(Wesley Costa) Em um momento em que os impactos da crise climática são cada vez mais visíveis e alarmantes, o papel das comunidades na defesa do meio ambiente ganha novos ares de urgência. A reciclagem é um fator importante nessa defesa. Quando reciclado, o resíduo que seria descartado é transformado em um novo produto, evitando a extração de matérias-primas e a geração de lixo. No entanto, a reciclagem só é eficaz quando há a participação de todos. Apesar de os projetos de coleta seletiva em Goiânia conseguirem separar até 5,26% dos resíduos domiciliares recicláveis, 65% desse material é devolvido ao aterro sanitário, segundo dados da Universidade Federal de Goiás (UFG) e da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Isso ocorre devido ao descarte inadequado feito pela população e à contaminação do material por resíduos orgânicos já na coleta. Estima-se que 29% do lixo coletado na capital poderia ser reaproveitado, mas acaba sendo perdido, gerando impactos ambientais, sociais e econômicos, como poluição de mananciais, contaminação do solo, proliferação de doenças e perdas financeiras que podem chegar a R$ 38,4 milhões por ano.