(Cristiano Borges) Segundo o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 91,35% da população da região Centro-Oeste vive em áreas urbanas. Mas o que, de fato, significa viver na cidade? Muito além de habitar um endereço, os centros urbanos se expressam por meio das ruas movimentadas, das praças onde memórias são construídas e dos espaços que cumprem funções sociais e promovem convivência entre as pessoas. Nesse contexto, o urbanismo assume um papel fundamental: propor soluções capazes de transformar áreas subutilizadas ou degradadas em ambientes funcionais, inclusivos e, acima de tudo, humanos. A requalificação urbana surge justamente com esse propósito. O conceito envolve ações voltadas à melhoria da qualidade de vida, à reintrodução de usos, à criação de espaços de convivência, à modernização da infraestrutura e, em muitos casos, à atribuição de novas funções a locais já existentes. As intervenções podem incluir a recuperação de edifícios, a reestruturação de acessos, a implantação de praças e a integração de aspectos patrimoniais e ambientais. Todo esse processo ocorre a partir de planejamento técnico e da execução de obras e ações voltadas à revitalização de áreas urbanas em declínio ou subutilizadas, como antigos polos industriais ou centros históricos.