(Wesley Costa) O campo brasileiro vive uma transformação silenciosa, mas de impacto profundo. Em apenas sete anos, a presença de mulheres em cargos de liderança no agronegócio cresceu 79%, segundo levantamento da agência Macfor. Se por um lado elas ainda administram apenas 8,5% das propriedades rurais do país, por outro já ocupam 34% das posições de liderança no setor, um movimento que combina inovação, digitalização e profissionalização da gestão rural. Esse avanço tem rosto e protagonismo. A região Nordeste do Brasil lidera em representatividade, reunindo 57% das mulheres que hoje comandam negócios no agro. E não se trata apenas de ocupar espaços antes majoritariamente masculinos: elas também têm sido responsáveis por puxar a transformação digital no campo. Dados do Ministério da Agricultura mostram que 75% dos cadastros no órgão são feitos por elas, reflexo direto de um engajamento que moderniza a rotina e abre novas perspectivas para os negócios.