<img attr-cid="policy:1.3213183" attr-version="policy:1.3213183:1734958278" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3213183/maior__MG_8156.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Divulgação/Crer ()

Com foco na excelência e buscando elevar ainda mais o padrão dos serviços prestados, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo – Crer, escreveu mais um importante marco na história da saúde pública de Goiás, sendo o primeiro hospital do estado e primeiro hospital 100% SUS do centro-oeste a obter a Acreditação Qmentum Internacional.

Acreditação é um processo de avaliação externo, voluntário, através do qual uma organização independente avalia periodicamente a instituição para determinar o cumprimento de um conjunto de padrões necessários para o alcance de uma qualidade de excelência na prestação de seus serviços. O nível de maturidade alcançado pelo Crer foi o Diamond, o mais alto da metodologia, e que somente 13 hospitais públicos do país possuem.&nbsp;

O diretor geral do Crer, Luiz Carlos Junio Sampaio Teles, falou do pioneirismo da unidade na busca de excelência e da importância da certificação. “O Crer agora está inserido em um grupo de elite de instituições internacionais. Temos em nosso DNA a procura contínua da melhoria dos serviços, sendo precursor no estado em outras acreditações de relevância nacional. A Qmentum é uma certificação canadense, com padrões internacionais de excelência que colocam o paciente no centro do cuidar e trabalham governança profissionalmente, e que será de grande valia no atendimento do usuário do SUS”, declarou Luiz Sampaio.

Os desafios de conseguir a certificação foram altos, mas a unidade superou com mérito, de acordo com a gerente de qualidade do Crer, Josenei Skorek. “O prazo médio para uma unidade hospitalar alcançar a certificação é de 3 anos, porém conseguimos em 1 ano e 4 meses. Foram mais de 2.400 requisitos exigidos, e tivemos que realmente integrar toda a equipe em um só objetivo. Foram feitas centenas de ações e vários ajustes, mas valeu a pena, pois todos entenderam que os benefícios serão extensos”, relatou Josenei.

Dentre os benefícios que serão gerados, podem ser destacados a integração e aprimoramento das melhores práticas aderidas internacionalmente; a redução do potencial de ocorrências de incidentes de segurança do paciente; avaliação contínua de indicadores de desempenho e resultados, gerando um ambiente de trabalho mais eficiente; além de muitos outros, sempre focados no cuidado centrado na pessoa: paciente, família e profissional.

<h2>Metodologia Qmentum</h2>

A metodologia canadense Qmentum International adotada pelo Crer, empregada em mais de 40 países ao redor do mundo, é respaldada pela aliança entre o Quality Global Alliance - QGA e a Health Standards Organization - HSO, permitindo o acesso a padrões internacionais de excelência e inovação. Esta abordagem ampla tem como objetivo agregar valor aos usuários e ao sistema de saúde como um todo, promovendo a troca de melhores práticas e impulsionando uma cultura de qualidade, segurança e cuidado centrado na pessoa.

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Qmentum: Qualidade dos serviços do Crer é reconhecida internacionalmente

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INFOMERCIAL

Após o prefeito Sandro Mabel (UB) publicar um decreto que declara emergência em saúde pública no município em razão da <a href="https://opopular.com.br/cidades/dengue-avanca-em-goias-e-causa-preocupac-o-1.3210554" target="_blank">epidemia de dengue</a> em Goiânia, as visitas dos agentes de combate às endemias devem ser retomadas mais intensamente a partir da próxima segunda-feira (6). Os cerca de 850 profissionais da rede municipal conseguem fazer, em média, 24 mil visitas por dia, o que dá quase 30 visitas por agente. Em um mês, é possível fazer quase 500 mil visitas. Especialista aponta que cenário epidemiológico da dengue atual não aponta para gravidade registrada em 2024, mas a gestão municipal argumenta que é preciso se antecipar e prevenir quadro desfavorável.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

O decreto assinado pelo prefeito suspende férias e folgas dos agentes, determina o cumprimento de jornada de 40 horas e o retorno imediato às atribuições originais de todos os agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias que exercem cargo em comissão ou função de confiança. A ideia é reforçar a visitação domiciliar e demais ações de campo que combatem a proliferação do Aedes aegypti, mosquito que é o vetor da transmissão da dengue. Durante a assinatura do documento, Mabel chegou a comentar que a Prefeitura de Goiânia estuda a possibilidade de usar drones para ajudar no trabalho dos agentes.

