<img attr-cid="policy:1.1982720" attr-version="policy:1.1982720:1735915444" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.1982720/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
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1) O que é usufruto?

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Usufruto é um direito real que permite a alguém usar e colher os frutos de um bem, pertencente a outra pessoa (artigos 1.390 ao 1.411 CC/2002).

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2) Qual é a diferença entre a reserva e a instituição de usufruto?

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Na reserva de usufruto, o proprietário doa a nua propriedade a outra pessoa, mas mantém o direito de usar e usufruir do bem. Já na instituição de usufruto, o proprietário transfere o direito de uso e fruição para outra pessoa, mas continua sendo o dono do bem.

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3) O usufruto incide somente sobre bens imóveis?

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Não. O usufruto pode incidir tanto sobre bens imóveis quanto móveis, embora seja mais comum em bens imóveis (art. 1.390 CC/2002).

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4) Meu pai vai me doar um imóvel. Posso instituir usufruto em favor de outra pessoa?

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Sim. Após receber a doação e se tornar proprietário, você pode instituir o usufruto em favor de qualquer outra pessoa.

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5) Doei um imóvel para meus filhos e reservei o usufruto para mim. Quando eu falecer, esse bem entra no inventário?

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Não. O imóvel já é dos filhos. Após o falecimento, o usufruto é cancelado, mas o imóvel não entra no inventário.

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6) Tenho usufruto de um imóvel. Se eu falecer, o usufruto passará para meu cônjuge?

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Não. O usufruto é um direito personalíssimo e se extingue com o falecimento do titular.

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7) Sou casado e meus filhos querem instituir usufruto apenas para mim. É obrigatório incluir minha esposa no usufruto?

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Não. Não é obrigatório incluir a esposa, pois o usufruto pode ser instituído em favor de uma única pessoa, conforme a vontade dos doadores.

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8) O usufruto precisa ser vitalício?

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Não. O usufruto pode ser estabelecido por qualquer prazo, conforme a escolha do instituidor.

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9) É possível instituir usufruto em favor de mais de uma pessoa?

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Sim, o usufruto pode ser para várias pessoas. Se um falecer, sua parte pode ser transferida para os outros usufrutuários (art. 1.411 CC/2002).

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Curiosidades sobre usufruto

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Matéria - Infomercial

INFOMERCIAL

Goiás registra quatro casos de agressão contra idosos por dia. Só de janeiro a maio, a Delegacia Especializada no Atendimento ao Idoso recebeu 588 denúncias. Os crimes mais comuns são maus-tratos, exploração financeira e abandono. A maioria dos crimes é praticada por pessoas do convívio diário, como familiares, especialmente filhos e netos.Nesta quinta (15), celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência Contra a Pessoa Idosa, data instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011. Em outubro, o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741) completa 20 anos. Apesar da legislação, o Brasil reage muito lentamente para preservar a integridade física das pessoas com mais de 60 anos. Em Goiás, por exemplo, a primeira delegacia especializada só foi instaurada há sete anos. A segurança, porém, é só um dos aspectos em relação aos direitos dos idosos. Eles passam, também, pelo respeito à autonomia sobre a própria vida, ao trabalho aos relacionamentos afetivos. Nesse ponto, o Brasil ainda engatinha. O debate sobre o etarismo é muito recente, carregado de senso comum e preconceito. O que é um grave erro em um país cuja pirâmide etária muda rapidamente.

Direito dos idosos

Editorial

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Matéria - Opinião - Editorial

