A supervalorização da atenção, do foco e de se manter “antenado” sobre tudo é a porta de entrada para a ansiedade, diz Christian Dunker, um dos maiores nomes da psicanálise no Brasil. Ele chega a Goiânia para ministrar a palestra Ansiedade e Depressão, gratuita e aberta ao público em geral, que acontece neste sábado (23), às 10 horas, no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). A iniciativa é do projeto Café Sesc/TRE: Palavras que Conectam, que tem programação até o fim de novembro com figuras renomadas da saúde e bem-estar no País. Christian Dunker é psicanalista e professor titular do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). É autor dos livros Mal-estar, Sofrimento e Sintoma (Boitempo Editorial) e Estrutura e Constituição da Clínica Psicanalítica (Zagodoni Editora). Reconhecido nacional e internacionalmente, é referência nos debates sobre os desafios emocionais da atualidade. Ao POPULAR, ele fala sobre a relação dos quadros depressivos e ansiosos com o nosso modo de viver atual e como a psicanálise vê os impactos da inteligência artificial na saúde mental.

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De que maneira os quadros de ansiedade impactam a forma que vivemos nos dias de hoje - e vice versa?

A forma como a gente vive hoje é ansiogênica e depressiva. Então, alguns traços induzem que a ansiedade seja um afeto ou uma disposição quase adaptativa. É um discurso que diz: fique atento, preste atenção, mantenha o foco, esteja sempre pronto para uma reação. Esse discurso nos envolve como uma espécie de atmosfera de expectativa. E como muitos dizem, há uma economia da atenção. A atenção é, de certa forma, a porta de entrada da ansiedade. A atenção, o foco, o prestar atenção em si, prestar atenção no outro, no mundo. Ou seja, é nesse trabalho da atenção que a ansiedade começa, como se ela fosse uma função natural em que a gente precisa observar as coisas para tomar decisões, tomar caminhos. Mas quando os caminhos são tantos e tão diversos, isso se extrapola e essa função se intensifica de tal maneira a se incorporar a nossa forma de vida. Como se alguém que não conseguisse mobilizar a sua ansiedade muito rapidamente e permanentemente tivesse algum problema.

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E no caso da depressão?

Do outro lado, e aqui falo de forma generalizada, temos aspectos da nossa forma de vida que vão ser depressivisantes. Por exemplo, a ideia de que tudo que a gente faz tem de ter uma avaliação, uma métrica, um valor. Você vai ao supermercado e precisa dizer se você ficou satisfeito. Vai ao médico e preenche um questionário dizendo que deu tudo certo. Faz uma apresentação no trabalho e imediatamente vem um feedback. Ou seja, essa ideia de que nós estamos em permanente autoavaliação é depressivisante. Em si, ela é ótima, porque é uma maneira de regular processos de produção e de consumo, mas incorporada ao sujeito como uma espécie de faculdade mental, em que ele precisa estar permanentemente a empregando, se torna depressivogênica. Outros aspectos também contribuem, como a inflação de ideais que são impossíveis de serem alcançados. Por exemplo, como frequentemente as empresas propõem metas inexequíveis. Para quê? Para que aquela pessoa fique se sentindo inadequada, incapaz e aquém do que devia. Então, por um lado, você tem poderes especiais e talentos incríveis e, por outro, você está permanentemente em déficit. E isso vai da escola para a empresa, para a vida conjugal, para a sua alimentação, os cuidados com a saúde. O conjunto da sua vida, então, está pautado um por esse avaliacionismo e esse superdimensionamento do que pode uma vida.

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É importante atualizar a visão sobre o que é saúde mental e seus diversos tratamentos, especialmente por ainda sofrermos com os impactos da pandemia?