Em entrevista concedida ao POPULAR no início desta semana com exclusividade, o secretário municipal de Saúde, Luiz Pelizzer, já havia dito que a Prefeitura de Goiânia tem condições de fazer um milhão de visitas nos primeiros 100 dias de 2025. No decreto, Mabel também determinou que os cerca de 980 agentes comunitários de saúde da capital colaborem no trabalho. Considerando que apenas os agentes de combate às endemias conseguem fazer quase 500 mil visitas por mês e a existência do reforço por parte dos agentes comunitários de saúde, a meta é alcançável.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/dengue-avanca-em-goias-e-causa-preocupac-o-1.3210554" target="_blank">Dengue avança em Goiás e causa preocupação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chikungunya-matou-mais-ate-agosto-deste-ano-do-que-em-todo-2023-alerta-fiocruz-1.3204599" target="_blank">Chikungunya matou mais até agosto deste ano do que em todo 2023, alerta Fiocruz</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mabel-inicia-serie-de-mutir-es-de-limpeza-em-goiania-1.3216432" target="_blank">Mabel inicia série de mutirões de limpeza em Goiânia</a></div>

No ano passado, considerado o pior ano da série histórica de <a href="https://opopular.com.br/cidades/chikungunya-matou-mais-ate-agosto-deste-ano-do-que-em-todo-2023-alerta-fiocruz-1.3204599" target="_blank">registros de dengue no Brasil</a>, o decreto de emergência em saúde pública no município em razão da epidemia de dengue foi publicado em 13 de março, quando a rede municipal já manejava uma grande quantidade de casos da doença. O pico da doença ocorreu em abril, na semana epidemiológica 16. Entre os dias 14 e 20 daquele mês, foram 3 mil registros em Goiânia e 23,2 mil em Goiás. O cenário pressionou os hospitais da rede municipal e estadual, que registraram taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) próxima de 100% em abril e maio.

Conforme o painel da dengue da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), desde o final de agosto do ano passado a curva de casos da doença em Goiânia tem se comportado de maneira semelhante a de 2023, que antecipou a alta de casos registrados no primeiro semestre de 2024. Desconsiderando a semana epidemiológica atual e as duas imediatamente anteriores, é possível observar um aumento de casos no fim de novembro no passado, com tendência de queda no início de dezembro (veja quadro).

O infectologista Marcelo Daher explica que quando analisada a curva de casos do final do ano passado, é possível perceber uma diminuição de registros. Entretanto, ele considera que o decreto pode ser benéfico considerando o contexto das diversas crises que a Saúde de Goiânia enfrentou ao longo de 2024. “Não é ruim, mas as ações precisam ser tomadas. Se fizer tudo isso em março (de 2025), a vaca já foi para o brejo. Quanto antes as ações forem feitas, melhor”, diz.

Na justificativa para o decreto de emergência, Pellizzer argumentou que, conforme o Boletim Epidemiológico Arboviroses Edição nº 50/Dezembro 2024, Goiânia apresentou o maior número de casos prováveis e confirmados de dengue, no mesmo período, desde 2015, “o que evidencia uma situação epidemiológica grave”. É importante destacar que o boletim analisou os dados acumulados de 2024 até a semana epidemiológica 50, ou seja, até o dia 14 de dezembro, o que significa que os 57,4 mil casos prováveis e 48,6 mil casos confirmados englobam os números registrados no começo do ano passado.