O segundo dia de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve a maioria das questões contextualizadas com assuntos atuais. A prova contou com perguntas ligadas a temas como biotecnologia, epidemias de doenças, meio ambiente e até competições esportivas. Ao POPULAR, professores avaliaram que o nível geral de dificuldade do exame foi dentro do esperado, com questões com o clássico “estilo Enem”.Neste domingo (20), os portões abriram às 12 horas e foram fechados às 13 horas para o início das provas às 13h30. Ela teve duração de cinco horas. Em Goiás, a expectativa era de que 137,7 mil estudantes fizessem o exame, que contém 90 questões objetivas de matemática e ciências da natureza, sendo 45 questões de cada. Os gabaritos das provas objetivas devem ser divulgados nesta quarta-feira (23), no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).O professor de Matemática do Colégio Agostiniano, Felype Augusto, afirma que, como de costume, as questões da disciplina contaram com enunciados grandes e assuntos tradicionais da prova como funções, porcentagem e probabilidade. “Me chamou a atenção a abordagem através de temáticas atuais, como a simulação de um modelo de uma epidemia fictícia e perguntas ligadas a competições esportivas.”A prova também contou com três questões de geometria espacial em que não precisavam ser feitas contas. “O estudante precisava apenas de ter uma visão espacial”, relata Felype.Nas perguntas de biologia, assuntos como a Covid-19 e a dengue apareceram com a aplicação da biotecnologia em saúde pública. A ecologia, evolução e imunologia, assuntos clássicos da prova, também foram abordados. “Foi uma prova boa para quem estudou para o Enem tradicional, com questões contextualizadas com temas atuais e interdisciplinares”, diz Samuel Nascimento, que é professor da disciplina.Já em química, as questões foram mais difíceis. É o que aponta Johnathan Guimarães, professor da área. “A linguagem foi complexa e distante da maioria dos estudantes do ensino médio. Assuntos comuns, como a química orgânica, não foram abordados. Enquanto isso, questões mais difíceis de bioquímica tiveram espaço. As questões de cálculo também tiveram um nível alto. Foi uma prova bastante conteudista”, explica.O professor de física, Ricardo Aleluia, também considerou a prova da disciplina mais difícil, apesar de ter abordado conteúdos rotineiros do Enem como, por exemplo, velocidade média, óptica e as Leis de Newton. “Também teve uma questão de física moderna, sobre buracos negros. Isso foge um pouco do que costuma ser cobrado. Tinham muitas questões de cálculo, que exigiam técnica. Além disso, os alunos precisavam saber relacionar bem o enunciado com o que estava sendo cobrado nas perguntas.”Mais tranquiloAo POPULAR, estudantes relataram que consideraram o segundo dia de prova mais tranquilo do o primeiro. “Achei a prova bem tranquila, especialmente matemática, pois caiu muita coisa que estudei. Uma das questões que me chamou a atenção foi o tipo de tratamento utilizado para combater a Covid”, contou Emmanuel Araújo Dutra, que participou do exame como treineiro, em Goiânia.Em Goiás, 138,9 mil participantes se inscreveram para realizar a prova impressa ou digital do Enem em 2022. No primeiro dia, na modalidade impressa, a taxa de abstenção foi de 32%. Até o fechamento desta edição, o instituto ainda não havia divulgado a porcentagem de abstenção no segundo dia de prova.Leia também: <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/matem%C3%A1tica-deixou-segundo-dia-do-enem-mais-f%C3%A1cil-avaliam-primeiros-a-deixar-local-de-prova-1.2564138" target="_blank">-&nbsp;Matemática deixou segundo dia do Enem mais fácil, avaliam primeiros a deixar local de prova</a> <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/pais-viajam-at%C3%A9-2h-e-enfrentam-sol-para-acompanhar-filhos-no-enem-em-goi%C3%A2nia-1.2564061" target="_blank">-&nbsp;Pais viajam até 2h e enfrentam sol para acompanhar filhos no Enem em Goiânia</a>