De fato, a pandemia foi uma ocasião coletiva na qual a gente se deu conta da importância da saúde mental. É um momento que exigiu muito do nosso psiquismo, das nossas relações e de nós mesmos. A nossa capacidade de ficar sozinho, de suportar abstinências, de suportar aquilo que é o nosso calmante natural, que são outras pessoas e a qualidade de contato com elas. E isso foi mais ou menos suplementado por aumento de outras pessoas digitais, que oferecem, de fato, algum contato, alguma partilha de afetos e narrativização coletiva de sofrimentos. Mas, por outro lado, a linguagem digital e as plataformas também trazem, principalmente se a gente não tiver algum discernimento no uso, uma toxicidade óbvia, desde transtornos da atenção até aumento da depressão, das inadequações corporais. O aumento do discurso de ódio, a manipulação de angústias, a hiperinflação de certos afetos que são vulnerabilizantes, que deixam a gente num estado de positividade, de super alegria. Falou-se durante muito tempo em problemas de baixa autoestima. Hoje, a gente já tem uma espécie de crise de alta autoestima, não no sentido de que realmente nos sentimos ótimos e super felizes, mas que criamos estados ilusórios onde isso acontece. Sua bolha digital, aqueles seus espelhos que você manipula, os filtros que você coloca no seu Instagram, os truques, toda a retórica do universo digital que está dizendo pra você que a sua presença é super importante, que seu clique é o máximo, que o seu comentário é algo realmente muito valioso.

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Estamos acompanhando discussões sobre os impactos das IAs na saúde mental. Como a psicanálise vê essas interações?

A psicanálise lê essa novidade tecnológica como a gente devia receber as invenções humanas: como potenciais de criatividade, como abertura para novas práticas e para soluções de antigos problemas. Acho que a atitude genérica da psicanálise para com tecnologia em geral é de acolhimento e de otimismo, mas também de cautela, porque a gente sabe que toda nova tecnologia, assim como todo método terapêutico, tem efeitos iatrogênicos. Ou seja, a coisa foi feita para te levar ao melhor, para curar, mas inevitavelmente terá ou efeitos colaterais ou usos imprudentes. A Inteligência Artificial, que é agora a nova onda nesse turbilhão digital, pode ajudar, por exemplo, a pesquisa sobre sofrimento mental, nos dar dados muito mais precisos que todos os questionários, provas, escalas e até mesmo do que muitos testes de leitura de imagem cerebral, vamos dizer assim. Porque elas vão permitir que a gente estude o discurso humano em escala de massa como a gente nunca pôde. Ou seja, como é que as pessoas significam, interpretam, atribuem valor, se dão sentido, que são as questões de linguagem que movem e que interferem muito no programa clínico e teórico da psicanálise.

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Em relação às pessoas que estão recorrendo às IAs para realizar sessões terapêuticas: é possível um “chatbot” substituir um profissional? Há riscos de se recorrer a elas para esse fim?

Muitos falam em substituições de práticas, como se o chat por si só, munido de um bom algoritmo, pudesse fazer a função de um psicoterapeuta. Não sei, talvez isso possa acontecer, mas não hoje. Eu já participei de testes reais, vi experimentos sobre o assunto e temos as pesquisas da Fernanda Bruno, no Rio de Janeiro, acompanhando de perto as plataformas que existem hoje que, no caso, são plataformas mistas, em que uma parte é feita por IA e a outra parte tem um terapeuta em vivo. E o que a gente vê como resultados das interações é abaixo do medíocre. Isso porque elas funcionam para apaziguar a ansiedade e parecem funcionar muito mais porque são um pretexto para que a gente se exprima, fale de si, coloque em palavras a nossa angústia e situe perguntas. Ou seja, quem faz o trabalho ali é você mesmo, como muitas vezes a gente encontra até numa psicoterapia real. Mas temos várias condições adversas que fazem da IA, no fundo, uma espécie de similitude de um amigo, de um colega com quem você pode falar e que vai basicamente dizer o que você quer. Ele vai te valorizar, te legitimar, vai dizer que está tudo bem com você e que você é uma pessoa legal. Bom, isso é o contrário de uma psicoterapia. No fundo, essa é a parte fácil da psicoterapia, que quase todo mundo sabe fazer mais ou menos ou sabe pelo menos como é. O difícil é ajudar a se transformar, fazer perguntas que a pessoa não está se fazendo, fazer perguntas que amarram as questões que a pessoa está se fazendo. Ou seja, inquirir aquele que seria o paciente e, por outro lado, contrariá-lo.