Na ocasião da assinatura do decreto pelo prefeito, o secretário municipal de Saúde afirmou que, em 2024, o combate a disseminação do Aedes aegypti, mosquito vetor de transmissão da doença, e as metas de limpeza e controle sanitário ficaram comprometidas. “Esse ano (2024), não tivemos praticamente nenhum tipo de controle (sobre a dengue) (...) Existe uma possibilidade muito grande de repetirmos a epidemia por falta de medidas preventivas”, alertou Pellizzer.

O secretário já havia dito em outras ocasiões que o decreto iria ajudar a administração pública a movimentar recursos em prol do combate à dengue em Goiânia. Pelo texto do documento, fica autorizada a adoção de todas as medidas administrativas necessárias à contenção da epidemia, em especial a aquisição pública de insumos e materiais, e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial.

De acordo com a edição mais recente do Boletim Epidemiológico Arboviroses, publicada nesta quinta, a incidência de casos da doença na capital se manteve acima do limite de alerta do final de janeiro até o início de outubro, mas depois verificou-se uma queda sustentada dos registros. Pelo boletim, Goiânia encontra-se no nível de alerta, ou seja, apresenta óbitos confirmados e incidência de casos prováveis dentro do canal endêmico. Para o momento, o documento recomenda justamente a identificação precoce da circulação viral e a intensificação da eliminação dos criadouros potenciais nas regiões com circulação viral e bairros circunvizinhos, devido ao início das chuvas e aumento dos criadouros, a fim de evitar nova explosão de casos.

<img attr-cid="policy:1.3216447" attr-version="policy:1.3216447:1735953467" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3216447/Vida Urbana - dengue folha.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Agente de endemias Ranieri Dias Reis limpa canteiro em ação de combate à dengue no Setor Bueno (Wesley Costa / O Popular)

<h2>Decreto prevê até ingresso forçado&nbsp;&nbsp;</h2>

O decreto de emergência voltado à prevenção contra a dengue em Goiânia prevê ainda a realização de campanhas educativas e de orientação à população sobre o combate ao mosquito transmissor da doença. Entre as ações estão: a realização de limpeza de terrenos baldios, pelo próprio município, quando caracterizada situação de abandono; o recolhimento de móveis, veículos, sucatas ou qualquer material depositado em vias públicas, no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa efetuar a retirada; e o ingresso forçado em imóveis no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa permitir o acesso de agente público quando se mostre essencial para a contenção das doenças.&nbsp;

Para isso, a Prefeitura precisará do empenho de diferentes pastas. O secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizer, já havia adiantado que pretendia trabalhar em parceria com a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh), Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).&nbsp;

Reportagem do POPULAR publicada em 15 de dezembro mostrou que a chegada da dengue era uma preocupação naquele momento por conta da situação frágil em que se encontrava a Saúde de Goiânia. O temor girava em torno da possibilidade de lotação dos leitos de UTI da capital caso os registros continuem crescendo. Com a abertura de leitos no Hospital Ruy Azeredo e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG), a espera por vagas, que fez com que pelo menos quatro pessoas morressem entre novembro e dezembro de 2024, caiu para menos de 24 horas nos últimos dias.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no âmbito da assistência já está sendo feito um reforço no protocolo de atendimento aos casos de dengue nas unidades de urgência e o Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), usado para a capacitação dos profissionais, foi reativado.

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Visitas a imóveis vão se intensificar para combater a dengue

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Saúde pública

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Diante do quadro de déficit de R$ 300 milhões nas contas da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, o <a href="https://opopular.com.br/politica/leandro-vilela-toma-posse-como-prefeito-de-aparecida-de-goiania-1.3215354" target="_blank">prefeito Leandro Vilela (MDB)</a>, empossado no último dia 1º, afirma que adotará medidas de austeridade fiscal, incluindo o corte de comissionados, para buscar o equilíbrio financeiro. Além disso, o gestor indica que pretende pagar a folha de dezembro de 2024 dos servidores municipais, que ficou em aberto pela gestão anterior de Vilmar Mariano (UB), mas reforça que não há previsão para que isso aconteça de imediato.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

“Vou pagar a folha de janeiro. A de dezembro, conforme eu conseguir caixa, eu vou pagar também. Vou pagar primeiro a minha gestão e os prestadores de serviço da minha gestão. Em seguida, vamos dar as outras coisas. Claro que vou honrar”, diz Vilela ao POPULAR.