Segundo dia de prova do Enem mira questões ligadas a temas atuais

Cidades

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Rosebud! A última palavra dita pelo protagonista de Cidadão Kane, naquele que é considerado por boa parte da crítica especializada como o melhor filme de todos os tempos, ainda excita a imaginação de cinéfilos de todo o mundo. O filme Mank, produzido pela Netflix e que concorreu em dez categorias no último Oscar, tangencia as hipóteses a respeito, trazendo até uma versão bem mundana para o mistério (sem spoiler, por favor). Mas o filme revela bem mais: as circunstâncias especiais na redação do roteiro do clássico.No filme de David Fincher, com o já oscarizado Gary Oldman no papel principal, há uma releitura dos bastidores da criação daquela obra-prima, algo que aconteceu à base de muitos embates, pressão e quantidades cavalares de bebida alcoólica. Nada de novo, sobretudo quando se pensa no estilo excêntrico de Orson Welles, produtor e diretor do filme. E, talvez, também seu roteirista de fato. É aí que o filme lança a polêmica, uma vez que reaviva a versão de que a história foi toda escrita por Herman J. Mankiewicz, o Mank.É absolutamente fascinante quando essas histórias pouco conhecidas em torno de histórias muito conhecidas vêm à tona. No caso de Mank, que ganhou os Oscar de melhor direção de arte e de fotografia, há uma verdadeira reconstrução de uma Hollywood que não existe mais fisicamente, mas que mantém seus ecos na fogueira das vaidades do cinema. E essa é atemporal. Emulando o próprio clima de Cidadão Kane, filmado em preto e branco e com um ritmo mais lento que o habitual, Mank é, antes de tudo, uma grande homenagem.Mas isso não quer dizer que feridas ainda abertas não são cutucadas, como a forma pela qual Welles teria tentado se apoderar do talento de Mankiewicz em Cidadão Kane. Um tipo de disputa que tem muito a ver com orgulhos feridos, traições explícitas e invejas nem tão secretas assim, mas que ganham outra dimensão quando falamos de um clássico. E Hollywood adora abordar essas tretas históricas quando quase todos já estão mortos e é mais fácil traçar perfis nada elogiosos dos envolvidos, que também são geralmente ícones.O gênio explosivo de Welles está presente no filme, seu modo peculiar de convencer as pessoas a fazerem o que ele queria e como mirava seus inimigos impiedosamente. No caso de Cidadão Kane, é feita uma projeção implacável do grande magnata da mídia William Randolph Hearst, o barão dos jornais que exercia um poder imperial sobre Hollywood e boa parte da política dos EUA. Um homem com quem Mankiewicz tinha boa relação e que se transformou em seu inimigo ao escrever o roteiro da história baseada em sua arrogância.Essa viagem ao passado revela fatos que a maioria ignora, como a discussão entre Welles e Mank, sobre os créditos do roteiro, única categoria que o filme, indicado a nove Oscars em 1943, ganhou (na noite da entrega, Welles estava no Brasil filmando o documentário É Tudo Verdade). Por muito pouco, Mankiewicz não teve seu nome registrado como autor do script e o prêmio não fica apenas com o colega - que na verdade era seu patrão naquele trabalho. A produção de Fincher defende que Welles, pra valer, colaborou muito pouco no roteiro.Trumbo, o perseguidoCidadão Kane não é o único clássico cuja autoria do roteiro teve problemas. O épico Spartacus, dirigido por Stanley Kubrick e produzido por Kirk Douglas - também seu protagonista -, passou por uma polêmica sobre a quem creditar a criação do scritp. Isso aconteceu, porém, por motivos bem diferentes que uma disputa de vaidades. Essa história de bastidor é contada em outra produção recente - Trumbo, a Lista Negra -, que revela os percalços do roteirista Dalton Trumbo, vítima da caça às bruxas aos comunistas nos anos 1950 e 1960.Perseguido pelo chamado macarthismo, Trumbo não conseguia emprego, já que diretores e produtores tinham medo de represálias. Kirk Douglas encarou as ameaças e o contratou para não só escrever o roteiro da superprodução, mas para criar versões do enredo que dessem destaque aos personagens para os quais grandes astros eram convidados. Com isso, Trumbo acabou escrevendo um roteiro para ser mostrado a Laurence Olivier, outro para Charles Laughton, um terceiro para que Peter Ustinov lesse. Uma trabalheira danada.E, mesmo depois disso tudo, quase que Trumbo não tem seu nome mostrado nos créditos do filme. Na verdade, a primeira versão não teve, como já havia ocorrido com outros trabalhos dele. Em A Princesa e o Plebeu, de 1953, estrelado por Audrey Hepburn, e Arenas Sangrentas, de 1956, os roteiros foram escritos por Trumbo e ambos os trabalhos foram agraciados com Oscars. A questão é que ninguém poderia saber que havia sido Trumbo o autor das histórias e ele não pôde sequer receber as estatuetas que faturou.Essa retratação só aconteceu muitos anos depois, quando a paranoia