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Por outro lado, é possível que as IAs que temos hoje possam ajudar de alguma forma em uma crise de ansiedade?

Pelo menos no momento, é tudo muito trivial, seguindo a premissa genérica da internet: vou dizer o que você está querendo, vou entregar o que você está precisando e vou responder a sua demanda. A psicoterapia quando faz isso, em geral, é ajuste de comportamento. Bom, pode servir um pouco, ajuda. Numa hora extrema pode ser, sim, de grande utilidade. Na hora que você vai fazer uma bobagem, se você falar com alguém, a chance diminui um pouco, não porque o outro vai falar “não faça”, mas porque você vai se escutar e talvez ponderar. Ou ao contrário, vai ser um pouco mais corajoso naquilo que você vai fazer.

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SERVIÇO 
Evento: Café Sesc/TRE: Palavras que Conectam com o psicanalista Christian Dunker 
Tema: Ansiedade e depressão 
Data: 23 de agosto (sábado) 
Horário: 10h 
Local: Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) - Praça Cívica, 300, Centro 
Entrada gratuita&nbsp;

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"A forma como a gente vive hoje é ansiogênica e depressiva", diz Christian Dunker

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Palestra

Webstories: Técnico desaparecido

<img attr-cid="policy:1.3254361" attr-version="policy:1.3254361:1745152168" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3254361/Proporção para foto do site - 2025-04-20T092647.446.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Geraldo Nogueira saiu de casa na manhã do dia 11 de abril e disse que iria trabalhar em Aparecida de Goiânia, mas não voltou mais (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

Débora Thaís Nogueira, irmã do técnico de ar-condicionado Geraldo Nogueira, de 31 anos, que está <a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-desaparece-em-aparecida-de-goiania-e-familia-acredita-que-tenha-ligac-o-com-dividas-em-jogos-de-apostas-online-1.3253902" target="_blank">desaparecido desde o dia 11 de abril</a>, disse que o irmão estava com depressão e só saia de casa para o trabalho. A irmã também relatou que a família não faz ideia de onde o irmão esteja e que ele nunca havia feito isso antes.&nbsp;

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<cite>Não temos nem ideia [de onde ele esteja], porque ele nunca fez nada disso antes, nunca. Ele sempre foi muito rotineiro,&nbsp;de casa pro trabalho, do trabalho pra casa. Só saía com a esposa”, contou. </cite>&nbsp;

Débora Thaís relatou que o <a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnico-desaparecido-mandou-mensagem-para-irm-pedindo-dinheiro-emprestado-e-disse-estar-chateado-tudo-t-o-dificil-1.3254197" target="_blank">técnico fazia acompanhamento médico para tratar depressão</a>, mas parou por conta própria. &nbsp;

<cite>Desde o ano passado ele fazia acompanhamento e tomava remédio, mas parou por conta própria”, disse.</cite>&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-desaparece-em-aparecida-de-goiania-e-familia-acredita-que-tenha-ligac-o-com-dividas-em-jogos-de-apostas-online-1.3253902" target="_blank">Homem desaparece em Aparecida de Goiânia, e família acredita que tenha ligação com dívidas em jogos de apostas online</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-esta-desesperada-apos-desaparecimento-de-tecnico-de-ar-condicionado-diz-irm-1.3254359" target="_blank">Família está desesperada após desaparecimento de técnico de ar-condicionado, diz irmã</a>&nbsp; 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnico-desaparecido-mandou-mensagem-para-irm-pedindo-dinheiro-emprestado-e-disse-estar-chateado-tudo-t-o-dificil-1.3254197" target="_blank">Técnico desaparecido mandou mensagem para irmã pedindo dinheiro emprestado e disse estar chateado: 'Tudo tão difícil'</a></div>

