(Reprodução) Primeira grande mudança desde a década de 1960, a Reforma Tributária, que muda a forma de cobrança de impostos no país, foi aprovada na Câmara dos Deputados. O texto prevê que os tributos serão recolhidos no local onde as mercadorias e serviços foram consumidos e não onde foram produzidos, como é hoje, propondo fim à guerra fiscal entre estados, que dão benefícios fiscais para atrair investimentos. "A reforma visa simplificar e modernizar o sistema tributário e impulsionar a economia do país eliminando a complexidade do atual sistema tributário", explica Ivan Lima, contador e advogado tributarista, CEO da KBL Accounting. Conforme o especialista, o texto proposto extingue tributos como o PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS, os substituindo por um Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS). Algumas mudanças também contemplam segmentos ou produtos específicos. A cesta básica, por exemplo, terá alíquota zerada. Outros produtos terão alíquota reduzida, como os relacionados à saúde menstrual. Agora, o texto segue para o Senado, onde precisa ser aprovado em dois turnos por, pelo menos, três quintos dos parlamentares (49 senadores) para ser promulgado.