas. Empresa parece que cresceu demais sem se estruturar e ter um pós-venda eficiente para resolver os problemas. A ideia é fazer isso acontecer e a empresa melhorar para atender o consumidor”, informa. Ele adverte que se a Wepink não melhorar e se estruturar, o Procon pode entrar com uma medida cautelar proibindo a venda de seus produtos em Goiás.</p>

<h3><b>Defesa</b></h3>

<p>Em nota, o advogado da Wepink, Felipe de Paula, disse que recebeu a notificação do Procon Goiás, inclusive, mais de uma sobre os mesmos fatos, as quais foram devidamente respondidas, esclarecendo que hoje a Wepink não sofre mais com atrasos frequentes, tanto que é nota 8.1 na plataforma Reclame Aqui, contando com um índice de 93% de resolução, coisa que poucas empresas do e-commerce conseguem.</p>

<p>Outro ponto importante, segundo ele, é que a decisão registra a ausência de defesa, fato contestado. “Provamos que houve apresentação de defesa, juntando como prova o aviso de recebimento da nossa defesa pelo Procon Goiás. Portanto, acreditamos que tudo será esclarecido nos próximos dias”, diz.</p>

<p>Sobre a ação do MPGO, ele informou que ainda não havia sido citado e não tomou conhecimento dos termos, e sequer o juiz se manifestou. “Dessa forma, não há como nos manifestarmos. Tão logo sejamos formalmente citados, nos manifestaremos nos autos”, disse.</p>