<h2>Desaparecimento&nbsp;</h2>

Geraldo Nogueira saiu de casa na manhã do dia 11 de abril e disse que iria trabalhar em Aparecida de Goiânia, mas não voltou mais. Em uma troca de mensagens com a irmã no mesmo dia do desaparecimento, Geraldo disse que precisava ver seu carro que estava na oficina e <a href="https://opopular.com.br/cidades/tecnico-desaparecido-mandou-mensagem-para-irm-pedindo-dinheiro-emprestado-e-disse-estar-chateado-tudo-t-o-dificil-1.3254197" target="_blank">pediu R$ 20 a ela</a>.&nbsp;

Em boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil por Débora Thaís, ela relata que o técnico é depressivo e foi diagnosticado com TDH. A família fez contato com todos os amigos e parentes próximos, mas ninguém tem notícias&nbsp;do desaparecimento dele.&nbsp;

A suspeita da família é de que o sumiço esteja relacionado às dívidas acumuladas por ele com apostas online feitas no ano passado. Desde então, perceberam que ele apresentava sinais de depressão.

<div attr-cid="policy:1.3254401" attr-version="policy:1.3254401:1745161508" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3254401" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3254401', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3254401">Webstories: Técnico desaparecido (1.3254401)</a></div>

Ao procurar informações do técnico no local de trabalho, a família foi informada de que ele permaneceu no local até as 14h do dia 11.&nbsp;

Segundo Débora, depois de mensagem enviada às 14h50 por Geraldo a ela, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-esta-desesperada-apos-desaparecimento-de-tecnico-de-ar-condicionado-diz-irm-1.3254359" target="_blank">família não teve mais nenhum sinal do técnico</a>.&nbsp;

<cite>Tudo tão difícil. A gente acaba se chateando, mas tudo dentro do normal", escreveu Geraldo.&nbsp;</cite>

<img attr-cid="policy:1.3254360" attr-version="policy:1.3254360:1745152013" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3254360/Proporção para foto do site - 2025-04-20T092831.752.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Geraldo Nogueira Cavalcante, de 31 anos, mandou uma mensagem para a irmã antes de desaparecer, em Aparecida de Goiânia (Arquivo Pessoal/Débora Thaís)

O POPULAR entrou em contato com o &nbsp;5ª Delegacia de Polícia (DP) de Aparecida de Goiânia, nesta terça-feira (22), para saber como estão as investigações do desaparecimento, mas até a última atualização desta reportagem não tivemos retorno.&nbsp;&nbsp;

Técnico de ar-condicionado desaparecido estava com depressão e só saia de casa para o trabalho, diz irmã

Cidades

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'ROTINEIRO'

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Um novo estudo, publicado na edição de janeiro deste ano na revista&nbsp;European Psychopharmacology,&nbsp;mostrou que a creatina, tradicionalmente usada para o <a href="https://opopular.com.br/magazine/amiga-dos-musculos-veja-os-beneficios-da-creatina-e-os-cuidados-no-consumo-1.3140032" target="_blank">desenvolvimento muscular</a>, também pode&nbsp;ser uma aliada no tratamento da depressão.&nbsp;

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); font-size: 12px; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Durante o estudo, feito por um grupo de pesquisadores de instituições do Reino Unido, cerca de 100 voluntários com idade média de 30 anos e com diagnóstico de depressão grave foram divididos em dois grupos: um recebeu creatina diariamente, enquanto o outro tomou placebo - pílula sem princípios ativos.&nbsp;

Ao final de oito semanas, o grupo que usou o suplemento combinado com a terapia cognitivo-comportamental (TCC) apresentou redução mais significativa dos sintomas do transtorno mental&nbsp;em comparação ao que recebeu psicoterapia com placebo.&nbsp;&nbsp;