Segundo o prefeito, a falta de <a href="https://opopular.com.br/cidades/totens-de-seguranca-podem-sair-de-cena-em-aparecida-de-goiania-1.3216388" target="_blank">planejamento da gestão</a> passada pode ter agravado o quadro. “Não houve tratativas entre nós sobre esse assunto. Eu não sabia qual era o caixa da Prefeitura. Só fiquei sabendo no dia 1º. O que houve é uma tamanha de uma irresponsabilidade.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/leandro-vilela-toma-posse-como-prefeito-de-aparecida-de-goiania-1.3215354" target="_blank">Leandro Vilela toma posse como prefeito de Aparecida de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/vilela-anuncia-12-auxiliares-sob-influencia-de-caiado-e-daniel-1.3211404" target="_blank">Vilela anuncia 12 auxiliares, sob influência de Caiado e Daniel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/jackson-abr-o-entrevista-leandro-vilela-1.3197792" target="_blank">Jackson Abrão entrevista Leandro Vilela</a></div>

O déficit financeiro abarca valores como, segundo Vilela, R$ 60 milhões referentes à folha de dezembro, R$ 40 milhões em acertos de desligamentos, R$ 35 milhões de custos no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (Hmap) e mais R$ 30 milhões devidos a prestadores de serviço. Atualmente, o caixa da prefeitura conta com apenas R$ 9 milhões. Para superar a crise, o emedebista disse que adotará medidas de austeridade.

“A estratégia é cortar despesas. Rever contratos. Cortar comissionados também. Não estou pensando em fazer nada para cobrar mais impostos. Temos que elevar a base da receita, novos investimentos, indústrias, empresas, atrair negócios, e não aumentar encargos – a não ser que fique insolúvel a situação, mas é pouco provável.”

O secretário da Fazenda de Aparecida de Goiânia, Carlos Eduardo de Paula Rodrigues, reforça as dificuldades que o município enfrenta no início do ano, período historicamente de baixa arrecadação, diz ele.

“Aqui o rombo é de 300 milhões. Não se pagou a folha de dezembro porque não tinha dinheiro. Mês de janeiro e fevereiro são os piores meses de arrecadação do ano. Começa entrar dinheiro para nós, de forma mais expressiva, a partir de 31 de março, que é data de vencimento do IPTU”, disse ao POPULAR.

Quanto a uma possível estratégia de parcelamento da dívida com os servidores, Rodrigues destaca que a solução depende de uma análise mais detalhada das receitas. “Falar em parcelamento quando não se tem nem a projeção da receita de forma concreta é difícil. Eu tenho histórico de receita de anos pregressos. Isso me sinaliza que eu dou conta de pagar os compromissos de janeiro. Agora, um adicional de 25% das despesas, que não é só pessoal, temos também fornecedores, então mês ruim.”

O não pagamento da folha salarial pelo ex-prefeito quebra uma tradição de cerca de 15 anos, período em que os servidores recebiam seus salários ainda dentro do mês de competência.

<div attr-cid="policy:1.3215698" attr-version="policy:1.3215698:1735757531" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3215698" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3215698', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3215698">WEBSTORIES LEANDRO POSSE (1.3215698)</a></div>

A insatisfação entre os funcionários da Prefeitura de Aparecida de Goiânia é generalizada. A categoria da Educação é uma das mais afetadas e vem manifestando seu descontentamento de forma mais incisiva sobretudo nas redes sociais. Professores têm falado, inclusive, em paralisação no início do ano caso o pagamento não seja realizado ou não haja um acordo sobre a situação da área com Vilela.