comunista em Hollywood já havia arrefecido. Outro detalhe chama a atenção quanto a Dalton Trumbo. O silêncio em torno de seu nome foi rompido na época do lançamento de Spartacus, mas não pela iniciativa dos responsáveis pelo filme e sim por conta de uma decisão do diretor Otto Preminger, que acabara de filmar outro clássico, Êxodo, também com roteiro do escritor perseguido. Ficou difícil continuar omitindo a autoria de um gigante desses.Tretas nacionaisTapa na cara e um sonoro “pede pra sair”. Uma das cenas mais famosas de Tropa de Elite, de José Padilha, envolvendo o protagonista capitão Nascimento (Wagner Moura), foi vista pelo público, mas também se repetiu em seus bastidores. A responsável por isso foi a preparadora de elenco Fátima Toledo. Nesse trabalho, ficaram famosos seus métodos menos ortodoxos para tirar o que havia de mais intenso dos atores, submetendo-os a espécies de testes, com direito a enfrentamentos físicos e situações estressantes.O resultado é um cinema com atuações mais realistas, ainda que haja o risco de colocar os bastidores a perder. Esse equilíbrio não é nada fácil e já desafiou gênios. Quando filmou Terra em Transe, Glauber Rocha precisou lidar com egos inflados, como os de Paulo Autran e José Lewgoy – este, aliás, participou de uma produção conturbadíssima no meio da Amazônia. O diretor alemão Werner Herzog, ao rodar Fitzcarraldo, quase viu o ator Klaus Kinski, um homem intratável, ser morto por indígenas, além de aguentar os surtos do astro.Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e ganhador da Palma de Ouro em Cannes, O Pagador de Promessas também teve problemas em seus bastidores. A história de Zé do Burro foi boicotada pela Igreja Católica e as duas principais atrizes do elenco, Glória Menezes e Norma Bengel, não se davam muito bem. Já para fazer Vidas Secas, Nelson Pereira dos Santos teve de lidar com recursos limitados (nenhuma cena podia ser repetida) e problemas de saúde causados pelas condições de trabalho sob o sol do sertão.Bastidores agitadosDe acidentes quase fatais, a brigas homéricas entre estrelas e diretores, alguns dos filmes mais famosos da história têm seus lados ocultos, quase nunca tão glamorosos assim.O Mágico de Oz&nbsp;(1939)O filme icônico que alçou a jovem Judy Garland ao estrelato teve uma produção agitada por fatos nada inocentes, como era a protagonista Dorothy. A atriz tinha 17 anos quando o trabalho foi rodado, mas a pouca idade não a livrou de assédios sexuais por parte do elenco de figuração e da ira do diretor, o temperamental Victor Fleming, que chegou a estapeá-la para que fizesse uma cena como ele desejava. Além disso, a atriz Margaret Hamilton, a Bruxa Má da história, sofreu queimaduras graves ao fazer a tomada em que ela surge entre chamas. Ela ficou várias semanas internada, mas a sequência foi aproveitada no corte final.&nbsp;E o Vento Levou...&nbsp;(1939)Um dos maiores clássicos da história do cinema custou a ser terminado em razão de brigas intermináveis entre seus realizadores. George Cukor, que ganharia um Oscar em 1965 por My Fair Lady, e Sam Wood, nomeado ao prêmio três vezes, ficaram pelo caminho graças ao temperamento mercurial do produtor David O. Selznick, que não concordava com seus métodos de trabalho e os pressionava quase à loucura quanto a prazos e custos. Genro do dono de estúdio Louis B. Mayer, ele só se acertou com Victor Fleming, que veio, brigou com a protagonista Vivien Leigh, saiu, mas foi chamado de volta, para desgosto da atriz.&nbsp;Casablanca&nbsp;(1942)Esse clássico era para ser um drama de guerra despretensioso, tanto que o elenco original não contava com nomes de ponta. Humphrey Bogart e Ingrid Bergman entraram depois. A dupla original seria Ronald Reagan (o futuro presidente dos EUA) e Ann Sheridan. A estreia precisou ser adiantada quando os Aliados tomaram a costa africana. Como o filme se passava no Marrocos, temeu-se uma descontextualização. Mas o mais grave ainda estava por vir. A então esposa de Bogart, Mayo Methot, acreditando em boatos sobre um suposto romance do marido com a parceira de trabalho, o esfaqueou em um ataque de ciúmes.&nbsp;O que Terá Acontecido a Baby Jane&nbsp;(1962)A rivalidade entre as divas Bette Davis e Joan Crawford foi uma das mais conhecidas de Hollywood e o encontro delas nesse filme virou série da HBO. Em Feud, Susan Sarandon e Jessica Lange dão vida às atrizes que só aceitaram atuar juntas porque viram na produção a chance de saírem da decadência em que ambas estavam. Elas tinham, juntas, três Oscars e levaram a disputa de décadas para as filmagens. Em uma cena, Davis dá um pontapé e acerta tapas de verdade na colega. Crawford dá o troco enchendo os bolsos de pedras numa cena em que Davis precisava carregá-la. Detalhe: Davis tinha problemas de coluna.