<cite>Devido ao seu papel no metabolismo energético cerebral e na neuroproteção, a creatina&nbsp;é capaz de&nbsp;auxiliar na redução dos sintomas depressivos, especialmente em casos de depressão resistente”, avaliou a psicóloga clínica Soraya de Oliveira sobre o estudo.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/analise-de-creatinas-vendidas-no-brasil-reprova-18-produtos-veja-lista-1.3186208" target="_blank">Análise de creatinas vendidas no Brasil reprova 18 produtos; veja lista</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/amiga-dos-musculos-veja-os-beneficios-da-creatina-e-os-cuidados-no-consumo-1.3140032" target="_blank">Amiga dos músculos: veja os benefícios da creatina e os cuidados no consumo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/saude-a-mesa/curiosidades-sobre-a-creatina-1.3008482" target="_blank">Curiosidades sobre a creatina</a></div>

Do grupo que consumiu a creatina, segundo os resultados apontados pelo estudo, houve uma melhora média de cinco pontos na escala PHQ-9 - ferramenta utilizada para medir a gravidade da depressão -, sendo que&nbsp;12 participantes (24%) atingiram remissão completa dos sintomas depressivos. No grupo que consumiu a “pílula de açúcar”, o número de participantes que apresentaram remissão dos sintomas caiu para cinco.

<cite>Contudo, o suplemento não substitui o tratamento convencional, como a terapia, para trabalhar os sintomas ou aspectos depressivos que só podem ser identificados e tratados em avaliação profissional”, ressaltou a psicóloga.</cite>

Segundo atesta a especialista, associada ao acompanhamento psicológico, nutricional e psiquiátrico, a creatina pode melhorar a função cognitiva, reduzir a fadiga mental e ajudar o cérebro a se manter com mais energia, além de proporcionar melhora em quadros de ansiedade devido o desempenho das atividades diárias.&nbsp;

<cite>Como psicóloga, tenho acompanhado bons resultados na melhora de quadros depressivos aliados a creatina, unida a uma rotina saudável com atividade física, boa alimentação e qualidade do sono na rotina”, exemplificou.&nbsp;</cite>

Contudo, a psicóloga informa que os efeitos da <a href="https://opopular.com.br/magazine/saude-a-mesa/curiosidades-sobre-a-creatina-1.3008482" target="_blank">suplementação com a creatina</a> podem variar de pessoa para pessoa, portanto, o seu uso deve ser supervisionado por um profissional de saúde.&nbsp;“Tanto a&nbsp;dosagem quanto a duração da suplementação devem ser ajustadas de acordo com as necessidades individuais e possíveis efeitos colaterais”, salientou.&nbsp;

<cite>Se houver indicação em utilizar a creatina como um adjuvante no tratamento da depressão, é fundamental discutir essa possibilidade com um médico ou nutricionista para garantir segurança e eficácia”, concluiu a psicóloga.&nbsp;</cite>

<div attr-cid="policy:1.3236883" attr-version="policy:1.3236883:1740951349" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3236883" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3236883', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3236883">Webstories (1.3236883)</a></div>

<h2>Energia celular&nbsp;</h2>

Desempenhando um papel importante na produção de energia celular, quando ingerida corretamente, a creatina pode trazer diversas vantagens para a saúde física e mental, trouxe à tona a endocrinologista Lanna Cristina Gomes Leite.&nbsp;

<cite>Alguns dos exemplos observados da creatina no nosso cérebro são melhora da cognição, da memória, da resistência à fadiga mental e redução dos sintomas da depressão, especialmente quando associada a um tratamento adequado com profissionais da saúde”, destacou.&nbsp;</cite>

Especialista em endocrinologia e metabologia, ela aponta alguns dos cuidados que devem ser tomados na ingestão do suplemento.

<cite>Por ser sintetizada principalmente pelos rins, fígado e pâncreas através dos aminoácidos arginina, metionina e glicina, pessoas com doenças renais preexistentes devem evitar o uso sem acompanhamento médico, pois a creatina é metabolizada pelos rins e pode aumentar os níveis de creatinina em até 30%”, revelou a endocrinologista.&nbsp;</cite>

Conforme a especialista, o uso diário de creatina, dentro das doses recomendadas, entre três e cinco gramas por dia, não causa insuficiência renal em indivíduos saudáveis.