Outros servidores de diversas áreas reclamaram da falta de transparência por parte da secretaria municipal de Administração ainda no fim do ano passado, quando Mariano já dava sinais de que não pagaria o mês de dezembro. Segundo eles, a pasta não deu respostas claras sobre a data de pagamento ao ter sido questionada.

Por outro lado, Vilela e o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, anunciaram, nesta sexta-feira (3), a conquista de R$ 29 milhões junto ao Ministério da Saúde. O valor será totalmente destinado à área da Saúde de Aparecida, com prioridade para a quitação dos débitos acumulados com a Sociedade Brasileira Albert Einstein, que é responsável pela gestão do Hospital Municipal de Aparecida (Hmap).

Estratégia é cortar despesas e comissionados, aponta Vilela

Política

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Aparecida de Goiânia

A ansiedade de prefeitos para resolver problemas de uma cidade pode levá-los a criarem factoides políticos. A palavra factoide é um neologismo criado pelo jornalista americano Norman Mailer a partir da junção do substantivo fact com o sufixo oid, para significar algo que não tinha existência antes de aparecer em uma revista ou jornal. Se parece com um fato, mas não é fato.

Essa palavra me ocorreu vendo a afobação de prefeitos para produzir acontecimentos em menos de 24 horas das posses. O prefeito Sandro Mabel criou três factoides. Primeiro mandou afixar uma faixa na fachada do Paço Municipal na quarta-feira (1º), com a frase “sob nova direção”, para “informar” a mudança do prefeito, como se ninguém soubesse da troca, da mesma forma que clientes de uma loja desconhecem sua venda. Detalhe: o Código de Posturas do Município, em seu artigo 139, proíbe expressamente publicidade ou propaganda de caráter político e comercial, por meio de faixas afixadas em postes, árvores, muros ou fachadas.

Horas depois o prefeito foi fotografado colocando uma placa na entrada de seu gabinete com os seguintes dizeres: “Ao entrar nesta sala deixe o ‘não dá’ do lado de fora”. Por fim, Mabel surgiu vestido de agente de trânsito (capacete e blusão amarelos) na quinta-feira bem cedo, desligando um semáforo na Avenida Jamel Cecílio que ele achava inútil e que prometeu retirar na campanha eleitoral, lembrando o ex-prefeito de São Paulo João Dória que se vestiu de gari em seu primeiro dia de trabalho na prefeitura.

Mabel não foi o único a produzir factoides. O prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela, foi fotografado sobre uma retroescavadeira durante uma força-tarefa de limpeza no Goiânia Park Sul. Fatos assim só existem na mídia, são peças de marketing, de qualidade questionável, que não produzem resultados práticos, às vezes, nem mesmo para seus protagonistas. Quem hoje se lembra de João Dória? Governar é uma tarefa mais complexa. Requer mais do que uma boa ideia na cabeça e boa intenção, mas planejamento, equipe qualificada, muitas horas de trabalho e de suor. Não adianta correr contra o tempo.

Outra estratégia manjada é aumentar as dificuldades para piorar o que já é ruim. A gestão do ex-prefeito Rogério Cruz devastou a área de saúde, deixando dívidas segundo o Ministério Público de cerca de R$ 300 milhões. Depois da posse o secretário da Fazenda, Valdivino de Oliveira, falou em débitos de R$ 500 milhões. Ele também declarou que as dívidas da prefeitura estão entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3 bilhões. Valdivino somou as dívidas do Instituto Municipal de Assistência à Saúde (Imas), as dívidas da Comurg – ambas na casa dos R$ 2 bilhões – com o déficit entre receita e despesas do Tesouro municipal. Os passivos dos dois órgãos da administração indireta não são herança exclusiva da última gestão, mas de décadas de má gestão e não se confundem com as dívidas da prefeitura.