&nbsp;Os Pássaros&nbsp;(1963)Alfred Hitchcock, como todo diretor genial, tinha lá seu lado sombrio. Um dos mais famosos era sua obsessão por atrizes. Ele teve paixonites por Grace Kelly (Janela Indiscreta) e Kim Novak (Um Corpo que Cai). Não foi diferente com a bela Tippi Hedren, estrela do suspense Os Pássaros. Ele a assediou e ela o refutou. Foi o bastante para o clima no set mudar. Ela passou a ser alvo do diretor, o que lhe valeu ferimentos físicos, como quando Hitchcock jogou pássaros de verdade sobre a atriz em uma das sequências. Ela passou a ter sustos sucessivos nas filmagens, que o cineasta justificava em nome da arte.&nbsp;O Poderoso Chefão&nbsp;(1972)Um filme de Oscar Isaac vai contar as tramas que envolveram a produção de O Poderoso Chefão, com seus bastidores turbulentos mostrados a partir do ponto de vista do diretor Francis Ford Coppola e suas dificuldades para rodar esse clássico. Tudo começa com Marlon Brando, que fazia questão de não decorar suas falas, inserindo improvisações no meio das cenas e compondo seu personagem como bem entendeu. Al Pacino também esteve prestes a ser demitido porque teria uma atuação contida demais para um mafioso de ascendência italiana. Aliás, os produtores não gostavam nem mesmo de Coppola.&nbsp;Um Estranho no Ninho&nbsp;(1975)Baseado na obra de Ken Kesey, que expressa suas experiências como interno de uma instituição de tratamento psiquiátrico, a adaptação para o cinema feita pelo diretor Milos Forman desagradou em cheio o autor. Ele não gostava do cineasta. Mas outros gostavam (ele ganhou um Oscar de direção pelo filme) e se entregaram ao trabalho, até num grau perigoso. Foi o caso de Jack Nicholson, que também levou um Oscar pela interpretação do homem com problemas mentais. Existe uma lenda que garante que Nicholson ficou três meses sumido, em um manicômio, para compor seu personagem. Não dá para duvidar.&nbsp;Apocalypse Now&nbsp;(1979)Francis Ford Coppola e Marlon Brando se envolveriam em um novo clássico - e em novas confusões nos bastidores - quando repetiram a parceria no perturbador Apocalipse Now. A produção, chamada de infernal por quem dela participou, durou quatro longos anos, ao longo dos quais o diretor, segundo ele próprio, pensou em se matar ao menos três vezes. Marlon Brando fez uma participação especial, mas não sabia suas falas - para variar - e estava muito obeso. Para completar, parte do elenco pirou no set insalubre. Dennis Hopper filmava à base de cocaína e Martin Sheen teve um surto e um infarto.&nbsp;O Iluminado&nbsp;(1980)Stanley Kubrick era considerado um gênio. E por alguns que trabalharam com ele, também um monstro. Que o diga a atriz Shelley Duvall, vítima preferencial do diretor em seu método de extrair interpretações realistas. Ela lidou com o desprezo da equipe - algo incentivado pelo cineasta - e as armas em suas cenas eram reais, não cenográficas. Segundo Kubrick afirmaria depois, ele queria que ela tivesse medo de verdade. E conseguiu. Na cena em que Jack Nicholson destrói a machadadas a porta do banheiro, ela se machucou para valer. A cena do bastão, por exemplo, foi repetida 127 vezes. O verdadeiro terror era o diretor.&nbsp;Franquia Poltergeist&nbsp;(1982-1987)Uma das franquias de terror mais cult das últimas décadas teve seus bastidores cercados com certa aura de mistério. No primeiro filme, o de 1982, uma cena envolvendo uma das crianças do elenco saiu do controle e o ator precisou ser acudido, uma vez que ele estava sufocando de verdade na sequência em que seu personagem é estrangulado. Já Dominique Dunne, a jovem atriz que participa do filme, foi assassinada pouco depois do lançamento da produção. Outra morte precoce atingiu a menina Heather O’Rourke logo após as filmagens de Poltergeist III, em 1987. Isso sem falar em luzes e pequenos acidentes no set.&nbsp;O Corvo&nbsp;(1994)Esse filme não entrou para a história do cinema por ser inovador ou ter grande valor estético, mas sim por seus bastidores, seguramente entre os mais trágicos de que se tem notícia. Basta dizer que seu protagonista, o ator Brandon Lee (filho do icônico ator e lutador Bruce Lee) foi morto durante as filmagens. Em uma sequência, seu personagem, baseado nos quadrinhos de O’Barr, recebe vários tiros. Ao invés de festim, o revólver fora carregado com munição verdadeira. Era uma das últimas tomadas da produção e o ator tinha acabado de completar 28 anos. Nunca se soube se o que aconteceu foi um acidente ou um crime.<div attr-cid="policy:1.2242850" attr-version="policy:1.2242850" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2242850" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2242850', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2242850">Imagem (1.2242850)</a></div><div attr-cid="policy:1.2242849" attr-version="policy:1.2242849" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.2242849" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.2242849', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.2242849">Imagem (1.2242849)</a></div>