<cite>Estudos científicos não encontraram evidências de que a suplementação comprometa a função renal em pessoas sem predisposição a doenças renais”, informou ela, que complementou dizendo que também não há evidências científicas que associem o suplemento ao aumento do risco de câncer.&nbsp;</cite>

<h3>Suplementação&nbsp;</h3>

A creatina é produzida pelo corpo humano a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Contudo, com o avanço da idade e diminuição da massa muscular, comum em idosos, a produção endógena do suplemento no organismo diminui, explicou a nutricionista Carolina Fernandes Nobre.&nbsp;

<cite>Naturalmente, o nosso corpo é capaz de produzir aproximadamente um grama de creatina por dia e geralmente essa produção acontece no fígado, rins e pâncreas”, informou.&nbsp;</cite>

Conforme a nutricionista, embora a creatina também esteja presente&nbsp;em fontes alimentares, como carne vermelha, frango e peixe, apenas o consumo desses alimentos não é suficiente para uma suplementação adequada.&nbsp;

<cite>Para se ter uma ideia, para obter cinco gramas de creatina advinda da carne vermelha é necessário consumir um quilo do alimento”, disse.&nbsp;</cite>

Com mais de 10 anos de experiência em atendimentos na área da nutrição&nbsp;clínica funcional, a nutricionista ressalta ainda que os benefícios da creatina vão muito além de servir como incentivo para o desenvolvimento muscular.&nbsp;

<cite>O suplemento&nbsp;desempenha um papel importante na nossa performance cerebral, atuando diretamente na cascata&nbsp;trifosfato de adenosina (ATP), que é uma molécula responsável por fornecer energia para as células do nosso corpo e cérebro”, revelou.&nbsp;</cite>

De acordo com a profissional, os níveis de fosfocreatina, que é uma molécula de alta energia que atua como uma reserva de energia rápida nos músculos, podem cair drasticamente diante de uma intensa ativação de atividade cerebral. “Como resultado, nós temos a fadiga mental e aumento da demanda cerebral por oxigênio”, salientou. &nbsp;

Contudo, segundo a nutricionista, o efeito da reposição de creatina no organismo é crônico. “Ou seja, é importante consumir o suplemento com regularidade, independente se você treina ou não, mas, claro, sempre com prescrição médica”, reforçou.&nbsp;

A profissional ainda alerta para a <a href="https://opopular.com.br/cidades/analise-de-creatinas-vendidas-no-brasil-reprova-18-produtos-veja-lista-1.3186208" target="_blank">qualidade da creatina</a> que é consumida, como a confirmação do selo Creapure, que assegura a qualidade e eficácia do suplemento.

<cite>Além disso, é importante se atentar a lista de ingredientes, para certificar que o produto seja unicamente a creatina monoidratada, livre de metabólitos tóxicos para o organismo”, indicou.&nbsp;</cite>

Creatina: estudo mostra que suplemento usado para desenvolvimento muscular também é aliado no tratamento da depressão

SAÚDE

Farmácias em São Paulo estão sem estoque de Rivotril (clonazepam) na dosagem de 0,5 mg.

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Em comunicado publicado em seu site, a Blanver Farmoquímica e Farmacêutica, atual detentora da patente, anunciou a descontinuação do medicamento nas seguintes versões: Rivotril 0,5 mg (apresentações com 20 e 30 comprimidos); e Rivotril 2 mg (apresentação com 20 comprimidos).

"Aproveitamos para esclarecer que todas as demais apresentações do medicamento, descritas a seguir, permanecem disponíveis. Rivotril 2 mg (apresentação com 30 comprimidos); Rivotril 0,25 mg (apresentação com 30 comprimidos sublinguais); e Rivotril 2,5 mg/ml (solução oral, apresentação em frasco com 20 ml)", segue o comunicado.