Segundo informações apuradas com fontes da prefeitura, a gestão de Rogério Cruz fechou o mês de outubro com déficit de R$ 322 milhões, abaixo dos R$ 340 milhões previstos na época, já incluídos R$ 79 milhões de restos a pagar deixados para 2025. O déficit de 2024 só será conhecido mais adiante. A antiga gestão deixou em caixa R$97 milhões para pagar as despesas com educação empenhadas em dezembro para o município honrar a obrigação constitucional de destinar 25% da sua receita com educação.

Também estão na conta R$ 62,5 milhões da primeira parcela de R$ 127 milhões do empréstimo de R$ 710 milhões que a prefeitura fechou com o Banco do Brasil no final de agosto. Além do restante dessa primeira parcela (Rogério Cruz gastou R$ 65,3 milhões) restam R$ 582 milhões do empréstimo que poderão ser liberados caso Mabel decida seguir adiante com o projeto de obras proposto pelo ex-prefeito e aprovado pela Câmara de Goiânia.

A herança administrativa herdada por Mabel é pesada e vai exigir muito esforço, criatividade e competência, em especial para resolver os desafios da saúde, da educação e da limpeza pública. Para isso é importante trabalhar com informações precisas e ser transparente com a população. Serão necessários mais fatos do que factoides.

Em tempo: estarei de férias a partir desta segunda-feira.

Os fatos sem fatos

Opinião

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Cileide Alves

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu para investigar as circunstâncias da posse do vereador eleito Osvaldo José Seabra Júnior, conhecido como “Osvaldo Cabal” (PL), 39, na Câmara Municipal de Ceres, cidade a 180 km de Goiânia. Foragido da Justiça, o parlamentar tomou posse reservadamente na Casa fora da cerimônia oficial no dia 1º de janeiro.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

A principal questão levantada pelo MPE é a situação de Cabal, que é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido no âmbito da Operação Ephedra. A operação, conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), investiga um esquema de produção e distribuição de rebite — um estimulante usado por caminhoneiros — e outras drogas. O vereador é suspeito de integrar a organização criminosa, além de lavar dinheiro proveniente das atividades ilícitas.

Cabal tomou posse em uma cerimônia que contou apenas com a presença do presidente da Câmara, Glicério Júnior (DC), e um representante do departamento jurídico, o assessor Daniel Prados. Essa sessão reservada gerou questionamentos sobre a legalidade do ato.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-toma-posse-e-reafirma-contenc-o-de-gastos-1.3215718" target="_blank">Mabel toma posse e reafirma contenção de gastos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/leandro-vilela-toma-posse-como-prefeito-de-aparecida-de-goiania-1.3215354" target="_blank">Leandro Vilela toma posse como prefeito de Aparecida de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/durante-posse-prefeito-reeleito-diz-que-vai-revogar-taxa-para-turistas-em-caldas-novas-1.3215834" target="_blank">Durante posse, prefeito reeleito diz que vai revogar taxa para turistas em Caldas Novas</a></div>

A Câmara de Ceres informou, por meio de nota, que a cerimônia que empossou os vereadores, prefeito e vice-prefeito eleitos ocorreu às 10h do dia 1º de janeiro, com a constatação da ausência de Cabal. Ainda no mesmo dia, às 15h58, porém, o parlamentar compareceu à Casa e foi dado posse ao vereador, em ato reservado.

Ao POPULAR, o assessor jurídico da Casa presente na posse, afirma que o caso gera estranheza, mas não trata-se de algo “incomum”, “proibido” ou “que tenha sido feito exclusivamente para ele”. “A primeira vista causa estranheza mesmo, mas vou te falar que não é incomum”, diz o assessor jurídico. “Na enorme maioria das cidades do Brasil, os regimentos internos preveem que aqueles que não compareçam à cerimônia de posse marcada, possam tomar a posse individualmente em período posterior. No caso de Ceres, em até 15 dias depois”, afirmou Prados.