É tudo verdade, por incrível que pareça: confira as polêmicas dos bastidores de clássicos do cinema

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Pela segunda vez consecutiva, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) não teve questões sobre regimes militares, totalitários ou conflitos contemporâneos, como a Guerra Fria. Esses conteúdos só deixaram de ser cobrados durante o governo Jair Bolsonaro (sem partido).Os professores de cursinho veem com preocupação a ausência desses assuntos, já que são conteúdos obrigatórios no ensino médio. Questões sobre o período da ditadura militar no Brasil apareceram em todas as edições do exame desde 2009, quando ele adquiriu o formato atual.A avaliação é de que a ausência desses assuntos seja resultado do trabalho de uma comissão criada pelo Inep para fazer uma triagem ideológica da prova. Na época, 66 questões foram excluídas por terem “abordagens controversas” e “teor ofensivo”, segundo os responsáveis pela varredura.A maioria das questões excluídas do banco de itens (de onde são selecionadas as perguntas da prova) era da área de ciências humanas e linguagens.Neste domingo (17), foi aplicada a primeira prova do Enem. Previsto inicialmente para novembro, o exame foi adiado para janeiro por causa da pandemia. A aplicação, no entanto, ocorre agora em um dos piores momentos da pandemia no país.Rodrigo Miranda, professor de história do cursinho Oficina, vê com preocupação a ausência destes conteúdos na prova e diz que esta edição não teve cobrança equilibrada dos assuntos. De 10 questões, 8 tratavam de história geral e apenas 2 eram sobre história do Brasil. “Impressionante ver que questões tradicionalmente trabalhadas pelo Enem sumiram. É preocupante que o exame tenha deixado de conduzir o aluno a refletir sobre pontos importantes da atualidade. Isso é uma perda em relação a anos anteriores.”ViolênciaAs perguntas da prova também não abordaram temas ligados à discriminação e violência, como racismo ou homofobia. Assuntos que até 2019 eram sempre levantados pelo exame.“É o segundo ano que esses assuntos ficam de fora da prova, sem dar voz às minoria, sem fazer com que o candidato reflita sobre questões importantes para a sociedade”, disse Raphael Hormes, professor do Descomplica.