Questionada sobre os motivos da interrupção, a Blanver não respondeu até a publicação deste texto.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/familia-busca-arrecadar-r-18-milh-es-para-tratamento-de-menino-com-distrofia-1.3195674" target="_blank">Família busca arrecadar R$ 18 milhões para tratamento de menino com distrofia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pais-de-menino-que-tem-ate-200-convuls-es-por-dia-tentam-conseguir-remedio-a-base-de-maconha-1.3194231" target="_blank">Pais de menino que tem até 200 convulsões por dia tentam conseguir remédio a base de maconha</a></div>

O Rivotril é amplamente utilizado para tratar diversas condições, incluindo transtornos de ansiedade e de humor, síndromes psicóticas, crises epilépticas, espasmos infantis (síndrome de West), pernas inquietas, problemas de equilíbrio, síndrome da boca ardente e vertigem, conforme detalhado na bula.

Apesar da descontinuação, especialistas ressaltam que há alternativas para que pacientes possam manter o tratamento sem interrupções.

De acordo com o psiquiatra Marcos Gebara, presidente da APERJ (Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro), os comprimidos de 2 mg do Rivotril são sulcados de forma a permitir a divisão em quatro partes.

"Para quem necessita da dosagem de 0,5 mg, é possível utilizar outras apresentações e dividir o comprimido, se necessário. Não há problema algum em fazer isso", afirma.

Gebara também diz que a dosagem de 0,25 mg, disponível em formato sublingual, pode ser engolida sem perda de eficácia e que duas unidades desse tipo equivalem a um comprimido de 0,5 mg.

"Pode ser um pouco inconveniente ter que dividir comprimidos ou tomar dois para ajustar a dosagem, mas existem alternativas, como o uso em gotas, que permitem uma personalização mais precisa do tratamento", afirma, reforçando que essas opções contornam a falta da dosagem.

As receitas emitidas pelos médicos, contudo, vão ter que mudar. Isso porque um paciente com uma receita de Rivotril 0,5 mg dificilmente vai conseguir comprar outra dosagem do medicamento, o que pode representar um obstáculo para aqueles em tratamento contínuo.

Uma saída é buscar o princípio ativo —de acordo com Gebara, o clonazepam genérico é uma alternativa eficaz. "Não há problemas maiores com essa mudança", diz o médico.

A reportagem também procurou a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias) para falar sobre a falta de estoque do Rivotril 0,5 mg, mas a entidade disse não ter recebido notificações formais sobre desabastecimento das redes associadas.

Por outro lado, grandes redes de farmácias como Droga Raia, Drogasil, Drogaria SP e Pacheco confirmaram estar com estoque esgotado de Rivotril 0,5 mg, mas não tinham informações sobre a descontinuação do medicamento.

Já a Ultrafarma afirmou, em nota, que a Blanver "notificou descontinuação temporária do Rivotril 0,5 mg em 24/10/2023, até agora sem comunicação de reativação".

A Blanver Farmoquímica e Farmacêutica assumiu a produção do Rivotril no Brasil em julho de 2021 após a transferência de direitos da farmacêutica Roche. Desde então a distribuição do medicamento é feita pela empresa Biopas.

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Laboratório interrompe produção de Rivotril 0,5 mg, e farmácias já não têm estoque

MEDICAMENTO

A dupla Zé Neto e Cristiano suspendeu a agenda de shows pelos próximos 90 dias. Segundo um comunicado publicado no perfil da dupla no Instagram, Zé Neto está com "depressão e síndrome aguda do pânico".

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O cantor será submetido a um tratamento e precisou interromper o trabalho temporariamente.

"Agradecemos o carinho e compreensão de todos. Estamos em oração pela plena recuperação do nosso Zé Neto", diz o comunicado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/ana-castela-sera-a-embaixadora-da-festa-do-pe-o-de-barretos-2025-1.3166811" target="_blank">Ana Castela será a embaixadora da Festa do Peão de Barretos 2025</a></div>

Zé Neto, 34, e Cristiano, 36, são de São José do Rio Preto, no interior paulista. Em 2022, o cantor Zé Neto se envolveu em polêmica após acusar Anitta de fazer show com recursos públicos, o que, na verdade, foi ele quem fez.

Zé Neto e Cristiano suspendem agenda de shows por depressão e síndrome do pânico de cantor