O regimento interno da Câmara de Ceres define que os vereadores eleitos que não comparecerem à sessão solene de instalação e posse poderão prestar compromisso e assumir o cargo em até quinze dias após a cerimônia. Entretanto, o prazo pode ser prorrogado se a ausência for justificada e aceita pela Câmara, considerando a “cessação do motivo impeditivo como novo marco inicial para contagem do período de posse”.

Caso o vereador não tome posse dentro do prazo estipulado e a justificativa apresentada não seja considerada válida pela Câmara, o presidente deverá declarar o mandato extinto. Nesse cenário, o suplente da coligação ou partido será imediatamente convocado para assumir a vaga, garantindo o pleno funcionamento da Casa Legislativa.

“Um exemplo simples: suponhamos que um vereador tivesse ido para a posse às 10h da manhã e o carro dele tivesse quebrado, e ele não tivesse conseguido chegar a tempo, ele poderia vir tranquilamente depois e tomar posse. Ele tem esse direito”, afirma Prados. “Ele apareceu, se valeu da prerrogativa que ele tinha. Precisava ser um ato pessoal. Nós não o faríamos se fosse por procuração”, prossegue o assessor jurídico, acrescentando que “tem a impressão” de que Cabal foi orientado juridicamente sobre essa possibilidade de posse.

<h2>Apuração</h2>

O promotor eleitoral Pedro Furtado Schmitt Corrêa requisitou à presidência da Câmara de Ceres cópias das imagens das câmeras de segurança que possam ter registrado a entrada e permanência de Cabal no edifício. Também foi solicitado o registro do livro de posse e o regimento interno da Casa para averiguar se os procedimentos adotados foram compatíveis com as normas locais. Além disso, o MPE busca identificar quais pessoas estavam presentes no momento da posse.

Cabal teve a prisão preventiva decretada há quase um mês, após policiais encontrarem na sua residência um arsenal composto por pistolas e fuzis, além de suspeitas que o ligam à lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Na mesma operação, outras 23 pessoas também foram denunciadas por participação na quadrilha. Cabal foi eleito vereador pelo PL com 427 votos. O POPULAR não conseguiu contato com a sua defesa até o fechamento desta edição.

O assessor jurídico da Câmara de Ceres afirma que todas as solicitações do MPE serão respondidas e garante que “tudo está ocorrendo com a maior transparência”. Prados também diz que a Casa desconhecia oficialmente o antecedente criminal de Cabal e que, até então, não havia recebido qualquer solicitação formal de órgãos investigativos a respeito do caso.

A reportagem tentou contato com o presidente da Câmara, Glicério, mas foi informada por Prados de que ele não se manifestará sobre o assunto.

O POPULAR conversou com parlamentares de Ceres, sob anonimato, que dizem que a fama de Cabal na cidade “não é das melhores” e que o seu perfil já era do conhecimento dos demais vereadores. Com a repercussão do caso, afirmam que a cidade e a Câmara estão vivendo um desgaste, uma vez que boa parte da população é “leiga” sobre o assunto.

Em 2010, um caso envolvendo Cabal ganhou destaque após uma operação da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) desarticular uma quadrilha de traficantes que transportava drogas do Paraná para Goiás. Durante a ação, realizada na praça de pedágio de Céu Azul, policiais apreenderam 60,4 quilos de crack e 70,4 quilos de maconha em um fundo falso de uma caminhonete com placas de Goiânia.

Cabal, à época com 24 anos, foi preso por trabalhar como batedor para a caminhonete em um Corsa, com placa registrada em Ceres. Segundo a polícia informou na ocasião, o grupo, sofisticado em suas operações, monitorava as comunicações policiais e transportava até 200 quilos de crack por mês, movimentando milhões de reais no mercado do tráfico.

Foragido da Justiça toma posse como vereador em Ceres

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